A Revelação do Amor de Deus
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- Ricardo Barbosa
Neste mês celebramos a promessa do amor de Deus revelada em Jesus Cristo. Há um hino que cantamos e que gosto muito que diz: “Por amor, Deus se revelou, homem se tornou, neste mundo andou…” e o autor prossegue afirmando que tudo o que Deus fez por meio de Cristo, o fez por amor a nós. A encarnação de Cristo foi uma das ações mais impressionantes na revelação da natureza do amor divino: Deus se fez homem e habitou entre nós.
Um dos grandes mistérios do cristianismo é o natal de Cristo. Seu nascimento virginal, sua natureza divina e humana, sua humilhação, tudo isto nos coloca prostrados em absoluta reverência. Diante deste mistério, o apóstolo Paulo escreve um poema de profunda beleza:
“Pois ele, subsistindo em forma de Deus,
não julgou como usurpação o ser igual a Deus;
antes, a si mesmo se esvaziou,
assumindo a forma de servo,
tornando-se em semelhança de homens;
e, reconhecido em figura humana,
a si mesmo se humilhou,
tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira
e lhe deu o nome que está acima de todo nome,
para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho,
nos céus, na terra e debaixo da terra,
e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor,
para glória de Deus Pai.”
A criança da manjedoura de Belém é Deus, o Deus criador de todas as coisas. O Rei dos reis e Senhor dos senhores. Sendo Deus, abriu mão do que era, para habitar num corpo humano e frágil como o nosso e, voluntariamente, escolheu viver entre nós, não como um Deus, mas como um homem, e fez isto por amor a nós.
Escolheu viver entre nós como um servo, ouvindo, tocando, curando, abençoando, perdoando, ensinando, doando e salvando. Enquanto viveu entre nós, ele nos deu exemplo de simplicidade, mansidão, humildade, generosidade e sacrifício, e foi obediente ao Pai até sua morte. Fez tudo isto para nos revelar seu grande amor e nos apontar um novo caminho, uma nova vida, um novo jeito de ser.
Veio a nós mesmo sabendo que somos pecadores, criaturas feitas por Deus e para Deus, mas que preferiram seguir seu próprio caminho, dando as costas ao Criador. Veio a nós sabendo que somos desobedientes, que amamos mais o mundo e suas ilusões, suas riquezas e futilidades, do que a Deus e o próximo. Veio a nós sabendo que seria rejeitado, e humilhado, e ainda assim nos amou até o fim. Ao subir no calvário, ele tomou para si a culpa que era nossa, assumindo como seu o nosso pecado, fazendo-se pecador em nosso lugar. O apóstolo Paulo nos afirma que “Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”.
O amor divino não é algo abstrato, subjetivo, um “sentimento espiritual” vago. O nascimento de Cristo revela o amor divino de forma real, histórica e concreta. É assim que o evangelista João expressa a natureza desta amor ao afirmar: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para quer todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. Deus amou de tal forma que deu. É assim que o amor divino se revela.
O natal e a páscoa são os dois grandes eventos da história da redenção que revelam de forma clara o grande amor de Deus. É a compreensão deste amor que deve nos constranger a servi-lo mais, a nos doar mais, a amar e perdoar mais. Foi a compreensão deste amor que fez com que Paulo se entregasse a Cristo numa comunhão intensa e verdadeira, de forma que a vida de Cristo o envolveu numa nova dinâmica a ponto dele dizer: Já não sou em quem vive, mas Cristo vive em mim”.
Toda ação de Deus a nosso favor foi movida por esta força poderosa do seu amor. Esta é a razão pela qual Cristo veio a nós, viveu entre nós e morreu por nós. A pergunta que precisamos nos fazer neste tempo do advento é: Como temos respondido a este amor? De que forma temos nos deixado tocar por ele? Este é o único amor que liberta, salva, cura e transforma o coração pecador, adoecido, carente e apático num coração que arde e brilha em Cristo Jesus.
Fonte: http://www.ippdf.com.br/comunidade/boletim-da-semana/a-revelacao-do-amor-de-deus-2/
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