November 30, 2016

Uma Palavra de encorajamento ; )!


A vida dominada pelo Espírito Santo
1Agora já não existe nenhuma condenação para as pessoas que estão unidas com Cristo Jesus. 2Pois a lei do Espírito de Deus, que nos trouxe vida por estarmos unidos com Cristo Jesus, livrou você da lei do pecado e da morte. 3Deus fez o que a lei não pôde fazer porque a natureza humana era fraca. Deus condenou o pecado na natureza humana , enviando o seu próprio Filho, que veio na forma da nossa natureza pecaminosa a fim de acabar com o pecado. 4Deus fez isso para que as ordens justas da lei pudessem ser completamente cumpridas por nós, que vivemos de acordo com o Espírito de Deus e não de acordo com a natureza humana. 5Porque as pessoas que vivem de acordo com a natureza humana têm a sua mente controlada por essa mesma natureza. Mas as que vivem de acordo com o Espírito de Deus têm a sua mente controlada pelo Espírito. 6As pessoas que têm a mente controlada pela natureza humana acabarão morrendo espiritualmente; mas as que têm a mente controlada pelo Espírito de Deus terão a vida eterna e a paz. 7Por isso as pessoas que têm a mente controlada pela natureza humana se tornam inimigas de Deus, pois não obedecem à lei de Deus e, de fato, não podem obedecer a ela. 8As pessoas que vivem de acordo com a sua natureza humana não podem agradar a Deus.
9Vocês, porém, não vivem como manda a natureza humana, mas como o Espírito de Deus quer, se é que o Espírito de Deus vive realmente em vocês. Quem não tem o Espírito de Cristo não pertence a ele. 10Mas, se Cristo vive em vocês, então, embora o corpo de vocês vá morrer por causa do pecado, o Espírito de Deus é vida para vocês porque vocês foram aceitos por Deus. 11Se em vocês vive o Espírito daquele que ressuscitou Jesus, então aquele que ressuscitou Jesus Cristo dará também vida ao corpo mortal de vocês, por meio do seu Espírito, que vive em vocês.
12Portanto, meus irmãos, nós temos uma obrigação, que é a de não vivermos de acordo com a nossa natureza humana. 13Porque, se vocês viverem de acordo com a natureza humana, vocês morrerão espiritualmente; mas, se pelo Espírito de Deus vocês matarem as suas ações pecaminosas, vocês viverão espiritualmente. 14Pois aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 15Porque o Espírito que vocês receberam de Deus não torna vocês escravos e não faz com que tenham medo. Pelo contrário, o Espírito torna vocês filhos de Deus; e pelo poder do Espírito dizemos com fervor a Deus: “Pai, meu Pai!” 16O Espírito de Deus se une com o nosso espírito para afirmar que somos filhos de Deus.17Nós somos seus filhos, e por isso receberemos as bênçãos que ele guarda para o seu povo, e também receberemos com Cristo aquilo que Deus tem guardado para ele. Porque, se tomamos parte nos sofrimentos de Cristo, também tomaremos parte na sua glória.
A glória futura
18Eu penso que o que sofremos durante a nossa vida não pode ser comparado, de modo nenhum, com a glóriaque nos será revelada no futuro. 19Universo todo espera com muita impaciência o momento em que Deus vai revelar o que os seus filhos realmente são. 20Pois o Universo se tornou inútil, não pela sua própria vontade, mas porque Deus quis que fosse assim. Porém existe esta esperança: 21Um dia o próprio Universo ficará livre do poder destruidor que o mantém escravo e tomará parte nagloriosa liberdade dos filhos de Deus. 22Pois sabemos que até agora o Universo todo geme e sofre como uma mulher que está em trabalho de parto. 23E não somente o Universo, mas nós, que temos o Espírito Santo como o primeiro presente que recebemos de Deus, nós também gememos dentro de nós mesmos enquanto esperamos que Deus faça com que sejamos seus filhos e nos liberte completamente. 24Pois foi por meio da esperança que fomos salvos. Mas, se já estamos vendo aquilo que esperamos, então isso não é mais uma esperança. Pois quem é que fica esperando por alguma coisa que está vendo? 25Porém, se estamos esperando alguma coisa que ainda não podemos ver, então esperamos com paciência.
26Assim também o Espírito de Deus vem nos ajudar na nossa fraqueza. Pois não sabemos como devemos orar, mas o Espírito de Deus, com gemidos que não podem ser explicados por palavras, pede a Deus em nosso favor. 27E Deus, que vê o que está dentro do coração, sabe qual é o pensamento do Espírito. Porque o Espírito pede em favor do povo de Deus e pede de acordo com a vontade de Deus. 28Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano. 29Porque aqueles que já tinham sido escolhidos por Deus ele também separou a fim de se tornarem parecidos com o seu Filho. Ele fez isso para que o Filho fosse o primeiro entre muitos irmãos. 30Assim Deus chamou os que havia separado. Não somente os chamou, mas também os aceitou; e não somente os aceitou, mas também repartiu a sua glória com eles.
O amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo
31Diante de tudo isso, o que mais podemos dizer? Se Deus está do nosso lado, quem poderá nos vencer? Ninguém! 32Porque ele nem mesmo deixou de entregar o próprio Filho, mas o ofereceu por todos nós! Se ele nos deu o seu Filho, será que não nos dará também todas as coisas? 33Quem acusará aqueles que Deus escolheu? Ninguém! Porque o próprio Deus declara que eles não são culpados. 34Será que alguém poderá condená-los? Ninguém! Pois foi Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem foi ressuscitado e está à direita de Deus. E ele pede a Deus em favor de nós. 35Então quem pode nos separar do amor de Cristo? Serão os sofrimentos, as dificuldades, a perseguição, a fome, a pobreza, o perigo ou a morte?36Como dizem as Escrituras Sagradas:
“Por causa de ti
estamos em perigo de morte
o dia inteiro;
somos tratados como ovelhas
que vão para o matadouro.”
37Em todas essas situações temos a vitória completa por meio daquele que nos amou. 38Pois eu tenho a certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais ; nem o presente, nem o futuro; 39nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor.

