March 22, 2011

Alguém para amar

Alguém para amar
O mundo está cheio de queixas.

De pessoas que se dizem solitárias.
Que desejariam ser amadas.
Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.

O mundo está cheio de carências.
Carências afetivas.
Carências materiais.

Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que Madre Teresa de Calcutá, certo dia, escreveu:

Senhor, quando eu estiver com fome, dá-me alguém que necessite de comida.
Quando estiver com sede, dá-me alguém que precise de água.
Quando sentir frio, dá-me alguém que necessite de calor.

Quando tiver um aborrecimento, dá-me alguém que necessite de consolo.
Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.

Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado.
Quando não tiver tempo, dá-me alguém que precise de alguns dos meus minutos.

Quando sofrer humilhação, dá-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dá-me alguém para lhe dar novo ânimo.

Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dá-me alguém que necessite da minha.
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dá-me alguém que eu tenha de atender.

Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.

Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje. Dá-lhes, por meio de nossas mãos, o pão de cada dia, e dá-nos, por meio do Seu amor compassivo, a paz e a alegria.

Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar na prática diária. Sua preocupação era voltada para os outros, pois em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado, ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.

Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as nações e credos religiosos.

Honrada com o Prêmio Nobel da Paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos de romagem terrestre. Tudo o que lhe importava eram os pobres. E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.

Amou sem fronteiras e sem limites. Serviu a Jesus em plenitude. E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo. Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.

Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos para servi-lO. Almas que se lancem ao trabalho, por mais exaustivo que seja, sendo úteis de verdade.

Almas que não esperem nada do outro, a não ser a sua felicidade. Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem esperar um único gesto de gratidão. Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis:

É melhor amar do que ser amado.

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