June 30, 2013

Renúncia e obediência

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“e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim.”

Mateus 10:38

Interessante como um versículo conhecido como esse pode ser tão rico. Ele nos apresenta duas atitudes 100% práticas e que justificam a caminhada com Deus: tomar a cruz e seguir a Jesus.

Tomar a cruz é muito pregado, muito comentado, muito polemizado e talvez pouco compreendido. Já vi irmãs dizendo que o marido é sua cruz (se ele se converter ela fica sem cruz?). Já vi gente falando coisas legais como anular o ego, vencer tentações, buscar perdidos em situações desfavoráveis, muitas coisas que sinalizam renúncia e sacrifício, o que combina melhor com cruz.

O que nunca ouvi alguém falando foi sobre “vem após mim”. Tomar a cruz não é apoia-la no ombro, mas segui-Lo é andar, sair do lugar, movimentar-se. E mais do que isso, seguir a Cristo; e não andar como se estivesse na sua frente. Uma grande distorção é pedir que Deus abençoe um plano pessoal, sendo que Deus já tem os dEle. Eu é que preciso andar no caminho abençoado e não Ele abençoar o meu. Talvez a palavra forte nem seja o ‘vem’ mas o ‘após’. Quem coloca a carroça na frente dos bois arruma encrenca, sempre.

Jesus não nos chamou para fazer o que quisermos – tomemos a nossa cruz, sinônimo de renúncia. Jesus não nos chamou para segurar a cruz, parados – tomemos a cruz e o sigamos. Jesus não nos chamou para ultrapassá-lo ou deixá-lo para trás – sigamos Aquele que é o caminho para o discípulo.

Ou encaramos isso ou perderemos a dignidade e a honradez de dizer que somos seguidores. Tenho me esforçado para anular minha vontade pessoal e seguir (literalmente) as ordens daquele que me tirou da morte para a vida. Não está sendo fácil e não sei se vou conseguir, mas vou morrer tentando.

“Pai, ensina-me a conduzir minhas decisões, ações e sentimentos, de tal modo que seja obediente a Ti e não a mim mesmo. Ajuda-me a ser um seguidor e não um sujeito esparramado por aí.”

- pr. Mário Fernandez

Fonte: http://www.ichtus.com.br/dev/2012/09/20/movimento/
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June 29, 2013

Irreversível

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“porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.”

Romanos 11:29

Eu não mereço o feijão que como nem a sombra que faço. Sou humano, sou falho, tenho limitações incontáveis e ainda assim Ele me ama, cuida de mim, investe em mim e se dispõe a me usar para Ele. É puramente por amor, pois minha natureza humana é carnal e portanto não serve para Deus. Por isso, Ele me mandou o Seu Espírito Santo que me aperfeiçoa, me ensina, me faz lembrar de tudo quando Jesus ensinou e me convence do meu pecado.

Ato de amor.

Mas o que talvez eu nunca tenha parado para reparar é que isso me foi dado de presente e não vai ser tomado de volta nem cancelado – significado de “irrevogável”. Eu posso, embora não queira e nem deva, desmerecer, não usar, menosprezar, posso até ignorar a existência. Mas é meu, e quem deu não toma de volta.

Pense que salvação é dom de Deus, amor é o dom supremo e tudo que pode ser usado nesta vida para nos assemelhar ao Pai é dom de Deus. Há os dons que nos conduzem aos ministérios (Efésios 4:11) e outros que nos capacitam (1 Corintios 12). O que todos têm em comum? Foram dados por Deus aos homens para edificação coletiva.

Meu querido, você é alvo do amor de Deus a ponto dEle mandar Seu Filho para morrer em seu lugar. Mais como não seríamos capazes de tocar a vida sozinhos, nos enviou Seu Espírito Santo e este nos concede capacidades (dons) para vivermos a Sua vontade. Pode ser que sua vida inspire ou sugira algo diferente, mas isso é momentâneo e não deve definir seu destino.

Deus te ama e isso jamais será retirado ou cancelado.

“Pai, muito obrigado por me amar tanto, por me dar tanto, por investir tanto em mim. Te agradeço, especialmente, por tantos presentes que chamamos de dons. Muito obrigado.”

- pr. Mário Fernandez

Fonte: http://www.ichtus.com.br/dev/2012/08/23/irreversivel/
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June 28, 2013

Compromisso de amor

Qual o tamanho do seu amor?
Vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=fwp9jl3aRfo

A cruz é este paradoxo onde a gente aprende que é impossível uma relação de amor sem horror.

Quem quer amar sem sofrer, não vai amar.
Quem quer amar sem ser cuspido na cara, não vai amar.
Quem quer amar sem ser rejeitado, não vai amar.
Quem quer amar sem ser traído, não vai amar.

Quem quer de fato amar sem ter de conviver com a necessidade constante de perdoar, não vai amar.
Quem quer amar sendo compreendido sempre, não vai amar.
Quem quer amar sendo tratado com justiça sempre, não vai amar.
Quem quer amar sem ter pedaços de si arrancados, não vai amar.

Então você diria: que dura coisa é amar!

A menos que o amar seja um ato voluntário. Porque cada pedaço arrancado, a gente diz: não foi você quem arrancou, fui eu que deixei você arrancar. Porque eu te amo.

A cada injustiça, a gente diz: não foi você que não me entendeu, não foi você que me ofendeu, não foi você que me agrediu, mas eu entendo que você é incapaz de enxergar e eu estou disposto a amar assim.

Você não faz de mim gato e sapato, eu estou escolhendo pagar o preço de te amar. Não é que não estou vendo tudo o que você faz comigo, contra mim. Não é que eu estou iludido de paixão. Eu tomei uma decisão de amar. E se você pensa que me controla, você está enganado. É que você ainda é cego e eu espero que te amando, os teus olhos se abram.

Por isto que há muita gente infeliz. Que quer amar sem sofrer, quer amar sem se dar. E abre mão de qualquer relacionamento de amor tão logo começa a doer, tão logo exige sacrifício, tão logo exige renúncia, tão logo exige perdão. É porque não consegue transformar estas exigências todas em ato voluntário. E já não chama mais de sacrifício.

É dom de si, é oferta de si mesmo. É uma oferta de si mesmo porque há uma aliança com o Pai e há um compromisso com a ovelha.

Meu filho, sabe por que você faz tudo isto comigo? É porque eu te amo.

E sabe quando é que você vai conseguir despertar ódio no meu coração ao seu respeito? Nunca. Porque eu tenho uma aliança com meu Pai e eu tenho um compromisso de amor com você.

- pr. Ed René Kivitz

Fonte: Trecho da mensagem O paradoxo da cruz de Cristo (João 10: 14-21) ministrada na IBAB no dia 02/10/05 às 10h.
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June 27, 2013

Tempo para tudo

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  1. Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu:
  2. tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou,
  3. tempo de matar e tempo de curar, tempo de derrubar e tempo de construir,
  4. tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar,
  5. tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las, tempo de abraçar e tempo de se conter,
  6. tempo de procurar e tempo de desistir, tempo de guardar e tempo de lançar fora,
  7. tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo de calar e tempo de falar,
  8. tempo de amar e tempo de odiar, tempo de lutar e tempo de viver em paz.
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June 25, 2013

Em paz ; )

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Salmo 131
  1. Ó SENHOR Deus, eu já não sou orgulhoso; deixei de olhar os outros com arrogância. Não vou atrás das coisas grandes e extraordinárias, que estão fora do meu alcance. 
  2. Assim, como a criança desmamada fica quieta nos braços da mãe, assim eu estou satisfeito e tranqüilo, e o meu coração está calmo dentro de mim. 
  3. Povo de Israel, ponha a sua esperança em Deus, o SENHOR, agora e sempre!
PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=C7QavUzWVes
.p://www.youtube.com/watch?v=cIFXhXxQ1Nw

June 21, 2013

Um novo dia ; )!

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Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo.

Isaías 43:19

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=9bkYgcHHSao
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June 20, 2013

O desafio: viver

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Chérie,

saber não está bastando, não é mesmo?

Então pare de arranjar desculpas (você já tem bagagem) e arregace as mangas porque é colocando em prática que a vida faz diferença.

Está com mêda?