November 29, 2016

Poder do Espírito

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“E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam.”
At 19:6
- Mario Fernandez

Nada no Universo é mais poderoso do que o Espírito Santo de Deus, nada, nada, nada. Por que? Simples: ELE É DEUS. Não podemos confundir O criador com UMA criatura e isso é mais comum do que admitimos, pelo menos na prática da vida de muitas pessoas. Dizer que o Espírito Santo é coisa do Novo Testamento é fazer com que Ele seja criado em algum momento – errado. Ele é o agente da criação de Deus, está de Gênesis a Apocalipse, estava lá no momento do HAJA LUZ e estará lá por toda eternidade com o Pai.

Na vida da Igreja (me refiro aqui ao povo escolhido de Deus que vive para honrá-lo e que legitimamente tem herança eterna) o Espírito Santo desempenha um papel único, em dois sentidos. Único no sentido de que outro não o poderia desempenhar. Único no sentido de que tem seu momento e depois na eternidade não terá mais sentido. Explico. Cabe ao Espírito Santo conduzir a igreja na Terra, os eleitos de Deus, em poder e autoridade, para “treinar” este povo a viver na Nova Jerusalém. Escatologias e demais teologias à parte, resumo dizendo que cabe ao Espírito Santo capacitar a igreja em sua caminhada.

Se lermos o texto escolhido para meditar podemos tirar deles pelo menos 5-6 pregações. Vou compartilhar meu pensamento favorito a respeito dele: O Espírito Santo de Deus age trazendo capacitação especial dos céus. Neste versículo as pessoas falavam e profetizavam. Em outros textos curavam, ressuscitavam mortos, expulsavam demônios, tinham discernimento, eram transportadas de onde estavam, falavam com autoridade. Ou seja, faziam o que nunca fizeram. Faziam o que não tinham capacidade de fazer anteriormente. Faziam o improvável. Faziam o impossível. FAZIAM.

Não consigo ver biblicamente nenhuma (no sentido de NEM UMA) maneira de ser povo de Deus, sem ter o Espírito de Deus no comando. É um enigma para a minha alma entender como podem alguns grupos negligenciar a pessoa e a atuação de Deus na pessoa do Seu Espírito. É mais ou menos como comprar um carro e não colocar gasolina no tanque – ser igreja (ou povo de Deus) negligenciando o Espírito Santo é tentar andar de tanque vazio. Minha escola eclesiástica e teológica foi bem tradicional, sei bem do que estou falando.

