November 30, 2013

Pureza de pensamento

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Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.

Filipenses 4:8

Nossa vida interior é um ecossistema que é tão sensível quanto o ecossistema do mundo visível no qual vivemos todos os nossos dias. Quando poluímos o mundo visível, a qualidade de nossa vida biológica baixa e perdemos a benção de um ecossistema saudável. Quando poluímos a nossa vida interior a qualidade da nossa vida interior e a qualidade do nosso amor baixam.

Nos anos 70 de século passado o autor Francis Schaeffer escreveu um livro chamado “Poluição e a Morte do Homem”. Escrito bem antes de todos os debates sobre aquecimento global e os movimentos radicais que faz o homem o grande mal e a natureza quase uma deusa, Schaeffer chamou a igreja a não participar do pecado de poluir a criação e assim ofender o Criador.

Schaeffer enfatizou que glorificamos o Criador quando cuidamos bem da criação. Ele chamou o uso da criação para ficar rico sem levar em conta o cuidado do ecossistema um pecado. Concordo com ele. Ele tinha toda razão de chamar a igreja a lutar contra a destruição da natureza que Deus criou.

A poluição da vida interior também é pecado porque a poluição interior impede o fluir do nosso amor. O efeito do pecado é sempre o mesmo. O amor para e não chega onde deve chegar. Pecar, na sua essência, é não amar a Deus e não amar ao próximo. A poluição interior impede este amor.

Glorificamos a Deus quando temos uma vida interior bem cuidada e limpa que permite o amor de Deus fluir sem barreiras através da nossa vida interior. Quando poluímos a nossa vida interior impedimos que o amor de Deus seja revelado em nossos relacionamentos. O amor de Deus em nós fica ausente dos nossos relacionamentos porque a nossa alma não consegue cooperar com Deus num ambiente tão sujo e poluído.

A igreja de Cristo não deve poluir o ecossistema visível ou invisível. Devemos cuidar bem de tudo ao nosso redor como um ato de louvor. Tudo em nós deve ser bem cuidado como um ato de louvor. Temos que chamar a igreja a não poluir nada e assim glorificar a Deus.

Devemos pensar nestas coisas!
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November 29, 2013

A parábola dos quatro solos

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E estando ele em Jerusalém pela Páscoa, durante a festa, muitos vendo os sinais que fazia, creram no seu nome. Mas o mesmo Jesus não confia neles, porque a todos conhecia; e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem.
João 2: 23-25
- pr. David Kornfield

Introdução
  • Como Jesus lhe vê hoje?
  • Como está o seu coração?
A parábola do semeador
Marcos 4: 3-20 

Eis que saiu o semeador a semear.
E aconteceu que semeando ele, uma parte da semente caiu junto do caminho, e vieram as aves do céu, e a comeram;
E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda;
Mas, saindo o sol, queimou-se; e, porque não tinha raiz, secou-se.
E outra caiu entre espinhos e, crescendo os espinhos, a sufocaram e não deu fruto.
E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro sessenta, e outro cem.
E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.
E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas,
Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas?
O que semeia, semeia a palavra;
E, os que estão junto do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo-a eles ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada nos seus corações.
E da mesma forma os que recebem a semente sobre pedregais; os quais, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem;
Mas não têm raiz em si mesmos, antes são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição, por causa da palavra, logo se escandalizam.
E outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra;
Mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.
E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra e a recebem, e dão fruto, um a trinta, outro a sessenta, outro a cem, por um.

Na parábola dos quatro solos, você se identifica mais com o duro, pedregoso, espinhoso ou frutífero?  Explique-se.

A.      Solo duro: a Palavra chega, mas nem adentra.
  • Recebe a Palavra, mas cinco minutos depois não lembra mais (Tg 1.22-25) 
  • A Palavra chega, mas a pessoa não reconhece a voz de Deus (Jo 10.1-8, 16) 
  • Solo seco – períodos secos em nossas vidas 
  • Coração endurecido – por feridas
          Como está seu coração?
  
