July 30, 2024

Você confia em Mim?

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July 28, 2024

Oceans


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July 27, 2024

Pérola de grande valor

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E, encontrando uma pérola de grande valor,
 foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.
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Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas.

Pérolas são produtos da dor, resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejada no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia. Pérolas são feridas curadas.

Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia penetra, células de nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas para proteger o corpo indefeso da ostra. Como resultado, uma linda pérola vai se formando.

Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, produz pérolas pois a pérola é uma ferida cicatrizada.

Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém? Já foi acusado de ter dito coisas que não disse? Suas ideias já foram rejeitadas ou mal interpretadas? Você já sofreu os duros golpes do preconceito? Já recebeu o troco da indiferença? 

Então produza uma pérola.

Cubras suas mágoas com várias camadas de amor.

Infelizmente são poucas as pessoas que se interessam por este tipo de movimento. A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos deixando as feridas abertas, alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e portanto, não permitindo que elas cicatrizem.

Assim, na prática o que vemos são muitas ostras vazias, não porque não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor.

July 25, 2024

Sede

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https://www.youtube.com/watch?v=YXnQ02HYB1w

July 22, 2024

O poder do amor



"Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força".

Mc 12: 30


July 21, 2024

Você sabe fazer e manter amizades?

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Para construir amizades mais próximas é importante dizer a seus amigos como eles são apreciados, ser vulnerável e cultivar o relacionamento

Amizades crescem quando pessoas se vêem regularmente, compartilham interesses e abrem suas vidas confidenciando umas à outras.

O desenvolvimento de uma amizade é como uma planta, envolve crescimento, e o processo de querer viver e saber além do que já foi compartilhado. 

Quando dizemos a pessoa que ela é importante para nós e somos gratos a ela, mostramos que a apreciamos e mostramos que não iremos rejeitá-la.

E se você quer aprofundar uma relação, provavelmente terá de dar o primeiro passo. 

Quando você conta seus problemas, permite ficar vulnerável diante de outra pessoa, dando liberdade a ela para abrir de si também. Vulnerabilidade gera vulnerabilidade.

Três dicas: 
1) Faça pequenos gestos (por exemplo, mandar mensagens)
2) Esteja presente em momentos cruciais
3) Saiba ouvir (demonstre interesse e atenção)

É possível formar amizades em qualquer idade. 

Mas à medida que ficamos mais atarefados, é preciso se colocar em situações que você possa formar e manter novas amizades.

Seja proativo, ou seja, crie oportunidades para estar junto e saiba aproveitar o momento.

Fonte: https://www.estadao.com.br/saude/voce-sabe-fazer-e-manter-amizades-confira-aqui/
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July 20, 2024

Para que serve um amigo?

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- Martha Medeiros

Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, dar carona pra festa, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.

Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro "A Identidade" que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.

Verdade verdadeira. 

Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo construído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos.

Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.

Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.

Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.

Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.

Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.

Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. 

Se tiver um, amém.

"O homem que tem muitos amigos sai perdendo, mas há amigo mais 
chegado do que um irmão"
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July 19, 2024

A benção da traição

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- H. L. ROUSH

A neve caía silenciosamente como plumagem flutuante, cobrindo a terra parda e manchada por uma camada alvíssima. Havia caído neve a noite toda e eu estava contemplando da janela do meu escritório esta primeira nevasca de inverno com um coração contente e quieto. Era o dia seguinte ao Dia de Ações de Graças e esta nevada me fornecia desculpa suficiente para que eu desacelerasse meu horário atarefado e gastasse o tempo necessário para gozar a comunhão da minha família. Tínhamos muitos motivos para dar graças naquele ano, como aliás sempre tivemos.

