April 18, 2017

Você vive pela carreira, comida e conta corrente, somente?


Uma canção nos anos 80 já alertava:


"É Meu, somente Meu todo o trabalho
E o teu trabalho é descansar em Mim..." 


O frenesi do possuir me levará a trabalhar, trabalhar, trabalhar cada vez mais.


Nossa procura pode ser baseada na seguinte proposta: Onde está dando dinheiro, qual é o próximo modelo que me permitirá ganhar centenas, milhares de reais? Tenho de conquistar, o tempo está passando muito rápido e ainda não tenho tudo aquilo que eu planejei para minha vida.


Como consultor financeiro já atendi pessoas que são viciadas em trabalho, trabalham durante o maior tempo possível.


Para um mundo capitalista tais pessoas se tornam exemplos a serem copiadas. Porém os profissionais que cuidam do emocional, das relações humanas tem percebidos os malefícios dos "workaholic", os viciados em trabalho.


O governo japonês tem criado mecanismos para que seus trabalhadores fiquem em casa mais tempo com a família através da sexta feira prêmio, estimulando a saírem às 15h.


O verso que abrimos com a rápida reflexão nos alerta: Trabalhe, mas insira tempo de descanso neste período de trabalho.


Ele nos alerta que uma mão cheia é o suficiente, não há necessidade de encher as duas.


O encher das duas mãos significa ocupar todo tempo, toda forma de alcance e não sobrar nada para alternar, para descansar, para aliviar o peso do trabalho.


A frase no livro do Pr. Tim Keller, demonstra muito bem como nossa cosmovisão é construída: "eu não tenho nada realmente significativo pelo que viver exceto minha conta bancaria, meu estômago e minha carreira" Ninguém poderá abençoar a cidade partindo desta premissa.


Concluo a reflexão com a seguinte proposta: s
erá que você está trabalhando o suficiente, porém também adiciona tempo para descansar? Ou desconhece este tempo de descanso? Ou podemos está ou cansados de tanto descansar por não ter nenhuma predisposição para ocupar nosso tempo com algo de valor?

Nosso desafio é encontrar o equilíbrio tanto no tempo de trabalho como no tempo do descanso. Uma mão no trabalho e outra no tempo de descanso.

Podemos encerrar com um pedido que se faz necessário: 
"Senhor, ensina-nos aprender em descansar em Ti".

Fonte: http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/voce-vive-pela-carreira-comida-e-conta-corrente-somente

April 17, 2017

Você tem coragem para saltar do barco?

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"E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar". 
João 21:7

Pedro é um exemplo de liderança nata. Podemos perceber isto quando ele diz: "Eu vou pescar!" e imediatamente os seis amigos também decidem as próximas horas da sua vida sobre a palavra ou direção de Pedro.

Esta pesca foi frustrante pois o mar não estava para peixes.

Após o "fracasso", eles voltam para o lugar de origem e recebem a instrução de um desconhecido.

Tentam novamente e agora são felizes por tão grande surpresa. Pescam e mais uma vez são surpreendidos por uma provisão espetacular.

E, sendo já manhã, Jesus se apresentou na praia, mas os discípulos não conheceram que era Jesus. Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, tendes alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Não. E ele lhes disse: Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes.
João 21

Sabe aquela sensação de voltar do trabalho com a provisão para um bom tempo? Isso é realmente tudo o que esperamos ou desejamos. Pedro e seus seis amigos estão agora nesta condição (João 21.4:6).

Será que a pergunta de Jesus "Filhos, tem alguma coisa para comer?" ainda estava presente em suas mentes, ou a abundancia foi tão incrível a ponto desta fala não fazer mais nenhum efeito em seus corações?

Dentro do caminhar em grupo, um deles identifica que o "homem desconhecido" é o Cristo.

Pedro rapidamente se veste e lança-se ao mar ao encontro do Cristo. Identificamos nessa atitude o seguinte pensamento: "Se eu não posso ir sobre o mar, pois já tentei uma vez e não deu certo, eu posso ir nadando! A provisão disponível no barco não pode ser uma barreira para eu não desfrutar da presença de Cristo e não pode me impedir de ficar perto do meu Mestre!" 

Isso nós traz a seguinte reflexão, pense comigo: O que temos recebido tem gerado em nós que tipo de reação? Nossas bênçãos, o barco cheio, a igreja cheia, o ministério bombando, as coisas dando certo… Como nosso coração está diante de tudo isto? Seremos capazes de não nos prender e mergulharmos para experimentarmos Cristo mais de perto?

Reflita. Você tem sido um pescador de peixes transformado em pescador de homens e que "entre ficar no barco cheio" ou "pular ao encontro de Cristo", prefere experimentar viver em Cristo? 

Os peixes, os barcos, todos estes são passageiros, efêmeros e não eternos.

Fonte: http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/voce-tem-coragem-de-saltar-do-barco

April 16, 2017

A necessidade de ser salvo de si mesmo

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Alguém anotou a placa do caminhão (que me atropelou)?

Nunca tinha notado que Nicodemos e a mulher samaritana estavam interligados - os dois precisam de um salvador.

Um precisa ser salvo de sua auto-suficiência.

A outra precisa ser salva das circunstâncias.

Não há nada no seu universo interior que preencha a sua vida de significado. Como não há nada no mundo externo que seja capaz de saciar a sua sede de ser amada.

Sim, você precisa morrer para Jesus nascer em você.

Sim, você matar os ídolos que construiu para deixar Deus ser Deus em sua vida.

Só assim Jesus se tornará em você fontes de águas vivas a jorrar do seu interior.

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=vlR6kSI30zE
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April 15, 2017

