O amor sobrevive ao imprevisto
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Ainda que eu tivesse o dom de profetizar e conhecesse todos os mistérios, se não tivesse amor, de nada valeria.
1 Coríntios 13
Mais do que tratar de questões sobrenaturais no campo da fé e da teologia, este argumento a cerca da excelência do amor trata de uma elementar ambição humana, a de controlar a partir do conhecimento do futuro. Se você soubesse o que vai acontecer amanhã com certeza tomaria providências em relação a isso.
Quanto mais jovens somos, mais cremos no poder da previsão, tanto de nossos instintos e intuição, quanto por vezes de algum profeta que diz saber o que vai nos acontecer. Tais revelações exercem fascínio sobre nós.
E quando estamos apaixonados as previsões que fazemos de nosso futuro são as melhores possíveis. Sabemos nomes de filhos quando ainda não casamos, sabemos a cor de decoração da sala antes de o negócio ser concretizado, enfim, projetamos o mundo ideal no futuro para alimentar nossa ação no presente.
O que acontece é que chega o dia em que o amor é testado. É o dia em que o imprevisto acontece, em que a tragédia bate à porta, em que tudo sai de nosso controle e o mundo não é o idealizado anteriormente.
Por isso que amor não é coisa de menino, mas de gente grande, porque se sustenta não no poder absoluto do planejamento e da previsão, mas se sustenta na capacidade de se adaptar à realidade, aquém do que se sonhou, mas a única que existe.
Amar é saber escolher o mal menor quando as situações fogem ao nosso controle.
© 2006 Alexandre Robles
Fonte: http://www.atual.info/dev/atual_devocionais_one.asp?IDDev=262
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