A calma preciosa daquela manhã foi destronada pela chamada insistente do telefone. Seria o primeiro elo numa corrente pesada que em breve me envolveria em desespero e tristeza; pois a voz no telefone me informava que um grande transtorno acabava de penetrar na minha vida. As circunstâncias que acabavam de suceder, colocariam todo o meu ministério em perigo, e pressagiariam a ruína potencial da minha vida familiar e pessoal. É espantoso notar como o mundo toma outro aspecto de acordo com as nossas circunstâncias. Verdadeiramente, a beleza está nos olhos de quem contempla, pois a alvura tranqüila da neve agora representava apenas uma hipocrisia que escondia os fatos duros e cruéis que estavam, como eu bem sabia, sob sua capa enganadora. Denúncias sérias haviam sido feitas contra mim por um acusador desconhecido, mas Deus conhecia meu coração que eu era uma vítima inocente de circunstâncias distorcidas.

Eu só podia clamar: "Ó Pai, quem teria feito isto?" Minha oração foi respondida dentro de poucos dias e com a resposta veio a dor mais aguda de todas, pois descobri que meu traidor fora um amigo que professava me amar.

Por dois dias meditei em silêncio estupefato e desespero tenebroso. A crise na qual me encontrava já era suficientemente séria, mas ela se complicava e ultrapassava, segundo eu pensava, as minhas forças para suportá-la por causa do fato incrível de que o instrumento desta aflição na minha vida era alguém que partia pão comigo em torno da mesa do Senhor e que freqüentemente expressava o seu amor por mim.  

Nossas experiências "pessoais" não são tão pessoais ou peculiares quanto geralmente imaginamos - o que sucede nas nossas vidas como membros do corpo de Cristo está acontecendo para trazer conforto e apoio a outros (2 Co 1). Está "acontecendo" porque é a herança mútua dos membros do corpo de Cristo compartilhar dos sofrimentos da cabeça (Fp 1:29; Cl 1:24). 

A CERTEZA DA TRAIÇÃO

A experiência debilitante de ser traído pelos próprios amigos e amados necessariamente virá a vida de cada crente. Baseio esta observação em muita experiência na vida cristã e no ensinamento claro e simples da Palavra de Deus. É uma descoberta interessante aprender que a palavra "trair" e suas formas derivadas são empregadas somente em relação à traição de Jesus por Judas, com uma exceção em Lc 21:16. Nesta passagem profética, a palavra é empregada para retratar o final da era da graça, e é identificada como uma das marcas características ou sinais da vinda do Senhor Jesus Cristo. No versículo lemos simplesmente o seguinte: "E sereis entregues (traídos) até por vossos pais, irmãos, parentes e amigos; e matarão alguns dentre vós."

É terrível aguardar tal acontecimento, mas essa é a promessa clara da palavra de Cristo. A era da graça vai findar com um engano religioso mundial. Será uma hora de grande falsificação - hora perigosa em que se resistirá à verdade por engano e engenhosidade (estudar as palavras de Paulo em 2 Tm 3:1-18). 

Creio que todo homem em quem Jesus habita terá nestes últimos e terríveis dias o seu próprio Judas particular; pois no dia de engano e falsificação será preeminente o irmão falso. Além disso, traição é a experiência comum de todo homem que Deus já usou em qualquer época para a sua glória.

Nosso texto em Lc 21:16 diz que a traição vem por intermédio de "pais, irmãos, parentes e amigos". Fato espantoso, mas verdadeiro e com boa razão. Em primeiro lugar, nossos inimigos não podem nos trair. Não lhes permitimos se aproximarem suficientemente dos nossos corações. Não temos intimidade suficiente com nossos inimigos. Compartilhamos do nosso coração com os nossos irmãos e amigos. Já que nossos inimigos não nos podem prejudicar, são os nossos amigos que nos ferem.

Assim disse o salmista em Sl 55:12-14: "Com efeito, não é inimigo que me afronta: se o fosse, eu o suportaria; nem é o que me odeia quem se exalta contra mim pois dele eu me esconderia; mas és tu, homem meu igual, meu companheiro, e meu intimo amigo. Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos e íamos com a multidão à casa de Deus."

