O poder da fraqueza
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Texto básico: 1 Coríntios 1. 17-31
Textos de apoio
– Jó 28. 12-28
– Salmo 49
– Provérbios 21. 30-31
– Lucas 10. 21-24
– Filipenses 3. 4b-11
– Tiago 2. 1-5
Mas, por trás desta ironia se escondia também um perigo trágico. Os cristãos coríntios rapidamente demonstraram o quanto haviam sido influenciados por esta “superioridade cultural”. Como Paul Stevens e Dan Williams comentaram, eles “esqueceram suas raízes humildes e colocaram-se como reis uns sobre os outros – inclusive sobre Paulo, seu fundador e amigo”, o que vinha gerando uma série de rupturas e divisões internas na comunidade.
E então, alguns anos após sua primeira passagem pela cidade (Atos 18. 1-18), Paulo escreve e envia esta que consideramos sua primeira carta aos coríntios (provavelmente houve uma anterior, que se perdeu – 1 Co 5.9), procurando fornecer não apenas correções práticas à vida comunitária mas também a instrução de princípios teológicos importantes.
A comunidade cristã de Corinto, ao invés de influenciar e transformar a sociedade, estava alimentando o orgulho e as pretensões da sabedoria mundana reinante naquela cultura, esquecendo-se que o coração do evangelho estava no amor, no serviço e na cruz. E a nossa vida cristã? E as nossas comunidades? Também necessitam de uma correção em sua prática e sua teologia?
Ricardo Barbosa
O que aconteceu com judeus e gregos na época de Paulo pode acontecer em nossos dias também, ou seja, as pessoas considerarem a cruz como o contrário do que estão procurando: derrota, em vez de poder (judeus); loucura em vez de sabedoria (gregos). Isso de um ponto de vista humano, mas de um ponto de vista da fé, a cruz preenche e mesmo ultrapassa as expectativas humanas: poder de Deus e sabedoria de Deus (v. 24) para todo aquele que crê.
Fonte: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/o-poder-da-fraqueza/
Texto básico: 1 Coríntios 1. 17-31
Textos de apoio
– Jó 28. 12-28
– Salmo 49
– Provérbios 21. 30-31
– Lucas 10. 21-24
– Filipenses 3. 4b-11
– Tiago 2. 1-5
Introdução
Corinto, capital da província romana da Acaia (atual Grécia), era um dos principais centros de comércio, poder político, paganismo e imoralidade do Império Romano no primeiro século. É nesta cidade, que se orgulhava de sua superioridade cultural e sua localização estratégica, que ironicamente surge uma comunidade cristã formada em sua maioria por pessoas incultas e sem influência naquela sociedade.Mas, por trás desta ironia se escondia também um perigo trágico. Os cristãos coríntios rapidamente demonstraram o quanto haviam sido influenciados por esta “superioridade cultural”. Como Paul Stevens e Dan Williams comentaram, eles “esqueceram suas raízes humildes e colocaram-se como reis uns sobre os outros – inclusive sobre Paulo, seu fundador e amigo”, o que vinha gerando uma série de rupturas e divisões internas na comunidade.
E então, alguns anos após sua primeira passagem pela cidade (Atos 18. 1-18), Paulo escreve e envia esta que consideramos sua primeira carta aos coríntios (provavelmente houve uma anterior, que se perdeu – 1 Co 5.9), procurando fornecer não apenas correções práticas à vida comunitária mas também a instrução de princípios teológicos importantes.
A comunidade cristã de Corinto, ao invés de influenciar e transformar a sociedade, estava alimentando o orgulho e as pretensões da sabedoria mundana reinante naquela cultura, esquecendo-se que o coração do evangelho estava no amor, no serviço e na cruz. E a nossa vida cristã? E as nossas comunidades? Também necessitam de uma correção em sua prática e sua teologia?
