February 26, 2018

O aprendizado de ser grato

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- Jeverton Ledo

A criança que descansa embalada nos braços calorosos do pai, o sorriso largo que rompe com a timidez de outrora, a rosa que perfuma o jardim, a vida que se encontra no madeiro vazio e nos enche de esperança e gratidão.

Sim, eu sou, e sei que você é…

O agradecer permeia a jornada daquele que um dia estava só e foi confortado, do perdido que não apenas encontrou a luz no fim do túnel, mas acima de tudo se viu rompendo em um novo começo.

Está com o andarilho que perambulava sem rumo, e encontrou pouso e pousada, fincando os pés em chão firme. Quantos motivos temos para lançar na folha em branco um largo e grande “Sim, eu sou grato!!” O coração tocado e transformado em amor sempre terá espaço para agradecer.

Ao escrever, me vem à lembrança a eterna gratidão ao meu velho e saudoso papai, que com sua enorme paciência me ensinou o real valor do viver. Lembro-me de sua alegria ao me ver ficar em pé em minha velha prancha de madeira pela primeira vez. Houveram tantas outras vezes, e a alegria era sempre a mesma.

A gratidão percorre um caminho de mão dupla. Hoje vida que ajuda, consola, inspira, ensina, repreende. No amanhã, outro lado de uma mesma moeda.

Gratidão é um aprendizado? Essa pergunta é respondida no interno de cada um de nós, mas a resposta deve ser em todo tempo sempre a mesma. 

Agradecer é uma atitude que enche nosso viver de significado e significância.

No mais, olhe ao redor, perceba os pequenos detalhes frente a uma agitada e descontrolada corrida, que na maioria das vezes tira o foco do que realmente vale a pena.

Ser grato é ser capaz de, diante de dias não tão bons, entender que tudo nos traz aprendizado e crescimento.

E assim a vida é, como o rio que segue seu curso e desemboca em um oceano de novos desafios. 

Deixe o amanhecer chegar no romper de mais um dia e seja grato pelo dia de hoje.

Fonte: http://ultimato.com.br/sites/jovem/2017/02/13/o-aprendizado-de-ser-grato/

February 25, 2018

Existem dois tipos de pessoas: as que agradecem e as ingratas

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O mundo das lutas, problemas e privações é habitado por dois tipos de pessoas: aquelas que glorificam a Deus, e lhe dão graças e aquelas que, nas mesmas circunstâncias, não o fazem. As primeiras são apontadas pelo apóstolo Paulo como bem-aventuradas; as segundas como loucas. A ingratidão, segundo ele, é causa de soberba e degradação. Achando-se sábios, tornam-se loucos.

Considero esse entendimento do apóstolo intrigante. Ele apresenta a gratidão como um divisor de águas. Ou melhor, como um divisor de almas. Na sequência de seu pensamento, o quadro é triste: embrutecimento e declínio moral são o caminho daqueles que "nem lhe deram graças" (Rm 1: 21).

Ao tentar compreender a razão por que a gratidão ocupa posição tão destacada no pensamento do apóstolo, dou-me conta de que estou às voltas com um mistério. Considero-a integrante de uma trindade fundamental da alma humana, formada pela fé, pela contrição e pela gratidão.

A gratidão me parece ser uma capacidade, ou disposição do coração, que funciona como célula-tronco espiritual. É capaz de se transformar em qualquer tipo de "tecido da alma". Além disso, é atitude esperada por Deus entre aqueles que o buscam. Ela não pode, no entanto, ser comprada no mercado. Então, de onde vem? Como desenvolvê-la? Tenho aprendido que é dádiva do próprio Deus; e que se desenvolve pela prática, pelo seu exercício.

Consciente de que estou examinando um mistério, tento compreender esse coração que dá graças mesmo em meio às vicissitudes; essa alma cujo culto é permeado de comunhão, cânticos e ações de graças; esse coração que, na alegria e na dor, adora seu Criador. De fato, este último gesto pressupõe a gratidão. Pois ela não floresce em um coração ressentido, como o de Jonas.

Ora, temos aprendido que "sem fé é impossível agradar a Deus"; também ouvimos do salmista que é de um coração contrito que Deus se agrada. E também, que o mundo está dividido entre aqueles que mantêm e os que não mantêm o coração grato. Mas, tendo chegado a este ponto, é razoável indagar: como? Onde haveremos de encontrar, dentro de nós, a fé, a contrição e a gratidão que tanto agradam a Deus?

Eu ousaria sugerir que tais células-tronco da alma já estão lá. Foram depositadas em nossas vidas pelo próprio Criador. Entretanto, como são capacidades, ferramentas, aguardam seu uso adequado. São chaves que abrem determinadas portas. São tesouras que cortam de modo peculiar; são martelos que batem em pregos; são palavras inefáveis a serem ditas; são linguagem apropriada para expressar segredos íntimos, e revelá-los até mesmo a quem dessa linguagem se utiliza.

