A tensão entre ser bom, parecer bom e fazer o bem

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Bom eu não sou, eu sei disso e Jesus também. Isso é bom, aceitar que não sou me faz enfrentar com dignidade minha condição humana e depender da Graça de Deus.

Parecer bom, não devo. É tolice e quando não, hipocrisia. Neste caso, sou liberto das tentativas vãs de fazer parte da média, ora moralista, ora religiosa. Acontece que pretendo parecer bom geralmente para conquistar ou manter a aceitação das pessoas e abrir mão da máscara me leva ao risco de perder popularidade. Que seja assim, pro bem da minha alma.

Fazer o bem, eu posso. A despeito de ser naturalmente mau, e sem a pretensão de parecer bonzinho para que todos gostem de mim. Aliás, caso eu queira apenas fazer o bem, nem sempre serei compreendido, porque não farei necessariamente o que a média elege como correto e nem farei o que todos querem e esperam que eu faça, porque nem sempre o que eles querem é o bem que eu sei que devo fazer. Dizer “não” na maioria das vezes é fazer o bem, mas quase sempre não parece bonzinho.

E quando eu fizer o mal, na minha tentativa de fazer o bem, posso seguir sem culpa, sou réu confesso, já assumi que não sou naturalmente bom e não me importo em parecer assim.

Acho que este é o caminho.

2012 Alexandre Robles

Fonte: http://www.alexandrerobles.com.br/entre-ser-bom-parecer-bom-e-fazer-o-bem/
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