A conversão nossa de cada dia
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Para ter uma ideia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=2SVXRPShMl0
A conversão é um processo de transformação da mente.
Precisamos entender e alimentar em nossa mente alguns princípios. Somente quando entendemos essas verdades é que há transformação em nós, não só de nossos comportamentos, mas de nosso caráter.
Porque o comportamento pode ser transformado a partir de regras e punições, sem necessariamente transformação do caráter.
Com Jesus na cruz havia dois criminosos e um deles teve revelação divina, no último instante de sua vida, para entender a Verdade que o libertou.
Ele entendeu o que todos devemos entender e que precisamos relembrar a cada dia, como em um processo contínuo de conversão.
Esse homem entendeu:
1. Que sua condenação era justa: precisamos entender que nosso pecado tem como sentença a morte, que somos pecadores, que declaramos independência de Deus, que decidimos nossos caminhos e dissemos que faríamos o mundo funcionar sem Ele. Precisamos confessar que o mundo está do jeito que está porque nós o fizemos assim e não porque Deus nos abandonou. O constante contato com nossa miséria nos fará mais próximos da Graça de Deus e do resultado desse encontro que é sempre a gratidão. Nós merecíamos a morte, mas Ele morreu para nos dar vida. Nada merecemos de bom nesta vida e portanto devemos ser gratos por tudo. Quem não tem consciência diária de seu pecado, passa a se relacionar com Deus fora da Graça, pela via da Lei e dos méritos.
2. Quais eram seus pecados: ele sabia porque estava pendurado em uma cruz, sabia quais eram seus crimes. Precisamos definir o que é pecado para que possamos focalizar nossa luta e confissão. Acontece que geralmente o que se entende por pecado é apenas quebra de leis e conveniências morais fabricadas pela religião, que estão ligadas a coisas que fazemos contra Deus. O pecado na cosmovisão evangélica se tornou uma ofensa contra Deus, algo abstrato, que culpa a alma e confunde a mente. Mas pecado não é algo cometido contra Deus, como se pudéssemos fazer qualquer coisa que o diminuísse. Pecado afeta e diminui o homem e a criação e por isso desagrada a Deus. Não é que Deus tem vontades e caprichos que são quebrados, mas que seus princípios servem para o bom funcionamento do próprio homem e quando quebrados afetam o próprio homem. Pecado então é o que faz mal a mim e ao próximo. O resto é convenção religiosa e social.
3. Que Jesus estava ao seu lado: e isso é surpreendente porque sua consciência de pecado era precisa e da justiça em merecer a morte também, mas a visão de sua miserabilidade não o impediu de falar com Jesus, de “apresentar-se a Ele”. Então nossa compreensão da presença de Deus precisa ser revista, para que assim como este homem, tenhamos coragem de falar com Jesus no meio do lamaçal de nossos pecados e de nossa miséria, porque não precisamos nos limpar antes para entrar na presença de Deus, mas enquanto estamos em sua presença é que somos limpos. É quando estamos em pecado que precisamos entrar em sua presença e não quando nos limparmos dele. Isso acontecia no serviço religioso de Israel, quando o sacerdote precisava se purificar para pedir perdão pelo pecado de todo o povo na presença de Deus, mas Cristo já fez isso por nós, Ele é o sacerdote puro que entrou na presença de Deus e de uma vez por todas limpou nossos pecados e por isso o véu foi rasgado.
Creio que há uma só forma de linguagem que nos aproxima de Deus.
Ela não prevê nenhuma ordem de comando a Deus como exigência de cumprimento de suas promessas, nem qualquer lamento humano que seja justo em sua argumentação, porque merecemos toda a morte que nossa rebeldia pôde conquistar e nenhuma bondade.
Apenas a gratidão de quem assume sua miséria, confessa seus pecados e se vê limpo pela graça é louvor aceitável a Deus.
© 2004 Alexandre Robles
Fonte: http://www.alexandrerobles.com.br/a-conversao-nossa-de-cada-dia/
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Para ter uma ideia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=2SVXRPShMl0
A conversão é um processo de transformação da mente.
