O exílio e a faxina
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Chérie, tudo bem por aí?
Espero que sim.
Eu estou um pouco melancólica porque vai ser o 1o natal que passo longe da família.
A sensação é de exílio, mas quero aproveitar para refletir sobre uma série de coisas (semana passada encontrei muita gente e comecei a questionar sobre o tempo que dedicamos aos relacionamentos mais significativos) e a necessidade de fazer uma faxina (papéis, roupas, sentimentos como falta de perdão e relacionamentos que não fazem mais sentido).
Ao longo da vida vamos acumulando pesos que nos impedem de correr com cavalos e de voar como águias: as coisas que não usamos mais, o lixo interior como mágoa, falta de perdão, relacionamentos disfuncionais e de co-dependência...
Mas voltando ao exílio, não sei se você lembra da passagem no evangelho (Mateus 2) que fala sobre a fuga de José, Maria e o menino Jesus para o Egito. Fiquei pensando: - o anjo Gabriel aparece à Maria dizendo que tem uma boa-nova de grande alegria; ela fica grávida aos 13, 14 anos correndo o risco de apedrejada (naquela época poderia ser considerada adúltera); daí o bebezinho nasce numa estrebaria e depois a familia tem de fugir porque Herodes pretende matar todos nenês da região... Que benção é esta?! Daí pensei no meu conceito tacanho de exílio e vi o quanto estava equivocada (afinal vida de verdade envolve alegria e tristeza, amor e dor, natal e cruz e por aí vai).
Chérie, não é por que as coisas não saem como a gente espera, que a vida deve deixar de ser vivida com plenitude. E se a gente acredita que Deus realmente está no controle - até no meio das coisas não boas - pode confiar que existe um monte de alegrias escondidas.
Basta ter olhos para ver e ouvidos para ouvir.
Porque quando menos a gente espera, será surpreendido com os planos de paz e prosperidade que Ele sempre sonhou - para você, para mim, para nós ; )!
Um beijo carinhoso,
KT
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