Mas o principal efeito dessa negligência é um evangelho resumido, aguado, sem poder algum. Gente que não pode dizer “não tenho ouro nem prata” para mim é circunstancial, mas não poder dizer “levanta e anda” é estrutural, é essencial, é na medula, é o que nos tornamos em nós mesmos. Se temos ou não temos recursos financeiros é discutível, é polêmico, mas é assunto de conversa. Para mim não ter o poder do Espírito Santo “bagunçando” nossa lógica, nossas teorias e nossa vida é inaceitável. O impossível e o sobrenatural PRECISAM fazer parte do nosso cotidiano, precisa ser o sinal que nos segue.

Minha oração por este povo que se chama pelo Seu Nome é que mereçamos o estandarte que carregamos, que ousemos e sejamos usados, que deixemos de lado o “faz sentido” em troca do “faz milagre”. Ou isso, ou esse mundo continuará nos confundindo com eles e seremos apenas os esquisitos que andam pela Terra.

“Senhor, perdoa minha negligência e me mostra claramente como devo agir para que Teu Espírito Santo tenha liberdade na minha vida, não quero ser confundido com os deste mundo.“

Fonte: http://www.ichtus.com.br/dev/2016/11/25/poder-do-espirito-vivendo-o-evangelho/#.WECX2tQrJkg

November 28, 2016

Poder da Palavra

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“Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:17)
- Mário Fernandez
Muito negligenciado em nossos dias, o poder da Palavra de Deus é uma ferramenta extremamente poderosa na vida da Igreja de Cristo, por mais que alguns nem acreditem mais nisso. Veja que é muito trabalhoso separar o agir e o poder do Espírito Santo da Palavra de Deus. Temos na Bíblia base de texto suficiente para crermos que nada substitui a Palavra de Deus. Orar é fundamental, mas não substitui. Assim como boas obras, santidade, fugir do pecado, evangelismo – tudo isso são coisas boas em sua essência, coisas necessárias para nossa edificação mas não substituem a Palavra de Deus expressa no texto Bíblico.
Veja que alguns atributos são citados exclusivamente com relação à Palavra de Deus, lhe conferindo poderes (ou características) únicos, singulares:
  • Santifica em João 17:17
  • Discerne pensamentos e intenções em Hebreus 4:12
  • Ilumina o caminho Salmos 119:105
  • Traz esperança Salmos 119:81
  • Opera milagres Lucas 5:5
  • Faz crer em Deus João 17:20
  • Permanece para sempre 1 Pedro 1:25
  • É a espada em Efésios 6:17
  • Semeia fé Romanos 10:17
  • Alimenta em Mateus 4:4
  • É a boa semente Lucas 8:11
  • Agiu na criação Hebreus 11:3
  • Testifica do obreiro 2 Timóteo 2:15
  • Testifica da presença de Deus na vida 1 João 2:5
  • Anuncia Salvação Atos 13:26
  • Traz ação do Espírito Santo em Atos 10:44
E a lista poderia continuar…
O importante é notarmos que sem a Palavra de Deus abundante em nós, jamais seremos as pessoas que Deus espera que sejamos. Além dos argumentos bíblicos, temos de atentar para argumentos lógicos também. Se Deus se revela pela Palavra, como conhecê-lo de outra forma? Se a Palavra é de Deus, por que rejeitá-la? Sendo a Palavra de Deus fonte de poder, o que temos a perder?
Eu conheço pessoas que dizem que ler a Bíblia demais deixa a pessoa louca. No meu caso deixou mesmo. Outros dizem que é um livro velho, antigo, ultrapassado – mas nunca leram. Outros leram como quem lê um dicionário e nada encontraram de interessante – mas nem sabiam o que estavam procurando. Já outros fugiram dela com vigor e tudo que encontraram foi vazio, desânimo, falta de sentido. O que eu nunca encontrei na minha vida foi alguma pessoa que tenha se desapontado tentado ler a Bíblia de fato com a intenção de conhecer pessoalmente o Seu Autor, o Deus Todo Poderoso. Quem o fez, assim como eu e tantos outros, hoje são pessoas melhores, mais felizes, com sentido para suas vidas, com bom relacionamento com Deus, com um Pai Celestial em suas vidas, com certeza de sua vida eterna.
A Palavra de Deus é o poder de Deus expresso a nós de forma plena, completa, imaculada, perfeita. Negá-la é negar o próprio Deus. Não se dedicar a ela é negligenciar a amizade de Deus. Não tê-la no centro de sua vida é, pelo mínimo do mínimo, tentar viver sem poder (capacidade) de fazer o que o povo de Deus na Terra deveria fazer. Não me admira os doentes ainda doentes, os cegos ainda no escuro, os sofridos ainda a sofrer, bem como toda anarquia que vemos ao nosso redor. Nos falta, a todos nós, mais do poder transformador da Palavra de Deus. A uns falta um pouco, a outros falta bem mais, e a muitos falta tudo.
Sejamos anunciadores e ensinadores da Palavra de Deus, afinal ela nunca volta vazia.
“Senhor, desperta em mim um desejo pela Tua Palavra que beire o desespero. Eu entendo que sem ela não posso andar contigo e não devo permitir que as correrias deste mundo me engulam. Ajuda-me.“
Fonte: http://www.ichtus.com.br/dev/2016/11/29/poder-da-palavra-vivendo-o-evangelho/#.WD68V9QrJkg