Eu também (rs), mas vamos lá, você não está só.

O desafio, o convite da hora é este: viver ; )!

Bjs,

KT

PS- Para ouvir a trilha, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=W8FK79_PO2s
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June 19, 2013

Prioridades e escolhas

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- Jim Mathis

A vida gira em torno de prioridades, não é mesmo? Nossas vidas são determinadas pelas escolhas que fazemos e nossas escolhas são determinadas por nossas prioridades.

Me recordo de minha 1a. crise de prioridades. A viagem de classe da oitava série para Topeka, Kansas, foi marcada para o mesmo final de semana do evento regional dos "Dias 4-H" (4-H era um clube para jovens interessados em agricultura e questões culturais). Eu havia ganho uma competição oral num evento local, o que me dava oportunidade de participar do concurso regional. Mas a viagem da classe era no mesmo dia e seria a chance de passar algum tempo, pela última vez, com colegas que conviveram comigo nos últimos 8 anos. Esperava também ir à capital e ter oportunidade de estar com o Governador do Estado. Foi a decisão mais difícil que eu já tivera de fazer até àquela altura da minha jovem vida.

Hoje, adulto, me dou conta de que decisões difíceis são ocorrências constantes. Aprendi que colocar cada prioridade predeterminada em seu devido lugar, ajuda a tomar decisões com mais facilidade.

Dizem que, para identificar nossas verdadeiras prioridades, basta dar uma olhada no calendário e no nosso talão de cheques. A forma como gastamos nosso tempo e nosso dinheiro são um bom indicador do que verdadeiramente é importante para nós.

Deus concede a cada um de nós diferentes quantias de dinheiro, mas todos temos igualmente 24 horas no dia. A administração do tempo, portanto, transforma-se numa questão de determinar o que é importante para nós, estabelecer nossas prioridades e gerenciar nosso tempo de acordo com isto.

Por exemplo, um clube musical de nossa cidade, nacionalmente conhecido, fechou recentemente, não porque não estivesse fazendo sucesso, mas porque o seu proprietário decidiu que já era tempo de começar a passar as noites em casa com sua família. Já que sua família era prioridade absoluta, fechar um negócio próspero tornou-se uma decisão relativamente fácil.

Porém, o desafio de se estabelecer – e manter – prioridades é um exercício contínuo, que dura a vida toda.

Constantemente avalio o que estou fazendo a fim de decidir se essas coisas ainda são importantes. Tenho descoberto que algumas que pareciam muito importantes há alguns anos, hoje não são mais, enquanto outras se tornaram muito mais importantes. Somos diferentes uns dos outros. Portanto, ninguém mais pode determinar nossas prioridades por nós.

Meus pais me fizeram decidir entre viajar com minha classe da 8ª série ou participar da competição oral dos "Dias 4-H". Eles sabiam que a vida apresentaria muitas escolhas difíceis para mim e assim, quanto mais cedo eu aprendesse a decidir, especialmente diante de duas opções boas, melhor seria para mim ao longo da vida.

Para os seguidores de Jesus Cristo, há algo mais a considerar. A Bíblia diz que Deus deve ser nossa primeiríssima prioridade, seja em nossos lares, no trabalho ou no lazer. Em Mateus 6:33 Jesus ensinou: "Busquem, pois, em 1o. lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas" .

Dizendo “essas coisas”, Jesus se referia às nossas necessidades e preocupações diárias – aquelas que podem facilmente consumir nosso tempo e energia. Ele estava dizendo 2 coisas: devemos fazer de Deus nossa absoluta prioridade; e tudo o mais deve ser secundário.

Quando determinamos fazer dEle o 1o. em nossas vidas, Ele promete cuidar de nossas necessidades e preocupações.

Você já confrontou Deus a respeito desta promessa?
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June 18, 2013

Como iniciar uma transformação

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MUDE O QUE FOR POSSÍVEL, MAS MUDE!
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  1. .Comece com algo pequeno: Além de mais acessível, os riscos são menores e, por isso, a facilidade de acontecer é maior.
  2. Comece pelo mais próximo: Atuar em locais que você conhece - como vizinhança, escola ou local de trabalho - permite identificar as reais dificuldades e ter mais segurança de enfrentá-las.
  3. Entenda do assunto: Quanto mais você conhecer o que pretende transformar, mais fácil será liderar essa mudança.
  4. Nunca descarte ajuda: Mesmo pessoas mais distantes podem se revelar importantíssimas para seu sucesso.
  5. Seu trabalho vale muito: Um projeto demanda tempo, dedicação e dinheiro. Se você dedicar uma hora por dia, terá trabalhado, ao fim de um ano, pouco mais de um mês e meio só para seu projeto.
  6. Planeje e tenha metas concretas: Mesmo que seja divertido, não leve como brincadeira. Faça, regularmente, um balanço de suas ações. Assim, saberá se está no caminho certo.
  7. O importante é começar: Se não der o chute inicial, tudo continuará como está.
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Maiores informações: http://www.oneyoungworld.com/
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June 17, 2013

Você é fruto das suas escolhas

Tempo e tempo

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“Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim.”

Daniel 10:12 ARA

Neste texto, Daniel pranteou por 3 semanas (versos 1 a 3), mas no primeiro dia sua oração tinha sido ouvida. Boas perguntas foram levantadas por um leitor: porque esperar tanto? E a batalha descrita no capítulo? Teria Deus cometido algum erro? Daniel precisava aprender algo?

Não vou responder diretamente, mas tirei lições valiosas para minha vida. Nas situações em que minha oração demorar para ser respondida, seja 1 dia, 1 semana, 2 semanas ou mais (Daniel levou 3 semanas, imagine comigo) eu devo crer que ela foi ouvida no primeiro dia. Isso muda tudo e define meu comportamento. Ou eu creio, ou é melhor largar tudo de lado e seguir minha vida por mim mesmo. Não há sentido em querer seguir a Deus exigindo dEle respostas no meu tempo.

De fato, o tempo de Deus segue Seus próprios critérios, inclusive na maioria das vezes totalmente fora e diferente daquilo que imaginamos e desejamos.

Para ser franco, eu chamo de ato de misericórdia quando Deus responde minha oração como eu quero e no tempo que eu quero. Não há compromisso da parte dEle de fazer assim, pois Ele nunca prometeu isso. Prometeu sim que seria fiel, que não deixaria de ouvir, mas nunca prometeu responder quando eu quisesse. Assim como Daniel, já passei por vários prantos prolongados com a solução dada sem eu saber.

A chave está nas primeiras palavras daquele anjo para Daniel: - não temas. Com Deus é assim: não temas. Se o perfeito amor lança fora todo medo, se de fato tenho fé no invisível, se creio no Deus da Bíblia como digo que creio, só me resta não temer. Algo me espera, e mesmo que aos olhos deste mundo não seja agradável, é o melhor para mim pois é o que Deus tem para mim.

"Senhor, ensina-me a ser obediente e fiel a Ti mesmo quando Tua resposta demorar ou for ruim - aos meu olhos."

- pr. Mário Fernandez

Fonte: http://ichtus.com.br/publix/ichtus/devocional/tempoetempo.html
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June 15, 2013

O maior amor do mundo espera por você ; )

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Só eu conheço os planos que tenho para vocês: prosperidade e não desgraça e um futuro cheio de esperança. Sou eu, o SENHOR, quem está falando.

Então vocês vão me chamar e orar a mim, e eu responderei.

Vocês vão me procurar e me achar, pois vão me procurar com todo o coração.

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=9H13FoeLGhU
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June 14, 2013

Confiar é um salto de fé


Chérie,

que a gente tem recursos, isto é fato.

O que falta é confiança: em Deus, na gente mesmo e nos outros.

E compromisso, entrega.

Está na hora de abrir mão do medo e mergulhar fundo no Amor.

Precisa ser encorajado? Vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=xKarj88zrzg

Bjs,

KT

Você realmente confia em mim?
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- Joyce Meyer

Deus tem bênçãos guardadas para cada um de nós. Antes de você e eu podermos recebê-las, Ele precisa desenvolver em nós um certo nível de maturidade e faz isto através de várias provações que somos conduzidos a passar. Assim como o Espírito Santo conduziu Jesus para o deserto para ser provado antes de promovê-Lo ao ministério, o Espírito de Deus nos conduz a épocas de provações antes de nos promover. Deus usa as provações para tirar de nós atitudes, mentalidades e comportamentos errados.