Nada poderá te separar do Seu amor

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PEDRAS VÃO ROLAR

"Ao encerrar-se o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus. Ao raiar do primeiro dia da semana, elas caminharam até o sepulcro. E questionavam umas às outras: “Quem poderá remover para nós a grande pedra que fecha a entrada do sepulcro?” Contudo, ao se aproximarem do local, viram que aquela enorme pedra, havia sido removida da entrada. E, entrando no sepulcro, viram um jovem vestido de túnica branca, assentado à direita, e ficaram muito assustadas. “Não vos amedronteis”, disse ele. “Vós buscais a Jesus, o Nazareno, que morreu na cruz. Pois Ele foi ressuscitado! Não está mais aqui". 
(Marcos 16:1-6, KJA)
- Brian Houston
A passagem acima é bem conhecida. A cada Páscoa é a mensagem triunfante da pedra rolando que cantamos e celebramos, sabendo que, no terceiro dia, Ele ressuscitou. Ainda assim, pergunto-me se, em nossa familiaridade, paramos para absorver e entender este momento. Sabe, talvez em nossa pressa, recontamos a história da Páscoa acreditando que a pedra foi removida para que Jesus pudesse sair do túmulo e declarar seu reino e domínio. No entanto, Mateus 28 documenta esse acontecimento e anuncia uma narrativa diferente:
"E eis que aconteceu um forte terremoto, pois um anjo do Senhor desceu dos céus e, chegando ao túmulo, rolou a pedra da entrada e assentou-se sobre ela. O anjo tinha o aspecto de um relâmpago, e suas vestes eram alvas como a neve. Os guardas foram tomados de grande pavor e ficaram paralisados de medo, como mortos".
Veja, a pedra não foi removida para Ele - ela foi removida para ELES. Removeu-se a pedra para os que buscam, os discípulos, os seguidores de Cristo que foram ao túmulo por livre vontade e devoção. O mesmo Jesus que venceu a morte não precisava de ninguém que removesse a pedra para que Sua ressurreição fosse completa. Apesar disso, Deus enviou um anjo para remover a pedra - a barreira que separava as mulheres chorando do conhecimento sobre seu Senhor ressurreto. 'Venha e veja o lugar onde Seu corpo estava.'
Quais pedras Deus removeu em sua vida para que você O visse melhor? Quais montanhas ele moveu em seu caminho para ensiná-lo sobre Sua glória, Seu amor, Seu poder milagroso, Sua provisão infalível e devoção por você? E as pedras que ainda precisam ser movidas?
Você está indo em direção à elas com expectativa e esperança, dando um passo de cada vez apesar da dor, pesar e incerteza que esteja sentindo - assim como as mulheres no túmulo?
Uma coisa é, sem dúvida alguma, certa. Não importam quais obstáculos apareçam, podemos permanecer firmes sabendo que NADA pode nos separar do amor de Cristo. Nada que fizemos, nem altura ou profundidade, nenhuma pedra firmemente colocada ou carga pesada, nenhuma insatisfação, dúvida ou pecado poderia impedi-lo de declarar Seu amor e propósitos eternos para VOCÊ.
“Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”(Romanos 8:34-39)
Que nesta Páscoa você possa confiar no Deus que move montanhas. O Deus que pode, e quer, remover tudo que poderia separar-nos dEle. Que você possa encontrar alegria nAquele que aparece até mesmo em lugares de morte e tristeza, em momentos de dor e abandono. Jesus não somente juntou o céu e a terra, Ele derrotou o poder do pecado que, de outro modo, nos separaria do nosso Santo Deus. Neste exato momento, Jesus pode e quer se aproximar para remover toda separação entre Ele e você. Acredito que, nesta Páscoa, Ele pode e irá encontrá-lo onde você está, e despertar em você fé e esperança de que Ele nunca está distante, mas quer sempre estar perto à medida que nos achegamos a Ele. Este é o nosso Salvador. Este é o nosso Rei e este é o Senhor ressurreto que celebramos hoje.
Desejo a você uma Páscoa cheia de encontros divinos, esperança, alegria e vida.
Fonte: http://hillsong.com/crossequalslove/

April 14, 2017

Tão grande amor

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Você já se deu conta que alguém teve de morrer para que você pudesse viver?

Dá para continuar vivendo de qualquer jeito sabendo disto?

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=LmljPyWmiv8
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April 12, 2017

Advice for the young at heart

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Começar bem não é sinônimo de chegar bem.

Você precisa escolher qual caminho quer seguir.

Aceita ser admoestado?

Vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=d5c7icHt3sQ
https://www.youtube.com/watch?v=vBtzFOgKcv8
PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=Bb_qGChk0GI
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April 11, 2017

O encontro com Jesus e o conflito das vontades

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Todo encontro com Jesus é precedido por um chamado confrontador

Billy Lane

Encontros com Jesus são transformadores. Constatamos isso não só pela experiência e testemunho pessoal de tantas pessoas que relatam como suas vidas mudaram completamente depois de conhecerem a Jesus e se converterem, mas também pelos relatos bíblicos de pessoas que abandonaram tudo para seguir a Jesus. 

Embora todo aquele que crê em Jesus tenha tido, de algum modo ou outro, um encontro com Jesus, sua palavra, sua igreja ou seus ensinamentos, é verdade que alguns desses encontros ou conversões são mais dramáticos – muitas vezes, pelo fato de a pessoa ter vivido em deliberada rebeldia contra Deus, religião, igreja e a Bíblia, e depois do encontro sua vida ter mudado radicalmente. Os testemunhos desses tipos de conversão nos animam e empolgam. Porém, nem todo seguidor de Jesus passou por um divisor de águas tão nítido e marcante em sua vida. Outros tantos também não tiveram uma transição muito tranquila – talvez, esses passaram por muitas lutas até finalmente encontrar a paz no relacionamento com Jesus.

De qualquer maneira, todo encontro com Jesus é precedido por um chamado e esse chamado é confrontador. É confrontador porque não se trata apenas de uma mudança de crença, de hábitos de vida, de uma consciência moral ou de uma religião. Também não é simplesmente ter paz em decorrência da aceitação do perdão de Jesus e da certeza de que meu lugar está garantido no céu depois de morrer.

O encontro com Jesus envolve um conflito de vontades e desejos

O encontro com Jesus é confrontador porque envolve um conflito de vontades e desejos. Deparamo-nos com outra vontade que não a nossa, a vontade de Cristo. Por isso, converter-se a Cristo implica viver sob outro senhorio e isso só é possível quando estamos dispostos a abandonar nossa própria vontade e os outros ‘senhores’ que nos dominam e controlam (Is 26.13). 

No ministério de Jesus, o exemplo clássico disso é o do jovem rico (Mt 19.16-22) que voluntariamente se dispôs a buscar a vida eterna perguntando ao mestre o que podia fazer para alcançá-la. Jesus diz que ele devia observar os mandamentos e passa a listar a segunda parte do Decálogo que se refere à relação do indivíduo com seu próximo. O jovem garante que também já observa esses mandamentos. Jesus então lhe diz que só faltava vender tudo e doar aos necessitados. O jovem foi embora triste porque tinha muitas posses. Evidentemente seu problema era a cobiça, o único mandamento que Jesus não cita. Mas, além disso, era a incapacidade de abandonar o que lhe era muito valioso e aceitar a boa nova do reino como o bem mais precioso para sua vida.

Isso mostra que a conversão é um choque de vontades. Significa nos dar conta de que a vida sob nosso próprio comando não vai nos levar a lugar algum. A vida como a gente quer é toda voltada para a satisfação e realização própria, ou seja, eu fazer a minha própria vontade e ser o meu próprio deus. Viver com Jesus significa transferir esse senhorio para Jesus e fazer a vontade dele, a buscar o reino em primeiro lugar.

O reino de Deus se manifesta onde sua vontade é cumprida

Na oração que Jesus ensinou, aprendemos a suplicar “venha o teu reino, seja feita a tua vontade”. Pela forma poética da oração, nota-se um paralelismo, isto é, uma correspondência entre vir o reino e fazer-se a vontade de Deus. O reino de Deus se manifesta onde sua vontade é cumprida. De outro modo, onde a vontade de Deus é feita, ali há uma manifestação da sua presença e seu reino. Aceitar a boa nova do reino significa viver sob a vontade do rei.

