March 27, 2018

A grande diferença

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- Ricardo Barbosa

Jesus termina o Sermão do Monte com uma recomendação e uma pequena parábola. 

 Uma forma de entender a conclusão deste sermão encontra-se nos pronomes: “nem todo o que me diz…”, “aquele que faz a vontade do meu Pai…”, “…hão de dizer-me…”, “apartai-vos de mim…”, “ouve as minhas palavras…”  

São pronomes que nos levam a considerar o pregador, e não apenas a pregação. São estas palavras que formarão o texto que definirá o julgamento e o julgamento terá como fundamento o que as pessoas fizeram com suas palavras.

Jesus começa sua recomendação dizendo: “entrai pela porta estreita…” Não é simplesmente um convite, mas um imperativo. Jesus afirma que existem duas portas e dois caminhos. Um deles leva à perdição, o outro à vida. Jesus reconhece, com tristeza, que são poucos os que entram pelo caminho estreito.

Bonhoeffer afirma que o caminho dos seguidores de Cristo é apertado. Diz ele: “testemunhar a verdade de Jesus e confessá-la e, ao mesmo tempo, amar com o amor incondicional de Jesus os inimigos dessa verdade, é um caminho apertado”. 

O caminho estreito é o caminho herdado. 

É o caminho da criação, o caminho da redenção, o caminho de Jesus. Não é um caminho imposto a nós, é o caminho que Jesus trilhou e que nos convida a andar por ele. O caminho largo é o caminho imposto a nós, é o caminho que chega a nós pela imposição da maioria, daqueles que não suportam seguir sozinhos no caminho da perdição e destruição. Jesus não diz que quem não andar pelo caminho estreito ele vai punir ou destruir. É o próprio caminho largo que nos conduz à morte.

Na parábola dos dois construtores, a diferença não está no ouvir, ambos ouviram. A diferença está no praticar. A casa que cai é composta por crentes que consideram as palavras de Jesus bonitas para se ouvir, boas para se falar e ensinar, mas irreais para serem praticadas.

Jesus conclui dizendo: “nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. 

Existe uma diferença entre os sinais do poder de Deus, e os sinais de que pertencemos a ele. 

Os sinais de que pertencemos a ele são os frutos da obediência. São estes os frutos que Jesus espera encontrar naqueles que falam: Senhor, Senhor! 

Fé em Jesus não é fé real enquanto não fazemos o que ele nos manda fazer. O julgamento para aqueles crentes que ouvem, mas não praticam, será a ausência da comunhão divina: “nunca vos conheci”.

Fonte: http://www.ippdf.com.br/comunidade/boletim-da-semana/a-grande-diferenca/

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