Convite: refletir o caráter do Pai
Date: Wed, 15 Mar 2006.
Bonjour, chérie!
Tudo bem por aí? Correndo muito?
Eu ando tão atarantada no trabalho que nem sei por onde começo: 2 planos comerciais, 2 eventos grandes (óbvio que sobrou para a formiga atômica, neste ano vou trabalhar como nunca aos finais de semana) e ainda tenho de finalizar 3 projetos!
Por isto desculpe o sumiço... No entanto não deixo de lembrar de vc em minhas orações. E fico feliz porque sei que o Pai que é onipotente, tb é onipresente e onisciente: Ele cuida e pode fazer tudo por vc, Ele está em todos os lugares e Ele sabe do que vc e eu precisamos!
Neste finde aconteceu uma coisa maravilhosa: passei escondida debaixo das asas do Pai. No sábado às 7h me pirulitei para o Instituto de Liderança da APEC em Mairiporã, só voltei no domingo final de tarde. Como sempre foi benção pura: além do Pai me exortar em amor (as pessoas daquela equipe passam por tantas dificuldades e nem por isto vivem chorando pelos cantos ou reclamando – muito pelo contrário, todas sempre estão gratas e encaram as provas com um humor tão contagiante, que até a murmuradora de plantão aqui ficou constrangida)! Isto é bem maluco, porque ninguém nasce grato – se tornar uma pessoa agradecida é uma escolha.
Veja um exemplo: conheci um casal que mora em Manaus e ficará 3 meses sem ver as filhas (coração sangrando) para estudar aqui em SP. Para pregar nas aldeias, o pr. Samuel precisa ficar fora 1 semana se embrenhando no meio das matas para falar de Cristo. No meio da floresta, pegou malária e tifo tantas vezes que hoje sua saúde está debilitada (impossível não lembrar do apóstolo Paulo). Mas o coração deste homem de Deus arde por evangelizar as tribos indígenas, sabe que os olhinhos dele até brilham qdo ele conta as histórias?! Depois a Satie me falou que lá todas as crianças têm barriga d´água e que os adultos praticamente subsistem: pescam, plantam – eles não sabem ler ou escrever e nunca viram televisão. Gentem, este é nosso país, com diferenças sociais tão gritantes! Se vc, como eu, sente no coração de colaborar com a APEC, vá lá: http://www.apec.com.br
Outro exemplo foi a Tida, a menina que dividiu o quarto comigo. O tempo todo eu via o caráter do Senhor Jesus refletido na vida dela: mesmo através das lutas (como vc e eu, tb enfrenta dificuldades no trabalho, na família), ela não pedia que Deus modificasse os outros ao seu redor, mas que Deus moldasse o caráter dela para que pudesse aprender com tudo o que Pai estava ensinando. Olha que lindo!
Vc vê, só de conhecer eles, já aprendi tanto imagina qdo veio o recado do Pai! A Palavra chegou através do pr. Allan Cuthbert: motivação (pensamentos, sentimentos e a verdadeira motivação que é agradar somente ao Pai), a importância da comunidade como ambiente de formação espiritual (que tipo de água vc tem transbordado para quem está ao seu redor: água parada x água corrente, água viva que flui da fonte que é o pp Senhor?) e santidade (somos chamados a refletir o caráter de Deus). Uma coisa interessante foi o tempo todo ele fazer links com Efésios (taí uma coisa muito maluca: a IBAB está ensinando Efésios; só que no final do ano passado li Tão Grande Salvação do pr. Shedd que explica Efésios... E na quinta passada comecei a ler As Três Atitudes do Crente de Watchman Nee sem saber que traz o estudo de... Efésios! E qdo chego no retiro, comentei as “cristocidências” com a Tida que tem se dedicando a estudar... Efésios)! Ai que mêda! Já tô vendo que vem chumbo grosso (rs)...