Estão lá no fundo, dizíamos; são dons do Criador; e seu uso é esperado por ele, do mesmo modo que o lavrador espera o germinar da semente que plantou.

Assim como nos tornamos hábeis no uso de nossas ferramentas de trabalho, devemos praticar o uso da "ferramenta gratidão". Sem que a utilizemos, ela ficará inerte, dentro de nós, e nada de bom produzirá. Uma tesoura não corta sozinha. Mas tendo sido reconhecida, mediante a exortação da Palavra de Deus, poderá ser utilizada com destreza e grande proveito.

E como é esse misterioso instrumento da alma, que chamamos de gratidão? Penso que se trata de uma linguagem. Uma capacidade de expressar emoções e afetos. Ele pode se manifestar na forma de cântico, de poesia, de gesto de carinho, de sorriso ou mesmo de um simples olhar. Não importa; o que vale é o que está "dizendo". E normalmente "diz" que algo lá dentro percebeu o bem recebido e se alegrou e deseja que o benfeitor saiba disso.

O coração sabe que esse bem, essa alegria, esse agrado não foi produzido por ele mesmo. Não, veio de fora; veio sem preço, veio de graça — não raramente inesperada. E o exercício a que nos referíamos consiste em identificar o benfeitor e "dizer" isso de volta. A esse "dizer" eu chamaria de agradecimento ou ação de graças. Estamos expressando gratidão. Estamos exteriorizando essa alegria interna, esse bem-querer, esse desejo de retribuição — muitas vezes impossível de realizar, considerando a dimensão da dádiva recebida. Sentimos e dizemos que tal gesto criou em nós uma obrigação de retribuição impossível. Dizemos, então, que estamos muito obrigados.

O que me encanta nisso tudo é que o trabalho constante das células-tronco faz crescer em nós as células da alegria, do contentamento, do afeto, da amabilidade e tantas outras. Em particular, torna-nos generosos. Porque a gratidão é célula-tronco do altruísmo.

Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/existem-dois-tipos-de-pessoas-as-que-agradecem-e-as-ingratas

February 12, 2018

Você conhece a árvore pelos frutos


15 Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas vivam para aquele que morreu e foi ressuscitado para a salvação deles.
16 Por isso, daqui em diante, não vamos mais usar regras humanas quando julgarmos alguém. E, se antes de nos termos tornado cristãos julgamos Cristo de acordo com regras humanas, agora não fazemos mais isso.
17 Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo.
18 Tudo isso é feito por Deus, o qual, por meio de Cristo, nos transforma de inimigos em amigos dele. E Deus nos deu a tarefa de fazer com que os outros também sejam amigos dele.


8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.
9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
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February 11, 2018

Mais do que falar, o importante é viver

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“Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia”. [Mateus 7.26]

- Paula Mendes

Texto básico: Mateus 7.13-27

Textos de Apoio:Tiago 1.22
Salmo 15.1-5
1 João 3.10
Mateus 15.8
Isaías 29.13

Introdução
Romanos 10.17 nos diz que a fé vem pelo ouvir. É importante ouvirmos a Palavra de Deus. No entanto, só ouvir não é o suficiente. Quando não gera transformação em nós e em nosso meio, aquilo que ouvimos se torna inútil. Jesus espera que ouçamos sua palavra e a pratiquemos. No final, vamos ser julgados não pelo que ouvimos e fomos capazes de repetir, mas pelo que conseguimos fazer com base naquilo que ouvimos.

Para entender o que a Bíblia fala
a) Qual é o papel da pregação na proclamação do reino de Deus? (Romanos 10.14)
b) Embora fossem religiosos que ouviam a palavra de Deus, os fariseus foram repreendidos por Jesus. Baseando-se nos textos a seguir, indique o motivo dessa repreensão.
Mateus 23.14
Mateus 23.25
Mateus 23.27
Mateus 23.23
c) O insensato da ilustração usada por Jesus em Mateus 26.24-27 chegou a construir sua casa, mesmo que sobre a areia, e só depois percebeu o prejuízo. De que forma ele caiu nesse engano?
d) Leia Tiago 1.22-25. Por que aquele que ouve a palavra e não a pratica é comparado a um homem que se olha no espelho e depois se esquece de sua aparência?
e) Tiago diz (Tg 1.25) que aquele que pratica o que ouviu será feliz em tudo o que fizer. Jesus, no entanto, praticou o que ouviu e acabou na cruz. Qual é o custo de se praticar o que ouvimos e de que felicidade Tiago está falando?  (Mt 7.13-14)

