Oração
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“Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração”
Romanos 12:12
- Mário Fernandez
Não dá para viver sem orar. O apóstolo Paulo sabia perfeitamente bem o quanto é importante estar na busca constante de Deus através da oração, de forma persistente, perseverante.
Eu acho que nunca encontrei um “cristão” ou termo equivalente, que diga que simplesmente não ora nada. Mas a esmagadora maioria dos que conheço tem na oração uma prática distante, irregular, desprovida de satisfação e que não permeia sua vida, suas decisões, suas atitudes. Igualmente, não lembro de ter encontrado alguém que seja contra a oração, mas os persistentes são minoria.
O resultado disso é um completo afastamento das bênçãos que Deus tem para nós, pois neglicenciar a oração é como esvaziar o tanque do carro ao último gole e reclamar que não anda. Tudo que fazemos e deixamos de fazer tem consequências, diretas ou indiretas, imediatas ou tardias, pessoais ou coletivas. Orar e deixar de orar também. MAS a advertência ou ensino deste texto é mais forte do que isso – persista orando.
Perseverar, sinônimo de persistir, é mais do que não desistir. É gostar de tentar, é amar mais o resultado do que o processo em si, é desejar tanto conseguir terminar o que começou que não para, é desconsiderar a desistência como uma opção. Perseverar é saber o motivo e o resultado do que está fazendo, é enxergar o alvo mesmo que distante. Ou seja, é ter fé no fim da história.
Perseverar na oração é orar quando não faz sentido continuar, é orar quando o resultado é impossível, é orar quando ninguém mais está orando, é orar quando a circunstância deixa bem claro que o fracasso é garantido.
Não é preciso ter muita fé para orar pelo alimento com ele diante de si – ora pela refeição quando não tem o que comer e te direi que isso sim é fé. Ore agradecendo por uma cura que não tem chance de chegar. Ore pela conversão de um desgraçado (desprovido de graça) que não dá sinal de querer mudar de vida. Ore por um relacionamento que não tem mais cacos para juntar do chão. Isso, meu querido, é perseverar.
Tive grandes lições sobre isso na minha vida. Conheci uma senhora com quase 70 anos que acordava todas as madrugadas as 4h para orar. Um dia cruzei com ela orando, sou de pouco sono. Me juntei a ela. Orava pela conversão de seus irmãos. Pela manhã no desjejum lhe perguntei algumas coisas e fiquei envergonhado com as respostas. Já orava há mais de 40 anos, faltavam dois se converterem e um estava mal de saúde, mais velho que ela. Orava diariamente neste mesmo horário fazia mais de 25 anos e só falhava quando adoecia. Só ia parar ou com a conversão ou com a morte de seus irmãos. Isso é perseverar.
Viver o evangelho, por mínimo que seja, exige uma vida de oração máxima. Se o evangelho fosse um mero conjunto de regras teria métricas de oração bem claras e numéricas. Mas não é, pois trata-se de um estilo de vida, portanto “tudo” é o mínimo.
“Senhor, me ensina a perseverar em oração, aplicando fé naquilo que não posso ver ou sentir, mesmo quando isso fuja da lógica. Me fortalece para eu crescer nisso ao ponto de te agradar.”
Fonte: http://www.ichtus.com.br/dev/2016/10/19/oracao-maxima-vivendo-o-evangelho
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