Fugir é para os fortes
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- Reinaldo Percinoto Júnior
– Salmo 51
– Colossenses 2.20 – 3.10
– Gênesis 1. 27-31
– 1 Tessalonicenses 4. 1-8
– Gênesis 2. 20-25
– Mateus 5. 27-30
É neste contexto que, através do ministério de Paulo e seus companheiros, começa a se estabelecer uma comunidade cristã tão rica em potencialidades quanto em problemas! E um desses problemas era justamente a prática desenfreada da imoralidade sexual. O contexto cultural fortemente pagão gerava uma forte pressão sobre os novos crentes, que contavam com o apoio e ajuda de cristãos mais maduros para entender a natureza da nova fé que abraçaram, bem como suas implicações éticas e sociais. A carta do apóstolo Paulo endereçada a eles é um exemplo deste apoio.
Qualquer semelhança com nossos dias NÃO é mera coincidência! Então, como enfrentarmos a questão da imoralidade sexual, pessoalmente e comunitariamente, sem escorregarmos para os extremos da frouxidão moral e do legalismo estéril? Teria o próprio Deus providenciado “balizas” e “luzeiros” para nortearem nosso viver cristão num contexto marcado fortemente pela permissividade sexual e pelo relativismo moral?
Tanto o legalismo quanto a complacência com o pecado nos prendem. Mas, quando colocamos nossa fé em Cristo, Deus nos livra de ambos e nos dá seu Espírito para nos conduzir na liberdade da santidade. (Joshua Harris)
É importante lembrarmos que o falso dualismo presente no pensamento grego, que criava um desprezo por tudo o que era material, físico e corpóreo, e valorizava o que era “espiritual” ou “transcendente”, também influenciava o trato com a impureza sexual, mesmo entre os cristãos. E isso acontecia por meio de dois caminhos diferentes. Por um lado, alguns coríntios consideravam as relações sexuais como inerentemente impuras e pecaminosas, uma vez que elas se dava através do corpo. Já outros, baseados no mesmo falso dualismo, achavam que não havia problema algum com as práticas de impureza sexual, uma vez que o nosso corpo era inferior e desprezível, e logo não afetaria os nosso relacionamento “espiritual” com Deus.
O v. 12 do nosso texto base nos ajuda a entender o pensamento moral de Paulo. Para ele, já não se trata de saber o que é permitido e o que é proibido, mas de determinar o que favorece ou prejudica o crescimento do homem novo, regenerado em Cristo (Bíblia de Jerusalém, p. 2154).
Peça a ajuda do Espírito Santo, que habita em você, para que consiga fugir da imoralidade sexual e ter uma vida sensata, justa e piedosa aqui e agora (Tito 2. 11-14).
Fonte: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/fugir-e-para-os-fortes/
- Reinaldo Percinoto Júnior
Texto básico: 1 Coríntios 6. 12-20
Textos de apoio– Salmo 51
– Colossenses 2.20 – 3.10
– Gênesis 1. 27-31
– 1 Tessalonicenses 4. 1-8
– Gênesis 2. 20-25
– Mateus 5. 27-30
Introdução
Corinto, capital da província romana da Acaia desde 27 a.C., com cerca de 200.000 habitantes nos tempos do Novo testamento, era conhecida não apenas por sua localização estratégica, sua desenvolvida economia comercial e sua riqueza cultural. Havia na cidade muitos templos pagãos, em consonância à grande diversidade étnica da cosmopolita urbe. Um dos mais influentes era o templo de Afrodite, que oferecia aos seus frequentadores rituais de prostituição cúltica.É neste contexto que, através do ministério de Paulo e seus companheiros, começa a se estabelecer uma comunidade cristã tão rica em potencialidades quanto em problemas! E um desses problemas era justamente a prática desenfreada da imoralidade sexual. O contexto cultural fortemente pagão gerava uma forte pressão sobre os novos crentes, que contavam com o apoio e ajuda de cristãos mais maduros para entender a natureza da nova fé que abraçaram, bem como suas implicações éticas e sociais. A carta do apóstolo Paulo endereçada a eles é um exemplo deste apoio.
Qualquer semelhança com nossos dias NÃO é mera coincidência! Então, como enfrentarmos a questão da imoralidade sexual, pessoalmente e comunitariamente, sem escorregarmos para os extremos da frouxidão moral e do legalismo estéril? Teria o próprio Deus providenciado “balizas” e “luzeiros” para nortearem nosso viver cristão num contexto marcado fortemente pela permissividade sexual e pelo relativismo moral?
Para entender o que a Bíblia fala
- Paulo começa citando o que poderiam ser declarações comuns em Corinto, usadas como justificativa para comportamentos imorais (v. 12). Por outro lado, bem entendidas, estas citações poderiam se tornar uma “máxima de vida” para cada um de nós. Você concorda com isso? Por que?