Hora de avançar
“Se não confiamos em Jesus, vamos achar suas palavras bonitas de se ouvir e boas para se falar — mas não reais para se viver. O julgamento para aqueles crentes que ouvem, mas não praticam, será a ausência da comunhão divina: ‘Nunca vos conheci’.
Ricardo Barbosa

Para pensar
“E quanto a você, Lev Nikolayevitch, você prega muito bem, mas faz aquilo que prega?” Esta é a mais natural das perguntas, uma que sempre me é feita. Normalmente, é feita de maneira vitoriosa, como se fosse uma forma de calar minha boca. “Você prega, mas como vive?” E respondo que não prego, que não sou capaz de pregar, ainda que deseje apaixonadamente fazê-lo. Posso pregar apenas através de minhas ações, e minhas ações são vis (…) E respondo que sou culpado, e vil, e digno de receber as críticas por meu fracasso em cumpri-las.

Ao mesmo tempo, sem ter o propósito de me justificar, mas simplesmente visando explicar minha falta de consistência, digo: olhe para minha vida atual e para minha vida passada, e você verá que não tento defendê-las. E verdade que não tenho cumprido a milésima parte deles [os preceitos cristãos], e me envergonho disto, mas deixei de cumpri-los não porque não quis, mas porque fui incapaz de fazê-lo. Ensine-me como não ser enredado pela tentação que me cerca, ajude-me, e eu os cumprirei; mesmo sem ajuda, eu desejo e espero cumpri-los.

Ataque-me — eu mesmo faço isto —, mas ataque a mim, em vez de culpar o caminho que sigo e que indico a todos aqueles que me perguntam onde acho que ele esteja. Se conheço o caminho de casa e ando por ele embriagado, o caminho não deixa de ser certo simplesmente porque ando por ele cambaleante! Se não é o caminho correto, então mostre-me um outro; mas se cambaleio e perco o caminho, você deve me ajudar, deve manter-me na senda da verdade, assim como eu mesmo estou disposto a ajudá-lo. Não me leve por caminhos errados, não fique feliz por eu me perder, não se rejubile dizendo: “Olhe para ele! Disse que estava indo para casa, mas está se arrastando para um pântano!” Não, não se regozije, mas dê-me seu apoio e sua ajuda.
Leon Tostoi

O que disseram
Existe uma diferença entre os sinais do poder e da ação de Deus e os sinais de que pertencemos a ele. Deus pode expulsar demônios usando qualquer pessoa. Os milagres são sinais do poder de Deus, não de que pertencemos a ele. Os sinais de nosso pertencimento são os frutos da obediência, do praticar aquilo que Jesus ensinou. São estes os frutos que Jesus espera encontrar naqueles que dizem: Senhor, Senhor! Fé em Jesus não é fé real enquanto não fazemos o que ele nos manda fazer.
Ricardo Barbosa
Para responder
a) Como você identifica as pessoas que não vivem o que pregam? Como reage diante delas?
b) Você procura aplicar os mesmos critérios de julgamento a você mesmo?
c) Se fizer um balanço entre seus discursos e suas ações, qual será o resultado?

Você e Deus

Quero ser praticante da Palavra, e não somente ouvinte.

Fonte: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/mais-do-que-ouvir-e-preciso-praticar/

February 09, 2018

Quem chama Deus de Pai não escolhe irmão

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Texto básico: Atos 11. 1-30
Textos de apoio
– Atos 10. 1-48
– Isaías 56. 1-7
– 1 Pedro 2. 4-10
– Deuteronômio 10.17-19
– Tiago 2. 1-8
– Salmo 145. 8-12

Introdução

A igreja cristã em Jerusalém, em franca expansão após a experiência do Pentecostes (Atos 2. 1-13), se vê diante de sucessivos desafios, tanto internos quanto externos. A crescente oposição por parte dos líderes religiosos e mestres da lei assume contornos mais violentos, culminando com a prisão e o apedrejamento de Estêvão, um dos lideres da nascente comunidade cristã (Atos 6 e 7). E em meio a esta conturbada atmosfera desencadeia-se uma forte perseguição contra a igreja em Jerusalém, de modo que a grande maioria dos discípulos precisam se refugiar nas regiões vizinhas à cidade (Atos 8. 1-3).

Como resultado, o Evangelho começa a ser “semeado” em solos aparentemente nunca antes visitados. A perseguição visava a destruição, mas acabou provocando a expansão da igreja! O mesmo Espírito, Senhor da história, que impulsionou os discípulos a saírem do cenáculo para as ruas de Jerusalém, agora conduz a igreja para fora de Jerusalém em direção ao mundo não judaico!