Da mesma forma, toda a história da Bíblia repete o fato da traição que vem por intermédio dos nossos amigos. Abel foi traído pelo seu irmão único, Esaú pelo seu irmão gêmeo, Isaque pelo próprio filho, Urias pelo rei em quem ele confiava e pela sua bela esposa. Jesus por seu discípulo dedicado, Paulo por "falsos irmãos". Não precisamos prosseguir, pois esta verdade solene e grave permanece: frequentemente são nossos amigos que se levantam contra nós e desta forma multiplicam nossas aflições na vida cristã.

O MÉTODO DA TRAIÇÃO

O método será sempre o mesmo. Em primeiro lugar, os nossos traidores escolherão cuidadosamente a hora. No caso de Jesus, ele foi traído justamente na hora precisa da sua vida, quando ele precisava mais do que nunca de comunhão com outros homens (Mc 14: 37); na hora da sua maior necessidade; e quando ele estava no limiar da sua maior obra (Calvário). 

Os nossos traidores também conhecem o lugar de nos atacar. Jo 18: 2 mostra que Judas conhecia o lugar secreto do refúgio de Jesus. Eles nos observam e conhecem o nosso lugar de agonia e oração; tendo assim a vantagem da intimidade, atacam-nos num lugar oportuno.

Seu instrumento de traição será sempre o beijo. Encoraja-nos por seu amor para que possam nos atacar num momento em que estamos desprevenidos. A Palavra de Deus diz: Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia o meu pão, levantou contra mim o calcanhar" (Sl 41:9).

Há um quadro precioso retratado aqui pelas palavras deste versículo. O sentido original é de um cavalo doméstico de confiança escoiceando maliciosamente um amigo confiante e despercebido, pelas costas.

VITÓRIA SOBRE O TRAIDOR

Qual foi o fim de Judas? A história registra seu fim trágico, mas encoberto pela obscuridade aparente dos relatos sumários da sua morte, se encontra um drama que tem permanecido demasiadamente oculto.

A fim de colocar este drama na sua devida perspectiva, devemos examinar ligeiramente o relacionamento que existia entre Jesus e Judas. Jesus escolheu Judas e orou por ele (Lc 6:12,13), assim como ele fez também por Jerusalém que o rejeitou e por aqueles que o crucificaram. Jesus desejou que Judas comesse a última páscoa com ele (Lc 23:14,15), amou-o e ofereceu-lhe o lugar de amor e comunhão à mesa no cenáculo da páscoa (Jo 13:26). Jesus lavou os seus pés (Jo 13:5) e desta forma expressou-lhe um amor não fingido e verdadeiramente digno do Filho de Deus. Jesus concedeu a Judas reconhecimento total e nunca o apontou como seu futuro traidor, referindo-se a Judas como o seu "amigo" (Mt 26:50). Meditação cuidadosa sobre os acontecimentos que antecederam à traição revela que Jesus ofereceu a Judas toda demonstração de amor possível, e, que ele não quis repudiá-lo mesmo no momento do seu crime. 

Jesus ensinou em Mt 5:44 que devemos amar os nossos inimigos, e ele mesmo praticou tudo o que ensinou sobre este assunto. Ainda que soubesse, bem antes o mal que Judas praticaria contra ele, demonstrou-lhe o seu amor genuíno de toda forma possível.

