Ó Deus, dá-me surpresas!
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Segundo Paulo, Deus deve ser louvado porque ele
“pode fazer muito mais do que nós pedimos ou até pensamos” (Ef 3.20).Precisamos acreditar nisso. Por serem graças adicionais, além do que pedimos ou até pensamos, esse “muito mais” são surpresas da parte de Deus.
Surpresas são
acontecimentos não previstos, não pensados, não esperados, não
agendados, não programados. São coisas novas que nos deixam
surpreendidos, admirados, perplexos e profundamente agradecidos. Em
geral, não damos espaço para surpresas na elaboração de algum roteiro,
projeto ou intento.
Preferimos lidar mais com fatos do que com dados
empíricos. Deixamos a fé de lado, deixamos Deus de lado, deixamos as
surpresas da graça de lado. Deveríamos não só contar com o “muito mais”
de Deus mesmo sem saber exatamente o que vai acontecer, mas também orar
por surpresas.
Nada nos impede de fazer esta oração: “Ó Deus, dá-me
surpresas!”.
A história bíblica está cheia de surpresas:
Embora
tivesse certeza de que Deus providenciaria alguma coisa, Abraão não
esperava encontrar um carneiro preso pelos chifres num arbusto no monte
Moriá, exatamente na hora em que imolaria o próprio filho (Gn 22.8).
Os
irmãos de José não esperavam que ele continuasse vivo nem, menos ainda,
que fosse a pessoa mais importante do Egito depois do Faraó (Gn
45.4-28).
Moisés não esperava
de forma alguma o episódio da sarça ardente na terra de Midiã, que o fez
voltar para o Egito e levar o povo de Israel para a terra de Canaã (Êx
3.1-22).
O povo de Israel não
esperava a abertura do mar Vermelho nem as providências de Deus durante
os quarenta anos de êxodo, como o maná diário, a nuvem que servia de
guarda-sol e a coluna de fogo que iluminava todo o arraial (Êx 14.1-3).
Os
acusadores da mulher adúltera e ela mesma não esperavam o desenrolar
dos fatos, que trouxeram condenação para eles e perdão para ela (Jo
8.7-8).
A mulher samaritana não esperava que aquele estranho cansado, empoeirado, suado e sedento fosse o Messias esperado (Jo 4.26).
Maria
e Marta contavam com a ressurreição do “último dia”, mas em absoluto
não esperavam a ressurreição de Lázaro quatro dias depois da morte dele
(Jo 11.23-27).
As mulheres da
Galileia não imaginavam encontrar o túmulo de Jesus destampado e vazio,
nem os dois discípulos a caminho de Emaús e os apóstolos esperavam a
prometida ressurreição de Jesus (Lc 24.1-49).
Saulo,
com a bolsa cheia de cartas de apresentação às sinagogas de Damasco
autorizando-o a algemar e a levar para Jerusalém os cristãos que por ali
encontrasse, jamais poderia esperar que, à porta da cidade, se
encontrasse pessoalmente com Jesus e viesse a ser o seu mais notável
teólogo e missionário (At 9.21).
Embora
orassem com fervor a favor de Pedro, os irmãos de Jerusalém não
esperavam que o apóstolo fosse solto tão depressa e de forma tão
sensacional (At 12.13-17).
As
surpresas fazem parte da caminhada da Igreja. Porém, a maior de todas
ainda não aconteceu. Está para acontecer na plenitude da salvação, por
ocasião da parúsia, quando o Senhor voltar em poder e muita glória. Está
escrito:
Olho nenhum viu,
Ouvido nenhum ouviu,
Mente nenhuma imaginou
o que Deus preparou para aqueles que o amam(1Co 2.9, NVI).
Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/353/o-deus-da-me-surpresas
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