Paralelamente a esta positiva expansão, surgiram novas e desafiadoras questões que precisavam ser enfrentadas seriamente, sob pena de que a comunidade cristão sofresse uma seríssima divisão logo em seus primórdios (Atos 11). Essas questões diziam respeito à própria identidade e missão da igreja: quem eram de fato os verdadeiros descendentes de Abraão e, consequentemente, herdeiros legítimos das promessas de pertencimento ao exclusivo “povo de Deus”? A igreja de Cristo, recém-formada, estava limitada por alguma fronteira (étnica, religiosa, social, geográficas, etc) ou não? Em suma, o que realmente significava, e quem poderia fazer parte, da “igreja”, o Corpo de Cristo, o povo de Deus?

Para entender o que a Bíblia fala

1. Quando Pedro regressou à Jerusalém, que tipo de recepção o aguardava (vv. 1-3)? Por que os membros do “partido dos circuncisos” estavam tão indignados?
2. A visão experimentada por Pedro, da parte de Deus, representava um duro desafio para os judeus e suas leis alimentares (vv. 4-10). Porém, a “metáfora” presente na visão apontava para um desafio mais radical ainda para os cristãos judeus – não chamar impuro o que Deus purificou. Que desafio era este?
3. Qual foi a prova final e mais convincente, para Pedro, de que Deus estava agindo também entre os gentios (vv. 15-17)? E como os demais cristãos de Jerusalém reagiram diante de tal testemunho (v. 18)?
4. Ao mesmo tempo, o Evangelho era pregado aos gentios em Antioquia, com resultados impressionantes (vv. 19-21). Que tipo de ajuda foi providenciada para os novos crentes naquela cidade (vv. 22-26)? Que cuidado especial a igreja de Jerusalém demonstrou ao enviar especificamente a Barnabé?
5. A maravilhosa graça de Deus criou oportunidades para que os cristãos judeus e gentios pudessem expressar comunhão e auxílio mútuo em suas necessidades (vv. 25-30). De que maneira percebemos aqui o verdadeiro significado de “cristão” (v.26b) sendo mais profundamente descoberto e vivido no contexto de uma igreja multicultural?

Hora de Avançar

(…) muitas vezes, os fatores que mais afetam a vida e a missão da igreja não são resultado de planejamento humano. Irrompem no nosso caminho e nos surpreendem, como a chuva refrescante num dia de sol e calor.

Para pensar

Os judeus que haviam abraçado a fé em Jesus consideravam-se os legítimos herdeiros das promessas de benção e salvação da parte de Deus, proferidas inicialmente a Abraão (Gênesis 12. 1-3), e que ecoaram por todo o Antigo Testamento. E eram mesmo. Eram herdeiros legítimos mas não exclusivos! Deus tinha um plano muito mais amplo: abençoar, por meio da fé em Cristo, “todas as famílias da Terra” e toda a sua criação.

A eleição de Israel nunca significou uma rejeição das demais nações, mas ao contrário, tinha a expressa intenção de que elas fossem abençoadas por meio do povo eleito. “Deus havia escolhido Israel em conexão com o propósito dele para o mundo, não somente para Israel” (Christopher Wright). Por todo o Antigo Testamento Deus havia revelado sua intenção, e convocado o povo da antiga aliança para que manifestasse por meio de sua vida pessoal e comunitária, o desejo de Deus de ser conhecido por todas as nações.

Todas as promessas veterotestamentárias tiveram seu cumprimento “em” e “por meio de” Jesus. Ele era o “descendente”, por meio do qual “todas as famílias da Terra” seriam abençoadas com a certeza da libertação salvadora de Deus. No nosso estudo, Deus está desenvolvendo um novo estágio na história da redenção – agora por meio dos discípulos de Jesus. Assim como o povo de Israel, os judeus convertidos à Cristo precisavam descobrir e aprender que os planos de Deus para Sua igreja eram mais abrangentes e inclusivos: por meio da nova fé em Jesus “não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus” (Gálatas 3. 28).

O que disseram

Há muita coisa que podemos entender sobre os caminhos de Deus, assim como há muita coisa que não podemos. Os caminhos de Deus não contradizem nossa razão, mas vão além dela. A revelação que Cristo nos traz coloca todos os fragmentos de nosso conhecimento em uma verdade completa. (Eugene Peterson, “Um Ano com Jesus”, Ed. Ultimato)

Para responder

1. Pedro e os cristãos em Jerusalém, diante da experiência na casa de Cornélio e em Antioquia, precisaram “construir” uma nova perspectiva sobre a presença e ação de Deus entre pessoas e lugares talvez inesperados. Talvez, hoje em dia, também nos sintamos desconfortáveis com determinadas pessoas, grupos e até mesmo lugares onde Deus possa estar agindo. Como você costuma “manejar” a necessidade de uma nova perspectiva em situações assim? Com resistência? Com empolgação? Com incertezas?
2. Às vezes, mesmo em se tratando de espaços já cristãos (igreja, congregação, grupos menores, células, etc), temos a tendência de subestimar o que já tem sido feito, e superestimar a nossa própria contribuição! Como o exemplo de Barnabé, ao ser enviado pela igreja de Jerusalém para acompanhar o que Deus estava realizando em Antioquia, pode nos ajudar a ter uma postura mais humilde e construtiva?