Em Marcos 14:45 Judas conspira para trair Jesus com um beijo. Há duas palavras na língua original que podem ser traduzidas como "beijo". Uma significa o beijo da amizade e a outra significa um beijo fervoroso ou o beijo do verdadeiro amor. Agora, venha a Getsêmani e veja a cena final. Judas chega com a multidão armada de espadas e cacetes para prender Jesus. Judas sauda Jesus e beija-o; porém, de acordo com o original, não com o beijo da amizade conforme havia combinado, mas com o beijo de amor genuíno. Só a eternidade poderá revelar o que sucedeu naquele momento no coração de Judas. Possivelmente, diante das tochas tremeluzentes, Judas percebeu no rosto de Jesus a verdade assustadora de que, apesar da sua traição, Jesus ainda o amava, pois lhe chamou de "amigo". Jesus é levado embora e Judas clama, dizendo que traíra sangue inocente; descobriu que o amor de Jesus por ele era real. Seu coração sofreu, sem dúvida, um abalo esmagador e agora lhe é impossível racionalizar sua loucura ou justificar seu feito infame. 

Será que Judas se matou? Parece-me claro que Judas morreu sob a força do amor irresistível de Cristo. Judas destruiu-se porque não podia mais viver consigo próprio nem com os outros - e tudo isto resultou da operação do amor não fingido do Senhor Jesus Cristo. Parece-me que as palavras em Romanos 12: 20, 21 neste contexto, de repente se tornam claras: "Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem."

Não se cumpre assim aquela palavra que afirma: "porque as armas da nossa milícia não são carnais..." (2 Co 10:4), e: "o amor jamais falha" (1 Co 13:8)? De fato, precisamos desesperadamente firmar nos nossos corações que a Palavra de Deus é verdade. Só damos mais razão ao ódio dos nossos inimigos e motivo à traição dos nossos amigos quando retribuímos o mal com o mal.

A NECESSIDADE DA TRAIÇÃO

Há uma outra consideração no fato da traição de Judas. Ele foi escolhido pelo Senhor Jesus Cristo, ainda que o Senhor soubesse de antemão que Judas havia de traí-lo (Jo 6: 64). Na minha própria experiência pessoal de traição por intermédio de um amigo, o querido Senhor mostrou-me esta verdade preciosa. Enquanto eu estava passando pelo fogo desta prova, fui deitar-me certa noite, meditando melancolicamente a respeito daquela pessoa que professava me amar e que usou essa confissão para trair-me as mãos de inimigos. Durante a noite, acordei orando e recebi a resposta por meio destes pensamentos: o Senhor Jesus escolheu os seus próprios amigos e sabendo de antemão da traição de Judas, escolheu-o assim mesmo! Ele disse dos seus discípulos que os escolheu em número de doze, mas que, um deles era diabo. Eu fui instruído a agradecer a Deus por aquele diabo, pois era necessário ao ministério de Jesus, e igualmente por meu traidor, visto que certamente eu precisava dele na minha vida também.

Que necessidade poderia ter o crente de ser traído por amigos ou parentes, que propósito aproveitável teriam a dor e a tristeza de um coração ferido? Perguntei essas coisas naquela noite e encontrei respostas que vieram ao encontro das necessidades do meu coração. Temos de reconhecer a fidelidade do Espírito Santo nas nossas vidas. Considere o fato de que Jesus nunca foi enganado por Judas. "Pois Jesus sabia desde o princípio quais eram os que não criam, e quem o havia de trair". (Jo 6:64).

Estou certo de que em cada experiência de traição na vida de um crente, ele poderá olhar em retrospecto e se lembrar dos avisos fiéis do Espírito Santo. Num caso, recordo-me que eu poderia ter sabido desde o princípio se tivesse apenas prestado atenção ao testemunho do Espírito no meu interior. Quem poderá explicar a natureza de uma advertência ou alarme de Deus dentro da sua alma contra um falso irmão? Isto não se exprime facilmente através de palavras, mas todo santo conhece a inquietude e desassossego que o raciocínio não pode apagar a respeito de alguém que professa ser seu amigo. A experiência da traição põe em evidência a verdade de que a aceitação pública no meio dos crentes, o emprego do vocabulário comum entre os santos, a realização de obras religiosas, a pregação da palavra, ou qualquer outro sinal exterior que normalmente constitui uma "prova" da salvação e probidade de alguém, nem sempre manifestam a situação verdadeira. "... porque o homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração" (l Sm 16:7). Reconheçamos em cada pessoa a posição que ela mesma professa ter diante de Deus, porém nunca devemos ultrapassar o testemunho do Espírito de Deus nos nossos corações em relação ao nosso relacionamento com outros. Lemos nos evangelhos de muitos que vieram a Jesus e professavam ter fé nele, baseados puramente nos milagres que ele realizava e não numa fé real de coração em Cristo como o Filho de Deus. Atraídos apenas pelos efeitos das suas obras exteriores, consideravam-se seus seguidores: "Mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos. E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque Ele mesmo sabia o que era a natureza humana" (Jo. 2:24.25).