Talvez não seja a incredulidade ou mesmo o ateísmo que mais afastam as pessoas de Deus. É muito mais do que isso. É a obstinação e a recusa de se viver sob o senhorio de Cristo que levam muitas pessoas a rejeitarem o chamado de Deus. Há certa sensação de prazer e satisfação em pensar que sou dono de minha própria vida e me empenho em alcançar meus sonhos, desejos e objetivos de vida, e que não tenho de prestar conta a ninguém, muito menos a um Deus invisível. No entanto, essa satisfação é muito frágil, passageira e insustentável. Por outro lado, há uma real alegria em poder entregar nossa vontade a Deus e permitir que ele dirija nossa vida, por mais que isso no início seja um processo doloroso.

Como diz Provérbios: “Há caminhos que a pessoa considera corretos, mas acabam levando à estrada da morte” (Pv 16.25, NVT). 

Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-encontro-com-jesus-e-o-conflito-de-vontades

April 10, 2017

Relacionamentos, bençãos ambíguas

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- Silas José de Lima 

O ser humano é um ser relacional, nunca se sentirá completo em si mesmo, não porque lhe falta um pedaço, mas porque lhe falta a capacidade de se ver em si mesmo. Ainda que precisando de se ver no outro para se autodefinir, é único. Não há duas pessoas iguais. Por isso os relacionamentos são ambíguos.

Nos relacionamentos buscamos tanto o aniquilamento da alteridade, quanto o que nos identifica como indivíduos. O desejo egoísta tende à aniquilação do outro, o amor altruísta à preservação. O “desejo é vontade de consumir. Absorver, devorar, ingerir e digerir – aniquilar [...] O amor, por outro lado, é a vontade de cuidar e de preservar” (BAUMAN, 2004, p. 12-13). 

Assim, os relacionamentos transitam entre a construção e desconstrução do indivíduo, entre a irritação e o prazer.

Por sermos individualistas, os relacionamentos são bênçãos ambíguas, oscilam entre sonhos e pesadelos. O consumismo transforma os relacionamentos em uso do outro. Por isso os relacionamentos, prazerosos no início, acabam se tornando entediantes com o tempo. Assim como um objeto desenhado para o consumo não pode ser resistente ao tempo, um relacionamento em que o desejo é a tônica não pode durar muito tempo. 


Em uma sociedade consumista, o tempo corrói os relacionamentos. As relações, transformadas em objeto de desejo, quando não descartadas, se tornam entulhos, incômodos a novos relacionamentos. “Em maior ou menor grau, o projeto do eu vai sendo traduzido como posse de bens desejados e a perseguição de estilos de vida artificialmente criados” (GIDDENS, 2002, p. 183).


No processo de utilização do outro, os relacionamentos são convertidos em conexões. Numa conexão, a convivência entre duas pessoas é mantida enquanto há o interesse de mantê-la. Não é concebível que uma conexão seja mantida sem que haja querer. Assim funcionam as redes sociais, excluem-se ou adicionam-se “amigos” como se fossem pontos de conexão, apenas isso. 


Sem compromisso, o que chamamos de relacionamentos são conexões frágeis que se rompem com a mesma facilidade com que se formaram. A desconexão de uma pessoa está a um clique do mouse do computador (BAUMAN, 2004). 

Relacionar-se exige engajamento, compromisso, tempo gasto em situações pouco produtivas. Um relacionamento envolve decisões em que há perdas, dor e irritação. O compromisso, em um relacionamento dispendioso, é a única justificativa para sua existência. “A pessoa comprometida está preparada para aceitar os riscos que o sacrifício de outras opções potenciais envolve” (GEDDENS, 2002, p. 91). 


Relacionamentos, em muitas situações são mantidos pela inflexibilidade de uma decisão de responsabilidade. Mas isso não implica que, mesmo um relacionamento em que o prazer se dissolve, não possa haver realização e alegria. 


A realização em um relacionamento dispendioso é diretamente proporcional ao amor que se empenha nele. “No amor, o eu é, pedaço por pedaço, transplantado para o mundo. O eu que ama se expande doando-se ao objeto amado” (BAUMAN, 2004, p. 13).

Os relacionamentos exigem doação, não apenas de parte do tempo, mas, também, de desejos, de sonhos, de projetos. Quando um relacionamento se torna mais importante que projetos pessoais, chamamos isso de amor. O sacrifício de Cristo é o maior paradigma de amor. Nesse sacrifício, Deus foi às últimas consequências de suas escolhas, deu-se completamente pelo relacionamento com o ser humano (BÍBLIA, João 3.16). 


Em um relacionamento em que pessoas estão atreladas às outras pelo elo do amor, é a decisão, e não a obrigatoriedade, que sustenta o relacionamento. Uma decisão é sempre voluntária; ainda que seja, muitas vezes, indesejada; nunca é coagida. Não é possível haver amor sem que a voluntariedade e o compromisso sejam a base do relacionamento. 


A existência do outro só é possível quando há amor. Sem o amor, não há o outro, não há relacionamentos. Em um mundo sem amor, cada indivíduo é, potencialmente, uma peça a ser usada para satisfazer desejos. 


No amor o indivíduo se dispõe a diminuir-se, a esvaziar-se para que o outro possa existir. Paulo, ao descrever o comportamento de Deus em Cristo, diz que ele, Cristo, esvaziou-se voluntariamente, diminuiu-se para que pudesse amar os seres humanos e relacionar-se com eles (Filipenses 2). 

É esse amor voluntário de Deus que possibilita ao ser humano sua existência.


Pela pessoalidade de cada ser humano, as relações são tensas e, quando não descambam para o consumo do outro, são sustentadas por atos de sacrifícios. O amor é o que sustenta os relacionamentos


No amor há entrega, há doação voluntária, há humildade e coragem de arriscar tudo. Sem o amor, os relacionamentos são efêmeros e de curta duração – duram enquanto for prazeroso. 

Sem o amor, não há compromisso, não há sacrifício e não há cuidados, apenas a fome insaciável pelo que o outro pode oferecer.

BAUMAN, Zygmunt. “Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos”. RJ: Editora Jorge Zohar, 2004.
GIDDENS, Anthony. “Modernidade e Identidade”. RJ: Jorge Zohar, 2004.


Fonte: http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/relacionamentos-bencaos-ambiguas


April 09, 2017

Tropeço ou fundamento?

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Reinaldo Percinotto Júnior

Texto básico: 1 Pedro 2. 4-10


Textos de apoio
– Josué 24. 22-28
– Salmo 118. 17-24
– Isaías 28. 14-23
– Lucas 20. 9-18
– Atos 4. 7-11
– Romanos 9. 22-33

Introdução

No final do seu “sermão da montanha” (Mateus 7. 24-27), Jesus advertiu seus ouvintes sobre a importância de sermos responsáveis por aquilo que ouvimos e aprendemos. Para ilustrar a advertência, ele contou uma parábola diferenciando as escolhas que dois homens fizeram ao decidir onde construiriam suas casas: o homem sábio, que é aquele que ouve e pratica o que aprendeu, escolheu como fundamento a rocha; e o homem insensato, representando o que apenas ouve e não pratica, escolheu a areia como base de sua construção. Já conhecemos o resultado em um e outro caso, não é mesmo?

