Medo e ressurreição
.
- Ricardo Barbosa
O medo é a força que move nossas vidas, que molda nossas escolhas, que nos impulsiona ou nos paralisa.
Temos medo da solidão, de não ser amado ou ser abandonado. Sofremos com o medo da rejeição e do preconceito. Temos medo de escolher a profissão errada, e dedicar o resto da vida numa atividade frustrante. Temos medo de viver em função dos outros, como também o medo de romper com os outros e mergulhar na solidão. Medo de não encontrar a pessoa certa para casar, ou o medo de encontrar e o casamento fracassar. Medo de não ter filhos, e medo de tê-los e não conseguir educá-los direito ou mesmo perdê-los. Medo de perder oportunidades profissionais e o medo de abraçá-las e sofrer uma grande frustração. Pensamos na aposentadoria e temos medo de não ter recurso suficiente para viver dignamente, ou ter os recursos e seguir vivendo uma vida medíocre.
Se tentamos artificialmente negar estes medos eles vão pipocando em outros lugares e outras experiências. No fim de tudo, sofremos o medo da morte.
O evangelho de Jesus é oferecido num contexto de vida como o nosso. O império romano oprimia os cristãos com diversas ameaças. A escravidão, o sincretismo religioso, as orgias e pornografias, a corrupção, a mentira e a violência, eram realidades com as quais os cristãos tinham que conviver.
Os cristãos viviam, compravam e trabalhavam num contexto assim. Os riscos em relação à saúde, segurança e integridade eram grandes. O medo estava presente no ar que respiravam. O nosso mundo não é diferente.
Não gostamos do medo, mas também não conhecemos outro lugar para viver.
Na ressurreição de Jesus ouvimos Deus, anjos, profetas e apóstolos dizerem: “não temas”: “Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia” Mt. 28:19; “Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E, dizendo isto, lhes mostrou as mãos e o lado. Alegraram-se, portanto, os discípulos ao verem o Senhor. Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” Jo. 20:19- 21. “Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último” Ap. 1:17.
O Deus que criou todas as coisas é o Agenda da Igreja Deus que ressuscitou Jesus dos mortos, é o Deus que nos chama para segui-lo e é o Deus que nos diz: não temas, não tenha medo.
Crer na ressurreição de Jesus não significa crer apenas na verdade acerca de sua ressurreição física. Esta verdade é central na fé cristã, porém ela aponta para algo além, para o Deus que é o responsável por ela. Crer neste Deus é crer num Deus que tem o poder sobre a morte.
A ressurreição é a revelação do poder e amor do Deus que realiza seus propósitos redentores.
O apóstolo Paulo viveu experiências difíceis, sofreu açoites e prisões. Uma destas experiências que ele viveu, aconteceu na Turquia, e o levou ao desespero. Ele diz: “Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos” (2 Co. 1:8 e 9).
O mesmo Paulo, que por várias vezes havia demonstrado grande coragem em diversas situações difíceis, descreve que nesta situação específica, que ele chegou no fim de suas forças, no profundo desespero. Será que Paulo não confiava em Deus antes? Certamente sim. Ele já seguia a Cristo por muitos anos, mas agora ele entende, num nível mais profundo e pessoal, o que significa seguir o Senhor crucificado e ressurreto. Como resultado, ele para de se preocupar consigo, com o sucesso do seu trabalho, com a produtividade do seu ministério, e volta a confiar no Senhor.
- Ricardo Barbosa
O medo é a força que move nossas vidas, que molda nossas escolhas, que nos impulsiona ou nos paralisa.
Temos medo da solidão, de não ser amado ou ser abandonado. Sofremos com o medo da rejeição e do preconceito. Temos medo de escolher a profissão errada, e dedicar o resto da vida numa atividade frustrante. Temos medo de viver em função dos outros, como também o medo de romper com os outros e mergulhar na solidão. Medo de não encontrar a pessoa certa para casar, ou o medo de encontrar e o casamento fracassar. Medo de não ter filhos, e medo de tê-los e não conseguir educá-los direito ou mesmo perdê-los. Medo de perder oportunidades profissionais e o medo de abraçá-las e sofrer uma grande frustração. Pensamos na aposentadoria e temos medo de não ter recurso suficiente para viver dignamente, ou ter os recursos e seguir vivendo uma vida medíocre.
