Abrindo mão dos estreitos limites
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Chérie, saudades!
Tudo bem por aí?
Em 1º lugar, muito obrigada por sua amizade leal e constante, pelas orações, por tudo!
Desculpe o sumiço, mas fui ver meus pais assim que cheguei e, logo em seguida, fui chamada para uma entrevista (fiquei estudando horrores, dureza que nem sei se fui bem), enfim...
Apesar do silêncio, quero que saiba que não esqueço de você (a sua vida tem feito diferença na minha; obrigada de coração!) e oro a Deus agradecendo e pedindo que Ele derrame as mais ricas bênçãos sobre sua vida e família.
Depois de um longo e tenebroso inverno (você, que tem acompanhado a epopéia, sabe dos perrengues), acho que está na hora de sair da caverna (tenho tanta coisa para contar que nem sei por onde começar) rsrsr... Mas vamos lá.
Sobre a viagem, foi um privilégio ficar um tempo fora (quando a gente se afasta e enxerga os problemas de uma perspectiva diferente; percebe que a vida é maior que nossas estreitas percepções) - sabe que não ouvi notícia sobre o Brasil em nenhum lugar passei? Esse foi o primeiro chacoalhão: ver que aquilo que para a gente parece ser importante, não é nada perante milhões de outras coisas acontecendo (e se a gente colocar em ordem de prioridade, percebe que muitas coisas vão para o final da fila).
A vida (e conseqüentemente o amor de Deus) se mostra das mais variadas formas. Ninguém detém o modelo certo, porque cada pessoa, cada cultura, cada país, cada grupo tem sua maneira peculiar de agir e reagir. Não existe modelo certo nem errado, mas formatos diferentes. O fundamentalismo (talebã, nazista e por aí vai) nasce por achar que só a sua visão é correta e deve prevalecer perante os outros. Ouvir e respeitar são essenciais para chegar num denominador comum, mesmo quando as partes divergem sobre determinado assunto (dureza que, quando o totalitarismo está tão entranhado, o ‘diálogo’ só acontece quando a outra parte ‘concorda’ – bem o mito de Narciso e Eco) que mêda...
Outra coisa bacana (presente de Deus) está sendo este processo de seleção pelo qual estou passando. Em 20 anos de carreira profissional nunca fui tratada com tanta transparência, respeito e dignidade. Ver que existe empresa séria e correta trouxe alento, pois estava muito desanimada. Mês que vem faz um ano que aconteceu aquele tsunami e só agora me sinto preparada para enfrentar a vida corporativa (ore por mim).
E para completar, o final de semana (colo amoroso do Pai): no sábado fui a uma reunião onde meditamos sobre Rm 11: 33-36 e Rm 12: 1-2; e o que ficou claro é que a realidade do Pai é maior do que a nossa. No domingo fui à PIBJI (obrigada obrigada obrigada) e a mensagem foi sobre Ef 5: 3-7 (claro que acabei lendo tb os vv. 6-17), uma espécie de complemento e confirmação: vida cristã não é fácil nem difícil, é impossível! Só pelo Espírito*...
Mas para a gente ser cheio pelo Espírito, precisa esvaziar primeiro: das falsas concepções, dos estereótipos, dos preconceitos, dos modelos que o mundo oferece, das muletas que usou a vida inteira, da falta de perdão... Você só enche uma xícara de chá, se ela estiver vazia e limpa primeiro (e com nosso coração, é a mesma coisa). Infelizmente, nem isso conseguimos fazer sozinhos; precisamos pedir a ajuda dEle para a nossa faxina interior...
Bem, para quem ficou 1 ano sem falar nada, até que falei demais.
Por favor, continue orando por mim (eu continuarei orando por você ; )! E lembre-se: Deus não prometeu dias sem problemas, dificuldades sem lágrimas, mas Ele promete estar conosco sempre – não estamos sozinhos!
Um beijo carinhoso no amor de Cristo,
KT
* Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. (Gl 5: 22 e 23)
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