No texto ora em estudo, também somos desafiados a pensar acerca do fundamento sobre o qual basearemos nossas escolhas existenciais. Na verdade, curiosamente, a base oferecida é a mesma, a mesma rocha. Mas, a depender de nossas escolhas, essa rocha única poderá funcionar como alicerce e guia, ou como um tijolo que nos faz tropeçar! Sim, Jesus é a rocha escolhida e disponibilizada por Deus como alicece para construirmos nossas vidas. Ele é a “pedra angular”, que sustenta, ou a “pedra de esquina”, que provê prumo para o nosso caminho.


Que escolhas faremos? Estaremos entre aqueles que escolhem e valorizam a pedra oferecida por Deus, ou entre aqueles que a rejeitaram e assim acabaram ficando com pés inchados e sem caminho?

Para entender o que a Bíblia fala

1. Pedro inicia este trecho convidando seus leitores a se “aproximarem” de Cristo, a “pedra viva” (v. 4). Com esta “aproximação” pode ser praticada? Que características de Cristo vêm à sua mente ao refletir sobre esta metáfora de uma “pedra viva”?
2. Cristo representa uma pedra “escolhida e preciosa para Deus”, mas “rejeitada pelos homens” (v. 4). Como tal rejeição pode ocorrer, na prática do dia-a-dia?
3. A obra de Cristo também possui um aspecto comunitário, pois os discípulos vão se tornando parte de um projeto de “construção coletiva” (vv. 5-6). Qual é a base ou alicerce desta construção (vv. 4, 6-8)? Diferentemente da “antiga aliança”, quem poderia fazer parte do “sacerdócio” agora, e quais seriam os novos “sacrifícios” a serem oferecidos (v. 5)?
4. Como a fé, ou a ausência dela, podem influenciar a maneira como uma pessoa compreende o papel de Cristo como a “pedra angular” ou “pedra de esquina” (vv. 6-8)? Quais as consequencias da falta desta “pedra” numa construção? E para a nossa vida, quais as consequencias da falta de Cristo?
5. Como os vv. 9-10 podem impedir que a comunidade de discípulos seja guiada por uma perspectiva “elistista”, se transformando praticamente num “gueto espiritual”? Pedro não invalida, ou menospreza, a necessidade de que os discípulos sejam “diferentes”; continuamos sendo “sacerdócio santo”. Mas, a questão crucial é: “para que?”. Qual o fim (finalidade) desta santidade, desta exclusividade como povo de Deus (vv. 9-10)?

Hora de Avançar

Chama-se de pedra angular
Ou pedra superior
Ou pedra de cobertura
A pedra cuidadosamente escolhida e ajustada
que completava o edifício,
que segurava duas paredes pela juntura do alto,
que amarrava definitivamente o prédio,
que desempenha o papel da cinta de concreto de hoje.


[Elben César]

Para pensar

Os textos veterotestamentários citados por Pedro fornecem imagens muito ricas para a nossa compreensão do papel central de Cristo na história da redenção. As palavras originais utilizadas pelo salmista (Sl 118.22) e pelo profeta Isaías (Is 28.16 e 8.14) apresentam variações de significado, mas na pena do apóstolo Pedro adquirem um mesmo alvo principal: Jesus Cristo é a “pedra principal” que sustém a “construção salvífica” que Deus está erguendo na história da humanidade.

Como “pedra angular”, ou como “pedra de esquina”, Jesus oferece sustentação e direção para todo aquele que confia em Seu nome, se tornando ao mesmo tempo uma “pedra de tropeço” para aqueles que rejeitam sua mensagem e sua obra.

O que disseram

“Todos os especialistas que não conseguem ajustar Deus a seus pensamentos ou a sua vida concluem que simplesmente não há lugar para ele. Contudo, eles começam pelos lugares errados: não ajustamos Deus a nossa vida; é ele que nos ajusta à dele. Quando começamos com ele, a ‘pedra principal’, nossa vida torna-se adequada para a eternidade”.

(Eugene Peterson, Um ano com Jesus, Ultimato)

Para responder

1. Refletindo sobre sua vida, seus desejos, suas escolhas, enfim, suas prioridades, como você responderia francamente à pergunta: “Jesus tem sido uma pedra preciosa ou uma pedra rejeitada em seu caminhar diário?”.
2. Considerando o fato de que agora somos “povo de Deus”, a fim de anunciarmos “as grandezas daquele que [nos] chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2. 9), sua comunidade (igreja) local tem parecido mais um “gueto espiritual”, fechado e exclusivo, ou uma “casa espiritual” inclusiva, que busca acolher a todos para mostrar o real significado de “oferecer sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo” (v. 5)?

Eu e Deus

“Ó Deus, meu Deus, por que sou tão mudo? Estou ansioso por soltar gritos por Ti, agora e sempre e Tu és inominável e infinito. Todos nossos nomes por Ti não são Teu verdadeiro nome, Trindade infinita. Mas Tua palavra é Jesus, e eu grito o nome do Teu Filho e vivo no amor do Seu coração e creio que, se Ele o quiser, Ele trará a resposta à minha única prece: que eu possa renunciar a tudo e pertencer inteiramente ao Senhor!

(Thomas Merton, Diálogos com o Silêncio, Fissus, 2003)
Fonte: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/jesus-cristo-tropeco-ou-fundamento/

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=SzvNyMXgU_o
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April 08, 2017