Eu e Deus

Peça a Deus que lhe dê discernimento espiritual para não considerar “impuro” aquilo que Ele já “purificou”, e para perceber Sua presença e ação em pessoas, grupos e lugares que talvez você considere “menos santos” do que na verdade o são!

Fonte: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/quem-chama-deus-de-pai-nao-escolhe-irmao/

February 04, 2018

Uma oração para toda a vida

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- Jonathan Simões

( oração a partir do Salmo 1 )

Ó Senhor,
Ser bem-aventurado:
É o que eu quero.
Ser feliz;
Ter paz.

Livre-me de ser uma marionete das expectativas dos ímpios.

Não deixe que a minha vida se reduza a acomodações políticas.
Ajude-me a não me deter naquilo que não satisfaz.
Liberte-me das más companhias e de investir tempo no que é vão.

Preciso resgatar o lugar da Bíblia no meu cotidiano.

Sem ela,
Fico sem ânimo.
Preciso de clareza quanto ao que ler e estudar.

Ajude-me a ter a rotina do dia-e-noite,

Sem perder o prazer.

Assim, renove-me diariamente,

Faça surgirem frutos, não deixe caírem as folhas.
Livre-me de ser levado pelo vento de cada fase;
De não ter firmeza, raiz.

O Senhor conhece o meu caminho.

Tenha misericórdia de mim!

Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/uma-oracao-para-toda-a-vida

February 03, 2018

O poder da fraqueza

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Texto básico: 1 Coríntios 1. 17-31

Textos de apoio
– Jó 28. 12-28
– Salmo 49
– Provérbios 21. 30-31
– Lucas 10. 21-24
– Filipenses 3. 4b-11
– Tiago 2. 1-5

Introdução

Corinto, capital da província romana da Acaia (atual Grécia), era um dos principais centros de comércio, poder político, paganismo e imoralidade do Império Romano no primeiro século. É nesta cidade, que se orgulhava de sua superioridade cultural e sua localização estratégica, que ironicamente surge uma comunidade cristã formada em sua maioria por pessoas incultas e sem influência naquela sociedade.

Mas, por trás desta ironia se escondia também um perigo trágico. Os cristãos coríntios rapidamente demonstraram o quanto haviam sido influenciados por esta “superioridade cultural”. Como Paul Stevens e Dan Williams comentaram, eles “esqueceram suas raízes humildes e colocaram-se como reis uns sobre os outros – inclusive sobre Paulo, seu fundador e amigo”, o que vinha gerando uma série de rupturas e divisões internas na comunidade.           

E então, alguns anos após sua primeira passagem pela cidade (Atos 18. 1-18), Paulo escreve e envia esta que consideramos sua primeira carta aos coríntios (provavelmente houve uma anterior, que se perdeu – 1 Co 5.9), procurando fornecer não apenas correções práticas à vida comunitária mas também a instrução de princípios teológicos importantes.

A comunidade cristã de Corinto, ao invés de influenciar e transformar a sociedade, estava alimentando o orgulho e as pretensões da sabedoria mundana reinante naquela cultura, esquecendo-se que o coração do evangelho estava no amor, no serviço e na cruz. E a nossa vida cristã? E as nossas comunidades? Também necessitam de uma correção em sua prática e sua teologia?      

Para entender o que a Bíblia fala

  1. No v. 17 Paulo descreve a essência de seu ministério entre os coríntios, lembrando que Cristo não o enviou até eles para ser um “guru”, mas para anunciar o Evangelho, e sem recorrer à “sabedoria da linguagem” (“sabedoria de palavra”, ou “sabedoria humana”, em outras versões). Por que Paulo faz esta ressalva? Que tipo de “sabedoria” os coríntios, inclusive os cristãos, costumavam valorizar?
  2. Os coríntios ostentavam uma sabedoria humana (terrena), e bajulavam aqueles que a ensinavam. Como a mensagem da cruz destrói totalmente tal ostentação (vv. 18-21)? Você acredita que toda sabedoria e toda inteligência é contrária à mensagem da cruz?
  3. Tanto os “milagres” pedidos pelos judeus quanto a “sabedoria” buscada pelos gregos parecem ser dimensões de um mesmo anseio por seguranças humanas (v. 22). Mas, segundo Paulo, onde deve estar alicerçada a segurança de nossas vidas (v. 23)? Por que a crucificação de Cristo representava um “escândalo” para os judeus e uma “loucura” para os gregos?
  4. Existem hoje equivalentes modernos daqueles judeus e gregos? Por que a mensagem da cruz é inaceitável para eles?
  5. Os coríntios também consideravam-se intelectual e espiritualmente superiores aos outros. O que eles haviam esquecido sobre o seu passado, e sobre a razão de Deus tê-los escolhido (vv. 26-29)?
  6. Qual é o significado de “gloriar-se no Senhor” (vv. 30-31)?