Uma provação que Deus nos concede repetidamente é a provação da confiança. Quando nossa fé é provada, estamos sendo preparados para a promoção. Quando Deus pediu para eu deixar a igreja em que servia, foi muito difícil confiar que o lugar onde Ele estava me levando seria melhor de onde eu estava porque todas as pessoas me conheciam e eu era importante (ou pensava que era). Porém, quando deixei de fato, Deus tirou a minha confiança destas coisas e estabeleceu uma confiança profunda nEle e somente nEle.

Deus quer que confiemos nEle até mesmo quando não entendemos o que está acontecendo. Talvez vc esteja em uma situação difícil agora e é difícil para vc confiar em Deus para suprir suas necessidades. Talvez Deus falou algo com vc em seu coração e vc não entende como Ele vai fazer com que isto aconteça. Não entre em pânico, é apenas uma prova. Vá a Deus e diga a Ele "Pai, preciso da sua ajuda. Quero confiar em Ti, mas estou tendo dificuldades. A Tua Palavra diz que posso ir a Ti e pedir por graça para ajudar-me quando eu precisasse (Hb 4: 16). Por isto estou aqui agora. Como um ato da minha vontade, eu escolho lançar todas as minhas preocupações e ansiedades em Ti e peço que cuide delas (1 Pe 5: 7). Recebo Tua graça para confiar em Ti e para entrar no Teu descanso".

Uma vez que vc lançou seus cuidados nEle, comece a pensar em todas as vezes na quais Deus proveu no seu passado e cumpriu o que Ele disse em seu coração. Pode ser que vc queira escrever uma lista.

A sua confiança em Deus vai crescer e a paz dEle vai inundar a sua alma. Antes de vc perceber, a provação vai ter passado e vc estará desfrutando de um novo nível de vitória em sua vida.
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June 13, 2013

Nunca te deixarei, nem te abandonarei

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O amor de Deus nos alcança onde sequer poderíamos imaginar ; )!

Mesmo quando nossas mãos estão cansadas para segurar as dEle, é Sua fidelidade que nos sustenta.

Fidelidade não tem a ver com o que gente é, faz, combinou ou merece. Tem a ver com o caráter daquele que empenha a palavra.

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=LPXYaclICkY
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June 12, 2013

Escolhendo amar

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Quem escolhe o Amor, decide pelo caminho mais difícil.

Mas sem amar, a sua vida passará como um flash.

Vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=n8347CpegCU
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June 11, 2013

Entre a razão e o amor

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Existem dois caminhos na vida: o da natureza e o da graça. Nós temos de escolher qual deles seguir.

Entender como as coisas funcionam nunca será suficiente, pois quase sempre o mundo não tem lógica.

Não sabe do que estou falando?

Vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=PlxZOOEHK4o
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June 10, 2013

Quando é Deus que te reanima

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- pr. Ronaldo Lidório

Sabemos que a vida humana é marcada pela inconstância do coração. Há dias em que somos tomados pela esperança e outros marcados pela melancolia da alma. Há dias de encorajamento e dias de inquietante desmotivação. Há dias de paz e dias de angústia. Dias de alegria e dias de amargura. Dias bons e dias maus.

Perante esta inconstância da vida somos confrontados com um Deus totalmente constante, estável, firme e inabalável.

A Bíblia nos apresenta Deus como o sol do meio dia, as inabaláveis montanhas de Sião, o forte cedro do Líbano e as altas muralhas de Jerusalém. C.S. Lewis nos lembra que o Senhor não se abala, e esta é a certeza que temos de que seremos salvos.

Davi é um exemplo de inscontância humana como talvez nenhum outro personagem na Palavra. Foi guerreiro implacável e na força de Deus derrotou o gigante Filisteu. Por outro lado adulterou com Bate-Seba e traiu Urias, um de seus leais soldados. Reconstruiu Jerusalém que passou a ser chamada cidade de Davi. Mas também magoou seus filhos e foi um desastre como pai. Era temente ao Senhor e foi chamado homem segundo o coração de Deus. Entretanto, em sua família houve incesto, assassinato, mentiras e traição.

Talvez um dos momentos de maior melancolia e desespero tenha acontecido quando, voltando de uma batalha, exausto, encontra Ziclague, sua cidade, saqueada e destruída. E todas as mulheres e crianças levadas cativas. Seus homens, amargurados, falam em apedrejá-lo. E ali se encontra Davi, caído, sem consolo e esperança. Mas algo inesperado acontece, e este é o texto que tem sido usado por Deus muitas e muitas vezes para me reanimar: “E Davi se reanimou no Senhor seu Deus”.

Esta frase, encontrada no primeiro livro de Samuel, capítulo 30, verso 6, revela-nos uma das mais poderosas obras de Deus na vida de seus filhos. Levantar-nos quando tudo parece perdido. Abrir o caminho quando não sabemos para onde ir. Fazer romper o sol quando estamos presos na neblina da vida. Dar-nos perseverança quando a vontade é parar.

O que mais me intriga é que este reânimo veio absolutamente do Senhor pois não havia ali elementos de esperança. Caiu destruído, levantou reanimado.

Tenho pensado e orado para que Deus nos reanime especialmente em três áreas: casamento, ministério e emoções.

Casamento. O hedonismo é talvez o maior elemento da nossa atualidade que contribui para a inconstância conjugal. Ele nos ensina que nós nascemos para nós mesmos, não para Deus, não para o outro. Não para a esposa ou o marido. E se eu me torno o centro inquestionável de minha relação com minha esposa e marido, esta relação só durará enquanto eu estiver feliz.

Ministério. Perante as tribulações, angústias, questionamentos e críticas, o que nos alimenta, em nossos ministérios, não é nossa capacidade humana ou o companheirismo do que está ao lado, mas sim Deus. A maior certeza que um ministro tem em seu ministério é que ele precisa desesperadamente de Deus. Se esta certeza um dia faltar perderemos o rumo e o ânimo. Estaremos caídos sem haver quem nos levante.

Emoções. A ansiedade humana é um dos aspectos mais corrosivos da alma. Conheço inúmeros irmãos e irmãs que, tomados pela ansiedade crônica, que não passa, pela insatisfação constante do coração, tornaram-se secos, perderam a brandura, não gargalham. Vivem sempre a espera que amanhã seja melhor, menos triste. Que algo novo aconteça.

Se olharmos para Davi naquele dia, ele estava acabado. Sem família, sem cidade, sem liderança, sem futuro. Mas a reação de Davi, mesmo que forjada por Deus, indicou uma atitude necessária para cada um de nós: Obediência. Ele se levantou!

Davi se reanimou em Deus. Levantou-se e perseguiu os amalequitas, com alguns de seus homens. Tomou de volta as mulheres e crianças, e o despojo. Reconstruiu a cidade e habitou nela. Recuperou o respeito de seus homens com o brilho de quem um dia iria reinar sobre toda Israel.

E serviu a Deus. Pois se levantou quando Deus disse: levanta-te.  

Fonte: http://www.lideranca.org/cgi-bin/index.cgi?action=viewnews&id=7451
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June 09, 2013

Feridos que curam

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- Isabelle Ludovico

Provérbios de Salomão, na Bíblia, nos convidam a "entender o nosso próprio caminho" (Pv 14:8) e "estar atentos para os nossos passos" (Pv 14:15). De fato, a maturidade provém da capacidade de compreender a nossa história e integrar as peças esparsas do quebra cabeça que é a nossa existência para enxergar o quadro completo. As experiências marcantes da nossa vida precisam ser consideradas com reverência para encontrar o seu sentido mais profundo e aprender com elas. Tempo e atenção são necessários se queremos evitar a superficialidade.

Fomos criados à imagem de Deus que é Luz. Assim, quanto mais nos aproximamos dele numa atitude contemplativa, mais enxergamos a nossa própria realidade. O olhar amoroso de Deus nos permite superar o medo da rejeição e tirar as nossas máscaras para reconhecer tanto a nossa luz quanto a nossa sombra. Percebemos nossos limites, feridas, mecanismos de defesa e incoerências, mas também nossa aspiração por amor, alegria e paz, nossa capacidade criativa e relacional, nossa busca de sentido existencial.