Nossa obrigação é não abrir os nossos corações a toda pessoa que deseja penetrar no nosso homem interior, mas pelo contrário, permitir que nossos corações sejam inclinados aos outros pelo Espírito Santo que nunca falhara em nos advertir sobre aqueles que procuram nos enganar. Aprendam os que "comunhão" é obra do Espírito Santo e não do homem. Não procuremos estabelecer comunhão sem o seu auxílio e nem a rejeitemos quando claramente ele está criando uma ligação entre os nossos corações e outros no corpo de Cristo.

Por que precisamos da traição? Talvez possamos ver um raio de luz através das palavras de Pedro na sua primeira epístola, quando ele declara que "se necessário, sejais contristados por várias provações". Isto é necessário porque, como ele explica com tanta perfeição, tais experiências dilacerantes e doídas produzem fruto tanto presente como futuro. No futuro, essa prova da nossa fé, como ouro depurado por fogo, sairá da fornalha da aflição como louvor, glória e honra para o Senhor Jesus Cristo na sua vinda. Se pudéssemos apenas tomar posse deste tremendo potencial no meio das nossas provas, que diferença haveria nas reações dos nossos corações ao desafio do momento? Mas, além disso, (graça sobre graça), as provas duras da vida têm o propósito de realizar uma obra tão necessária a todos nós - a obra de aumentar o nosso amor e gozo nesta vida presente. Leia 1 Pe 1:6-8 e lembre que de cada fornalha de aflição saímos amando o Senhor como nunca antes e regozijando-nos na realidade da sua comunhão.

Precisamos da experiência da traição para que aprendamos a verdadeira submissão ao Senhor. A maior oração que um filho de Deus pode fazer é a oração do filho perfeito: "... sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado" (Lc 10:21). Quando podermos assim clamar do íntimo dos nossos corações feridos, saberemos que o amargo já passou e que triunfamos; pois a nossa submissão á vontade do Pai nas nossas vidas traz vitória sobre todo ataque que vier contra nós (ver 2 Co 2:14). 

Leia 2 Co 4:15-18, onde encontrará outras razões que justifiquem os grandes desapontamentos e frustrações aparentemente inexplicáveis da vida. Paulo põe as nossas mágoas e tristezas de coração na perspectiva certa ao dizer-nos que não estamos sendo atacados no homem exterior, mas sim, no interior. Freqüentemente estremecemos por causa do medo das "conseqüências disto tudo na minha vida" e nos esquecemos de que nas horas de provação e dificuldade nada poderá atingir o homem interior, se tivermos nos revestido dá armadura de Deus. Estas coisas duram apenas um momento em comparação à eternidade e um dia operarão um eterno peso de glória. Estas águas profundas só servirão para erguer os nossos olhos dos laços terrenos e das "coisas" deste mundo e firmá-los sobre valores eternos. O inimigo gostaria de nos acabrunhar e escurecer a nossa razão, fazendo-nos concentrar a nossa atenção sobre os detalhes temerosos da experiência exterior. 

