Chamados à sensibilidade
- Jeverton Magrão Ledo
Diante de um mundo onde a maior parte do tempo estamos em total e completo desinteresse pelo próximo e mergulhados em nós mesmos, muitos são levados a pensar em por que se preocupar com as pessoas, com suas necessidades e mazelas. A sociedade nos impulsiona cada vez mais a corrermos atrás de nossos interesses sem dar a mínima para o fato de milhares de pessoas não terem nenhum tipo de condição para uma vida digna.
Hoje temos um olhar míope quanto ao que realmente tem valor. O foco de Cristo sempre esteve nas pessoas. Creio que precisamos ajustar nossa visão. Confesso que sou meio avesso a política partidária, mas não indiferente às necessidades humanas.
À medida que a sociedade se moderniza, cada um de nós precisa de um esforço ainda maior para permanecer fiel as nossas convicções. Cabe aqui uma pergunta: como cristão, quais são suas convicções?
A sensibilidade, a compaixão, o mover-se em direção ao outro é um exercício diário.
Tenho certeza que muitos correm o risco de não desenvolverem a sensibilidade pelo simples fato de acharem que isso pode ser uma fraqueza. O ato de se compadecer do outro, de estender a mão, abrir mão de si mesmo e de seus interesses é nada mais nada menos do que colocar em prática o maior de todos os mandamentos - amar o próximo como a si mesmo. Ficar alheio ou viver como se nossas cidades fossem apenas cartões postais não mostra um cristianismo que deve ter como principal bandeira o ser humano.
Milhares de pessoas estão por aí precisando que suas vidas sejam transformadas. Essas, em sua maioria, vivem à margem de uma sociedade separatista. Um dos caminhos que leva a mudança, somente alcançada quando assumimos nosso papel como agentes de transformação, é o engajamento em organizações e movimentos que buscam a inclusão. Então, mobilize-se, seja um integrante nessa luta.
As pessoas devem estar acima de qualquer outro interesse. Devem sempre ser o alvo de nosso amor. Ao caminhar, preste um pouco mais de atenção ao seu redor. Ao fazer isso, verá que sempre existirá alguém precisando de você.
O reino é vida; evangelho é relacionamento. Eu, você, o mundo, somos o foco do amor de Deus.
Se sua vida faz sentido, dê também sentido a vida daqueles que estão sem rumo.
Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/321/chamados-a-sensibilidade
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