Por que vivemos como se não fôssemos morrer?
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- Eleny Vassão
- Eleny Vassão
Temos que admitir: somos arrogantes e pretensiosos. Achamos que sempre haverá uma solução, um tratamento curativo. São os profissionais da saúde os mais propensos a este mal: vislumbram, em sua memória, os rostos dos pacientes que puderam ajudar a curar e correm o risco de se auto colocarem num pedestal, como “quase-deuses”. Mas a morte é comum, tanto ao rico como ao pobre, ao culto quanto ao simples, como diz o sábio Jó: “O homem é tão frágil! Sua vida é curta e cheia de angustia. Como uma flor que brota e logo murcha, tão passageira como a sombra de uma nuvem... A vida do homem é tão limitada! Tu já sabes, pois decidiste nosso tempo de vida, estabeleceste os limites, e ninguém pode ultrapassá-lo... Ele morre e não tem volta. Dá o seu último suspiro e tudo se acaba. Como a água do lago evapora e o leito do rio seca, assim o homem se deita e jamais se levantará...” (Jó 14:1-12).
Dr. R. também correu este risco. Mas sua intimidade com o Senhor fez com que ele enfrentasse o “Vale da sombra da morte” com coragem e segurança. Especializado em diversas áreas da medicina, dentre as quais Cuidados Paliativos, cuidava de pacientes em seus últimos meses de vida.
Ele compartilha: “Eu gostei muito da parte de medicina paliativa, de tentar entender o paciente: Está cansado? Não consegue comer? E não consegue mesmo, nem sentir o cheiro da comida, nem pegar o garfo... Hoje me acho na situação dos pacientes que eu tratava (...) No final do ano passado fui urinar, ardeu. Então, fui fazer exames... Na mesma hora a coisa mudou: de médico, passei a paciente. Fui para o urologista do Hospital... PSA de 250, Gleason 10. Eu vinha fazendo exames anualmente, sem que nada apontassem. Meu colega disse: “Tumor agressivo, tratamento agressivo... há grande chance de metástase óssea. Se for isso, o tratamento será paliativo. Vamos focar em cada metástase e fazer Radioterapia para controlar a dor ”.
Foi essa palavra “paliativo” que me chocou... A gente é médico, o pior paciente que existe. Somos programados a vida inteira para fazer prognóstico... Faz algumas contas pelo hemograma (...), para calcular o tempo. Eu tinha tudo isso na minha cabeça e já estava calculando... “Meu Deus, isso aí diz que eu terei um ano e meio de vida, e olhe lá!”
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Somente em Cristo encontramos esperança. Esperança para viver cada dia com o coração alegre e agradecido por nossa vida ter sentido, mas também para partir. A Sua força nos dá paz, consolados por saber que viveremos com Ele para sempre.
Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/por-que-vivemos-como-se-nao-fossemos-morrer
Dr. R. também correu este risco. Mas sua intimidade com o Senhor fez com que ele enfrentasse o “Vale da sombra da morte” com coragem e segurança. Especializado em diversas áreas da medicina, dentre as quais Cuidados Paliativos, cuidava de pacientes em seus últimos meses de vida.
Ele compartilha: “Eu gostei muito da parte de medicina paliativa, de tentar entender o paciente: Está cansado? Não consegue comer? E não consegue mesmo, nem sentir o cheiro da comida, nem pegar o garfo... Hoje me acho na situação dos pacientes que eu tratava (...) No final do ano passado fui urinar, ardeu. Então, fui fazer exames... Na mesma hora a coisa mudou: de médico, passei a paciente. Fui para o urologista do Hospital... PSA de 250, Gleason 10. Eu vinha fazendo exames anualmente, sem que nada apontassem. Meu colega disse: “Tumor agressivo, tratamento agressivo... há grande chance de metástase óssea. Se for isso, o tratamento será paliativo. Vamos focar em cada metástase e fazer Radioterapia para controlar a dor ”.
Foi essa palavra “paliativo” que me chocou... A gente é médico, o pior paciente que existe. Somos programados a vida inteira para fazer prognóstico... Faz algumas contas pelo hemograma (...), para calcular o tempo. Eu tinha tudo isso na minha cabeça e já estava calculando... “Meu Deus, isso aí diz que eu terei um ano e meio de vida, e olhe lá!”
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Cada um de nós cruzará a mesma ponte
O famoso evangelista Billy Graham em seu livro “A Morte e a Vida Além” comenta: “Mas o fato irreversível é que, não importa o que coma, ou o quanto se exercite, não importa quantas vitaminas ou alimentos naturais você use, não importa quão baixo seja o seu colesterol, você morrerá – algum dia, de alguma forma. Pode acrescentar um ano, ou mesmo alguns anos, a uma vida que talvez fosse mais curta se não cuidasse da saúde. Mas, no fim, a morte o vencerá da mesma forma que venceu a todas as pessoas que vieram a este mundo. Se você soubesse com antecedência o momento e a forma de sua morte, organizaria sua vida de maneira diferente? Se a resposta for sim, quando faria isso... agora mesmo, ou esperaria até a véspera? Então, o que faria para corrigir os erros que cometeu?” Somente em Cristo encontramos esperança. Esperança para viver cada dia com o coração alegre e agradecido por nossa vida ter sentido, mas também para partir. A Sua força nos dá paz, consolados por saber que viveremos com Ele para sempre.
Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/por-que-vivemos-como-se-nao-fossemos-morrer
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