Precisamos entender e alimentar em nossa mente alguns princípios. Somente quando entendemos essas verdades é que há transformação em nós, não só de nossos comportamentos, mas de nosso caráter.
Porque o comportamento pode ser transformado a partir de regras e punições, sem necessariamente transformação do caráter.
Com Jesus na cruz havia dois criminosos e um deles teve revelação divina, no último instante de sua vida, para entender a Verdade que o libertou.
Ele entendeu o que todos devemos entender e que precisamos relembrar a cada dia, como em um processo contínuo de conversão.
Esse homem entendeu:
1. Que sua condenação era justa: precisamos entender que nosso pecado tem como sentença a morte, que somos pecadores, que declaramos independência de Deus, que decidimos nossos caminhos e dissemos que faríamos o mundo funcionar sem Ele. Precisamos confessar que o mundo está do jeito que está porque nós o fizemos assim e não porque Deus nos abandonou. O constante contato com nossa miséria nos fará mais próximos da Graça de Deus e do resultado desse encontro que é sempre a gratidão. Nós merecíamos a morte, mas Ele morreu para nos dar vida. Nada merecemos de bom nesta vida e portanto devemos ser gratos por tudo. Quem não tem consciência diária de seu pecado, passa a se relacionar com Deus fora da Graça, pela via da Lei e dos méritos.
2. Quais eram seus pecados: ele sabia porque estava pendurado em uma cruz, sabia quais eram seus crimes. Precisamos definir o que é pecado para que possamos focalizar nossa luta e confissão. Acontece que geralmente o que se entende por pecado é apenas quebra de leis e conveniências morais fabricadas pela religião, que estão ligadas a coisas que fazemos contra Deus. O pecado na cosmovisão evangélica se tornou uma ofensa contra Deus, algo abstrato, que culpa a alma e confunde a mente. Mas pecado não é algo cometido contra Deus, como se pudéssemos fazer qualquer coisa que o diminuísse. Pecado afeta e diminui o homem e a criação e por isso desagrada a Deus. Não é que Deus tem vontades e caprichos que são quebrados, mas que seus princípios servem para o bom funcionamento do próprio homem e quando quebrados afetam o próprio homem. Pecado então é o que faz mal a mim e ao próximo. O resto é convenção religiosa e social.
3. Que Jesus estava ao seu lado: e isso é surpreendente porque sua consciência de pecado era precisa e da justiça em merecer a morte também, mas a visão de sua miserabilidade não o impediu de falar com Jesus, de “apresentar-se a Ele”. Então nossa compreensão da presença de Deus precisa ser revista, para que assim como este homem, tenhamos coragem de falar com Jesus no meio do lamaçal de nossos pecados e de nossa miséria, porque não precisamos nos limpar antes para entrar na presença de Deus, mas enquanto estamos em sua presença é que somos limpos. É quando estamos em pecado que precisamos entrar em sua presença e não quando nos limparmos dele. Isso acontecia no serviço religioso de Israel, quando o sacerdote precisava se purificar para pedir perdão pelo pecado de todo o povo na presença de Deus, mas Cristo já fez isso por nós, Ele é o sacerdote puro que entrou na presença de Deus e de uma vez por todas limpou nossos pecados e por isso o véu foi rasgado.
Creio que há uma só forma de linguagem que nos aproxima de Deus.
Ela não prevê nenhuma ordem de comando a Deus como exigência de cumprimento de suas promessas, nem qualquer lamento humano que seja justo em sua argumentação, porque merecemos toda a morte que nossa rebeldia pôde conquistar e nenhuma bondade.
Apenas a gratidão de quem assume sua miséria, confessa seus pecados e se vê limpo pela graça é louvor aceitável a Deus.
© 2004 Alexandre Robles
Fonte: http://www.alexandrerobles.com.br/a-conversao-nossa-de-cada-dia/
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