Se tentamos artificialmente negar estes medos eles vão pipocando em outros lugares e outras experiências. No fim de tudo, sofremos o medo da morte.
O evangelho de Jesus é oferecido num contexto de vida como o nosso. O império romano oprimia os cristãos com diversas ameaças. A escravidão, o sincretismo religioso, as orgias e pornografias, a corrupção, a mentira e a violência, eram realidades com as quais os cristãos tinham que conviver.
Os cristãos viviam, compravam e trabalhavam num contexto assim. Os riscos em relação à saúde, segurança e integridade eram grandes. O medo estava presente no ar que respiravam. O nosso mundo não é diferente.
Não gostamos do medo, mas também não conhecemos outro lugar para viver.
Na ressurreição de Jesus ouvimos Deus, anjos, profetas e apóstolos dizerem: “não temas”: “Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia” Mt. 28:19; “Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E, dizendo isto, lhes mostrou as mãos e o lado. Alegraram-se, portanto, os discípulos ao verem o Senhor. Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” Jo. 20:19- 21. “Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último” Ap. 1:17.
O Deus que criou todas as coisas é o Agenda da Igreja Deus que ressuscitou Jesus dos mortos, é o Deus que nos chama para segui-lo e é o Deus que nos diz: não temas, não tenha medo.
Crer na ressurreição de Jesus não significa crer apenas na verdade acerca de sua ressurreição física. Esta verdade é central na fé cristã, porém ela aponta para algo além, para o Deus que é o responsável por ela. Crer neste Deus é crer num Deus que tem o poder sobre a morte.
A ressurreição é a revelação do poder e amor do Deus que realiza seus propósitos redentores.
O apóstolo Paulo viveu experiências difíceis, sofreu açoites e prisões. Uma destas experiências que ele viveu, aconteceu na Turquia, e o levou ao desespero. Ele diz: “Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos” (2 Co. 1:8 e 9).
O mesmo Paulo, que por várias vezes havia demonstrado grande coragem em diversas situações difíceis, descreve que nesta situação específica, que ele chegou no fim de suas forças, no profundo desespero. Será que Paulo não confiava em Deus antes? Certamente sim. Ele já seguia a Cristo por muitos anos, mas agora ele entende, num nível mais profundo e pessoal, o que significa seguir o Senhor crucificado e ressurreto. Como resultado, ele para de se preocupar consigo, com o sucesso do seu trabalho, com a produtividade do seu ministério, e volta a confiar no Senhor.
Vivemos estágios diferentes de crises e de emoções onde novas experiências com o evangelho de Cristo são requeridas.
Crer na ressurreição é entrar num mundo onde Deus reina, e seu governo não tem fim. Mesmo vivendo num mundo onde as ameaças são constantes, podemos viver livres do medo que torna nossas vidas tão medíocres. Esta nova confiança não é fácil. Porém, a mensagem do evangelho, a palavra do Deus vivo que venceu a morte, que nos alcança nas profundezas do desespero, do medo, e nos faz ver as marcas nas mãos do Senhor e ele sopra sobre nós a sua paz.
Somos chamados a viver movidos pela fé e não pelo medo.
Isto muitas vezes acontece somente quando chegamos ao fim, onde todos os nossos recursos se esgotaram. E, enquanto não aprendemos a viver sem o medo, teremos dificuldade de seguir a Jesus.
Crer na ressurreição é entrar num mundo onde Deus reina, e seu governo não tem fim. Mesmo vivendo num mundo onde as ameaças são constantes, podemos viver livres do medo que torna nossas vidas tão medíocres. Esta nova confiança não é fácil. Porém, a mensagem do evangelho, a palavra do Deus vivo que venceu a morte, que nos alcança nas profundezas do desespero, do medo, e nos faz ver as marcas nas mãos do Senhor e ele sopra sobre nós a sua paz.
Somos chamados a viver movidos pela fé e não pelo medo.
Isto muitas vezes acontece somente quando chegamos ao fim, onde todos os nossos recursos se esgotaram. E, enquanto não aprendemos a viver sem o medo, teremos dificuldade de seguir a Jesus.
Fonte: http://www.ippdf.com.br/comunidade/boletim-da-semana/ressurreicao-e-medos/
0 Comments:
Post a Comment
Note: Only a member of this blog may post a comment.
<< Home