March 27, 2008

Mais que apenas defender o seu

MAIS QUE APENAS DEFENDER O SEU
Liberte os que estão são sendo levados para a morte; socorra os que estão caminhando trêmulos para a matança. Mesmo que você diga: “Não sabíamos o que estava acontecendo!”
Provérbios 24.11

Quanto mais uma sociedade é marcada pela corrupção, menores são os seus referenciais de justiça. Passamos a festejar gente que encontra uma carteira na rua e devolve ao dono. Ora, não deveríamos achar isso a coisa mais normal do mundo? Quem encontra na rua algo que não é seu, que pode ser identificado, não deve entregar ao dono?

Não cometer crimes, devolver uma carteira perdida, enfim, são atitudes que não passam de nossa obrigação. Por isso, a honra de uma pessoa não é medida por suas ações ordinárias e obrigatórias, mas pelo seu senso de que a justiça não é um privilégio para si ou para poucos, mas é uma questão de humanidade. Quem entende isso, não consegue recolher a mão quando vê qualquer um que seja alvo de injustiça.

Há pessoas que deliberadamente fazem o mal. Outras que não querem o mal a ninguém, cuidam de si e procuram não dar trabalho aos outros. E ainda outras que promovem a justiça e o bem, sem omissão, praticando boas e voluntárias ações.

© 2008 Alexandre Robles

Fonte: www.alexandrerobles.com.br

March 07, 2008

O espiritualista que vive em mim

O ESPIRITUALISTA QUE VIVE EM MIM
Sou um homem da fé, da espiritualidade. Expresso-me assim no mundo. Meu anseio é por realidades transcendentes. Transmitir a espiritualidade é meu ofício e entendo que a tarefa é ajudar as pessoas a perceberem a verdade que lhes habita, que muitas vezes está apenas adormecida. Por isso, a despeito de minha tentação pela originalidade, sei que na obviedade reside a sabedoria.

Fito alguns homens e mulheres que cuidam da espiritualidade no mundo. Sãos pastores do rebanho dessa gente que não importando em qual aprisco habite, busca comida, água, repouso, mesmo sem saber. O que me impressiona nesses homens e mulheres da espiritualidade é que eles nos comunicam paz. Parece que nada os aflige, que estão em um andar de cima. Aliás é por isso que se tornaram um produto comercial em nossos dias, pois da mesma forma que Hollywood vende suas ilusões, nós consumimos os gurus modernos. Eles são grife.

Acontece que depois de meditar, escrever, ensinar, comunicar o transcendente através de palavras eu volto pra casa, para a rotina, com contas pra pagar, filho pra educar, e vejo o quanto estou distante deste mundo transcendente, vivo minhas crises. Será que não sou um charlatão? Pois o que falo é tão sublime e onde meus pés pisam é tão humano!

Mas é assim mesmo. Que espiritualidade tem mais sentido, a de quem vive nos mosteiros, com práticas excêntricas e privativas ou a espiritualidade que enfrenta trânsito, mau humor, birra de criança, espelho hostil, solidão, abandono, medo?

Por isso, vou continuar como um homem de fé, comunicando espiritualidade, como um pastor de gentes. Se você me der atenção pode ser que não se surpreenda positivamente, pode ser que não me consuma como uma grife, mas prefiro trilhar a senda humana, desse jeito será mais fácil nos encontrarmos pela vida.

© 2008 Alexandre Robles

Fonte: http://www.alexandrerobles.com.br/