March 07, 2006

Um dia daqueles!

Date: Sun, 05 Mar 2005
Bonjour, chérie!

Como foi de finde? Descansou? Ou se acabou? Pelo menos, o tempo estava maravilhoso!!!

Eu não parei: bati perna, fui ao cinema, fui à IBAB... aliás, domingo foi um dia daqueles... Não como aquele livro repleto de fotos com bichinhos e frases clichês, nem como aquele filme um dia de fúria, onde o Michael Douglas detona tudo o que aparece pela frente com um bastão de beisebol (se bem que na TPM, não garanto nada) hahahah! Foi um daqueles como qq outro, um dia comum que só pelo fato de estar viva já foi um presente.

Na verdade um dia feliz: com sol e com a doce companhia da Pat e da Zana rumo à casa do Pai (este encontro foi agendado com tanto carinho e antecedência que irmos juntas à IBAB foi um presente)! Como sempre, a Palavra foi certeira: primeiro o pr. Ari falando sobre a importância de estarmos ancorados no coração do Pai através da oração e depois o pr. Ed falando sobre a importância de deixarmos o passado no passado (que coisa maluca, até parece que o Eterno sabe o que a gente precisa ouvir – e não é que Ele sabe mesmo?) rs!

O pr. Ari falou do ministério de Jesus estar alicerçado na vontade do Pai: Ele não se perdia em meio às demandas, não permitia que os discípulos ou a multidão ditassem como deveria ser a sua agenda. Como? Buscando a vontade do Pai (e não o que ele mesmo achava melhor para a ocasião ou o que agradava aos outros). Jesus não era refém da opinião, comportamento ou expectativas dos outros; importava agradar ao Pai e fazer a Sua vontade (vc vê, Jesus viveu tudo o que pregou - quer mais caráter que isto?); Ele sempre foi obediente - e olha que lindo - mais do que falar, Jesus ouvia Seu Pai (porque ouvir nada mais é que obedecer).

Interessante a mensagem ser sobre este tema justo nesta semana onde o bicho pegou feio. Percebo o quanto tenho sido refém do comportamento dos outros (bem Memórias de uma Gueixa) rs. E sabe o que mais me surpreende em Jesus? Que qdo Ele precisa se impor, é doce e firme ao mesmo tempo; não precisa rodar a baiana para se fazer respeitar.

A oração faz a gente ver quem é de verdade, ou seja, aquilo para qual o Pai nos criou. A oração não é perda de tempo, mas sim um relacionamento de amor com o próprio Deus. Achei engraçada uma parte onde o pr. Ari falou que tem gente que diz que só orar não adianta, aí ele responde: não adianta se vc estiver orando para um outro deus ou se vc estiver dando uma de fariseu (orando para si mesmo). Porque se vc orar para o Todo Poderoso; o que Ele abre, ninguém fecha e o que Ele fecha, ninguém abre.

Mas engraçado mesmo foi achar que não ia rolar disciplina (porque qdo o pr. Ed prega, já sei que vai rolar chacoalhão de amor do Pai) joke! E eu lá, “crente” que tava abafando, que sairia incólume até a celebração da ceia (óbvio que aí a casa caiu)... O pr. Ed falou sobre a maldade dos seres humanos, maldade que destrói aos outros e a nós mesmos - somos feridos pela maldade mas tb ferimos. O apelo foi para tirarmos as facadas de nosso coração deixando-as apenas no coração de Jesus. Porque foi por isto que Cristo morreu, não é mesmo (nesta hora nem preciso dizer que desabei a chorar). Então lembrei de 2 facadas escondidinhas, uma até enferrujada de tão velha.

A 1ª. foi sobre um passado doloroso do qual guardei rancor. O perdão já havia rolado perante o Pai e as pessoas envolvidas há anos, mas nesta semana aconteceu um episódio e não tive sinceridade em colocar minha tristeza diante dEle. Foi libertador pedir que me ajudasse a amar estas pessoas (sei que por minha pp capacidade não dou conta) e, por não mudarem o comportamento pedi que as perdoassem tb (pq algumas vezes as pessoas ferem da mesma maneira que foram feridas e, por viverem num ambiente disfuncional, nem se dão conta do círculo vicioso).

O desafio é não nos conformarmos com o mundo (punk não é aceitar a maldade como se fosse normal; é a gente se tornar refém do comportamento do outro e usar as mesmas armas). Deixa eu ir mais fundo: difícil não é não matar, não roubar ou não adulterar. Difícil é a gente não matar os outros com palavras de desprezo e julgamento; é não roubar a alegria ou energia dos outros; é não usar as pessoas como se fossem objetos. Vc assistiu Capote? Qual o limite que separa a bondade do utilitarismo? Até que ponto não ajudamos os outros só qdo nos convêm? Até que ponto não nos tornamos assassinos de relacionamentos? Só pela graça é possível a gente mudar! E a mudança precisa começar no coração porque é de lá que os maus desígnios procedem. Capacidade para mudar? Nenhuma. Mas, como diz a Palavra, basta a gente concordar que precisa mudar. Porque é só por meio dEle que podemos nos tornar mais que vencedores.