Identificamos, perplexos, a coexistência simultânea e sistêmica de alegria e tristeza, prazer e dor, sofrimento e paz, amor e solidão. Perceber esta condição da nossa humanidade entra em choque com o desejo de nos apegar a um estado mental dominante e obsessivo como a busca da felicidade permanente. Nossa sociedade a define como a ausência de dor e, para isto, construímos um castelo forte onde estamos protegidos, mas também enclausurados. Poupar-nos do sofrimento acaba nos privando da alegria, pois estes dois sentimentos são parceiros inseparáveis nesta vida. Nossa cultura prega uma felicidade artificial mantida com pílulas que anestesiam a dor camuflando nossa inescapável condição de mortalidade e fragilidade. Solitários e carentes, buscamos compensar o nosso vazio interior mediante um consumismo compulsivo.

O desejo mais profundo de amar e ser amado requer a disposição de baixar as defesas e nos torna vulneráveis. Como diz uma música popular: "Quem quiser aprender a amar, vai ter que chorar, vai ter que sofrer...". As feridas mais profundas e dolorosas não provêm de acidentes que nos aconteceram, mas da falta de amor. O amor transforma nossa personalidade e nossa percepção. Ele nos arranca de um mundo unidimensional em preto e branco para nos transportar num universo de cores brilhantes e paisagens sempre renovadas. Quando o amor se retrai, sofremos a dor da perda. A alegria do encontro é proporcional à dor do desencontro.

Como diz o teólogo John Main, precisamos diferenciar feridas e machucados. Os machucados como o fracasso num teste, uma derrota financeira, uma expectativa frustrada, são sofrimentos provisórios e superáveis. As feridas nos marcam para sempre. Elas modificam nossa percepção íntima e o fundamento da nossa identidade. Uma ferida significa que nada será como antes. O tempo apaga os machucados, não cura as feridas. Somente a imersão no amor absoluto de Deus pode curar nossas feridas. É preciso mergulhar na morte de Cristo para experimentar a sua ressurreição. O significado das nossas feridas emerge quando as vivenciamos na sua relação com outros eventos e padrões da nossa vida.

Conforme a maneira como lidamos com as nossas feridas, podemos nos tornar feridos que ferem ou feridos que curam. A Bíblia fala de dois tipos de tristeza: uma tristeza "mundana" que leva à auto comiseração nos faz assumir o papel de vítima e "produz morte"; uma tristeza na perspectiva de Deus que gera transformação e vida (2 Coríntios 7:10). Mergulhando na história da nossa vida, encontramos momentos dramáticos em que tivemos que fazer a escolha crucial de nos tornarmos amargurados por nossas feridas ou feridos que curam. O filme recente "Patch Adams: o amor é contagioso" fala de um homem que fez a escolha de ser um ferido que cura e quase desistiu quando uma nova ferida o empurrou na beira do precipício. Para seu próprio bem e o bem das pessoas à sua volta, ele finalmente escolheu seguir o princípio bíblico de "vencer o mal com o bem"(Romanos 12:21). Na maioria das vezes, optamos por uma solução intermediária mesclando sentimentos de magoa e desejo de superar, passando alternativamente de vítima à protagonista.

Nossa experiência pessoal de feridos curados pelo amor incondicional de Deus é que nos permite aliviar o sofrimento de outros. Enquanto perseguimos nossa felicidade como prioridade absoluta, iremos fazer isto às custas do bem estar do outro. Mas ao buscar minorar a dor do nosso próximo, encontraremos a plenitude de alegria para a qual fomos criados. Ao acolher a realidade com todas as suas facetas, não podemos deixar de perceber o próprio Deus. Cristo é a Verdade e a Vida. Por isto, ao optarmos pela verdade encontraremos a Cristo, assim como através das coisas bonitas podemos enxergar a própria beleza.

A cruz de Cristo proclama que a vida não se preserva negando a morte, mas acolhendo o ciclo de morte e renascimento. Por isto, somos chamados a "levar sempre nos corpo o morrer de Jesus para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo" (2 Coríntios 4:10). Assim, em vez de fugir do sofrimento através de uma vida artificial, podemos superá-lo com o bálsamo do amor de Deus que transforma o mal em bem. Precisamos olhar para os retalhos espalhados da nossa vida na perspectiva de Cristo que venceu o mal e a morte. Assim podemos costurá-los para formar uma colcha que reflete a obra de arte única que é a nossa existência à luz do amor de Deus e na dependência do Espírito Santo.

Fonte: http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=99

PS- Para refletir: http://www.youtube.com/watch?v=cfpzrECbXns
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June 08, 2013

Os sonhos de Deus jamais vão morrer

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Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos, declara o Senhor.

Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos.

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=1uEvXoG3zA8
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June 07, 2013

Perdão, a essência do evangelho

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- Christopher Walker

Se quiséssemos resumir o Evangelho de Jesus, a Nova Aliança, em uma só palavra, provavelmente a primeira que nos viria à mente seria graça. No entanto, uma outra palavra, talvez menos lembrada, pode ser usada igualmente como síntese ou quintessência das boas novas: perdão.

A princípio, parece ser uma palavra menos abrangente do que graça. Certamente, tem muito a ver com conversão, já que fomos aceitos por Deus mediante o cancelamento instantâneo de uma enorme dívida que pesava contra nós, quando aceitamos, sem reservas, o sacrifício redentor de Jesus na cruz.

Pode parecer, entretanto, que perdão tem menos a ver com a substância da nossa vida cristã do que graça. Na verdade, os dois conceitos ou princípios têm muito em comum e são até sinônimos, sob alguns aspectos.

Perdão é uma das maiores demonstrações da graça; os dois implicam uma aparente violação da justiça de Deus em favor da sua misericórdia. O nosso maior problema é que tanto um quanto o outro são totalmente antagônicos à nossa mente natural; conseqüentemente, a grande maioria dos cristãos não compreende seu verdadeiro significado espiritual.

No caso do perdão, já é difícil aceitar no sentido bíblico o fato de que fomos perdoados unilateral e incondicionalmente por Deus (Rm 5.6-8; 2 Co 5.19-21; Cl 2.13). Ou achamos que não fizemos nada de tão sério contra Deus (só alguns “pecadinhos”), ou tentamos justificar ou merecer nosso perdão, apresentando atos de compensação ou penitência.

É quando voltamos nossa atenção para a questão do perdão no sentido horizontal, para com nossos irmãos ou semelhantes, que descobrimos que ainda entendemos pouco ou nada do perdão que é essência do Evangelho.

Quem Não Perdoa Não é Perdoado

No seu livro Maravilhosa Graça (Ed. Vida), Philip Yancey cita uma pesquisa feita por Tony Campolo entre estudantes universitários seculares para descobrir o que estes lembravam a respeito do que Jesus ensinou. A resposta mais freqüente foi: “Amar os inimigos”. Mais do que qualquer outro ensinamento de Cristo, esse se destaca para o descrente. E mais do que qualquer outro ensinamento de Jesus, a ordem para amar inimigos e perdoar-lhes (e também a amigos e irmãos) é a que a igreja mais tem transgredido.

Se você tem dúvida dessa afirmação, pense um pouco na nossa história. Divisão após divisão, por causa de diferenças doutrinárias, ambições e tantas outras motivações carnais; perseguições entre cristãos; racismo, apoiado abertamente pela igreja; transgressores rejeitados e excluídos da sua comunhão; em qualquer época, em qualquer parte do cristianismo, a lista de exemplos seria enorme. Não precisamos ir tão longe: em qualquer igreja, comunidade ou família espiritual hoje, acharíamos pessoas rejeitadas e amarguradas porque não encontraram entre os seguidores de Jesus aquele perdão que foi anunciado inicialmente no Evangelho. Se Deus perdoa de forma tão ampla e gratuita, por que seus filhos têm tanta dificuldade para fazer o mesmo?

A relação entre o perdão que Deus nos concede gratuitamente e o perdão que devemos conceder nas mesmas condições ao nosso próximo é muito clara nas Escrituras. Como escreveu o autor e professor de seminário Lewis Smedes: “Usando palavras que os poderes das trevas querem me levar a ignorar, Jesus afirmou (Mc 11.25) que se não perdoarmos aos nossos semelhantes, não devemos esperar que Deus tampouco nos perdoe”.