B.      Solo pedregoso: superfície bonita, mas as raízes não conseguem penetrar. 
  • Recebe a Palavra com alegria, mas “não tem raiz em si mesmo” (Mt 13.21).  Esta pessoa é parecida às de João 2.23-25.
  • Existem raízes que competem com a semente da voz de Deus (Hb 12.15)
-- Raiz de amargura (Hb 12.15)
-- Raiz de inferioridade – o rei Saul
-- Raiz de rejeição – José de Egito
-- Raiz de ferida paterna – o rei Davi?
-- Raiz de impureza – Salomão
  •  Três pedras (ou raízes que competem): impureza moral, maldade e orgulho ou egocentrismo (falta de humildade) – Tg. 1.21.
  • Pessoa que não é finalizadora.
  • Parecido a construir sobre a areia sem alicerces (veja Lc 6.46-49)
          Como está seu coração?

C.  Solo espinhoso – as raízes crescem bem, mas a planta acaba sendo sufocada. 
  •  Terra boa, mas problemas acima da superfície.  Vida e mente visivelmente cheia de outras coisas.
  • Sufocado pelas preocupações...  falta de vida simples.
  • Sufocado pelas riquezas
  • Sufocado pelos prazeres desta vida
  • Ilustração de Salomão
         Como está seu coração?

D. Solo frutífero – descrito por Lucas com seis características (8.15)
  • Bom (grego: kalos): formoso, atraente, virtuoso em aparência ou utilidade, harmonioso.  Essa harmonia é traduzida “honesta” pela KJV e NAS em inglês.  Esta pessoa é atraente com uma vida harmoniosa.  O fruto do Espírito se manifesta naturalmente porque as fontes de água viva fluem nela. 
  • Generoso (grego: agathos): bom de dentro para fora, caráter sólido, integridade que produz resultados, qualidade de vida que transborda. Ex: Barnabé (At 11.24) 
  • Ouvinte da Palavra: discerne a voz de Deus, tem encontros divinos, deixa a Palavra agir de forma sobrenatural, penetrando até dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julgar os pensamentos e intenções do coração (Hb 4.12). Esta pessoa é sedenta, faminta para as coisas de Deus.  Procura e reconhece a voz dele, presta atenção e modifica sua vida segundo o que ouve.
  • Retentor da Palavra (grego: katechó): agarra, possui, se apega.  Nas palavras de Paulo, põe tudo à prova e fica com o que é bom (1 Ts 5.21).  Não abre mão. Faz diário espiritual. Ex.: Uma pessoa com solidez e prrofundidade que, quando arranhada, revela a graça de Deus; a Palavra de Deus manifesta.  Ela não apenas lê a Palavra, mas estuda, memoriza e medita nela. 
  • Frutífero: pratica o que recebe (Tg 1.22-25) e se multiplica.  Uma tradução descreve essa qualidade assim: “contando constantemente aos outros, que também logo crêem” (BV). Possui os frutos internos e externos do Espírito: internos – Gl 5: 22, 23 e externos de discípulos e seguidores – como nas quatro gerações de 2 Tm 2.1, 2.
  • Perseverante (grego: hupomoné): em circunstâncias adversas ou provações, não desiste; fiel (BV).  Esta pessoa estabelece projetos de vida, tanto vocacionais como ministeriais, tanto externos como internos.  Ela começa, caminha e finaliza.  Tem relacionamentos sólidos e duradouros.  Não pula de igreja em igreja.  É consistente e confiável em seus compromissos.  Em diversos momentos, tem a satisfação de dizer com Jesus, “Completei a obra que me deste para fazer” (Jo 17.4).
          Como está seu coração? 

