March 06, 2014

Desabafo

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Chérie, tudo bem?

Desculpe o sumiço, mas estava meio perturbada (nessas horas gosto de ficar quieta)...

Tenho pensando na nossa inabilidade de relacionar... Pleno século 21, com tanta tecnologia, tanta fartura de ruídos, e a gente continua igual - ou até pior - na capacidade de comunicar amor, respeito e apreço.

Por que a gente consegue ser tão bacana com estranhos, clientes... e com as pessoas mais caras a gente oferece nosso pior? Não deveria ser o contrário?

Ultimamente, o que mais tenho visto são corações partidos: pais, filhos, casais, amigos... Muita gente rodeada de pessoas, mas sozinha por dentro.

Perdemos nossa capacidade de ser amigo, não temos paciência com os outros e com nós mesmos, e vivemos como se o mundo girasse em torno dos nossos problemas (como se o universo se restringisse ao nosso umbigo).

Faz sentido ir ao terapeuta porque você não consegue ser você diante das pessoas que te cercam?

Numa época em que o barato é ser gratuito, até as relações perderam o valor.

E com a falta de tempo, ninguém mais reflete se é isto mesmo que quer; liga a vida no piloto automático e vamos-que-vamos.

Precisa ser assim? Não dá para ser diferente?

Perdemos a capacidade de nos encantar, de indignar, de nos entregar de corpo e alma, de ir até as últimas consequências (quem não ama, não sofre)... E assim vamos vivendo uma vidinha mais-ou-menos, porque todo mundo vive assim (igual gado no caminho para o matadouro), enganando aos outros e a nós mesmos de que está tudo ótimo.

Está mesmo?

Acho que precisamos ser curados de nossa miopia, precisamos voltar a olhar para o Alto e perceber que os céus e a terra proclamam a glória de Deus (Sl 19).

Não estou conclamando ninguém a se tornar utópico, mas em sair do lugar apertado que nós mesmos nos colocamos para irmos além.

Viver é mais que sobreviver.

Viver é muito perigoso.

Mas quem tem consciência, sabe que a vida vale a pena e que dar valor ao que de fato importa é o 1o passo para mudar o jogo.

Tá interessado?

Bom, desculpe despejar o caminhão de mexerica... mas às vezes ser duro é muito mais um sinal de amor do que continuar omisso e entrar no jogo nocivo do faz-de-conta.

Estou cansada, mas quero mudar.

Se você precisar de companhia, conte comigo.

Bjs,

KT
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