Philip Yancey também ressalta essa ordem em Maravilhosa Graça: “No centro da oração do Pai-Nosso, que Jesus nos ensinou, esconde-se furtivo o ato nada natural do perdão. [...] Jesus vinculou o perdão divino à nossa disposição de perdoar atos de injustiça. Charles Williams disse o seguinte a respeito da Oração do Pai-Nosso: ‘Nenhuma expressão carrega maior possibilidade de terror do que as palavras assim como nessa cláusula’. O que torna o ‘assim como’ tão aterrorizante? O fato de que Jesus simplesmente conecta nossa absolvição pelo Pai ao nosso perdão contínuo aos outros seres humanos.”

Essa mesma relação é enfatizada várias vezes por Jesus. Uma das mais claras está na parábola do servo que não perdoou (Mt 18.23-35). Depois de ser perdoado pelo seu senhor de uma dívida impagável, o servo saiu e cobrou do conservo uma dívida irrisória. Como este também não podia pagar, o servo perdoado lançou seu conservo na prisão até que pagasse tudo. Com isso, não estava sendo injusto; o companheiro realmente lhe devia. Entretanto, o senhor do servo perdoado ficou muito indignado e revogou o seu perdão. “Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”, disse Jesus, ao concluir a parábola.

“Eu desejaria fervorosamente que essas palavras não se encontrassem na Bíblia”, escreveu Yancey, ao comentar essa parábola, “mas elas estão lá, enunciadas pelos lábios do próprio Cristo. Deus nos garantiu uma terrível influência: negando o perdão aos outros, estamos, de fato, determinando que eles são indignos do perdão de Deus, e da mesma forma, nós. De algum modo misterioso, o perdão divino depende de nós” (veja também Jo 20.23).

Um Ato Nada Natural

Por que temos tanta dificuldade para perdoar? Philip Yancey refere-se ao perdão como um ato “nada natural” ou “antinatural”. Não importa para onde olharmos, não encontraremos perdão como uma característica espontânea ou natural. Entre os animais, certamente que não, com sua cadeia de “um-devora-o-outro”. No mundo secular, seja nas instituições financeiras, esportivas, educacionais ou outras, tudo funciona na base da competição e da sobrevivência dos mais fortes e ambiciosos. Ninguém precisa ensinar o ser humano a ser vingativo, a exigir que o ofensor pague pelos seus erros; parece ser um instinto, profundamente arraigado na nossa natureza. Até na lei de Deus, no Velho Testamento, temos a expressão dessa “justiça linear” quando diz: “olho por olho, dente por dente” (Êx 21.24; Lv 24.20; Dt 19.21). É por isso que a Nova Aliança representou uma mudança tão radical, até para os fiéis discípulos de Moisés no tempo de Jesus.

Seguindo nossos instintos de justiça natural e não-graça, criamos cadeias intermináveis de vingança e relacionamentos quebrados. Em Maravilhosa Graça, Yancey conta a história trágica de três gerações, envolvendo pessoas que ele conheceu pessoalmente, algumas das quais eram cristãs. Na primeira geração, um pai, escravo da bebida, expulsou a mulher de casa e deixou os filhos sem mãe e sem lar. A filha, revoltada e amarga, nunca conseguiu perdoar ao pai, mesmo depois da sua conversão e arrependimento. Embora tivesse jurado não ser como o pai, acabou repetindo a história e expulsou o filho adolescente quando o pegou com maconha. Nunca mais o viu, nem lhe perdoou, condenando-o também a uma vida de relacionamentos quebrados. Existem infinitas histórias semelhantes, em famílias, etnias e nações.

Quebrando o Ciclo Interminável

“Por que Deus exigiria de nós um ato nada natural que desafia cada instinto primevo?”, Yancey exclama. “O que torna o perdão tão importante para que seja o ponto central de nossa fé?”

É justamente para quebrar esse ciclo interminável de não-graça e justiça humana que vem nos escravizando, desde a entrada do pecado. É por isso que perdão faz parte da própria essência do Evangelho, da missão divina de intervir na história humana e nos introduzir na família de Deus.

Não fomos chamados para ser salvos e continuar presos em nossos próprios padrões de certo e errado, acertando contas uns com os outros e esperando que o outro tome iniciativa para pedir desculpa, quando erra. Fomos chamados para uma natureza superior, para carregarmos a semelhança do Filho de Deus.

No centro das parábolas de Jesus a respeito da graça está um Deus que toma a iniciativa em nossa direção: um pai doente de amor que corre para se encontrar com o filho pródigo, um senhor que cancela uma dívida grande demais para o servo reembolsar, um empregador que paga aos trabalhadores da décima primeira hora o mesmo que pagou aos da primeira hora, um anfitrião que sai pelas estradas e caminhos à procura de convidados que não merecem o banquete.

Deus despedaçou a inexorável lei do pecado e da retribuição, invadindo a terra com seu amor. [...] E, mediante a crucificação de Cristo, fez então desse ato cruel o remédio para a condição humana. O Calvário desfez o impedimento entre a justiça e o perdão. Aceitando sobre o seu ser inocente todas as severas exigências da justiça, Jesus quebrou para sempre a corrente da não-graça. (Philip Yancey. Op. cit., p. 94)

Se não pudermos viver esse perdão uns com os outros, devemos reavaliar a nossa própria relação de perdoados diante de Deus. Não adianta anunciarmos as boas novas aos outros, se não as experimentarmos verdadeiramente em nossas próprias vidas. “O que impressiona mais o mundo são vidas transformadas para as quais não há nenhuma explicação natural”, escreveu R. T. Kendall em Total Forgiveness (Perdão Total). E perdão total é uma atitude radical, contrária aos nossos instintos naturais, para a qual não existe uma explicação humana.

Quando alguém realmente perdoa como Deus perdoa, o mundo observa. Um exemplo recente foi o assassinato de 5 garotas da comunidade amish na Pensilvânia, EUA, em outubro de 2006, numa escola. No mesmo dia das mortes, um amish foi à casa da viúva do atirador (que se matou) para confortá-la e oferecer seu perdão pelo acontecimento.

“Seu amor pela nossa família ajudou a suprir a cura de que precisávamos tão desesperadamente”, a viúva, Marie Roberts, escreveu aos amish algum tempo depois. “Sua compaixão alcançou além da nossa família, além da comunidade e está transformando o mundo.”

Observadores da mídia e do mundo secular, que normalmente criticam a religião como irrelevante ou até perigosa para a sociedade, mudaram o seu tom e ficaram admirados.

Emprestando, mais uma vez, as palavras eloqüentes de Philip Yancey:

Em última análise, o perdão é um ato de fé. Perdoando a outra pessoa, estou confiando que Deus é um juiz melhor do que eu. Perdoando, abandono meus próprios direitos de me vingar e deixo toda a questão da justiça nas mãos divinas. Deixo nas mãos de Deus a balança que deve pesar a justiça e a misericórdia.

Embora o mal não desapareça quando perdôo, ele perde o seu poder sobre mim e é assumido por Deus, que sabe muito bem o que fazer. Tal decisão envolve risco, naturalmente: o risco de Deus não lidar com a pessoa como eu gostaria (o profeta Jonas, por exemplo, ressentiu-se porque Deus foi mais misericordioso do que os ninivitas mereciam).

Eu nunca achei que o perdão é fácil e raramente o considero completamente satisfatório. As injustiças importunas continuam, e as feridas ainda doem. Tenho de me aproximar de Deus repetidas vezes, entregando a ele os resíduos do que pensava ter-lhe entregado há muito tempo. Ajo dessa forma porque os evangelhos tornam clara a conexão: Deus perdoa minhas dívidas como eu perdôo a meus devedores. O inverso também é verdadeiro: apenas vivendo na correnteza da graça de Deus, encontrarei forças para reagir com graça para com os outros. (Op. cit., p. 95, 96)

Fonte: http://www.lideranca.org/cgi-bin/index.cgi?action=viewnews&id=7489

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=n4NklUj0pfc
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June 06, 2013

O cálice amargo

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Às vezes o 'cálice' parece amargo demais

- Anderson Rogério de Souza 

Quando você procura um alívio para os seus temores, você espera muito mais que palavras. Você espera que as palavras ganhem vida, porque o desespero é tamanho e, às vezes, você fica sem direção, perde a esperança, a postura, o equilíbrio, perde o controle. Sei como se sente e entendo você. Às vezes o 'cálice' parece amargo demais. Seu 'cálice' amargo pode ser duro de suportar, mas dizer um monte de coisas sem o menor respeito ao seu sofrimento pode fazer com que você pense que estou buscando palavras, sem compreender a sua situação.