Conclusão

Sozinho não! O solo dificilmente fica frutífero sem que alguém cuide dele.
  • 1 Co 3.5-9
  • Você tem alguém que cuida de seu coração?
Perguntas para reflexão e discussão:
  • Quais algumas conexões entre este estudo e os nove níveis de saúde emocional?
  • Com qual dos solos você mais se identifica?
  • O que precisa fazer baseado nisso?
  • Quem pode lhe ajudar para ter um coração com solo mais frutífero?
  • Você tem discípulos?  Está demonstrando os frutos externos do solo frutífero?
Fonte: http://www.nimbusoft.com/Ferramentas/Artigos/NoveN%C3%ADveisdeSa%C3%BAdeEmocional/APar%C3%A1boladosQuatroSolos/tabid/1368/Default.aspx

November 28, 2013

Viver de coração grato em resposta ao Amor

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“Não fostes vós que me escolhestes a Mim; pelo contrário, Eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça.”

João 15:16

Considere comigo o quanto somos preciosos para Deus: Ele nos escolheu em Cristo Jesus. Às vezes pensamos que somos insignificantes e fracos. Mas o fato é: fomos escolhidos por Deus, assim eu e você, temos grande valor para Ele.

Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar os fortes; e Deus escolheu as cousas humildes, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (I Coríntios 1:26-29).

Mas antes de nos chamar, Ele nos escolheu. E Deus sabia que às vezes iríamos falhar, mas mesmo assim Ele nos chamou.

A pergunta é: - Para que Deus me escolheu?
  • Deus me escolheu para que eu fosso parte de um povo de propriedade exclusiva dEle (Tito 2:14).
  • Deus me escolheu, para que eu fosse chamado filho de Deus (I João 3:1).
  • Ele me escolheu antes da fundação do mundo, para que eu fosse santo, irrepreensível perante Ele em amor. Ele me escolheu para louvor da glória da Sua graça. Ele me escolheu para derramar abundantemente a riqueza da Sua graça em mim (Efésios 1:4-8).
  • Ele me escolheu para por debaixo dos meus pés todas as coisas e ser Ele o cabeça da Igreja. (Efésios 1:22)
  • Ele me escolheu para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da Sua graça (Efésios 2:6).
  • Ele me escolheu para ser parte da família de Deus ( Efésios 2:19).
  • E Ele me escolheu para fazer em mim, infinitamente mais do que eu penso ou peço (Efésios 3:20). 
  • Por essas razões, procurai compreender qual a vontade do Senhor para nossas vidas (Efésios 5:17).
A segunda pergunta é: - Qual é a vontade de Deus para minha vida?
  • A vontade de Deus para minha vida é seguir a verdade em amor (Efésios 4:15).
  • A vontade de Deus para minha vida é que não saia da minha boca nenhuma palavra torpe. Não entristecer o Espírito Santo que me selou. Que eu não viva amargurado, irado, com cólera. Antes, sendo para com outros benigno, compassivo, perdoando aos outros, como Deus me perdoou em Cristo Jesus (Efésios 4:29-32).
  • A vontade de Deus para minha vida é a santificação (I Tessalonissenses 4:3).
  • A vontade de Deus para minha vida é que eu viva em paz com os outros (I Tessalonissenses 5:13). 
  • A vontade de Deus para minha vida é que eu ore sem cessar, que em tudo eu possa dar graças, regozijando sempre ( I Tessalonissenses 5:16-18).

Jesus disse: “Não fostes vós que me escolhestes e sim, Eu vos escolhi, e vos designei para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça” (João 15:16).

Pense nisto, você e eu temos valor para Deus hoje.

Quando você se sentir desprezado, humilhado ou rejeitado, lembre-se de que Deus aceitou você como é em Cristo Jesus. E mesmo que os outros nos considerem fracos e loucos, fomos escolhidos por Deus - e é isso que importa, o resto Deus cuida.

“Não fostes vós que me escolhestes a Mim; pelo contrário, Eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça.” (João 15:16).

