Sinais de vida
.
- Isabelle Ludovico
A igreja evangélica precisa de uma nova
reforma. Ela acabou incorporando as práticas denunciadas por Lutero;
explora a fé do povo, tem seus papas e pompas, tem um discurso
divorciado da prática, perdeu o temor do Senhor.
Um sintoma desse descaminho é que ela elege como referência e exalta os pastores e líderes carismáticos que ostentam diplomas, escrevem livros, são vistos na televisão e prometem bênçãos para aqueles que contribuem financeiramente com eles. Os evangélicos já não se quebrantam; tornam-se juízes, vivendo em guetos e olhando para fora com ar de superioridade e atitudes de donos da verdade. Assim, o maior pecado da Igreja hoje é o orgulho espiritual, que impede a ação do Espírito Santo.
É urgente olharmos para a cruz e percebermos que não merecemos a salvação. Converter-se significa experimentar uma mudança de olhar que coloca de cabeça para baixo nossos valores materialistas e nos leva a uma transformação em sintonia com as virtudes apresentadas por Jesus no Sermão do Monte. Um sinal dessa mudança é a humildade que desperta em nós o desejo de servir, como expressão do nosso amor a Deus.
Um sintoma desse descaminho é que ela elege como referência e exalta os pastores e líderes carismáticos que ostentam diplomas, escrevem livros, são vistos na televisão e prometem bênçãos para aqueles que contribuem financeiramente com eles. Os evangélicos já não se quebrantam; tornam-se juízes, vivendo em guetos e olhando para fora com ar de superioridade e atitudes de donos da verdade. Assim, o maior pecado da Igreja hoje é o orgulho espiritual, que impede a ação do Espírito Santo.
É urgente olharmos para a cruz e percebermos que não merecemos a salvação. Converter-se significa experimentar uma mudança de olhar que coloca de cabeça para baixo nossos valores materialistas e nos leva a uma transformação em sintonia com as virtudes apresentadas por Jesus no Sermão do Monte. Um sinal dessa mudança é a humildade que desperta em nós o desejo de servir, como expressão do nosso amor a Deus.
Assim, em vez de ídolos ricos e famosos, passaremos a valorizar os pobres e anônimos que vivem os valores do reino de Deus. Estaremos atentos ao ensino que não provém de um discurso bem articulado, mas de uma vida dedicada a Deus. Buscaremos a direção espiritual de pessoas humildes que vivem de forma coerente com o evangelho. Teremos o cuidado de honrar aqueles que transformam a Palavra em gestos simples do cotidiano. Desejaremos a companhia dos santos descalços, marginalizados, identificados com os pobres e engajados na promoção da dignidade humana e da justiça social.
Como dona Maria, faxineira, mãe de três filhos, que acolhe as pessoas como as duas crianças abandonadas em sua porta. Ou Goreth que deixa sua pequena confecção caseira uma tarde por semana para visitar os presidiários. Aprendo com Sergio que transformou sua experiência de portador do HIV em acolhimento de crianças e adultos também contaminados. E Samantha, missionária inglesa que deixou o aconchego de sua casa e amigos para servir como voluntária numa ONG que busca comercializar os produtos confeccionados por pessoas à margem do sistema econômico, de modo a garantir-lhes sustento e dignidade. Tem também Tonica, missionária da ABU que compartilhou as condições de vida dos angolanos nos piores momentos da guerra, pregando e vivendo o evangelho num contexto de vulnerabilidade.
Olhando essas expressões do amor de Deus encarnado na vida de irmãos e irmãs, me sinto constrangida a converter mais um pouco; a confessar meu apego ao conforto material, à visibilidade, ao reconhecimento público.
Nascer de novo significa reconstruir nossa identidade no privilégio de sermos filhos de Deus, não por merecê-lo, mas por Sua graça incondicional. Significa colocar-nos aos pés de Cristo, a serviço do Senhor, e despojar dos títulos e bens que garantem uma falsa segurança para nos entregar à direção do Espírito.
O medo, sentido também pelo jovem rico, é relativizado pelo brilho que encontro nos olhos daqueles que já deram esse passo e experimentam a alegria indizível de ser parte do Corpo de Cristo.
Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/301/pobres-e-anonimos-que-nos-precedem-no-reino-dos-ceus
0 Comments:
Post a Comment
Note: Only a member of this blog may post a comment.
<< Home