October 27, 2022

Pérolas

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Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas.

Pérolas são produtos da dor; resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou grão de areia. 

Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia a penetra, ás células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra. 

Como resultado, uma linda pérola vai se formando. 

Uma ostra que não foi ferida, de modo algum produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.

O mesmo pode acontecer conosco. Se você já sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém? Já foi acusado de ter dito coisas que não disse? Suas idéias já foram rejeitadas ou mal interpretadas? Você já sofreu o duro golpe do preconceito? Já recebeu o troco da indiferença?

Então, produza uma pérola. Cubra suas mágoas com várias camadas de AMOR.

Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento. A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, mágoas, deixando as feridas abertas e alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.

Assim, na prática, o que vemos são muitas ostras vazias, não porque não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor. 
( Rubem Alves 
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October 08, 2022

As estrelas revelam a glória de Deus

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Aquele que conta as estrelas e as chama pelo nome, não corre o risco de esquecer-se de seus próprios filhos.

Charles H. Spurgeon

- pr. Jeferson R, Cristianini

Há algumas semanas, a NASA divulgou lindas e espetaculares fotos tiradas pelo telescópio James Webb. As fotos esplendorosas mostram a beleza das estrelas e, para nós cristãos, que vemos tudo pela cosmovisão cristã, mostram a glória do Deus Criador, assim como Sua perfeição em criar todas as coisas. Toda a natureza nos fala do nosso Deus, nos fala de Sua santidade, de Sua glória, e de Sua majestade.
O verso de Gênesis 1.3, “Haja luz; e houve luz”, mostra que Deus, com o poder de Sua Palavra, criou todas as coisas perfeitas1. Deus também disse: “Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos. E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fez. Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e a menor para governar a noite; e fez também as estrelas. E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, e para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre as trevas e a luz. E viu Deus que isso era bom” (Gênesis 1.14 a 18). Esse lindo relato do ato divino ao criar o sol, a lua e as estrelas, revela como Deus criou as galáxias para revelar a sua glória em todo o seu esplendor. Ao contemplar as imagens divulgadas pela NASA, todos ficam boquiabertos com a perfeição, com a irradiação de luminosidade das estrelas e com a beleza estética, e todos somos convocados à adoração ao único Deus, o Criador dos céus e da terra e de tudo que há2.
No livro de Salmos há inúmeras expressões de louvor e adoração de poetas piedosos, reconhecendo a grandeza do ato criador de Deus, mostrando como toda a natureza revela a glória divina, e como a perfeição na criação, e nesse caso, das estrelas e das galáxias, revela o poder de Deus e sua majestade. Davi, o grande poeta, o homem segundo o coração de Deus, disse com entusiasmo: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de suas mãos” (Salmo 19.1). Toda a natureza, ou seja, até as estrelas estão proclamando a glória de Deus, e anunciando com sua rara beleza as obras das mãos de Deus.
As fotos do telescópio James Webb, da NASA, revelam a glória de Deus e testificam que foi Deus quem criou os luminares e as estrelas. Enquanto somos chamando a olhar e a contemplar a beleza das imagens, nossos olhos ficam seduzidos por elas, mas nossa alma é chamada a ratificar o que está em Gênesis: “Tudo o que Deus fez é bom”. Nossa alma é convidada pelas imagens da NASA, e por toda a natureza, a celebrar ao Senhor que fez tudo com amor e perfeição e que deixou suas ‘digitais” na criação, a fim de que as obras criadas nos revelem a sua glória. A natureza, na teologia, é vista como uma das fontes da revelação de Deus, assim como a Palavra e nossa consciência também.
É no livro de Salmos também que encontramos o magnífico registro de que Deus “conta o número das estrelas, chamando-as todas pelo seu nome” (Salmo 147.4). É incrível saber que Deus, em sua soberania, sabe quantos fios de cabelos há em nossa cabeça; sabe a quantidade de estrelas e qual é o seu nome. Ele sabe o número e sabe os nomes das estrelas. Isso revela o cuidado do Criador com sua criação. Podemos descansar no cuidado de Deus, pois somos a “coroa de sua criação”, temos em nós a sua “imagem e semelhança”3.
Ao chamar Abraão e mostrar a ele Seu plano redentor para a humanidade, Deus lhe disse para “olhar para os céus e contar as estrelas, se é que o podes”, mostrando como seria grande a posteridade de Abraão, ou seja, o povo de Deus seria numeroso sobre a terra4. Ao olhar para os céus, e obviamente sem poder contar a quantidades de estrelas, Abraão creu nas promessas de Deus e “isso foi lhe imputado por justiça” (Gênesis 15.5). Abraão, o pai da fé, não pode contar as estrelas e essa analogia poética de contar as estrelas é usada pelo profeta Isaías quando diz: “Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar” (Isaías 40.26).
Deus nos chama para olhar para os céus, para cima, e contemplar as estrelas, pois elas sinalizam, para nós cristãos que Deus nunca perdeu o controle do mundo e continua reinando soberanamente. Aleluia!
O pastor batista Charles H. Spurgeon disse: “Aquele que conta as estrelas e as chama pelo nome, não corre o risco de esquecer-se de seus próprios filhos”. As imagens do telescópio da NASA são um lembrete para nós, cristãos, de que devemos adorar ao Senhor na beleza de sua santidade e de que o Senhor que cuida das estrelas e as chama pelo nome, segue cuidando de nós com zelo eterno, cuida especialmente de nós. Adoremos e celebremos o Deus Criador.

Notas:
1. Gênesis 1.3 e Eclesiastes 3.11
2. Salmo 19.1 a 3 e 24.1
3. Gênesis 1.26 e 27
4. Gênesis 15.5
Fonte: https://ultimato.com.br/sites/jovem/2022/09/05/as-estrelas-revelam-a-gloria-de-deus/

PS- Para ouvir a trilha: https://www.youtube.com/watch?v=DJIEbtYuynM

https://www.youtube.com/watch?v=KoQj7Q2UiJE