Não morreremos no meio do caminho

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- Joyce Hencklein
Uma das maiores certezas que temos na vida é de que em algum momento passaremos por situações difíceis, de preocupações e sofrimentos. Esse período conturbado é chamado por nós cristãos de “vale” e/ou “deserto”. Vale porque é um lugar localizado em travessia em meio a montanhas, é estreito e pode se tornar sombrio principalmente à noite. E deserto nos remete a um lugar com falta de recursos, um ambiente de vulnerabilidade e que por vezes associamos à solidão.
É assim que nos sentimos quando passamos por momentos de tribulação, como pessoas sozinhas em lugares sombrios e sem recursos que possamos usar para seguir adiante. Mas a Bíblia nos revela algumas realidades sobre o vale e o deserto, assim podemos aprender que não vamos morrer no meio do caminho.
A primeira certeza que podemos ter é que Deus está presente no vale. Como assim? Bem, a presença de Deus no vale é real e está escrita no Salmo 23:4. “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum porque tu estás comigo, a tua vara e o teu cajado me consolam“. Esse salmo foi escrito por Davi, que diz que mesmo se estivesse em um vale, Deus com certeza estaria com ele. Davi nos mostra um Deus presente, companheiro e consolador, que anda ao nosso lado. É válido ressaltar que Deus não anda o vale por nós e sim conosco, ou seja, devemos caminhar, não parar, não retroceder, pois Deus nos dará animo e consolo.
A segunda certeza sobre vales e desertos é a provisão de Deus. Essa verdade é narrada na história de Hagar e Ismael, em Gênesis 21:8-21. Bom, Hagar é uma egípcia que teve um filho com Abraão a pedido de Sara, que até então era estéril. Ismael não era o filho que Deus tinha prometido a Abraão, mas nasceu e cresceu. Depois de um tempo, Sara engravidou e teve Isaque (o filho da promessa), e disse para Abraão mandar Hagar e Ismael embora.
Foi difícil para Abraão, mas Deus permitiu que isso acontecesse. E é aí que mãe e filho vão para o deserto, a água acaba e a mão vê o filho ao longe prestes a morrer, sem nenhuma esperança. Mas Deus age. “Deus porém ouviu a voz do menino; e o anjo de Deus chamou do céu Hagar e lhe disse: Que tens Hagar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino daí onde está. Ergue-te levanta o rapaz, segura-o pela mão, porque eu o farei dele um grande povo. Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água e indo a ele, encheu de água o odre e deu de beber ao rapaz” (Gn 21:17-19.)
A provisão de Deus fez com que Hagar visse o invisível. Ele abriu os olhos dela para que visse o poço, e assim beberam a água. Deus providenciou tudo, cuidou daquela família, teve misericórdia e ouviu Ismael. Dessa mesma forma podemos crer que Deus nos ouve e nos responde quando Ele quer e da maneira que quer. Mas podemos ficar tranquilos, afinal a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável e Ele não faria nada diferente disso a nenhum de seus filhos.
A terceira certeza que podemos ter sobre vales e desertos é que nesses períodos somos tentados a pecar, duvidando de Deus e de seu amor por nós. Isso faz com que queiramos resolver tudo do nosso jeito. No entanto, a Bíblia nos dá como exemplo uma pessoa que esteve no deserto e foi tentado, mas não pecou. O exemplo é de Jesus, e a história está escrita em Mateus 4:1-11. Podemos nos espelhar nesse modelo de vida para nos mantermos firmes em Deus.
A tentação de Jesus, narrada por Mateus, nos mostra Jesus enfrentando o deserto por 40 dias jejuando. Com certeza Ele estava com fome, com calor e cansado, mas Deus o levou até ali. Em meio à sua vulnerabilidade, Satanás aparece cheio de propostas e argumentações, todas respondidas por Cristo. No verso 3, o tentador fala para Jesus que se Ele era mesmo o filho de Deus, que transformasse as pedras em pães. É claro que Jesus é o filho de Deus e poderia transformar as pedras em pães, mas Ele respondeu: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus” (v.4).
Jesus ficou firme em sua postura, mostrando que estava na dependência total de Deus. A grande realidade é que em momentos difíceis somos pegos de surpresa por propostas e ideias que nos afastam de Deus. Entretanto, o que devemos fazer é buscar na palavra de Deus a resposta, que é suficiente para nos dar paz e esperança.
Na sequência, o inimigo propõe que Jesus se jogasse de um lugar bem alto, usando como argumento a própria palavra de Deus, demonstrando ser um conhecedor das escrituras sagradas. Mas Jesus respondeu: “Não tentarás o Senhor teu Deus” (v.7). Satanás persistiu dizendo que daria tudo a Cristo se Ele se prostrasse e o adorasse. Uma proposta tola, que óbvio foi rebatida por Jesus “Ao Senhor teu Deus adorará e só a Ele darás culto” (v.10).
Em momentos de tribulação devemos olhar para Cristo, esperar em Deus e buscar conhecimento de Sua Palavra, porque em nosso estado de sensibilidade nos tornamos presas fáceis para o inimigo, que tenta nos confundir e plantar em nós ideias equivocadas. Portanto, quando estivermos andando em meio a vales e desertos devemos estar firmes, porque a batalha estará ganha, uma vez que Cristo já venceu por nós.
Diante dessas três certezas podemos de fato crer que não somos esquecidos, Deus não se atrasa e sabe de todas as coisas, por isso aguardemos Nele. 

Que Deus nos abençoe!
Fonte: http://ultimato.com.br/sites/jovem/2017/03/27/nao-morreremos-no-meio-do-caminho/

April 07, 2017

Somos uma sociedade contida, não somos uma sociedade de paz

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- Usiel Souza

A crise instalada pelo aquartelamento da Polícia Militar do estado expôs a população a um quadro de violência que se espalhou rapidamente. Roubos de carros, invasões e saques a lojas, assaltos e muitos assassinatos. Em uma semana os registros oficiais apontaram mais de cem mortes. Este número não inclui os prováveis assassinatos ocorridos em bairros mais periféricos, com maiores índices de violência, pois não houve o trabalho de atendimento de ocorrências. 

Há fortes suspeitas de que, assim como em tantos outros locais, também neles, aproveitando-se das condições, rivais do crime buscaram eliminar os desafetos. O número de mortes, neste caso, talvez ainda seja divulgado e certamente será muito maior que o registrado.

As igrejas

As ruas, como noticiado, ficaram desertas durante praticamente toda a semana. Especialmente ao entardecer. Isso impediu que muitas igrejas realizassem seus cultos. As igrejas dos bairros, em que os membros residem nas proximidades, tiveram um pouco mais de facilidade. As igrejas de perfil mais metropolitano foram mais impactadas. Em nosso caso, cancelamos o culto.

Por todos os meios, igrejas convocaram seus membros para oração. As igrejas batistas, por meio da Convenção Estadual, promoveram encorajamento pelas redes sociais e uniram-se a outras entidades na promoção de uma Caminhada pela Paz no Espírito Santo, marcada para dia 12, domingo, às nove da manhã na praia de Camburi.

Esses dias difíceis ressaltaram algumas realidades que devemos considerar. Revelaram uma face que muitas vezes ignoramos: somos uma sociedade contida, mas longe de sermos uma sociedade em paz. Somos pecadores e o maligno tem sido bem sucedido em promover a desigualdade, a injustiça e toda forma de males. 

Como bem nos disse o Senhor: “O ladrão vem para matar, roubar e destruir” (Jo 10.10a) e o faz também por meio de pessoas. Algumas usam armas, outras a influência e o poder que têm. Se a declaração de Jesus parasse por aí, não haveria esperança para nós. 

 Mas Ele complementou: “Eu vim para que vocês tenham vida e vida plena!”(Jo 10.10b). 

E a vida que veio trazer é manifestada também por meio de pessoas!

A democratização da violência

Um padre de um dos bairros de Vitória postou: "Estou aqui pensando: há quase oito anos estou em São Pedro e tem sido assim, com constantes tiroteios de dia e de noite, e tropeçando em corpos estirados nas ruas, becos e escadarias. Com greve ou sem greve da PM, a segurança pública nunca fez parte do cotidiano das periferias e não vai fazer depois que a greve da PM acabar. A greve da PM só democratizou a violência e está mostrando para todo mundo que o governo e a policia militar estão pouco se lixando com a carnificina e tenho certeza que boa parte da sociedade também estaria se não tivesse correndo riscos. Enquanto os jovens, pretos, pobres e favelados estavam sendo exterminados, estava tudo certo e o ES era modelo de gestão e segurança para o país. Agora que a violência afetou todo mundo..."

