Resistência à imoralidade
Precisamos oferecer resistência à inveja, ao egoísmo, à ira, à vingança, à ansiedade, à profanação do nome do Senhor, à apropriação indébita, à soberba e a qualquer outra coisa que prejudica a nossa comunhão com Deus e com o próximo.
A pergunta agora é: é necessário oferecer resistência também à imoralidade sexual?
Além de abundante, a resposta é muito simples. Na relação das obras da carne ou das coisas que a natureza humana produz, a primeira que Paulo menciona é a “imoralidade sexual”. As duas seguintes são como comportamentos sinônimos: “impureza” e “ações indecentes” (Gl 5.19). Jesus, por sua vez, na relação das coisas que saem do coração e fazem com que a pessoa peque, não se esquece das “imoralidades sexuais” (Mt 15.19).
Paulo também fala sobre o assunto, primeiro quando escreve aos romanos: “Vivamos decentemente, como pessoas que vivem na luz do dia [e, portanto,] nada de farras ou bebedeiras, nem imoralidade ou indecência, nem brigas ou ciúmes” (Rm 13.13). E, depois, quando escreve aos coríntios: “Receio ainda que na minha próxima visita o meu Deus me humilhe diante de vocês e que eu tenha de chorar por muitos de vocês que continuam a cometer os mesmos pecados que cometiam no passado e não se arrependeram da sua imoralidade sexual, nem das relações sexuais proibidas, nem de outras coisas indecentes que faziam” (2Co 12.21). No caso de Corinto, a situação é muito grave porque, antes da conversão, eles viviam de acordo com a cultura da cidade, extremamente liberal na questão do sexo. Ao conhecerem o evangelho por ocasião da segunda viagem de Paulo, eles foram lavados de todos os pecados, inclusive da área do sexo (1Co 6.11). Agora, o apóstolo receia que eles tenham voltado à mesma má conduta anterior.
Nem todas as versões da Bíblia traduzem a palavra do original grego (porneia) como “imoralidade sexual”, o que é bom, porque, assim, podemos enxergar melhor o significado da expressão. Além disso, ela nunca vem sozinha. Sua abrangência é enorme: adultério, concubinato, devassidão, fornicação, homossexualismo, indecência, impudicícia, impureza, imundícia, incontinência, infidelidade, lascívia, libertinagem, luxúria, prostituição e relações sexuais ilícitas. Tudo isso está debaixo da chamada imoralidade sexual.
Na primeira carta aos Tessalonicenses, Paulo escreve: “Não há necessidade de lhes escrever a respeito do amor pelos irmãos na fé, pois o próprio Deus lhes ensinou que vocês devem amar uns aos outros” (1Ts 4.9). A capacidade de amar entre eles era notável. Mas o mesmo não se pode dizer da conduta sexual. Daí as exortações do apóstolo (1Ts 4.3-8, NVI):
- Abstenham-se da imoralidade sexual.
- Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira santa e honrosa, não dominada pela paixão de desejos desenfreados (ou não com paixões sexuais baixas).
- Deus não os chamou para a impureza (ou para viverem na imoralidade).
Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/abstenham-se-da-imoralidade-sexual