A grande diferença
.
- Ricardo Barbosa
Jesus
termina o Sermão do Monte com uma recomendação e uma pequena parábola.
Uma forma de entender a conclusão deste sermão encontra-se nos pronomes:
“nem todo o que me diz…”, “aquele que faz a vontade do meu Pai…”, “…hão de dizer-me…”, “apartai-vos de mim…”, “ouve as minhas palavras…”
São pronomes que nos levam a considerar o pregador, e não apenas a
pregação. São estas palavras que formarão o texto que definirá o
julgamento e o julgamento terá como fundamento o que as pessoas fizeram
com suas palavras.
Jesus começa sua recomendação dizendo:
“entrai pela porta estreita…” Não é simplesmente um convite, mas
um imperativo. Jesus afirma que existem duas portas e dois caminhos. Um
deles leva à perdição, o outro à vida. Jesus reconhece, com tristeza,
que são poucos os que entram pelo caminho estreito.
Bonhoeffer afirma que o caminho dos
seguidores de Cristo é apertado. Diz ele: “testemunhar a verdade de
Jesus e confessá-la e, ao mesmo tempo, amar com o amor incondicional de
Jesus os inimigos dessa verdade, é um caminho apertado”.
O caminho
estreito é o caminho herdado.
É o caminho da criação, o caminho
da redenção, o caminho de Jesus. Não é um caminho imposto a nós, é o
caminho que Jesus trilhou e que nos convida a andar por ele. O caminho
largo é o caminho imposto a nós, é o caminho que chega a nós pela
imposição da maioria, daqueles que não suportam seguir sozinhos no
caminho da perdição e destruição. Jesus não diz que quem não andar pelo
caminho estreito ele vai punir ou destruir. É o próprio caminho largo
que nos conduz à morte.
Na parábola dos dois construtores, a
diferença não está no ouvir, ambos ouviram. A diferença está no
praticar. A casa que cai é composta por crentes que consideram as
palavras de Jesus bonitas para se ouvir, boas para se falar e ensinar,
mas irreais para serem praticadas.
Jesus conclui dizendo: “nem todo o que
me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai, que está nos céus”.
Existe uma diferença entre os
sinais do poder de Deus, e os sinais de que pertencemos a ele.
Os sinais
de que pertencemos a ele são os frutos da obediência. São estes os
frutos que Jesus espera encontrar naqueles que falam: Senhor, Senhor!
Fé
em Jesus não é fé real enquanto não fazemos o que ele nos manda fazer. O
julgamento para aqueles crentes que ouvem, mas não praticam, será a
ausência da comunhão divina: “nunca vos conheci”.
Fonte: http://www.ippdf.com.br/comunidade/boletim-da-semana/a-grande-diferenca/
0 Comments:
Post a Comment
Note: Only a member of this blog may post a comment.
<< Home