Como bem alertou o padre, o que estamos vendo é o que sempre existiu, mas que nem todos nós percebíamos. Muitas vezes nosso conforto nos cega para a dor e a miséria que se acumulam dentro de muitas pessoas e no contexto em que muitas delas vivem. Tudo isso questiona-nos enquanto igreja. Somos uma igreja cristã para servirmos como agentes do Reino de Deus. Muitos só conhecem o poder destruidor do que é inspirado pelo “ladrão”. Devemos ser portadores da notícia e do poder vivificador do que Jesus fez! Devemos manifestar a presença do Reino de Deus fazendo o que Jesus veio fazer: semeando vida! Em meio à crise, as igrejas podem e devem protagonizar soluções.

Coisas boas que estão acontecendo e de que devemos tomar parte:

Há fornecedores (de vidros, de expositores para lojas, etc.) dispondo-se a oferecer produtos a preço de custo para os que tiveram seu estabelecimento depredado;

Há pessoas oferecendo-se para ajudar a limpar e organizar lojas saqueadas;

Há psicólogos oferecendo ajuda gratuita para quem sofreu traumas;

Há palestrantes oferecendo-se para falar a equipes e motivá-las diante das dificuldades por perdas no negócio.

Neste momento, toda ajuda pode promover a vida que foi tão ferida nos últimos dias! Sempre há algo que se pode fazer! Em breve nosso estado estará de volta à normalidade desejada. Quanto à paz de que precisa, o caminho é mais longo! Passa pela Cruz de Cristo e pelo ministério (serviço) de pessoas que amam a Deus. 

Que cada igreja seja uma agente dessa paz que tanto faz falta.

Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/somos-uma-sociedade-contida-nao-somos-uma-sociedade-de-paz

April 06, 2017

Inteiro

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Habite ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.

Cl 3.16

- Valdir Steuernagel

Aprendi com o filósofo Soren Kierkegaard que “ser santo é querer uma só coisa”. A verdade é que eu sempre quero muitas coisas. Vivo em busca de coisas novas. Pode ser pouco, um livro, coisas materiais, como a troca do carro. Ou então idéias e projetos novos. Mas vivo querendo. Assim, vivo a dispersão e até a superficialidade. Mas tenho de reconhecer que riqueza de iniciativas e quantidade de envolvimentos não é necessariamente a melhor forma de contribuir para a edificação do reino de Deus. Querer muitas coisas não significa querer a Deus. Ter muitas atividades não significa priorizar as pessoas. Exercer liderança não significa caminhar em amor em direção ao outro, ao pequeno e ao pobre. Assim, vou descobrindo o que Deus quer: que eu seja dele; que eu viva nele; que eu o ame e que o sirva; que eu queira uma só coisa: Ele. E assim, querendo a ele, eu caminho em direção ao outro. Jesus deixou isso claro: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados” (Mt 6.33-34).


Deus se dá por inteiro e nos quer por inteiro


Ao abordar a Redescoberta da Palavra de Deus, tenho salientado que Deus é alguém que fala conosco de forma significativa e pessoal. A Palavra que Deus nos dá é a pessoa de Deus que se dá. A Palavra de Deus é presença de Deus e a presença de Deus se expressa na Palavra de Deus. Nós separamos a Palavra, não apenas da realidade, mas também de nós mesmos. A mentira é a palavra dissociada da realidade. Mas Deus não nos dá a sua Palavra dissociada da sua realidade e da sua pessoa. Ele dá a si mesmo: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14).

Deus é amor e a natureza do amor é a doação. E isso Deus faz como só ele o pode fazer: criar por amor, restaurar com amor. Na busca do resgate e da restauração, Deus se dá por inteiro. Sem reservas. Dar-se querendo uma só coisa: a nossa vida. A nossa presença diante dele e com ele. Dá-se em busca da restauração de uma natureza “distorcida” e uma humanidade caída. Dá-se. Deus é santo! Ele quer uma só coisa. Um segredo que Ele vive de forma tão inteira e bonita: dar-se por inteiro a cada um e a todos. Dar-se por inteiro como se tudo fosse uma só coisa — e uma só coisa é.

E isso ele espera também de nós: que nos demos a ele por inteiro. Que o busquemos e queiramos. Que ele nos baste e que toda a nossa vida seja uma expressão da sua realidade e da sua glória. Que a nossa vida se inspire na realidade do amor de Deus e que a partir do encontro com esse amor a nossa vida seja santa, dedicada inteiramente a ele e que deixemos de viver claudicando, como advertiu Elias: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o” (1Rs 18.21).


É hora dos panos de saco e das cinzas 


Sempre houve, no decorrer da história, movimentos de renovação que surgiram como fruto de um novo encontro com a Bíblia. Deus fala, a conversão acontece e novos movimentos emergem. O encontro com a Palavra de Deus é fonte de esperança. Não há situação perdida. De forma inesperada, Deus atua e faz novas as coisas que julgávamos perdidas. É por isso que há esperança também para nós. É por isso que somos convidados a nos reencontrar com a Palavra de Deus, para que algo novo possa surgir em nós e entre nós. É por isso que Deus não deixa de nos chamar para si.

Assim, olhando para uma igreja que tem crescido, como a nossa igreja evangélica, podemos afirmar que Deus quer, não apenas a quantidade, mas também a qualidade desse crescimento. Qualidade ancorada na busca de Deus e no compromisso com o amor e a justiça. Deus não quer apenas a multiplicação dos nossos ministérios, que às vezes só evidenciam a promoção de egos. Ele quer expressão de serviço, buscado em humildade e unidade. Deus não quer que a nossa presença nos diferentes segmentos da sociedade seja ideológica e interesseira, em que os meios não importam e os “sanguessugas” se espalham sob o manto da expansão institucional ou pessoal. Ele quer que a nossa presença nos diferentes segmentos da sociedade seja fermento para o amor e a justiça.

Diante da referência aos políticos evangélicos corruptos nas investigações e jornais, ouvimos Deus falar conosco como nos tempos dos profetas: “Quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. [...] Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa da viúvas” (Is 1.15-17).

Temos nos comportado como quem quer muita coisa, e neste desejo desenfreado temos nos contaminado e corrompido. 

Deus nos chama a querer uma só coisa: ele — o seu reino e a sua justiça. 

Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/302/no-caminho-da-conversao-integral

April 05, 2017

Desejos fracos

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- C.S. Lewis

Se você perguntasse a vinte pessoas de boa índole qual elas consideram ser a maior das virtudes, dezenove diriam ser o desprendimento. Porém, se perguntasse a qualquer um dos grandes cristãos da antiguidade, a resposta seria o amor. Viu só o que aconteceu? Um termo negativo substituiu um positivo e isso é mais do que filologicamente importante. 