November 27, 2016

O desenvolvimento da nossa vocação

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- Tim Carriker

Tendemos a ter uma visão bem estática da nossa vocação “geral”, a vocação de nos assemelharmos a Cristo. Tendemos a pensar, ou pelo menos agir, como se a conversão ocorre de uma só vez e de maneira quase total, a ideia da transformação de vil pecador em santo discípulo de Jesus. Certamente este é o nosso alvo, mas a Bíblia fala do desenvolvimento da nossa salvação, ou podemos pensar igualmente na nossa vocação nestes termos (Filipenses 2.12), o que os teólogos chamam de “santificação”, algo que tendemos a separar da conversão, bem contrário da passagem de Paulo citada. 

Um famoso biblista sueco, Krister Stendahl, chamou atenção para esta mania em 1963 na sua reflexão, “O apóstolo Paulo e a consciência introspectiva do Ocidente”, hoje parte do seu livro, Paul among Jews and Gentiles (1976, em português: “Paulo entre judeus e gentios”). Ele reparou que o Ocidente deriva seu paradigma de conversão do encontro de Saulo/Paulo com Jesus no caminho para Damasco, a ideia sendo que ele a conversão veio como um relâmpago que derrubou Paulo do seu cavalo (não há cavalo no relato bíblico) e ele foi transformado uma vez para sempre. Esta visão não é o que lemos nas Escrituras, nem tampouco dos escritos de Paulo e nem tampouco do exemplo de Paulo. As suas cartas demonstram desenvolvimento da sua vocação/salvação. As passagens chaves são: Atos 8.1-3; 9.1-6; 22.3-21; 26.11-18; Gálatas 1.13-24; 1 Coríntios 9.1; 15.9; Filipenses 3.6; 1 Timóteo 1.12-17. Vejamos…
Saulo era um judeu modelo, um fiel piedoso em quem ninguém, mas ninguém mesmo, poderia botar defeito. Saulo exerceu a sua piedade através da sua dedicação ao estudo e à obediência às Escrituras. E não adianta a gente protestar dizendo que esta obediência era à Lei, pois na cabeça de todos os judeus fiéis até então, a Lei e as Escrituras eram uma e a mesma coisa. Paulo levava a sério a sua dedicação às Escrituras. Conhecê-la sem praticá-la era simplesmente incompreensível para este fariseus dos fariseus. Praticava mesmo, até aos mínimos detalhes. Tanto que, como discípulo de Jesus, mais que 30 anos depois da sua conversão, ele pode olhar para trás e considerar a sua dedicação à piedade como uma vida “irrepreensível” (Filipenses 3.6). Mas depois da sua conversão é possível detectar quatro fases de desenvolvimento da sua salvação/vocação. Nesta reflexão, consideraremos a primeira fase. Mas adiante, publicaremos as outras três fases.
Fase da salvação inicial: de perseguidor a propagandista (At 9.9; 22.11)
Paulo tinha cerca de 25-30 anos quando se converteu. Era entre o ano 31 a 33 d.C. Esta era a fase da sua transformação inicial. Não era uma conversão do mal para o bem, pois antes de conhecer Jesus na estrada para Damasco, Paulo já era um sujeito muito bom. Inclusive pelos padrões do judaísmo antigo, ele era perfeito, o que significa que ele não havia quebrado qualquer lei nas Escrituras. Em termos morais, e sei que isto é difícil acreditar, Paulo não era melhor depois da sua conversão que ele era antes. O nosso problema é que concebemos a conversão nestes termos de moralidade. E por isto, na hora do testemunho, privilegiamos mais as pessoas que tiveram uma vida mais cabeluda possível porque pensamos que isto ilustra melhor o poder de Deus. A conversão de Paulo não era assim. A transformação não era em termos de moral, mas em termos de direção e se a gente concebe reformular a nossa ideia de conversão para uma ideia de mudança de direção vamos entender melhor o que Deus fez para Paulo e o que Ele quer fazer para você e para mim. Lógico, para algumas pessoas, muitas aliás, uma mudança de direção exige uma mudança radical de moralidade também. Mas este não é o ponto principal. O ponto principal é uma mudança de direção. Paulo, então Saulo, estava literalmente a caminho para Damasco para acabar com o movimento cristão. Jesus o derrubou e o colocou em um novo caminho (neste caso, o mesmo caminho geográfico) para reforçar e aumentar o movimento cristão. De perseguidor, se transformou em um dos maiores promotores da fé cristã.
E como Paulo se avaliava nesta fase? A princípio, Paulo ficou imobilizado. Mas uma vez que a ficha caiu, não havia nada que poderia detê-lo (Atos 9.9, 19-22)
A conversão é, antes de mais nada, uma mudança de direção, e é esta mudança de direção que possa mudar os seus hábitos e transformá-lo em servo eficaz de Deus. 