Quando você fala de tudo o que está passando agora, sei que as lágrimas vêm e quase sempre sua memória busca as piores situações para ilustrar o que está vivendo. E acho que, para ajudar alguém, uma pessoa precisa entender a estrutura de quem a gente quer ajudar. Precisa deixar que o seu momento de desabafo flua da forma como gostaria que fosse. Se você não quer falar muito, então por que não deixá-lo sozinho um pouco, refletindo o tanto que achar necessário? Se prefere falar tudo o que deseja, entendamos que isso é muito importante e que nesse instante o que mais queria é ser ouvido. Só não me diga que perdeu as esperanças, porque a vida é a mais preciosa dádiva, e a sua ainda não acabou. Você ainda respira, ainda está de pé. Nenhum dos obstáculos, os quais pensa agora, foram suficientes para parar você. Você é amado e importante para alguém, aliás, você é importante para muitos! Pessoas que ainda nem chegou a conhecer. Famílias inteiras, indivíduos que nem ao menos chegou ao seu pensamento. Você não sabe como poderá fazer a diferença para outro alguém, como poderá transformar a vida de outros! Sendo assim, valorize-se acima de tudo antes de julgar os padrões e os fundamentos de sua força e de sua esperança.

A fraqueza pode liquidar um abatido, mas nenhum abatido ficou a mercê de ser derrotado, a ponto de ser vencido. Todos têm uma chance para se levantar. Portanto, não se considere um desses. Palavras podem dizer muita coisa, e muitos já disseram tanto para você! Você questiona que rumo tomar, o que decidir, como fazer... mas agora não é o momento de pensar em mudanças bruscas, o que precisa pode estar perto de você, tudo pode se transformar em pouco tempo, sem precisar fazer uma escolha que eu sei que está lhe fazendo sofrer.

Parece que nessa altura de nossa conversa, acabou a lembrança do 'cálice' amargo, parece que ele se foi, pois é isso que acontece. 'Cálices' são mais frágeis que você, e eles se quebram. O que ele contém se derrama aos seus pés e logo desaparece. Amargos ou não, neste momento isso não faz a menor diferença. Se der alguns passos, tudo ficará para trás, sem nunca ter afetado de fato, você.

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=j2xdQu5WH_A 
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June 05, 2013

Uma pergunta que você precisa fazer

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"Por que você está assim tão triste, ó minha alma, e por que você está tão abatida, dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus; Ele é o meu Salvador e o meu Deus" (Salmo 42:11 NVI).

- pr. Paulo Cardoso

Este é o verso final de uma canção composta por um dos filhos de Coré, num momento de muita angústia e tristeza. Quem ainda não passou por um momento assim? Todos nós.

Só que neste simples verso, eu encontro uma pergunta que todos nós precisamos fazer a nós mesmos, toda vez e cada vez que percebermos a nossa alma abatida, confusa, deprimida, amedrontada, encolhida, triste, apagada e angustiada.

A pergunta é: Por que?

Perceba que este não é um "por que" que eu pergunto para Deus, para a vida, para as circunstâncias ou para as pessoas - mas, única e exclusivamente, para a mim mesmo. Você já perguntou à sua alma: Por que?

Por que você está tão triste? Por que está tão abatido? Por que está tão infeliz? Por que está com tanto medo? Por que está tão ansioso? Por que está tão inseguro? Por que está sentindo-se tão solitário?

No Salmo 4, o salmista diz que eu devo consultar o meu coração, no meu travesseiro, e sossegar. É quando eu aprendo a ouvir aquilo que a minha alma está tentando me dizer. Porque ela está falando, eu é que não a estou ouvindo.

Eu estou tão aprisionado pelos falsos conceitos, idéias, imagens, ideais, padrões e mentiras que eu aceitei como verdades na minha mente, que eu não ouço mais o que a minha alma quer me dizer. Eu só ouço aquela conversa que se passa na minha mente, dia e noite, noite e dia, muitas vezes, me jogando para baixo, me denegrindo e me desencorajando. Não é isto que está acontecendo com você?

Mas, eu não faço calar e sossegar a minha alma, como a mãe com a criança desmamada (Salmo 131). Eu não a tranquilizo e acalmo. Pelo contrário, eu deixo a minha alma chorando, com medo, com fome, com frio, abandonada e sem atenção.

Você pode ter sete anos ou oitenta anos: a sua alma é como uma criança que precisa ser ouvida e cuidada, ou ela vai adoecer. E, não é isso mesmo que está acontecendo com você? E não é isso que você vê, o tempo todo, acontecendo, ao seu redor, inclusive no meio daquelas pessoas que confessam crer em Deus e na Sua Palavra?

Que tal começar a se perguntar: Por que?

Por que você mergulhou neste marasmo interior? Por que você está tão inseguro com tudo? Por que você está com tanta raiva? O que foi que você começou a dizer para si mesmo e acreditar como verdade final, absoluta e imutável em sua vida, que jogou você neste fosso de depressão e tristeza? O que foi que você aceitou como sendo a sua sentença na vida e que levou você a todo este desespero?

Não só isto: por que todo este desespero? Por que toda esta aflição? Por que toda esta ansiedade com esta área da sua vida? Por que você está dizendo para si mesmo que isto é a pior coisa que poderia acontecer a você? Por que você está dizendo para si mesmo que isso seria insuportável? Por que você está dizendo que a sua vida está acabada? Por que você está dizendo que nunca vai ser feliz a menos que isto ou aquilo aconteça em sua vida? Por que você sempre precisa que alguém afirme você?

E por que você tem que provar isto para si mesmo? Por que você tem que mostrar isto para os outros? Será que é porque você não se valoriza como pessoa? Será que é porque você ainda não aprendeu a se amar, aceitar, gostar de si mesmo e festejar sua própria existência?

Pare e pense, por favor. Faça como o salmista, no Salmo 42: pergunte a si mesmo por que? Ouça o que a sua alma tem a dizer. Dê atenção a ela. Não a maltrate. Não a pressione desta forma. Faça bem a ela.

E, então, tente encorajar-se a si mesmo, como o salmista fez. Ele disse: Ponha a sua esperança em Deus, Ele é o meu Salvador e o meu Deus.

Posso dizer algo? Deus ainda existe. Ele ainda reina. Ele ainda está no controle de todas as coisas. Ele nos ama e cuida de nós. E nossa vida tem valor em si mesma. E Ele quer que nós nos amemos e cuidemos de nós mesmos. E Ele quer que nós façamos bem a nós mesmos e tranquilizemos a nossa própria alma, colocando nEle a nossa esperança e confiança.

Então, diga para si mesmo: Ponha a sua esperança em Deus! Ele é o meu Salvador e o meu Deus!

Pode estar escuro, as coisas podem não estar do jeito que eu gostaria, eu posso estar limitado, eu posso não ter tudo que eu queria, o mundo pode estar confuso, os problemas podem estar por todo lado; mas Deus é o meu Salvador. Ele nunca vai me deixar e jamais vai me desamparar. É uma questão de aliança.

Deus se comprometeu com todo aquele que colocar a sua confiança em Jesus Cristo e no que Ele consumou na cruz em seu lugar. Ele fez uma aliança com todo aquele que põe a sua fé em Jesus. Nada pode separar você do Seu imenso amor.

Que estas palavras façam muito bem à sua alma.

Fonte: http://www.encontrocomavida.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=4&sg=0&form_search=&pg=1&id=422
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June 04, 2013

Por que está triste a minha alma?