Para entender o que a Bíblia fala
- No v. 17 Paulo descreve a essência de seu ministério entre os coríntios, lembrando que Cristo não o enviou até eles para ser um “guru”, mas para anunciar o Evangelho, e sem recorrer à “sabedoria da linguagem” (“sabedoria de palavra”, ou “sabedoria humana”, em outras versões). Por que Paulo faz esta ressalva? Que tipo de “sabedoria” os coríntios, inclusive os cristãos, costumavam valorizar?
- Os coríntios ostentavam uma sabedoria humana (terrena), e bajulavam aqueles que a ensinavam. Como a mensagem da cruz destrói totalmente tal ostentação (vv. 18-21)? Você acredita que toda sabedoria e toda inteligência é contrária à mensagem da cruz?
- Tanto os “milagres” pedidos pelos judeus quanto a “sabedoria” buscada pelos gregos parecem ser dimensões de um mesmo anseio por seguranças humanas (v. 22). Mas, segundo Paulo, onde deve estar alicerçada a segurança de nossas vidas (v. 23)? Por que a crucificação de Cristo representava um “escândalo” para os judeus e uma “loucura” para os gregos?
- Existem hoje equivalentes modernos daqueles judeus e gregos? Por que a mensagem da cruz é inaceitável para eles?
- Os coríntios também consideravam-se intelectual e espiritualmente superiores aos outros. O que eles haviam esquecido sobre o seu passado, e sobre a razão de Deus tê-los escolhido (vv. 26-29)?
- Qual é o significado de “gloriar-se no Senhor” (vv. 30-31)?
Hora de Avançar
O que atrai os homens a Cristo é sua cruz, nada além dela. Que direito temos nós de nos desviarmos desse imperativo? (…) Deveríamos amar alguma outra coisa, seja uma nova tecnologia ou uma forma de ideologia mais do que a cruz de nosso Senhor?Ricardo Barbosa
Para pensar
Ao considerar o nosso texto como um todo, não vamos encontrar motivos para supor que Paulo esteja criticando, ou mesmo desmerecendo, o uso da racionalidade do ser humano. Não faria sentido ele fazer isso utilizando justamente sua capacidade mental. Podemos dizer que existe uma sabedoria humana que é dom de Deus, e que inclusive nos leva ao reconhecimento de Deus (v. 21). Mas o que Paulo critica aqui é a sabedoria humana que se torna orgulhosa e autossuficiente, e que, portanto, nos afasta de Deus.O que aconteceu com judeus e gregos na época de Paulo pode acontecer em nossos dias também, ou seja, as pessoas considerarem a cruz como o contrário do que estão procurando: derrota, em vez de poder (judeus); loucura em vez de sabedoria (gregos). Isso de um ponto de vista humano, mas de um ponto de vista da fé, a cruz preenche e mesmo ultrapassa as expectativas humanas: poder de Deus e sabedoria de Deus (v. 24) para todo aquele que crê.
O que disseram
Todas as religiões, com exceção do cristianismo, têm em comum a arrogante ideia (expressa de diferentes maneiras) de que nós somos capazes, se não de conquistar a nossa salvação, pelo menos de contribuir substancialmente para ela. Essa doutrina da salvação própria engorda muitíssimo a nossa autoestima. Ela agrada ao nosso orgulhoso ego e salva-nos do supremo embaraço de sermos humilhados diante da cruz.
John Stott, “Ouça o Espírito, ouça o mundo”, ABU Editora
Para responder
- Em nossos dias a mensagem da cruz continua sendo um “escândalo” e uma “loucura” para muitas pessoas em nossa sociedade pluralista, individualista e meritocrata. Fazendo uma análise pessoal sincera, como você tem enfrentado a tensão entre fidelidade e popularidade?
- Ao olhar para sua vida até aqui, que motivos podem fazer com que você seja humilde em vez de orgulhoso?
- Como a cruz de Cristo pode se tornar a fonte de sentido para a sua vida, diante de tantas “ofertas” de satisfação em nossos dias (tecnologia, ideologias, bens, academicismo, êxito profissional)?
Eu e Deus
“Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte”. (2 Co 12. 9b-10)Fonte: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/o-poder-da-fraqueza/
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