Muitas pessoas pensam que precisam mudar de moral antes de se converter. Precisam largar algum vício ou que detesta ou que ama. Mas não é bem assim. Sim, precisamos nos arrepender, mas o arrependimento significa literalmente virar as costas e ir em direção contrária que antes. Depois, confiar em Jesus.

É isto que significa ter fé. 

Ter fé é simplesmente, como criança, confiar em Jesus. Uma vez feita isto, as mudanças interiores podem e vão acontecer. 

Mas antes de mais nada é preciso decidir: “eu não vou mais andar na direção que estou andando agora…”
Fonte: http://ultimato.com.br/sites/timcarriker/2016/11/06/o-desenvolvimento-da-nossa-vocacao-part-1/

November 26, 2016

Ser integral

José do Egito tinha consciência da sua vocação

José, bisneto de Abraão, neto de Isaque e filho de Jacó, viveu no Egito por volta de 1.900 antes de Cristo, desde os 17 até os 120 anos, quando morreu. A essa altura as famosas pirâmides do Egito já haviam sido construídas, inclusive a Grande Pirâmide (com mais de 2 milhões de blocos de pedra que pesam em média mais de duas toneladas cada um).
Antes de ser filho de Jacó e Raquel, José era filho da oração. Está escrito que Deus se lembrou de sua mãe e “ouviu a sua oração e fez com que ela pudesse ter filhos”. Então Raquel engravidou, deu à luz a José e mostrou-se agradecida ao dizer: “Deus não deixou que eu continuasse envergonhada por não ter filhos” (Gn 30. 22-23). 

O que mais tem chamado a atenção dos leitores da Bíblia quanto à história de José são a túnica talar, a inveja de seus irmãos, a venda de José para os ismaelitas, as investidas sexuais da mulher de Potifar, o sucesso de José na casa de Potifar, no cárcere e na governança do Egito, tanto no período das vacas gordas quanto no período das vacas magras, e a generosidade de José com o pai e os irmãos.  Pouco se sabe e pouco se divulga o seu comprometimento com a missão integral e seu ministério no exercício da profissão. Num país acentuadamente religioso onde as divindades eram representadas por animais (como touro, crocodilo, falcão, carneiro e chacal) ou por estátuas com uma parte humana e outra parte animal, dar testemunho de um Deus uno e invisível exigia muita firmeza e muita paixão.

É o que José fez pela vida e pela palavra

Diante do comandante da guarda, diante da mulher de Potifar, diante do chefe dos copeiros e do chefe dos padeiros da corte, diante de Faraó e de seus ministros, diante de todo o povo egípcio e de outros povos (nações do mundo inteiro iam comprar grãos das mãos de José) e diante de sua família. 