Que Deus complete esta verdade em sua vida!

Fonte: http://www.ggwobrasil.org/devocionais/naofostesvosquemeescolhesteamim.pdf 

November 25, 2013

Escolhas

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Tem uma hora que é preciso deixar tudo para trás e seguir em frente.

Vitórias, derrotas, acertos, erros... a vida é feita disso mesmo.

Nem sempre é possível fazer as melhores escolhas, e quer saber?

No final é a sua vida; e as escolhas - com responsabilidades e consequências - são suas; e de mais ninguém.

PS- Precisa ser desafiado? Vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=8aoOAXqX6tA
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November 19, 2013

Preciso de Ti

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Preciso de ti
Preciso do teu perdão
Preciso de ti
Quebranta meu coração

Como a corça
Anseia por águas
Assim tenho sede

Como terra seca
Assim é minh'alma
Preciso de ti

Distante de ti, Senhor
Não posso viver
Não vale a pena existir

Escuta o meu clamor
Mais que o ar que eu respiro
Preciso de ti

Não posso esquecer
O que fizeste por mim
Como alto é o céu
Tua misericórdia é sem fim

Como um pai
Se compadece dos filhos
Assim tu me amas

Afasta as minhas
Transgressões
Preciso de ti

Distante de ti, Senhor...

E as lutas vem tentando me afastar de ti
Frieza e escuridão procuram me cegar

Mas, eu não vou desistir
Ajuda-me, Senhor
Eu quero permanecer
Contigo até o fim.


PS- Para ouvir a trilha, vai lá:  http://www.youtube.com/watch?v=Y2fw_dAIXMM
http://www.youtube.com/watch?v=5VUZ0ubA5co
http://www.youtube.com/watch?v=DgFRzX4gPZs

November 15, 2013

Reverência

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- Abraham Heschel

Existem duas maneiras principais pelas quais o homem se relaciona com o mundo que o cerca: a manipulação e a apreciação. Do primeiro modo ele vê aquilo que o cerca coisas a serem manobradas, forças a serem controladas, objetos a serem usados. Do segundo modo, ele vê no que o cerca coisas a serem conhecidas, compreendidas, avaliadas ou admiradas. É a mão que cria as ferramentas para o propósito da manipulação (manus significa mão) e são pelos ouvidos e pelos olhos que fazemos a apreciação. A aproximação depende da apreciação, enquanto que a manipulação é a causa da alienação.

Uma vida de manipulação distorce a imagem do mundo. A realidade está equacionada com a disponibilidade; aquilo que consigo manipular existe, aquilo que não consigo, não existe. Uma vida de manipulação é a morte da transcendência. A promessa se torna um pretexto, a verdade ficção, a lealdade uma tentativa, o sagrado uma mera convenção. Em vez de se maravilhar, ele tira uma foto; em vez de ouvir uma voz, ele a grava. Ele não enxerga o que lhe seria possível ver. Sua mente se tornou uma parede em vez de porta aberta para aquilo que é maior que sua capacidade de compreensão. Ele se tranca para fora do mundo, reduzindo toda a realidade a coisas banais e todo relacionamento a simples manipulação. Se manipulamos o que está disponível na superfície do mundo, deveríamos também nos deslumbrar diante do mistério do mundo.

O encantamento é mais do que uma emoção; é um modo de compreender, é um insight de um significado maior do que nós. O começo do encantamento é maravilhar-se e o começo da sabedoria é o encantamento. O encantamento é uma intuição da dignidade de todas as coisas, uma percepção de que as coisas não são apenas o que são. Encantamento é um senso de transcendência. Prive-se do seu senso de encantamento e deixe a presunção diminuir a sua capacidade de reverenciar, que o universo se tornará um mercado para você.A perda do encantamento evita o insight.

Uma volta à reverência é o primeiro pré-requisito para reviver a sabedoria.