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  1. Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus!
  2. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e verei a face de Deus?
  3. As minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, porquanto se me diz constantemente: Onde está o teu Deus?
  4. Dentro de mim derramo a minha alma ao lembrar-me de como eu ia com a multidão, guiando-a em procissão à casa de Deus, com brados de júbilo e louvor, uma multidão que festejava.
  5. Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação que há na sua presença.
  6. Ó Deus meu, dentro de mim a minha alma está abatida; porquanto me lembrarei de ti desde a terra do Jordão, e desde o Hermom, desde o monte Mizar.
  7. Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.
  8. Contudo, de dia o Senhor ordena a sua bondade, e de noite a sua canção está comigo, uma oração ao Deus da minha vida.
  9. A Deus, a minha rocha, digo: Por que te esqueceste de mim? Por que ando em pranto por causa da opressão do inimigo?
  10. Como com ferida mortal nos meus ossos me afrontam os meus adversários, dizendo-me continuamente: Onde está o teu Deus?
  11. Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele que é o meu socorro, e o meu Deus.
PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=33aGaYAZvL4
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June 03, 2013

Verbos transformadores

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Os gestos de tomar, abençoar, partir e dar testemunham as ações de Jesus

- Ricardo Barbosa de Souza

Nossas ações são o testemunho daquilo que somos e do que cremos. É comum tentar justificar as atitudes egoístas e grosseiras como um acidente, alguma coisa que acontece quando perdemos o controle. No entanto, sabemos que os gestos falam de forma muito mais eloqüente do que as palavras. Os gestos de alguns revelam seus sonhos de vingança, sua mesquinhez, ciúmes, invejas e imoralidade. Já os de outros revelam sua grandeza humana, espírito abnegado, amor puro, relações altruístas.

O amor de Deus sempre foi declarado por palavras poderosas e convincentes através dos seus profetas, mas nada foi tão convincente e mais poderoso para demonstrar o amor de Deus do que a cruz de Jesus Cristo. O caminho que Deus escolheu para revelar-se a nós foi a encarnação, ao fazer-se homem e habitar entre nós mostrando a glória e a verdade. A vida encarnada de Jesus foi a expressão perfeita do Senhor entre nós. "Quem vê a mim, vê o Pai" – foi assim que Jesus nos revelou Deus.

Existem quatro verbos no ministério de Jesus que demonstram de forma clara a natureza do seu amor. São eles: tomar, abençoar, partir e dar. Eles aparecem em algumas situações na vida de Jesus. Além da ceia, encontramos estes verbos, por exemplo, na multiplicação dos pães e peixes. "E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões. Todos comeram e se fartaram" (Mt. 14.19 e 20). Esses verbos descrevem uma ação que tem um potencial enorme na criação da comunidade e na transformação das pessoas. Ele primeiro toma aquilo que tem disponível. Sabemos que os cinco pães e os dois peixes eram insuficientes para alimentar uma multidão de milhares de pessoas; poderiam, talvez, dependendo do tamanho dos peixes e dos pães, até alimentar uma família, mas não milhares de pessoas famintas. Contudo, era o que se tinha à mão e ele os toma.

Depois de tomar aquele alimento, Cristo ora e o abençoa; agradece pelo que tem e invoca sobre pães e peixes a bênção de Deus. O ato de abençoar implica num ato de enviar. Ao abençoar, abrimos mão do que temos, sejam pães, peixes, filhos ou qualquer bem. Ao abençoar, eles passam a pertencer a Deus para serem usados por ele. Ao dizer para Abraão: "Sê tu uma benção", o Senhor o envia - e tal bênção não era o que Abraão iria fazer, mas o que ele mesmo era, sua vida e seus atos.

Depois de tomar, abençoar e agradecer, Jesus parte o pão, deixando claro que sua intenção era dividir. Imagino que Jesus foi o último a se servir. Este gesto, Jesus repete na última ceia, quando toma o pão, ora, abençoa e o reparte, dizendo: "Este é o meu corpo partido por amor de vocês". Jesus se deu a nós; fez-se comida para alimentar de uma vez por todas nossa fome. Na multiplicação dos pães e peixes, ele faz um prenúncio da ceia, tomando, abençoando, partindo e dando.

Por fim, ele oferece alimento à multidão. Doa. A vida cristã é um permanente ato de doação. Quanto mais guardamos, acumulamos, menos livres nos tornamos. Somos prisioneiros dos pães e peixes que guardamos para nós. Mais bem aventurado é dar do que receber porque, ao dar, tornamo-nos mais semelhantes ao nosso Senhor. Estes gestos de tomar, abençoar, partir e dar testemunham as ações de Jesus. Milhares de pessoas famintas foram alimentadas por causa daquela ação. Todos os meses, repetimos estes verbos na celebração da ceia, dizendo que Jesus tomou o pão, deu graças, partiu e deu. Durante mais de vinte séculos, os cristãos têm sido alimentados com aquele gesto do Mestre.

Pense um pouco no poder de tais verbos na vida de uma comunidade, seja a família, a igreja ou a nação. Se cada um de nós tomasse aquilo que tem – não importa se é muito ou pouco, de grande valor ou não –, reconhecendo-o como dádiva de Deus, orasse agradecendo, abençoasse, partise e desse, certamente muitos seriam alimentados, abençoados, curados e salvos. Acontece que a filosofia da cultura em que vivemos nos incentiva a andar na contramão dos verbos de Cristo. Para muitos, tomar não significa lançar mão do que tem para doar, mas subtrair do outro para acumular. Abençoar não significa receber com gratidão o que temos e invocar a bênção de Deus a fim de que seja útil para o seu Reino, mas ter uma "garantia divina" de que, uma vez meu, será para sempre meu. Os verbos "partir" e "dar" não são conjugados mais juntos. Jesus alimentou uma multidão de milhares de homens e mulheres com apenas cinco pães e dois peixes. Como aquilo foi possível? Ele tomou os pães e peixes, os abençoou, partiu e deu. Poderia ter tomado aqueles poucos pães e peixes para si e seus discípulos. Certamente teria razões para agir assim, mas preferiu fazer diferente. Naquele dia, houve um grande evento comunitário por causa dos quatro verbos transformadores.

Na cultura religiosa dos nossos dias, estes verbos não são mais conjugados ou, quando o são, não têm o mesmo poder. Somos crianças mimadas, sempre insatisfeitas, querendo cada vez mais, acumulando o máximo possível para então ir à frente de alguma igreja e testemunhar a prosperidade. Veja a que ponto chegamos. Jesus não fez assim – "Ele, embora sendo rico, se fez pobre por amor de nós", "esvaziou-se a si mesmo" por amor a nós. Somos abençoados por estes verbos que Cristo continua conjugando. Quando ele nos viu em nossa miséria e pecado, tomou-se a si e, em oferta agradável a Deus, doou-se a nós para que fôssemos libertos de nós mesmos. Estes são os verbos para a construção de uma comunidade.
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June 02, 2013

Enquanto dormimos

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- Ricardo Barbosa de Souza

salmo 127 é um convite ao descanso. Não um convite para não trabalhar, para entrar de férias, tirar algum recesso, mas um convite para aprender a descansar. Sem dúvida, aprender a descansar ou a entrar no descanso de Deus é uma das experiências espirituais que estão ficando cada vez mais raras. Encontrar as "águas de descanso" ou o "repouso dos pastos verdejantes", provar o "refrigério da alma" ou a ausência de medo quando atravessamos os vales de sombra e morte que Davi menciona no salmo 23 parece uma realidade distante, principalmente no contexto violento e estressante que vivemos.

O salmista inicia o salmo dizendo que todo o nosso esforço em edificar a casa e guardar a cidade é vão se não reconhecermos que é o Senhor quem realiza este trabalho; que inútil nos será levantar de madrugada, dormir tarde, comer o pão que penosamente conquistamos, porque aos seus amados, diz o salmista, ele dá o pão enquanto dormem.

Certamente nenhum de nós jamais recebeu o pão de cada dia enquanto dormia. Sabemos que o pão que comemos todos os dias nos é dado enquanto trabalhamos. É o fruto do trabalho de cada dia. Trabalhamos oito, dez, às vezes até 12 horas por dia para garantir o pão, o aluguel, a escola, o transporte de cada dia. Como então ele afirma que o recebemos enquanto dormimos?