Com relação à 2ª. facada, a enferrujada, ela não está encravada em meu peito porque quem a empunhou fui eu. Me dou conta de como é fácil é a gente se fazer de vítima e lamentar as nossas dores, mas como é difícil reconhecer que tb pisamos (e feio) na bola dos outros! Tenho orado para o Pai preparar o momento certo para eu conversar com esta pessoa, para que o perdão flua curando ela e tb me libertando desta maldade (ore comigo por isto)!

Na semana passada meu primo que mora no Japão escreveu sobre a péssima mania que temos de querer separar as coisas e querer pegar apenas as coisas boas (lei de Gérson). Não existem rosas sem espinhos, não existem pessoas só boas. Existe muita maldade dentro de nós. Hoje me pergunto se esta maldade é inata ou é como um furúnculo que a gente não pode prever qdo irá nascer; mas qdo aparece, precisa ser espremido até o final para que se limpe por completo e cicatrize (senão infecciona, né)!

Nooossa, a conversa ficou meio pesada, hein?! Mas acho que a vida é assim mesmo, um dia após outro, dos quais o grande desafio é extrair lições e aprender de tudo que nos acontece, sejam momentos bons ou não tão bons assim.

Porque envelhecer não é uma opção, mas tornar-se sábio, sim.

Vou ficando por aqui.

Que Deus abençoe sua semana e que a sua vida seja como um jardim regado de onde fluem águas vivas.

Muito obrigada por sua amizade!

Bjs com carinho,

KT

ORAÇÃO, A BASE DO MINISTÉRIO
Mc 1: 29-39
- pr. Ariovaldo Ramos

O ministério de Jesus estava “bombando”. O equívoco de Pedro foi não ver que a oração era a base de todo o Seu ministério.

Qtas vezes nós tb nos envolvemos com mil e uma atividades e só damos valor para aquilo que aparece? No caso de Pedro, o ministério de cura era mais importante que o ministério da oração. E olha, além de não ter discernimento, Simão ainda “chamou a atenção” de Jesus: - estávamos todos te procurando!

Interromper uma conversa é falta de educação!!!

Oração é nossa conversa com Deus, é um relacionamento de intimidade (nunca é perda de tempo).

Atenção: cuidado para não ser escravo das demandas alheias, das mil e uma atividades, do comportamento dos outros ou de suas expectativas (aquilo que os outros esperam que vc faça).

Só a oração ajuda a gente a não perder o foco. Porque só aos pés de Deus vc vê a vida com clareza; vc vê aquilo que é importante, tem certeza de qual é o seu objetivo e diferencia o que é necessário daquilo que é supérfluo.

A oração faz vc ver quem é vc de verdade (todos te buscam, mas vc busca ao Pai?). Não posso deixar a minha vida ser conduzida pelos outros, por seus valores de sucesso. Ser bem-sucedido é fazer a vontade de Deus; é cumprir os Seus santos propósitos (fazer a vontade de Deus sempre foi a comida e a bebida de Jesus).

É em Deus que eu descubro a minha identidade e redefino o meu propósito (não o que os outros esperam, mas aquilo que o Pai espera de mim).

Propósito = objetivo pelo qual Deus me criou

Na oração, definem-se as prioridades; é debaixo das asas do Pai, de Sua presença amorosa que encontramos a paz, a segurança, a alegria...

Tem gente que diz que só orar não adianta... mas, afinal com quem vc está falando?

- com um falso deus?
- com vc mesmo (como os fariseus, hipócritas)?

Porque aí não tem jeito mesmo!

Mas se vc fala com o Todo Poderoso, aí o que Ele fala, é. Porque o que Ele abre, ninguém fecha e o que Ele fecha, ninguém abre.

Reflexão: - Deus, o que vc quer que eu faça?

Jesus, mais do que falar, Ele ouvia.

Na oração, Jesus desfrutava da intimidade com o Pai e encontrava clareza. Para saber aonde ele devia ir, o que fazer e aonde deveria chegar.

Sucesso para nós deveria ser o que o Pai chama de sucesso.

Que tenhamos olhos para ver e ouvidos para ouvir (e não sermos cegados pelas circunstâncias do mundo). A gente só enxerga de verdade com os olhos do coração.

E só o Pai pode nos fazer ver. Só aos pés do Pai poderemos ouvir e ver de verdade a nós mesmos e aos outros.

Fonte: Mensagem ministrada na IBAB em 05/03/06 às 10h (resumo elaborado por KT).

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