December 08, 2015

Prisões

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- Jefferson 'Magrão' Ledo

O silêncio, o quarto, os pensamentos e as divagações que querem romper o aprisionamento interior. Vivemos em gaiolas?

Interessante que nosso discurso é o de que somos livres, e vivemos a liberdade como pássaros que se lançam pelos céus.

Deparo-me com uma realidade bem diferente: pessoas encarceradas e prisioneiras de si mesmas, sonhos arquivados em estantes de aço enferrujado, um certo medo de se analisar, como em um mergulho no mar profundo – o seu próprio eu.

Estamos em meio a boicotes existenciais?

Não sabemos para onde ir e o que fazer?

Cada vez mais nos deixamos ser massacrados por pressões, horários, cumprimentos de agendas cada vez mais apertadas e, o pior de todos, o pavor do “não posso falhar”.

Não! Não!

Por que é cada vez mais difícil encarar o não sei, não posso, não curto, não quero ser assim?

Por quê?

Onde vive essa tal liberdade, se nosso interior está trancado a sete chaves e sigo minha jornada buscando uma aceitação que está fadada a ficar pela estrada?

Em minha autoanálise, percebo que é tempo de quebrar as correntes, esvaziar a mochila pesada e – por que não? – resignificar esse estilo de vida moldado por padrões estereotipados, mesclados em preconceitos, pré-análises, discursos cheios de verdades pessoais e incoerências vestidas de experiência.

Desconstrua, liberte-se!

A vida não pode ser recriada, mas deve ser vivida e vivenciada na perspectiva da restauração do elo que foi quebrado.

Ao encararmos que quebramos, estamos quebrados e distanciados da essência do ser criado, a distância se encurtará, permitindo assim um experimentar o aprendizado, com um passado não mais aprisionador, um futuro que gera esperança e o passeio pela plenitude do presente.

Fonte: http://ultimato.com.br/sites/jovem/2015/08/19/prisoes/ 

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=EkAr-kM1-z0
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