Hora de Avançar

O que atrai os homens a Cristo é sua cruz, nada além dela. Que direito temos nós de nos desviarmos desse imperativo? (…) Deveríamos amar alguma outra coisa, seja uma nova tecnologia ou uma forma de ideologia mais do que a cruz de nosso Senhor?
Ricardo Barbosa

Para pensar

Ao considerar o nosso texto como um todo, não vamos encontrar motivos para supor que Paulo esteja criticando, ou mesmo desmerecendo, o uso da racionalidade do ser humano. Não faria sentido ele fazer isso utilizando justamente sua capacidade mental. Podemos dizer que existe uma sabedoria humana que é dom de Deus, e que inclusive nos leva ao reconhecimento de Deus (v. 21). Mas o que Paulo critica aqui é a sabedoria humana que se torna orgulhosa e autossuficiente, e que, portanto, nos afasta de Deus.

O que aconteceu com judeus e gregos na época de Paulo pode acontecer em nossos dias também, ou seja, as pessoas considerarem a cruz como o contrário do que estão procurando: derrota, em vez de poder (judeus); loucura em vez de sabedoria (gregos). Isso de um ponto de vista humano, mas de um ponto de vista da fé, a cruz preenche e mesmo ultrapassa as expectativas humanas: poder de Deus e sabedoria de Deus (v. 24) para todo aquele que crê.

O que disseram

Todas as religiões, com exceção do cristianismo, têm em comum a arrogante ideia (expressa de diferentes maneiras) de que nós somos capazes, se não de conquistar a nossa salvação, pelo menos de contribuir substancialmente para ela. Essa doutrina da salvação própria engorda muitíssimo a nossa autoestima. Ela agrada ao nosso orgulhoso ego e salva-nos do supremo embaraço de sermos humilhados diante da cruz.

John Stott, “Ouça o Espírito, ouça o mundo”, ABU Editora

Para responder

  1. Em nossos dias a mensagem da cruz continua sendo um “escândalo” e uma “loucura” para muitas pessoas em nossa sociedade pluralista, individualista e meritocrata. Fazendo uma análise pessoal sincera, como você tem enfrentado a tensão entre fidelidade e popularidade?
  2. Ao olhar para sua vida até aqui, que motivos podem fazer com que você seja humilde em vez de orgulhoso?
  3. Como a cruz de Cristo pode se tornar a fonte de sentido para a sua vida, diante de tantas “ofertas” de satisfação em nossos dias (tecnologia, ideologias, bens, academicismo, êxito profissional)?

Eu e Deus

“Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte”. (2 Co 12. 9b-10)


Fonte: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/o-poder-da-fraqueza/

February 02, 2018

Um reino sem muros

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Texto básico: Lucas 13. 18-21

Textos de apoio
– 1 Crônicas 29. 10-14
– Salmo 145
– Daniel 7. 13-14
– Mateus 4. 23-24
– Romanos 14. 15-18
– Hebreus 12. 26-29

Introdução

Ao ser interrogado pelos fariseus, Jesus disse que a vinda do Reino de Deus não seria “observável”, mas que ele era uma realidade já atuante entre os homens (Lc 17. 20-21). Por causa da nossa dificuldade de compreensão acerca desta “realidade não observável”, Jesus normalmente tentava explicá-la por meio de parábolas e comparações com realidades conhecidas do dia a dia dos seus ouvintes.

O nosso texto básico contém duas destas parábolas utilizadas por Jesus para explicar a natureza do Reino de Deus. Elas foram contadas por ele logo após um incidente numa sinagoga, onde uma mulher encurvada é curada e liberta num dia de sábado. O chefe da sinagoga, indignado, repreende a multidão, que por sua vez se alegrava com os milagres de Jesus. Apesar da resistência por parte de alguns, o Reino estava ali presente, e seu desenvolvimento não poderia ser contido.

É como se Jesus, após o acontecido, procurasse ensinar que por trás daqueles sinais visíveis existia uma realidade espiritual, invisível, se desenrolando. E que, uma vez iniciado este processo, nada poderia detê-lo.

Temos cultivado esta consciência da presença do Reino de Deus entre nós, ainda que os sinais exteriores sejam sutis? De que maneira uma consciência viva acerca deste Reino entre nós poderia transformar nossa percepção da realidade visível e imediata? Será que às vezes confundimos o Reino de Deus com o “reino nosso”?     