Nossa dificuldade em compreender este salmo está diretamente relacionada com nossa incapacidade de compreender a natureza do Criador. Depois de ter criado todas as coisas visíveis e invisíveis, de ter criado o homem e mulher à sua imagem e sua semelhança e de ter reconhecido que tudo era muito bom, o Criador, no sétimo dia da Criação, o sábado, descansa e nos convida para celebrar este descanso com ele, celebrar a obra da Criação e a segurança de que o mundo tem um Criador.

O rev. Eugene Peterson, falando sobre o significado do sábado, diz: "Quando anoitece, eu me deito para dormir e me entrego aos cuidados de Deus; desligo e, pelas próximas seis, oito ou dez horas, caio num estado de inconsciência em que me torno absolutamente improdutivo. Aí eu acordo, descansado, pulo da cama cheio de energia, agarro uma xícara de café e saio correndo porta afora para começar a fazer as coisas! E qual é a primeira coisa que eu descubro (aliás, um tremendo golpe no meu ego)? É que tudo já havia começado horas, séculos atrás! Enquanto eu dormia profundamente (antes mesmo que eu nascesse), todas as coisas importantes já vinham acontecendo. Quando eu saio em disparada para o meu dia de trabalho, estou penetrando num mundo no qual Deus já se encontrava em plena atividade, em que mais da metade já ficou para trás! Quando eu começo, é um trabalho cujo plano básico já estava estabelecido, as responsabilidades dadas, as operações em ação." Esta consciência de que há um Criador que permanece cuidando e preservando sua criação e que nos convida para celebrá-la é que nos abre a porta para um verdadeiro e real descanso em Deus.

Muitas vezes não descansamos porque não aprendemos esta lição básica: Deus, muito antes de existirmos, desde toda a eternidade, já vinha trabalhando e realizando sua obra. A graça e o cuidado de Deus nos precedem. Todos os dias, quando acordamos, despertamos para um mundo de Deus; um mundo que não criamos e que é mantido pela graça e pelo poder de Deus. Quando invertemos esta ordem e começamos a achar que o que fazemos durante o dia (trabalho, vigilância, cuidado) é o que mantém o mundo em ordem, e nos esquecemos de que é Deus quem, enquanto dormimos, enquanto permanecemos inativos e improdutivos, dá ordem ao mundo, passamos a viver ansiosos, aflitos e preocupados. É por isto que o salmista diz que todo o nosso esforço em guardar e edificar é vão. Não porque nosso trabalho é desnecessário, mas porque quem guarda e edifica é Deus.

Mais uma vez cito Peterson (recomendo a leitura do capítulo que fala sobre "Um sábado sem sentido" do livro De volta à fonte, Encontro Publicações), onde ele diz: "Ao preparar-me para dormir, o que me marca não é uma sensação de exaustão e frustração porque ainda há tanta coisa por fazer e por terminar, mas é a expectativa. O dia está para começar! As palavras do Gênesis de Deus estão a ponto de ser ditas novamente. Durante as horas que eu passo dormindo, como Ele irá se preparar para utilizar minha obediência, meu serviço e o meu falar quando romper a manhã? Enquanto nós dormimos, coisas grandes e maravilhosas, muito além de nossas capacidades de inventar ou engendrar, estão em pleno andamento: a lua marca as estações, o leão rosna diante de sua presa, as minhocas esburacam e arejam a terra, as proteínas reconstituem nossos músculos e nosso cérebro restaura, por meio dos nossos sonhos, uma sanidade mais profunda que subjaz o burburinho e a maquinação das horas que passamos acordados. Nosso trabalho se encaixa no contexto do agir de Deus. O esforço humano é honrado e respeitado, não como uma coisa em si, mas por sua integração aos ritmos da graça e da bênção." Penso que é isto que o salmista quis dizer ao afirmar: "Aos seus amados ele o dá enquanto dormem."

O próprio salmista ilustra isto com uma experiência bem humana. Ele afirma que os filhos são herança do Senhor. Qual o trabalho que temos para gerar os filhos? Coabitamos com nosso cônjuge; e Deus, dia a dia, nos nove meses que se seguem, realiza o milagre da fecundação e da gestação. Enquanto isso, o que fazemos? Nada. Se o Senhor não abençoar, cuidar, nutrir, guardar, inútil será todo o nosso esforço. Enquanto dormimos, enquanto não fazemos nada, Deus realiza sua gloriosa obra de criação.

É neste contexto da ação criadora de Deus que encontramos significado e dignidade para o nosso trabalho. Deus existe muito antes de nós, e é ele que edifica e guarda. Na medida em que nos encaixamos no ritmo de Deus em obediência e reverência, nós nos realizamos com o seu cuidado, a sua devoção e a sua diligência. É assim também que entramos no descanso de Deus, reconhecendo que, enquanto dormimos, ele cuida e realiza a sua obra.

Há muitos que vivem hoje num mundo sem Criador, e outros que vivem com um Criador sem mundo. Tanto um como outro gera sentimentos de cansaço e ansiedade. Viver num mundo sem Criador é não reconhecer que há uma ordem, um ritmo, um propósito e um cuidado que se encontra para além de todo o nosso esforço para promover o sentido do mundo e da história. Para estes será inútil levantar de madrugada e comer o pão conquistado com o penoso trabalho de cada dia. Viver com um Criador sem mundo transforma o mundo num lugar hostil, uma terra onde não há descanso, onde não encontraremos os lugares tranqüilos e as fontes de repouso. Descansar em Deus é reconhecer sempre que "aos seus amados ele dá o pão de cada dia enquanto dormem".  

Fonte: http://www.lideranca.org/cgi-bin/index.cgi?action=viewnews&id=242
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June 01, 2013

Fidelidade ; )

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Chérie,

se você pensa que as conquistas na sua vida são fruto de mérito próprio ou merecimento, lamento informar, mas você está tremendamente equivocado.

Meditei recentemente em Ezequiel 36 e fiquei chocada (e ao mesmo tempo aliviada) com um chacoalhão, espia só:

22 O que vou fazer não é por amor de vocês, mas por amor do meu santo nome, que vocês profanaram em todas as nações para onde foram.
23 Quando eu mostrar às nações a santidade do meu grande nome, o nome que vocês profanaram no meio deles, aí eles ficarão sabendo que eu sou o SENHOR. Sou eu, o SENHOR Deus, quem está falando. Usarei vocês para mostrar às nações que eu sou santo.
24 Eu os tirarei de todas as nações e países e os trarei de volta para a sua própria terra.
25 Borrifarei água limpa sobre vocês e os purificarei de todos os seus ídolos e de todas as coisas nojentas que vocês têm feito.
26 Eu lhes darei um coração novo e porei em vocês um espírito novo. Tirarei de vocês o coração de pedra, desobediente, e lhes darei um coração bondoso, obediente.
27 Porei o meu Espírito dentro de vocês e farei com que obedeçam às minhas leis e cumpram todos os mandamentos que lhes dei.
28 Aí vocês viverão na terra que dei aos seus antepassados. Vocês serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.
29 Eu os livrarei de todas as coisas que os tornam impuros. Darei ordem para que haja bastante trigo, e assim não haverá mais tempos de fome no meio de vocês.
30 Aumentarei a produção de frutas e das plantações de cereais, de modo que não haverá mais épocas de fome que façam vocês passarem vergonha no meio das outras nações.
31 Vocês lembrarão da sua má conduta e das maldades que cometeram e ficarão aborrecidos com vocês mesmos por causa dos seus pecados e maldades.
32 Povo de Israel, quero que saibam que eu não estou fazendo tudo isso por amor de vocês. Quero que vocês sintam como é vergonhoso e desonroso aquilo que estão fazendo. Eu, o SENHOR Deus, estou falando.
33 O SENHOR Deus diz: No dia em que eu os purificar de todos os seus pecados, deixarei que construam de novo as suas cidades arrasadas e vivam nelas.

Você percebe que o tempo todo Deus diz que fará as coisas por amor a Ele mesmo?

Chérie, não somos agentes, mas objetos do Seu amor!

Por isto, se você pensa que faz e acontece, mais humildade e reverência - quem está no controle é Ele, e não você.

Bjs,

KT

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=8fj2dybkuVY&feature=related
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