O Reino de Deus está dentro de nós ; )!
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A Verdade que o Evangelho apresenta não é uma crença, uma declaração, uma informação, mas uma experiência existencial. Buscá-la dentro de nós mesmos, perante o que afirma Jesus sobre a vida, é o que nos liberta. Fundamentalmente a verdade que nos move em direção a tudo é a sensação elementar do medo. Este é o núcleo de nossa existência.
Somos programados para nos mantermos distantes deste núcleo e desenvolvemos esquemas emocionais que encontram paralelo em nossa convivência social. São camadas que nos afastam da verdade e nos estabelecem confortavelmente. O conforto é inimigo da verdade. Nossas necessidades, objetivos e desejos nada mais são do que enganos produzidos por tais esquemas.
O núcleo é feito do medo da rejeição e da morte. O primeiro cria camadas de sentimentos de solidão, inadequação e menosprezo. O segundo cria camadas de desejo de eternização, medo dos perigos contra o corpo e os bens, e a necessidade de relevância e de reconhecimento.
A busca pelo prazer como um fim em si mesmo pretende saciar a o sentimento de rejeição, mas acaba produzindo mais fome e a experiência da alteração do paladar, tornando necessária “mais da mesma coisa”, sem causar o efeito pretendido. Viciamos em prazer e nos sentimos cada vez mais sozinhos.
A falsa sensação de segurança, vinda de conquista e manutenção de bens duradouros e de consumo, e do reconhecimento e fama adquiridos, potencializam ainda mais o medo da morte, gerando uma fobia da perda de coisas e situações.
Enquanto nos distraímos com as camadas fantasiosas da existência, somos impedidos de chegar ao núcleo de nossas vidas e alterar sua força motriz. O que nos move não pode ser o medo, mas a confiança - que é a vida pela fé.
O Evangelho nos propõe esta troca de força. A fé pelo medo. Fé baseada no amor. Esta fé gera a energia que nos limpa dos enganos e nos capacita para experimentarmos cada camada da vida de modo adequado.
O medo de não possuir amanhã, me torna avarento hoje. O medo de morrer me leva a menosprezar o significado da vida e a tratá-la irresponsável e perigosamente. O medo de não termos futuro cria uma corrida pela experimentação de tudo. O medo da rejeição impõe que sejamos parecidos com o que a maioria determina como bom e adequado. O medo da solidão nos arremessa em busca do consumo do prazer, especialmente o sexual.
A fé no amor de Deus e a identidade fundamentada neste amor criam propósito, fornecem esperança, anulam fobias, porque desativam o medo.
Somente quando viajamos ao núcleo de nossa vida é que nos encontramos de verdade e ali descobrimos que Deus está nos transformando de dentro pra fora, mesmo quando estamos distraidos, lutando por manter as camadas enganosas.
© 2010 Alexandre Robles
Fonte: http://www.alexandrerobles.com.br/uma-viagem-ao-nucleo-de-nos-mesmos/
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UMA VIAGEM AO NÚCLEO DE NÓS MESMOS
A Verdade que o Evangelho apresenta não é uma crença, uma declaração, uma informação, mas uma experiência existencial. Buscá-la dentro de nós mesmos, perante o que afirma Jesus sobre a vida, é o que nos liberta. Fundamentalmente a verdade que nos move em direção a tudo é a sensação elementar do medo. Este é o núcleo de nossa existência.
Somos programados para nos mantermos distantes deste núcleo e desenvolvemos esquemas emocionais que encontram paralelo em nossa convivência social. São camadas que nos afastam da verdade e nos estabelecem confortavelmente. O conforto é inimigo da verdade. Nossas necessidades, objetivos e desejos nada mais são do que enganos produzidos por tais esquemas.
O núcleo é feito do medo da rejeição e da morte. O primeiro cria camadas de sentimentos de solidão, inadequação e menosprezo. O segundo cria camadas de desejo de eternização, medo dos perigos contra o corpo e os bens, e a necessidade de relevância e de reconhecimento.
A busca pelo prazer como um fim em si mesmo pretende saciar a o sentimento de rejeição, mas acaba produzindo mais fome e a experiência da alteração do paladar, tornando necessária “mais da mesma coisa”, sem causar o efeito pretendido. Viciamos em prazer e nos sentimos cada vez mais sozinhos.
A falsa sensação de segurança, vinda de conquista e manutenção de bens duradouros e de consumo, e do reconhecimento e fama adquiridos, potencializam ainda mais o medo da morte, gerando uma fobia da perda de coisas e situações.
Enquanto nos distraímos com as camadas fantasiosas da existência, somos impedidos de chegar ao núcleo de nossas vidas e alterar sua força motriz. O que nos move não pode ser o medo, mas a confiança - que é a vida pela fé.
O Evangelho nos propõe esta troca de força. A fé pelo medo. Fé baseada no amor. Esta fé gera a energia que nos limpa dos enganos e nos capacita para experimentarmos cada camada da vida de modo adequado.
O medo de não possuir amanhã, me torna avarento hoje. O medo de morrer me leva a menosprezar o significado da vida e a tratá-la irresponsável e perigosamente. O medo de não termos futuro cria uma corrida pela experimentação de tudo. O medo da rejeição impõe que sejamos parecidos com o que a maioria determina como bom e adequado. O medo da solidão nos arremessa em busca do consumo do prazer, especialmente o sexual.
A fé no amor de Deus e a identidade fundamentada neste amor criam propósito, fornecem esperança, anulam fobias, porque desativam o medo.
Somente quando viajamos ao núcleo de nossa vida é que nos encontramos de verdade e ali descobrimos que Deus está nos transformando de dentro pra fora, mesmo quando estamos distraidos, lutando por manter as camadas enganosas.
© 2010 Alexandre Robles
Fonte: http://www.alexandrerobles.com.br/uma-viagem-ao-nucleo-de-nos-mesmos/
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