Para entender o que a Bíblia fala

  1. Ao comparar o Reino de Deus com uma semente, que cresce, e se torna uma árvore capaz de abrigar aves em seus ramos, o que Jesus esperava ensinar sobre a natureza deste Reino (vv. 18-19)? Para ajudar, lembre-se o que esta simbologia de “aves do céu abrigando-se nos ramos de uma árvore” significava no Antigo Testamento (Ez 17.23, 31.6; Dn 4.12).
  2. Pensando, então, no que Jesus ensinou com esta parábola, quem pode fazer parte do Reino de Deus? Quais a implicações disso para o esforço missionário da Igreja, que é o agente do Reino neste mundo?
  3. Nos vv. 20-21 Jesus lança mão de outra comparação facilmente reconhecida por seus ouvintes. O que ele queria ensinar sobre o Reino de Deus desta vez? Onde o “fermento” do Reino precisa estar? Existe alguma parte da “farinha” do mundo que ficou privada do efeito da fermentação?
  4. Juntando agora as duas imagens usadas por Jesus, poderíamos considerar que o desenvolvimento do Reino de Deus entre nós possui uma dupla dimensão: “horizontal” (a ideia de extensão) e “vertical” (a ideia de profundidade). Pensando no seu contexto imediato (seu bairro, sua cidade), de que maneira esta dimensão dupla poderia, ou deveria, estar sendo vivenciada por sua comunidade cristã, que é a “filial” do Reino neste contexto geográfico e social?

Hora de Avançar

Jesus anunciou a boa nova: o reino de Deus se fez presente na história. Deus está cumprindo a sua promessa de restauração da sua criação, incluindo a humanidade. Para tal efeito, o seu reino se fez presente na pessoa e obra do seu Filho Jesus Cristo. A missão da Igreja é integral uma vez que tem como propósito prolongar a missão de Jesus Cristo como missão do reino ao longo da história.
(René Padilla)

Para pensar

O v. 18, no original, possui um “portanto”, que nos ajuda a perceber a relação entre o discurso de Jesus sobre o Reino de Deus, e os acontecimentos anteriores na sinagoga. Essa observação foi mantida na tradução da Bíblia de Jerusalém.

Em Mateus e Marcos, a lição da parábola do grão de mostarda frisa o contraste entre o tamanho ínfimo da semente e o grande porte da árvore que surge a partir dela. Não se deve menosprezar o começo humilde do Reino de Deus. Note que Lucas seque menciona o tamanho do grão de mostarda, mas coloca toda ênfase no resultado final – uma árvore capaz de abrigar as ave do céu. Portanto, uma ênfase na universalidade do Reino de Deus, característica bastante presente nos escritos lucanos.

Com relação à parábola do fermento, os três evangelhos sinóticos mantém a mesma lição – uma quantidade pequena de fermento faz sentir sua presença numa grande quantidade de farinha. “Assim acontece com o reino. O fermento trabalha de modo quieto e invisível, e o reino opera através da influência de Cristo sobre os corações humanos, e não em qualquer coisa meramente externa e visível” (Leon Morris, “Lucas: Introdução e Comentário”, Edições Vida Nova). O fermento também influencia todas partes da massa, o que nos levar a pensar sobre a influência que o Reino precisa ter na totalidade da vida, sem omitir nenhum parte.

O que disseram

Muito frequentemente, nossa desculpa para sermos irresponsáveis é a alegação de que somos insignificantes. As parábolas da semente de mostarda e do fermento de Jesus põem fim a isso. São os movimentos imperceptíveis e invisíveis de Cristo em nós que se tornam as florestas e os banquetes de seu reino.
Eugene Peterson, “Um Ano com Jesus”, Ultimato  

Para responder

  1. Dizer que o Reino de Deus possui um caráter universal é absolutamente verdadeiro. Mas, ao mesmo tempo, isso pode nos levar a uma generalização sem maiores consequências pessoais e comunitárias. Por isso, reflita sobre como a natureza “inclusiva” do Reino se aplica ao seu contexto mais próximo. Como você e sua comunidade cristã podem aplicar esse ensino na realidade heterogênea (social e culturalmente falando) de seu bairro e cidade?
  2. O Reino é também como o fermento que “influencia” cada parte da farinha. Fazendo um paralelo com a Igreja, que é a agência do Reino no mundo, o que está metáfora ensina sobre o caráter holístico de sua missão? Como a Igreja poderá influenciar cada área da sociedade onde está inserida?

Eu e Deus

Pai, santificado seja o teu Nome;
venha o teu Reino;
o pão nosso cotidiano dá-nos a cada dia;
perdoa-nos os nossos pecados,
pois também nós perdoamos aos nossos devedores;
e não nos deixes cair em tentação.
Amém.

