April 04, 2013

O tempo

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Muitas vezes o tempo do outro é diferente do nosso tempo.

É um tempo que nega a velocidade humana, construído quase à força. O resultado em câmera lenta é de uma ternura incomum, quase ingênua, mas verdadeira. Uma resistência à linguagem televisiva que se traduz na ausência de parágrafos.

Na contramão dos outros a aposta é no otimismo. Os problemas que enfrentamos são parte da vida e não um obstáculo intransponível criado por um mundo perverso – talvez acreditar demais no mundo, no ser humano.

Sempre há uma fronteira a ser vencida por alguém que decide arriscar-se por força de uma exigência material.

Que fronteira é essa, vigiada, perigosa?

Pouco importa: o que conta é o abandonar das pequenas coisas da vida, o telefone, o carro, a bolsa, os objetos, a casa.

Os tiros não dados pelos sentinelas acabam por confirmar que o pior não são os desfechos, mas as esperas.

Para refletir:

Para entender o valor de um ano,
pergunte a um estudante que não passou nos exames finais.
Para entender o valor de um mês,
pergunte a uma mãe que teve um filho prematuro.
Para entender o valor de uma semana,
pergunte ao editor de uma revista semanal.
Para entender o valor de uma hora,
pergunte aos apaixonados que estão esperando o momento do encontro.
Para entender o valor de um minuto,
pergunte a uma pessoa que perdeu o trem, ônibus ou avião.
Para entender o valor de um segundo,
pergunte a uma pessoa que sobreviveu a um acidente.
Para entender o valor de um milisegundo,
pergunte a uma pessoa que ganhou uma medalha de prata nas Olimpíadas.
O tempo não espera por ninguém.

Valorize cada momento de sua vida.
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