Dessa forma, enquanto nos ocupamos com preocupações inúteis sobre o exterior, freqüentemente somos feridos no homem interior, e consequentemente derrotados. Quantos santos têm sobrevivido aos ataques exteriores apenas para caírem, feridos mortalmente por amargura, ressentimento, malícia e um coração que não perdoa. Nas horas de traição, que os santos aprendam em 1º. lugar a cingir os lombos da sua mente em Cristo e a apropriar-se de toda a armadura de Deus, que na verdade significa se revestir de Cristo em toda a sua força e vigor.

A BÊNÇÃO DA TRAIÇÃO

Considere a benção que a traição traz quando aprendemos através dela a reconhecer tão somente a mão do nosso amoroso Pai que está no céu, em todas as coisas. Damos muitas vezes mais glória ao diabo, ao mundo e à carne nas circunstâncias das nossas vidas do que merecem. Culpamos os nossos inimigos quando somos esbofeteados; mas recebemos grande paz e quietude de coração quando nos recusamos a reconhecer causas secundárias nas nossas vidas. Deus é soberano e ele é nosso Pai. Ele se agradou em permitir que essas coisas nos acontecessem é a nossa parte é crer que " ... todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rm 8:28).

Na bênção dessa quietude, Davi suportou com um espírito paciente a maldição de Simei e proibiu que se retribuísse mal algum pelo mal praticado. Davi viu apenas uma mão atrás de tudo isso - a mão amorosa de Deus operando o bem através do mal de Simei. 

José foi cruelmente traído pelos seus irmãos, lançado numa cova e vendido como escravo, para depois ser favorecido por Potifar e outra vez maliciosamente traído pela sua esposa. Lançado no cárcere, ele se tornou amigo do mordomo do rei e brevemente conheceu a agonia do beijo mais uma vez. Mas os anos passaram e o Senhor se lembrou de José e o exaltou ao trono do Egito em vitória. O segredo bendito da sua sabedoria, sim da sua paciência triunfante e conquistadora é revelado nas suas palavras aos seus irmãos: "Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem." (Gn 50:20).

Pedro manifestou essa mesma verdade na sua perspectiva da cruz do calvário. Mesmo acusando a nação de ter tomado Jesus com aos de iníquos para crucificá-lo e matá-lo, Pedro não viu nisto nenhuma vitória de Satanás; porém, anuncia triunfantemente que o Senhor Jesus Cristo foi "... entregue pelo predeterminado desígnio e presciência de Deus" (At 2:23).

E assim, mui amados santos de Deus, que neste momento se encontram em perplexidade por causa da traição de um amigo, reconheçam nesta hora que Deus bem poderia ter impedido o acontecimento se assim quisesse, mas o permitiu para o, seu bem. Regozijem-se nesta bênção, pois ele está aceitando-os como filhos e preparando-os como instrumentos de conforto e consolação a outros (2 Co 1:3,4). Ele tem agraciado assuas vidas com o privilégio glorioso de compartilhar dos sofrimentos mais íntimos de Cristo (Fp 3:10). Esta comunhão é dada a um grupo selecionado, pois nem todos gozam o privilégio de conhecer a agonia da traição, cuja finalidade é levar-nos a compartilhar em alguma medida a profundidade do amor de Cristo. Seu traidor intentou-lhe mal, mas Deus tornará tudo para o bem; e como Jesus escolheu Judas porque ele precisava daquela traição na sua própria vida, da mesma maneira Deus na sua fidelidade tem escolhido os nossos traidores - pois ele sabe muito bem que se deixasse a escolha para nós, nunca teríamos aceitado.

Mas alguém pergunta: "Escolheu os nossos traidores? Que bem podem fazer a nós?'' Você se esqueceu que a traição de Judas levou Jesus Cristo à sua maior obra e desencadeou os eventos que cumpriram os Propósitos eternos de Deus em Cristo? A redenção eterna pelo sangue de Cristo foi o fruto daquele ato infame de Judas! 