Poucas pessoas tiveram um ministério tão abrangente e variado como o de José, e ele mesmo não poderia supor, na sua juventude, que viria a desempenhar esse papel. Por algum tempo, o Egito foi o celeiro do mundo e quem tinha a chave do celeiro era José. Além de ter honrado o nome do Senhor em todas as fases de sua vida no Egito, José foi um profissional contextualizado, pois adotou um nome egípcio (Zafenate-Paneia) e falava a língua do país (Gn 41.45; 42.23). Por saber lidar com qualquer situação, favorável ou desfavorável, ele se parecia muito com Paulo (Fp 4.12). José foi amado e odiado, humilhado e exaltado, caluniado e abençoado.

Na vida de José, a “missio Dei” (missão de Deus) estava em cumprimento. 

Deus o usou “de um modo maravilhoso” tanto para salvar a vida do povo eleito (Gn 45.7) como para “salvar a vida de muita gente” (Gn 50.20). Enquanto o ministério de Moisés, 430 anos depois (Êx 12.40-41), foi tirar o povo de Israel do Egito, o de José foi trazer os patriarcas para o Egito, ambos os acontecimentos dentro dos planos de Deus.  A história de José e a história de Jesus têm muito em comum. Ambos foram vendidos por pessoas muito chegadas, começaram seus ministérios com 30 anos de idade e tiveram seus momentos de muito choro.

José era resiliente

Resiliência é uma definição emprestada da física (propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original depois de sofrer pressão) para descrever pessoas resistentes, que têm capacidade de lidar com seus próprios problemas, vencer obstáculos, não ceder à pressão, se reerguer. José é um bom exemplo de resiliência!
 


Quem foi tão teimosamente próximo de Deus como José? Quem foi tão teimosamente abençoado por Deus como José? Quem foi tão teimosamente posto em evidência como José? Quem foi tão teimosamente tentado a ir para a cama com uma mulher casada como José? Quem testemunhou de Deus tão teimosamente como José? 

Tão teimosamente próximo de Deus
Quem concluiu que José era uma pessoa próxima de Deus foi seu próprio pai pouco antes de morrer. Quando chegou a vez de abençoar o seu décimo primeiro filho, Jacó exclamou: “José é como uma planta perto de uma fonte; ela dá muita fruta e seus galhos sobem pelo muro”. Essa fonte não é uma miserável poça d’água, uma lagoa qualquer, um rio qualquer, mas o Senhor, “o manancial de águas vivas” (Jr 2.13, ARA) ou “a própria fonte de água viva” (versão King James).

A vida de José não era um torrão seco, mas uma alma sem sede, sem fome, sem solidão, sem marasmo. Foi a força do Poderoso de Jacó e da Rocha de Israel que deixou seu arco teimosamente firme e seus braços teimosamente fortes (Gn 49.24).

Se Deus estava sempre com José era porque José estava sempre com Deus

De fato, ele era “como árvores que crescem na beira de um riacho, que dão frutas no tempo certo, e as suas folhas não murcham”. Tudo que pessoas assim fazem dá certo, como é o caso de José (Sl 1.3). Só para confirmar: José era “como a árvore plantada perto da água, que espalha suas raízes até o ribeirão”. Por isso, “quando vem o calor [os imprevistos, a maldade humana], ela não tem medo, pois as suas folhas ficam sempre [teimosamente] verdes” (Jr 17.8). 

Tão teimosamente abençoado por Deus

A bênção do Senhor existe. 


A vida com a bênção de Deus é diferente da vida sem a bênção de Deus

Ela faz uma falta enorme. Ela não substitui a ação, não toma o lugar do suor e das lágrimas. É algo a mais, é um acréscimo misterioso. É como o óleo que lubrifica a máquina. 

Os Provérbios afirmam que “a bênção do Senhor traz prosperidade e nenhum esforço pode substituí-la” (10.22). Em outras versões, diz-se que “a bênção do Senhor é a base da verdadeira riqueza” (NBV), ou “a bênção do Eterno torna rica a vida” (AM). 

Há pessoas que estão bem por dentro da bênção da bênção, como o próprio Jacó, pai de José, que agarrou a Deus em Peniel e lhe disse resoluto: “Não te deixarei ir, a não ser que me abençoes” (Gn 32.26, NVI). 