A ideia negativa de desprendimento carrega em si não a sugestão básica de se reservar as coisas boas da vida para os outros, mas sim de abdicar delas como se a nossa abstinência e, não a alegria dos outros, fosse o ponto importante. Não acredito que essa seja a verdadeira virtude cristã do amor. O Novo Testamento tem muito a dizer sobre autonegação, mas não sobre a autonegação como um fim em si mesma. Ele diz que devemos negar a nós mesmos e tomar a nossa cruz, para que possamos seguir a Cristo. E praticamente toda a descrição do que acabaremos encontrando se agirmos assim contém um apelo ao desejo. 
Se a noção existente na maioria das mentes modernas de que desejar nosso próprio bem e sinceramente esperar encontrar contentamento nele é errada, presumo que essa noção veio de Kant e dos estoicos, e não faz parte da fé cristã. De fato, se considerarmos as inapagáveis promessas de recompensa e a admirável natureza das recompensas prometidas nos Evangelhos, poderíamos até achar que o nosso Senhor não considera nossos desejos muito fortes, e sim fracos demais. 
Somos criaturas de coração partido, tentando nos divertir com drinques, sexo e ambições enquanto nos é oferecida uma alegria infinita; somos como uma criança ignorante, desejosa de continuar a fazer bolos de barro na favela, porque não consegue imaginar o significado do convite para umas férias na praia. 
Nos contentamos fácil demais.
Fonte: http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2017/04/02/autor/c-s-lewis/desejos-fracos-5/

April 04, 2017

Qual o propósito da sua vida?

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- Andrea Romão
Se você perguntar as pessoas ao seu redor:  “Qual é o seu propósito na vida? ”. Certamente obterá respostas variadas, algumas podem inclinar-se para um propósito espiritual, outras para um material e outras para um propósito emocional.
Este é um grande desafio, seria mais fácil se pudéssemos olhar para o céu e ver nosso propósito escrito nas estrelas, mas não funciona dessa maneira.
O propósito de nossa vida é algo que definimos, criamos e sustentamos, não é algo entregue por nossos ancestrais. Na realidade, seus pais, a cultura e o governo podem até ter influência sobre a sua vida, mas não podem e nunca serão capazes de defini-lo para você.
E por que o objetivo da sua vida é importante?
A resposta é simples. Ter um propósito faz você se sentir mais vivo, consistente e autêntico.  O propósito da sua vida pode motivá-lo a ser mais produtivo e criativo em qualquer esforço que você se comprometer. Seu objetivo é a sua âncora na vida, ele deve ser algo que você realmente quer, caso contrário, quando diante de qualquer instabilidade, você pode facilmente ser propenso a enfraquecer e possivelmente desistir.
As pessoas que descobrem o propósito de sua vida estão mais envolvidas em suas famílias, amigos, vizinhos e trabalho. Ter um propósito de vida é um aspecto fundamental na construção de felicidade sustentável na vida.
Descobrir o sentido da sua vida nada mais é do que entender melhor quem você é, o que pode oferecer a si mesma e ao mundo. E o segredo está, principalmente, em passar mais tempo em sua própria companhia.
Para viver o seu propósito, é preciso atrever-se a ser quem você é de verdade. Por isso, se não estiver recebendo da vida aquilo que gostaria, é hora de agir. Isso não significa, tomar decisões precipitadas, mas sim, plantar sementes, paralelamente, para chegar a uma situação que a deixará realizada.
Quando conseguimos identificar o nosso propósito de vida tudo começa a fluir em nossa vida, nossas escolhas são melhores, desempenhamos melhor todos os nossos papéis no mundo e conquistamos a paz em nosso coração.
Por isso, pense verdadeiramente qual é o seu propósito de vida, até para você conseguir emagrecer, ter o corpo de seus sonhos você precisa definir qual é os eu objetivo.
Viva o seu propósito todos os seus dias.
Fonte: http://emais.estadao.com.br/blogs/mente-magra/qual-o-seu-proposito-de-vida-ja-definiu/

April 03, 2017

Sombra protetora

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Você precisa descansar! Eu sei que você já ouviu isso, porém, digo ainda mais, você precisa do benefício de uma sombra protetora. Não se trata de uma sombra contra o calor do sol, mas sim do calor da correria, das necessidades, do medo, do fracasso, da frustração, do sonho arruinado, do perigo, da ansiedade, da falta de esperança, das paixões, da tentação e principalmente da sensação de que está tudo perdido.

Certa pessoa com os mesmos temores que você orou a Deus e pediu: "Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me à sombra das tuas asas" (Salmo 17:8). A resposta desta oração pode ser vista nas seguintes palavras da mesma pessoa: "nas sombras das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades...à sombra das tuas asas eu canto jubiloso" (Salmo 57:1).

É desta sombra, que você até agora não se abrigou para descansar - talvez por desconhecê-la ou por não querer mudar o seu estilo de vida - que a Bíblia diz que você precisa. Sim, porque ela declara: "Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará" (Salmo 91).

Esta afirmação é uma promessa! Se você descansar à sombra que Deus lhe estende através de Jesus, você está seguro, plenamente protegido. E Deus diz mais: "Ele me invocará, e EU lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei. Sacia-lo-ei com longevidade e lhe mostrarei a minha Salvação" (Salmo 91).

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=Vh5AHp1y1Bk

April 02, 2017

Entre agradecer e louvar

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Nas orações de ação de graças, eu digo obrigado por tudo o que ele faz. Nas orações de louvor, eu deveria “elogiar” a Deus por tudo o que ele é.

- Elben Cesar

Embora tenha ensinado a minhas ovelhas e a meus alunos do Centro Evangélico de Missões que há várias modalidades de oração, tenho muita dificuldade em fazer orações de adoração.
As outras orações, de agradecimento, de confissão de pecados e pecaminosidade, de entrega de tudo ao Senhor, de desabafos e lamentações, de súplicas e de intercessão – faço com frequência e naturalidade. 

Tenho esforçado-me para aprender a louvar. Chego a pedir a Deus que me ensine a tributar-lhe louvores. Eu me desculpava, alegando que a oração de agradecimento é quase igual à oração de adoração. Hoje enxergo que uma não dispensa a outra. 