Fonte: Quem é o Homem? - Abraham J. Heschel - págs. 94, 96 e 100.
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November 08, 2013

Santificação e integridade

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- Mario Fernandez

"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Tessalonicenses 5:23)

Ser santificado deve ser algo global, integral, sem distinção de alcance.

É possível estar com o corpo em santidade mas a alma na lama. Igualmente o espírito pode estar bem mas o corpo não se rende à santidade. Ou o ser humano se entrega por completo a ser santo, ou vai continuar sendo repreensível.

Interessante notar que com Deus é tudo ou nada e Ele nos fez assim também. Se somos compostos de corpo, alma e espírito como este versículo nos mostra, faz todo sentido que sejamos santificados nas três esferas para que possamos ser encontrados plenamente conservados.

Ser santificado no corpo significa mais do negar-se à prostituição, mas controlar seus impulsos, dar-se ao cuidado físico, zelar pela saúde, valorizar as capacidades físicas que tem e, claro, não se dar a promiscuidade.

Ser santificado na alma nos fala de emoções e sentimentos curados, de perdão, de relacionamentos alinhados (saudáveis), de vontade e disposição sarados para servir ao Reino de Deus. Talvez seja a santificação mais difícil de se atingir, pois é a mais subjetiva e a menos ensinável de todas.

Ser santificado no espírito está no âmbito sobrenatural, nos ensina sobre uma ligação direta com Deus de forma santificada. Isso é, na minha opinião, resultado direto de uma vida de oração e de uma alma rendida a Cristo.

Para completar, lembremos que o alvo disso tudo, especialmente da santificação, é estar preparado para o dia do Grande Encontro com o Senhor, aquilo que todo cristão deve aguardar ansiosamente, incansavelmente, mas também preparadamente.

A única preparação necessária, das quais todas as outras são consequência, salvo eu ter deixado passar alguma coisa, é a santidade.

“Senhor, ajuda-me a andar no caminho da santidade de forma integral, no corpo, na alma e no espírito.” 

Fonte: http://www.ichtus.com.br/dev/2013/04/11/santificacao-3/ 

PS- Precisa ser desafiado? Vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=-nLLIML7nF8
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November 04, 2013

Potencial nota 10 - como alcançá-lo?

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 A parábola do dinheiro investido

Mt 25

14. E também será como um homem que, ao sair de viagem, chamou seus servos e confiou-lhes os seus bens
15. A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a cada um de acordo com a sua capacidade. Em seguida partiu de viagem.
16. O que havia recebido cinco talentos saiu imediatamente, aplicou-os, e ganhou mais cinco.
17. Também o que tinha dois talentos ganhou mais dois.
18. Mas o que tinha recebido um talento saiu, cavou um buraco no chão e escondeu o dinheiro do seu senhor.
19. Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles.
20. O que tinha recebido cinco talentos trouxe os outros cinco e disse: ‘O senhor me confiou cinco talentos; veja, eu ganhei mais cinco’.
21. O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor! ’
22. Veio também o que tinha recebido dois talentos e disse: ‘O senhor me confiou dois talentos; veja, eu ganhei mais dois’.
23. O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor! ´
24. Por fim veio o que tinha recebido um talento e disse: ‘Eu sabia que o senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou.
25. Por isso, tive medo, saí e escondi o seu talento no chão. Veja, aqui está o que lhe pertence’.
26. O senhor respondeu: ‘Servo mau e negligente! Você sabia que eu colho onde não plantei e junto onde não semeei?
27. Então você devia ter confiado o meu dinheiro aos banqueiros, para que, quando eu voltasse, o recebesse de volta com juros.
28. ‘Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez.
29. Pois a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado.
30. E lancem fora o servo inútil nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes’.

- por Esther Carrenho

É a última parábola de Jesus antes da crucificação (Mateus). Sabendo que a sua hora era próxima, Jesus falou coisas que julgava serem muito importantes (“quem sabe viver bem, sabe morrer bem”). De cara vemos que Ele quis chamar atenção. Na época, o valor de 1 talento era equivalente a 18 anos de trabalho.