O fato permanece que nossos amigos não farão isto por nós. Somente os nossos inimigos nos entregarão à dor de circunstâncias além do nosso controle, desta forma realizando ou prestando um verdadeiro serviço aos santos de Deus.

Foi um traidor que me entregou às circunstâncias que transformaram o curso do meu ministério e me libertaram à maior obra da minha vida. Foi um traidor que trouxe sofrimento à minha vida, cujo resultado foi a minha libertação da dependência de homens e que me tornou livre no Senhor! 

A bênção da traição? Só Deus poderia fazer assim, mas eu descobri que o paradoxo destas palavras contém uma realidade. A traição às mãos daqueles em quem temos confiado o nosso coração, pode trazer uma bênção impossível de se conter. Através da traição aprendi o que o salmista quis dizer quando cantou: "Com isto conheço que tu te agradas de mim; em não triunfar contra mim o meu inimigo" (Sl 41:11).

Também o que o profeta quis dizer quando escreveu: "Toda arma forjada contra ti, não prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor, e o seu direito que de mim procede, diz o Senhor" (Is 54:17).

Através da traição aprendi que a força e graça do Senhor Jesus Cristo na minha vida só podem ser operadas através da bênção da fraqueza que é produzida pelas bofetadas do mensageiro de Satanás como um espinho na carne (2 Co 12:7).

Através da traição somos preparados para a benção de sermos usados para confortar outros que atravessam a mesma prova da sua fé, com a mesma consolação que nós mesmos recebemos de Deus (2 Co 1:4). 

Através da experiência de traição por falsos amigos, recebi uma das maiores bênçãos da vida ao aprender como amar aos meus inimigos e abençoar os que me perseguem.

Quando se concretizar a benção da traição, olharmos em retrospecto, e virmos o quanto colhemos na multiplicação de alegria, amor, graça, força e comunhão com o querido Senhor Jesus, nos sentiremos abismados pelo reconhecimento do bem imensurável que nosso traidor tem operado em nosso favor.

Não importa quais foram as suas intenções. Importante é o fruto bendito que ele introduziu nas nossas vidas. 

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Esta mensagem foi traduzida por John Walker do original em inglês:

The Blessing of Betrayal
Copyright by H.L.Roush
Em março de 1967

Fonte: http://ichtus.com.br/publix/ichtus/mensagem/traicao.html

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July 18, 2024

Prodigal



Chérie,

para os gregos, a identidade de uma pessoa está atrelada ao caminho: de onde ela veio, onde ela está e para onde ela vai.

E você, olhando a sua própria vida?
  • onde você esteve?
  • onde você está?
  • para onde você vai?
Corre, que ainda dá tempo ; )

KT

July 14, 2024

Crescer ; )

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Chérie,

a PIBJI está com uma série de mensagens desafiadoras sobre crescimento espiritual:
  1. Mitos: https://www.youtube.com/watch?v=ncEu8LxCNfQ
  2. Solo: https://www.youtube.com/watch?v=jXnsXptF_Vc
  3. Ervas daninhas: https://www.youtube.com/watch?v=tRJUH2c6sPo
  4. Esforço: https://www.youtube.com/watch?v=vD3UHz472jA
Vamos, vamos?

Pq quem fica parado é poste rsrsr.

Primeira Igreja Batista do Jardim das Imbuias

Te espero lá ; )

KT

July 13, 2024

Ele reina (mesmo em nossa precariedade)!



July 12, 2024

Primeiro Amor

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Você tem perseverança e suportou provas por causa do meu nome, sem esmorecer. Tenho, porém, contra você o seguinte: você abandonou o seu primeiro amor. Lembre-se, pois, de onde você caiu. Arrepende e volte.
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July 11, 2024

Refúgio e fortaleza


July 10, 2024

In your presence



July 02, 2024

Ainda que

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July 01, 2024

Você confia em Mim?


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