Nas orações de ação de graças, eu digo obrigado por tudo o que ele é e por tudo o que ele faz. Nas orações de louvor, eu deveria “elogiar” a Deus por tudo o que ele é e por tudo o que ele faz.
Em meus períodos de refúgio para escrever e para buscar a Deus mais intensamente, sozinho ou com minha esposa, numa praia do Espírito Santo, tenho feito algum progresso. A imensidão do mar, a imensidão do céu e a quantidade incontável de grãos de areia nas praias abriram para mim as portas da oração que adora.
Em dezembro de 2011, depois de ter louvado o Criador calma e silenciosamente enquanto caminhava pela praia, tentei colocar numa folha de papel os elogios que eu havia feito a Deus, desprovido de qualquer fingimento. Daí saiu o texto a seguir, que enviei para a minha família:
“Ó Deus, eu te louvo pela beleza e ordem da criação. Pela extensão do mundo que tu criaste. Pela quantidade de galáxias. Pelo incontável número de estrelas que compõe cada galáxia. Pelos outros corpos celestes que vagam no espaço cada um no seu lugar e diferente um do outro na forma, no tamanho e no destino.
Eu te louvo pelo nascer do sol, aquela bola de fogo que parece sair do mar. Porque ele vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. Porque ele expulsa as trevas e o frio. Porque ele vai e volta. Eu te louvo pela pontualidade do sol na marcação da hora, do tempo e das estações. Eu te louvo pelo pôr do sol, quando ele se despede de um hemisfério e vai para o outro. Por aquele amarelo do sol, tão forte como o do ipê amarelo. Eu te louvo pela rotina do sol, com a qual eu não me enfado.
Eu te louvo pela lua, porque ela se presta a iluminar a terra na ausência do sol. Porque posso observar o crescimento da lua como se fosse o crescimento de uma criança: a lua nova (a infância), o quarto crescente (a adolescência) e a lua cheia (a idade adulta). E o movimento contrário, no mês seguinte: a lua cheia (o auge da vida), o quarto minguante (o envelhecimento) e a lua nova (a morte). Eu te louvo pelo luar na praia, no sertão e nas montanhas. Eu te louvo pelos poemas e pelas cartas de amor escritas sob o luar.
Eu te louvo pela primavera depois do inverno e pelo outono depois do verão e pelos intervalos entre uma estação e outra. Eu te louvo pelo frio e pelo calor e por aquele clima temperado entre os dois.
Eu te louvo pela beleza, pela cor, pelo perfume, pelo formato, pelo tamanho (minúsculo e gigante), pela variedade, pela quantidade e pela excentricidade das flores – elas nascem na terra, na rocha, nas fendas, na água, nas árvores, no deserto, no pântano, no jardim, no fundo do quintal, nos telhados, nas paredes, nos bueiros, nas estufas, na lama, no lodo, no monte de lixo, nas praias e nos vasos que fabricamos.
Eu te louvo pelas nascentes d’água, pelos filetes d’água, pelos córregos, pelos rios, pelos afluentes, pela água despejada em outro rio, no lago e no mar. Pela água que está sob a superfície da terra, pela água das geleiras, pela água em seus estados líquido, sólido e gasoso. Eu te louvo pela neblina, pela chuva e pelos temporais. Eu te louvo por aquele relâmpago que acende e apaga em apenas alguns segundos, pelo estrondo do trovão, pelas tempestades e pelo incrível arco-íris.
Eu te louvo pelas lavouras de trigo, café, feijão, arroz, cana-de-açúcar e soja. Eu te louvo pelo canteiro de verdura, pelos jardins, pelos pomares, pela mata, pelas florestas. Pelas árvores pequenas e pelas gigantes. Eu te louvo pela lenha, pela madeira, pelo carvão.
Eu te louvo especialmente porque foste tu que idealizaste tudo isso, que criaste tudo isso, que governas tudo isso e que sustentas tudo isso! O nome do Senhor seja louvado para sempre!”
No mesmo lugar, mas em uma ocasião posterior, fiz uma oração de louvor centrada em Jesus Cristo:
“Eu te louvo, ó Deus, pela promessa do Servo Sofredor, pela concepção sobrenatural de Jesus, pelo Verbo que se fez carne, pela chegada do Deus Conosco.
Eu te louvo, ó Deus, tanto pela humanidade como pela divindade de Jesus, por sua simplicidade, por suas palavras, por suas curas, por suas interferências abençoadoras, pelas ressurreições da filha de Jairo, do filho da viúva de Naim e do irmão de Maria e Marta.
Eu te louvo, ó Deus, porque ele foi tentado em todas as coisas à nossa semelhança com a diferença de ter resistido a cada tentação. Eu te louvo porque ele não transformou pedras em pães, não pulou do pináculo à calçada do templo, não dobrou os joelhos diante daquele que fará isso em relação a ele, não constrangeu o Pai a tirar de sua mão o cálice da morte e não desceu espetacularmente da cruz.
Eu te louvo, ó Deus, porque o sacrifício de Jesus na cruz foi salvífico, porque, ali e naquela sexta-feira, ele perdoou todos os nossos pecados e anulou definitivamente a dívida que tínhamos contigo, pregando-a na cruz. Eu te adoro porque houve um tremendo sinal no céu, do meio-dia até as 3 horas da tarde, quando ele inclinou a cabeça e morreu. Eu te louvo, porque aquela cortina que separava o absolutamente santo do absolutamente profano rompeu-se de alto a baixo no momento exato quando Jesus entregou o seu espírito em tuas mãos.
Eu te louvo, ó Deus, porque aquelas mulheres da Galileia tiveram de levar de volta para casa os perfumes e óleos que passariam no corpo de Jesus. Eu te louvo porque o túmulo estava vazio e porque, naquele primeiro dia da semana e de salvação consumada, Jesus apareceu aos discípulos em diferentes horários e lugares. Eu te louvo por sua ascensão aos céus com as mãos abençoadoras levantadas.
Eu te louvo, ó Deus, porque Jesus não demorou mais de quarenta dias para cumprir a promessa de que não nos deixaria órfãos, mas enviaria outro Paracleto.
Eu te louvo pelo barulho do vento, por aquilo que parecia línguas de fogo e que pousava sobre a cabeça de cada uma das 120 pessoas presentes, inclusive Maria Madalena e os irmãos e irmãs do próprio Senhor, recentemente convertidos.
Eu te louvo, ó Deus, porque aquele que nasceu numa estrebaria, que não tinha onde reclinar a cabeça nem duas dracmas para pagar o imposto do templo, desde então, está assentado à tua direita e colocando progressivamente debaixo de seus pés todos os poderes hostis à tua glória e à glória de teu povo, inclusive – e por último – a morte, o mais humilhante de todos.
Eu te louvo, ó Deus, por tua volta em poder e muita glória, pela ressurreição dos mortos e súbita transformação dos vivos, pela bem-sucedida separação do trigo e do joio, pelo louvor universal, pelo juízo final, pelos novos céus e nova terra, pela plenitude da salvação.”
Parece que eu vou indo bem na adoração. Estou quase pronto para fazer a mesma citação do salmista: “Que todo o meu ser te louve, ó Senhor! A vida inteira eu louvarei o meu Deus, cantarei louvores a ele enquanto eu viver” (Sl 146.1-2).
Só faço um pequeno acréscimo: “Não somente enquanto eu viver, mas também depois de minha morte, quando a noção de tempo acabar”.
Fonte: http://ultimato.com.br/sites/elbencesar/2017/02/02/aprendi-que-acao-de-gracas-e-uma-coisa-adoracao-e-outra/