Hoje este talento pode ser um dom nato, desenvolvido ou espiritual.

Devemos prestar atenção tb no servo "preguiçoso", que pôs a culpa em seu senhor.  No texto vemos que o senhor antes de viajar, distribuiu os talentos CF A CAPACIDADE DE CADA UM. Muitas vezes a pessoa fica tão focada na vida do outro, se comparando ao invés de se perceber como SER UNICO (Deus nos criou únicos, não existe ninguém igual) e fica com ciúmes ou inveja (que é a 'filha' da admiração), desejando e querendo a vida do outro ao invés de desenvolver seu próprio potencial.

Antes de desenvolver-se, você precisa saber QUEM É VOCÊ (autoconhecimento).

"Quem não tem, até o que lhe tem será tirado" - a pessoa que negligencia, que é letárgica, ela se torna inútil pois fica acomodada, parada na zona de conforto e não enfrenta riscos. Não é nem questão de usar mal o seu talento, é nem usar!

A habilidade é a VIDA (movimentos internos e externos, que precisam estar sincronizados para crescer). Vc tem batalhas? Está se desenvolvendo? Tem atitude?

Tem pessoas que se "enterram" internamente - nunca tem novidade, sempre são "vítimas" e assim anulam o próprio potencial. É preciso desenvolver o potencial, a sua vocação e o seu caráter através das 9 partes do fruto do Espírito (Gálatas 5: 22 e 23)!!!

Muitas vezes a pessoa não se desenvolve porque tem uma percepção distorcida, ela não consegue enxergar a verdade. Muitas vezes o medo leva a gente a ver fantasmas onde eles não existem. É preciso diferenciar o MEDO x PRUDÊNCIA (riscos calculados) - lembre-se de que o Inimigo é o pai da mentira, da distorção, então devemos pedir discernimento ao Senhor.

Existem vários tipos de medo: da rejeição, do sucesso (inconscientemente a pessoa se sabota). Ela tem medo de expor seus acertos e tentativas (a gente só acerta quando tb erra).

Na mais tenra idade, aprendemos com nossos erros; é na brincadeira que aprendemos a correr riscos e em alguns casos, os pais não tem maturidade e fazem com que os filhos cresçam achando que não tem capacidade e estes, quando adultos, se tornam inseguros por causa de crítica, indiferença, falta de aprovação, comparação etc...

O único medo que devemos ter "medo" é a covardia porque NÃO vem de Deus.

Para desenvolver o seu potencial é preciso:
  • identificar o medo;
  • compartilhar com alguém confiável;
  • usar os recursos disponíveis; e
  • aceitar que o ser humano tem medo (na Bíblia aparece 365 vezes a expressão "não temas") sendo que 90% dos nossos medos não acontecem!
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November 02, 2013

Dia dos mortos e dia dos vivos

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- Contardo Calligaris

Mesmo estando em Veneza, não passei pelo cemitério de San Michele no dia dos mortos.

Se eu fosse até lá no dia 2, teria visitado um amigo dos meus pais, que mal se lembraria de mim, e alguns ilustres: Stravinsky, Joseph Brodsky, que é um poeta que me toca e escreveu um livro lindo sobre Veneza ("Marca d'Água", Cosac Naify), e Franco Basaglia, que desencadeou o movimento antipsiquiátrico, no hospital de Gorizia.

É provável que as visitas aos cemitérios se tornem cada vez mais raras. Além de um túmulo concreto, muitos já erigem monumentos virtuais para seus entes queridos, e visitar os mortos, no futuro, talvez signifique passear por um lugar virtual: rever fotos e textos, lembrar-se e deixar um pensamento (há sites para isso, cemitérios virtuais -- peoplememory.com, por exemplo).