Fonte: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/um-reino-sem-muros/

February 01, 2018

Deixar que te sigam


Um dos maiores obstáculos para compreendermos o que é fazer discípulos é lermos essa expressão unicamente com as lentes da soteriologia, do estudo das doutrinas da salvação, sem atentarmos para o fato óbvio de que Jesus fez discípulos discipulando-os, não apenas salvando-os.

De modo geral, não paramos para pensar que os discípulos jamais precisariam especular – como fazemos hoje – sobre o que significou a ordem de “ide, fazei discípulos”, já que o discipulado era uma realidade presente em sua cultura e em sua própria experiência recente com Jesus.

Os discípulos nunca responderiam à Grande Comissão com “como faremos isso?”. Essa pergunta não está lá – nem poderia estar – porque os discípulos não tiveram dúvidas de como deveriam executar o que Jesus lhes estava pedindo. Eles foram discipulados!

Fazendo nossos próprios discípulos de Jesus

Se admitirmos que o Senhor Jesus ordenou que reproduzíssemos com outros o que ele fez com aqueles doze homens, então a Grande Comissão nos obriga a fazer discípulos não apenas dele, mas também de nós – à medida que somos discípulos dele. Por mais paradoxal que pareça, a missão que Cristo nos entregou é cumprida ao produzirmos os nossos próprios discípulos dele.

Quando Jesus se despediu de seus discípulos e os incumbiu de ensinar a novas pessoas, estava nomeando todos eles como discipuladores. Desde então e até os dias de hoje, Jesus não vai descer do céu para fazer novos discípulos. Agora isso compete a nós. Se fizermos discípulos apenas de Cristo e não de nós, então não estaremos discipulando, pois o sujeito ativo do “fazer discípulos” na Grande Comissão somos nós, e não ele.

Com tudo isso, não quero dizer que o objetivo final do discipulado é levar alguém a parecer-se conosco. Se for assim, teremos um alvo muito medíocre. A finalidade do discipulado é produzir um imitador de Cristo. Se o referencial sempre é Cristo e se nós o seguimos, o discípulo poderá seguir a nós.

Obter convertidos ou nutrir um relacionamento discipulador?

Mas por que será que recusamos tanto a ideia de termos nossos discípulos de Cristo? Uma parte da resposta é a rejeição a determinados movimentos de discipulado mais recentes que destoam do padrão bíblico. Mas, antes mesmo que tais movimentos surgissem, nós também não aceitávamos a ideia de que um discípulo genuíno de Cristo pudesse ter discípulos, ainda que por meio de um relacionamento saudável. Nós até admitimos que o discipulado pressupõe um discipulador de um lado e um discípulo de outro, mas chamamos esse discípulo de “discipulando”, “pupilo”, “mentoreado” ou até de “catecúmeno”, menos de discípulo.

Outra razão para essa recusa vem do fato de que, para muitos de nós, fazer discípulos tem sido pouco mais do que obter convertidos. Por esse pensamento, quando Jesus nos deu a Grande Comissão, sua intenção seria basicamente que buscássemos pessoas perdidas para a salvação. Com certeza, há algo de bíblico aqui. Mas a questão não é se nossa missão inclui semear o evangelho, mas se ela se resume a isso.

Bem, se nossa visão de fazer discípulos se limita a obter convertidos, então poderíamos fazer discípulos sem nenhum envolvimento relacional, e Jesus poderia ter feito discípulos sem ter convidado ninguém para segui-lo, pois seus sermões públicos bastariam.

Precisamos fazer discípulos de Jesus, sim, no sentido de levar pessoas ao arrependimento e à fé nele a fim de que sejam salvas. Mas também precisamos fazer discípulos de nós, o que significa desenvolver com essas pessoas um relacionamento de cuidado, ensino e aperfeiçoamento, para que elas também sejam levadas à multiplicação. Esse tipo de vínculo é o que chamamos de relacionamento discipulador, uma expressão formulada no contexto batista pela Junta de Missões Nacionais com a visão de Igreja Multiplicadora.

A essência do discipulado é seguir alguém

A Grande Comissão é algo que se implementa via relacionamentos. Ela acontece pela influência de um discípulo em outro, pessoa a pessoa, geração a geração, até chegar a todas as nações. Quanto à salvação, o discípulo é de Cristo, pois quem salva é ele. Quanto ao relacionamento discipulador, o discípulo é nosso, pois quem discipula somos nós.

Não se choque com os pronomes. Eles dão uma falsa ideia de posse. O sentido não é esse. Na verdade, entendo e respeito sua opção de não chamar os seus discípulos de seus, se for o caso. Você pode chamá-los de “discipulandos”, por exemplo. Contudo, certifique-se de que esteja desenvolvendo com eles o relacionamento discipulador modelado por Jesus.

Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/discipular-significa-deixar-que-te-sigam

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=FeFhlGO6lJI
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