- Parece também que alguns coríntios não viam diferença substancial entre as nossas necessidades fisiológicas – por exemplo as da alimentação e as da vida sexual. Mas, Paulo quer deixar claro que estas necessidades são distintas, pois operam em níveis diferentes. De que maneira ele faz isso ? (vv. 13-14; cf. v. 18)
- Em oposição ao pensamento grego predominante naquela época, que desprezava aquilo que era material e físico, como Paulo busca valorizar o propósito para o qual Deus nos deu um corpo? O modo como agimos com nossos corpos afeta a nossa união com Cristo? Por que? (vv. 15-17)
- A advertência de Paulo é para fugirmos da imoralidade sexual (v. 18). De maneira prática, como podemos empreender esta “fuga”? (cf. Mt 5. 27-30)
- Frente à imoralidade sexual, é necessário construirmos uma nova mentalidade sobre o nosso corpo. Paulo nos fornece aqui três “alicerces” da nova vida cristã: nosso corpo passa a ser habitação do Espírito Santo de Deus, já não pertencemos a nós mesmos e um alto preço foi pago pelo nosso resgate (vv. 18-19). De que maneira esse triplo fundamento pode nos ajudar na construção desta nova mentalidade, de modo que possamos “glorificar a Deus em nosso corpo”? (v. 20b)
Tanto o legalismo quanto a complacência com o pecado nos prendem. Mas, quando colocamos nossa fé em Cristo, Deus nos livra de ambos e nos dá seu Espírito para nos conduzir na liberdade da santidade. (Joshua Harris)
Para pensar
Guardadas as devidas proporções, o ambiente cultural de Corinto no século I apresenta muitas similaridades com o nosso contexto atual. Um forte relativismo moral, reforçado por práticas religiosas pagãs, criavam condições favoráveis para a convivência com a imoralidade sexual, até mesmo entre os novos crentes em Cristo. A situação em Corinto era tão séria que, a partir do século V a.C., usava-se a expressão “corintianizar” com o significado de ser sexualmente imoral (Bíblia de Estudo de Genebra, p. 1298).É importante lembrarmos que o falso dualismo presente no pensamento grego, que criava um desprezo por tudo o que era material, físico e corpóreo, e valorizava o que era “espiritual” ou “transcendente”, também influenciava o trato com a impureza sexual, mesmo entre os cristãos. E isso acontecia por meio de dois caminhos diferentes. Por um lado, alguns coríntios consideravam as relações sexuais como inerentemente impuras e pecaminosas, uma vez que elas se dava através do corpo. Já outros, baseados no mesmo falso dualismo, achavam que não havia problema algum com as práticas de impureza sexual, uma vez que o nosso corpo era inferior e desprezível, e logo não afetaria os nosso relacionamento “espiritual” com Deus.
O v. 12 do nosso texto base nos ajuda a entender o pensamento moral de Paulo. Para ele, já não se trata de saber o que é permitido e o que é proibido, mas de determinar o que favorece ou prejudica o crescimento do homem novo, regenerado em Cristo (Bíblia de Jerusalém, p. 2154).
O que disseram
Sem a perspectiva do amor, do compromisso, do respeito e da confiança, o sexo é banalizado, empobrecido, tornando-se o substituto do projeto real e verdadeiro de Deus, o único capaz de trazer real e verdadeira satisfação. Relações sexuais descompromissadas e sem a possibilidade de se olhar nos olhos de forma amorosa e transparente geralmente acabam em culpa, frustração, solidão e busca por novas situações e novos parceiros. Isso, em vez de crescimento, causa dano ao relacionamento. (Osmar Ludovico, “Meditatio”, Mundo Cristão).Para responder
- As nossas discussões sobre a área sexual muitas vezes são marcadas pela imaturidade, pela preocupação com o exterior, com “o que pode” e “o que não pode”. Como a “máxima moral” de Paulo, explicitada no v. 12, poderia nos ajudar a nos tornarmos cristãos mais maduros, mais preocupados com o que nos aproxima ou nos afasta de Cristo, do que com as regras exteriores em si?
- Você consegue “digerir”bem a ideia de que este corpinho que Deus lhe deu é simplesmente a habitação do Espírito Santo, o Soberano do universo (v.19)? Como uma melhor compreensão desta verdade poderia lhe ajudar a desenvolver um equilíbrio mais saudável entre “disciplina” e “celebração”?
Peça a ajuda do Espírito Santo, que habita em você, para que consiga fugir da imoralidade sexual e ter uma vida sensata, justa e piedosa aqui e agora (Tito 2. 11-14).
Fonte: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/fugir-e-para-os-fortes/
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