Gratidão
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- Mário Fernandez
“Não haja obscenidade nem conversas tolas nem gracejos imorais,
que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ação de graças” (Efésios
5:4)
- Mário Fernandez
Nesta meditação quero me ater ao positivo do que o apóstolo Paulo nos
incentiva neste versículo - as ações de graças. Nem preciso explicar o
que sejam obscenidades e conversas tolas, pois quero me ater ao
positivo. Se nos dedicarmos fiel e firmemente às ações de graças, não
sobrará tempo nem vigor para os inconvenientes.
Se as ações são de graças, a primeira coisa que precisamos é
gratidão. Ser grato é reconhecer e externar de alguma forma este
reconhecimento, por algo que foi feito. Não se agradece por algo que
sabemos que não existe, nem por algo que não damos valor. O sentimento
de gratidão portanto é algo que precisa vir de dentro pra fora e mais
ainda, precisa ser alimentado. Alimentamos nosso senso de gratidão
observando as obras de Deus ao nosso redor, como também ouvindo
testemunho que quem foi abençoado e, principalmente, lendo na Palavra de
Deus as maravilhas que Ele fez. Alimentamos nossa gratidão mantendo na
memória aquilo que nos dá esperança, nutrindo confianças nas Promessas
do Pai. Nossa gratidão não vai crescer espontaneamente, nem assistindo
televisão ou ficando pendurado na internet e coisas do gênero - coisas
que apesar de até poderem abençoar, não creio que levem à gratidão.
Depois, não menos importante, vem a humildade. Quem se acha bom
demais não reconhece o que “outros” fazem. Isso é trágico, por que vem
daí a incapacidade de reconhecer que é Deus Todo Poderoso quem nos dá
vida, ar para respirar, nos dá tudo o que precisamos e ainda mais. Quem
não sente gratidão deve examinar seu coração de maneira sincera, pois
existe uma chance real de ter uma raiz de orgulho que o está impedindo
de reconhecer o quanto Deus é maravilhoso em todas as Suas obras. Uma
pessoa humilde pode ter uma autoestima considerável e ainda assim
reconhecer que não poderia ter criado os céus e a Terra. Ser humilde não
é, nem nunca foi, sinônimo de anulação ou depressão. O mesmo Senhor
Jesus de Nazaré disse “sou manso e humilde” e disse “toda autoridade Me
foi dada no céu e na Terra”. É preciso equilíbrio.
Finalmente, para não deixar passar em branco, há o bom senso. Uma
comparação simples entre duas coisas permite uma percepção simples das
diferenças entre elas; já uma comparação bem detalhada permite uma
percepção bem detalhada. Com que comparamos as obras de Deus? Com que
comparamos seus feitos? Sinceramente, devemos nos examinar melhor. Tenho
conversado com algumas pessoas incrédulas e percebido que
instintivamente, ainda que não de forma explícita, comparam as obras de
Deus com as obras dos homens e muitas vezes com as suas próprias. É como
dizer “eu faria melhor do que Deus”. Voltamos ao ponto da humildade,
sim, mas perdemos o bom senso. Uma coisa é dizer “Deus não é como homem
para mentir” e outra coisa é dizer “Deus não liga para mim”. Na primeira
a comparação é para identificar, na segunda é apenas uma afirmação que
pode ser entendida como uma afronta, pois Deus disse que nos ama.
É
preciso ser razoável e ter bom senso, isso não é pecado. Se assim
procedermos, seremos mais gratos a Deus, pois a constatação da razão é
de que nada se compara a Ele e seus feitos. Sejamos agradecidos, em vez de gastar nosso tempo com tolices.
"Senhor, me perdoa por não perceber ou não reconhecer Tua boa mão
sobre nossas vidas. Eu quero melhorar nisso, preciso da Tua ajuda.
Ensina-me a ser agradecido em vez de tagarelar sobre o que não edifica.
Preciso de Ti."
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