A leitura neste ano anda a mil (até agora foram 26 sem contar o AT) e quando o autor é conhecido e querido, vira amigo (Russell Shedd, Henri Nouwen, John Piper, Dallas Willard, Eugene Peterson, Paul Tournier, John Drescher, Billy Graham, Nilton Bonder) rs, mas qdo é novo, sempre rola uma insegurança... Por isto ler Apaixone-se pela Oração de Mike MacIntosh foi uma doce surpresa assim como Ocupado Demais para Deixar de Orar de Bill Hybels. O primeiro é acolhimento total (o autor frisa que oração é um relacionamento de amor com o Pai; pq qto mais apaixonados, mais perto queremos ficar dEle) e o segundo é bem pé no chão, racional ao ponto do autor dar dicas de como se disciplinar para conversar com o Altíssimo. Gostei muito dos dois, principalmente porque aquietou meu coração (tô na trilha certa) heheh!
Ah, lembra das facadas da semana passada? Pois é, tenho notícias boas e não tão boas... Primeiro a boa: a facada enferrujada que empunhei não causou tétano, ufa (obrigada pelas orações). Pedi perdão à pessoa (que não queria aceitar porque nem lembrava mais), mas insisti para que me perdoasse em voz alta porque era importante para mim. Depois oramos juntas e sei que neste finde vai rolar curativo porque como vc percebeu, a ferida foi em família. Tempos atrás, eu, meu irmão e minha mãe fomos ao Hopi Hari. Para eles foi um super-acontecimento porque não existe nada parecido no interior. A minha mãe ficou tão encantada com o lugar que até tropeçou. Só que na queda, ela virou o pé e eu, do alto do meu egoísmo e insensibilidade, não me solidarizei com a dor dela porque queria aproveitar o parque. Qdo minha mãe disse que nem se lembrava mais, que é claro que me perdoava, pensei no coração do Pai. Com certeza Ele tb é assim: sempre pronto a nos perdoar (nós é que nem sempre estamos dispostos a pedir perdão). Ele perdoa porque nos ama, porque somos Seus filhos.
Sobre a facada do meu coração, bem... ontem tive contato com aquelas pessoas e começo a me questionar até que pt não tenho culpa no cartório porque inconscientemente tenho evitado conviver (é muito fácil a gente se dar bem com alguém de longe). Aí vem o convite do Pai para crescer em graça, ficar cada dia mais parecida com Ele... só que é MUITO difícil ser misericordioso como Ele é; é muito difícil refletir Seu grande amor apesar de ser filha dEle. E se “filha de peixe, peixinha é” me pergunto se tenho sido baiacu (rs)! Por favor, ore por mim.
Mudando de pato para ganso (rs), ontem fui na reunião-sarau do VIVA e nunca ri tanto na vida! Cada contador de histórias precisava interpretar uma história e o Valdir contou uma de... pato, ganso, porco e lobo mau! Ele reinventou a história dos 3 porquinhos e foi h-i-l-á-r-i-o porque além de contar, ele interpretou com o corpo rebolando (imagine a cena, chorei de tanto rir)!
Para encerrar com chave de ouro (mais outra pérola do Instituto de Liderança), aprendi a fazer arroz doce!!! Vc não gosta? Eu tb não gostava, mas esta receita é simplesmente m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a (rs) e a cozinheira me deu váááárias dicas duca, vá lá:
- nunca use água, sempre leite quente (tanto na hora de cozinhar o arroz qto na hora de engrossar o caldo);
- a parte punk: como o leite ferve, vc vai ter de ficar mexendo a panela por pelo menos 1 ½ hora (ninguém merece) rs!!!
- não use açúcar, use leite condensado para adoçar;
- no final, qdo desligar o fogo coloque 1 lata de creme de leite SEM soro e misture.
Pronto, agora é só lamber os beiços e sair para o abraço mais gordo do mundo (hahaha, o meu colesterol foi na lua) rs!
Bjs e um restinho de semana doce diante do Pai,
Com carinho,
KT