Na Itália, há também cemitérios reais em que, graças a câmeras filmando ao vivo, é possível visitar qualquer tumba virtualmente, sem sequer sair de casa (a coisa começou, aliás, com os cemitérios de lugares com forte índice de emigração, de modo que netos e bisnetos do outro lado do mar pudessem visitar "i nonni").

Mas a razão pela qual não visitei San Michele é outra. Especialmente em Veneza, para mim, os mortos não estão separados dos vivos. Claro, Napoleão chegou até aqui e instituiu os cemitérios (entre eles San Michele), proibindo que os mortos fossem sepultados perto dos vivos.

Mas meu pai pensava diferente de Napoleão; para ele, a presença dos mortos não tinha por que ser pavorosa ou insalubre --ao contrário, ela só enriquecia nossa vida.

Meu pai queria que eu me interessasse pelas pedras da cidade, por sua arte e por sua história. O jeito que ele encontrou foi me seduzir com histórias (algumas verdadeiras, outras --suspeito-- inventadas).

Em Veneza, há mais de uma rua dos assassinos, mais de um "malcantón" (canto ruim), mais de uma ponte do diabo ou dos esquartejados. De todos esses lugares, uma lenda explica o nome. Mesma coisa para cada pedra estranha no meio da calçada, cada busto de anjo ou de diabo num muro. Para quem cresceu ouvindo essas histórias, o passado é uma outra dimensão, quase presente, visível, e a cidade é povoada pelas sombras dos que foram.

Por exemplo, visitei a parte da Bienal de Arte que é apresentada no antigo Arsenal. Artistas contemporâneos mostram suas obras, inclusive ao ar livre, nas docas onde eram construídos os navios da República. Reis e poderosos, passando por Veneza, sempre eram convidados a festas no Arsenal, que duravam uma tarde, para eles constatarem que, numa tarde, Veneza conseguia construir um navio. Pois bem, no Arsenal, misturo-me à fauna variada da Bienal, mas nunca deixo de enxergar, no fundo, o trabalho dos obreiros que terminavam uma galera num dia só.

Uma vez, passeando pelas Fondamenta delle Zattere num fim de tarde, meu pai me mostrou o enorme edifício do moinho Stucky, abandonado. Ele apontou luzes trêmulas nas janelas escuras. Eu não enxerguei nada, mas aprendi que aquelas eram as chamas que assinalavam o lugar onde jazia a beata Giuliana de Collalto, esquecida na vala comum das freiras de seu mosteiro, no fim do século 13.

Nada demais, só que o mosteiro de Giuliana tinha sido demolido e, no seu lugar, surgia, justamente, o moinho Stucky, uma gigantesca oficina neogótica. Ora, em 1910, o próprio Stucky foi assassinado e, em 2003, o moinho, antes de se tornar mega-hotel, sofreu um grave incêndio. Talvez tenha sido Giuliana de Collalto; talvez e mais provável, tenha sido a sombra de John Ruskin voltando para defender o gótico de sua Veneza amada contra o horror neogótico do Stucky.

Seja como for, no dia dos mortos, não precisamos visitar os cemitérios porque nossos mortos já estão entre nós (ou dentro de nós). E não é necessário ter medo: eles, em tese, estão do nosso lado e contra nossos inimigos. Por quê?

A melhor resposta é a de Cinqué, na versão que Steven Spielberg filmou da história do navio "Amistad".

No filme, Cinqué explica a John Quincy Adams (seu advogado) que ele chamará seus antepassados para que o ajudem na hora do processo no qual será decidido se ele ganhará sua liberdade de volta ou continuará escravo. Cinqué afirma com clareza e convicção que os antepassados não poderão deixar de vir para ajudá-lo, por uma razão simples: ele, Cinqué, é a única razão de eles terem existido.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2013/11/1367874-dia-dos-mortos-e-dia-dos-vivos.shtml
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