Pois bem, José foi um jovem teimosamente abençoado por Deus. Potifar percebeu que Deus abençoava seu escravo em tudo o que ele fazia e que, por causa de José, Deus abençoava tudo o que era seu tanto em casa como no campo (Gn 39.2-3). Quando José foi para a prisão, a bênção do Senhor sobre ele era tão visível e notória que ele caiu na simpatia do carcereiro (Gn 39.21-23). 

Tão teimosamente posto em evidência

Por causa dos caminhos e da plena soberania de Deus, o jovem José era continuamente posto em evidência.


Jacó fez de José, o último dos onze filhos homens, o mais amado de todos. Essa preferência não era discreta. O pai fez questão de dar só a ele uma túnica de diversas cores e de mangas compridas (Gn 37.3). José estava vestido com essa roupa quando foi jogado por seus irmãos dentro de um poço vazio e seco. Jacó teve o desprazer de ver a peça suja de sangue, como sinal de que o rapaz havia sido despedaçado por um animal selvagem, o que não correspondia à verdade (Gn 37.23-33). O chefe da guarda de Faraó colocou-o acima de todos os outros escravos e empregados, fazendo dele o seu ajudante particular e administrador de todos os seus bens, embora o agraciado fosse muito jovem e um estrangeiro (Gn 39.1-6).O carcereiro fez de José o responsável por todo o complexo penitenciário, mesmo estando ele sob a acusação de um crime grave (tentativa de abuso sexual) envolvendo uma das primeiras-damas do Egito, a esposa do chefe da guarda de Faraó (Gn 39.21-23).

José era um estrangeiro no Egito. Tinha outra cultura, outra língua, outro Deus, outra religião e outros costumes. Além de forasteiro, era um ex-escravo e um ex-preso, solteiro e muito jovem. Apesar de tudo isso, para enfrentar os problemas do poderoso Egito, Faraó fez dele a segunda maior autoridade do país, com total liberdade de ação em qualquer área (Gn 41.37-57).

A história completa de José e a do povo de Israel no Egito mostram que, no final das contas, quem teimosamente colocava José em evidência era o próprio Deus, tendo em vista os seus propósitos imediatos e futuros.

Tão teimosamente resistente à tentação

A mulher de Potifar via José andando para lá e para cá em sua casa. Além de jovem, ele era de belo porte e bonito de rosto. Com o passar do tempo, ela começou a olhar para ele de modo diferente. Certo dia, ela encontrou-se com José e sem mais nem menos convidou-o: “Venha, vamos para a cama” (Gn 39.7). José recusou.


Embora não tivesse dado à mulher de Potifar a menor esperança de voltar atrás e embora desse quantas voltas fossem necessárias para não se encontrar com a mulher, “todos os dias ela insistia que ele fosse para a cama com ela”. E todos os dias José dizia não. Mesmo assim, ela continuava a atazanar o pobre rapaz. Certo dia as circunstâncias foram mais favoráveis a ela do que a ele. Potifar não estava em casa e nenhum dos muitos empregados estava por perto. Quando José entrou na casa, ela o agarrou pela capa e repetiu o velho convite: “Venha, vamos para a cama”. Para escapar mais uma vez, o jovem hebreu correu para fora sem se preocupar com a capa, que ficou nas mãos dela.Provavelmente José foi tentado a não perdoar seus irmãos e a ter uma vida de amargura diante de tantas injustiças contra ele. Certamente foi tentado à corrupção, a beneficiar-se de sua posição – próprio de quem administra tantos recursos e tem tanto poder –, mas não o fez. É possível que também tenha sido tentado, como descreve Jó, a “orgulhar-se de ter muitas riquezas”, a colocar sua confiança no ouro, ou a adorar o “sol e a lua” (Jó 31.24-28).

Tão teimosamente testemunha de Deus

O testemunho de José é fabuloso. Ele nunca se esqueceu de Deus, nunca chamou a atenção para ele, nunca roubou para si a glória de Deus.


Desde que José entra em cena no capítulo 37 até sua morte no último capítulo de Gênesis, o penúltimo filho de Jacó cita dezoito vezes o nome de Deus, sempre com muita reverência, muita convicção e muito acerto.

José explicou à mulher de Potifar que não se deitaria com ela para não pecar contra Deus (Gn 39.9).

José afirmou ao copeiro-mor e ao padeiro-mor que “é Deus quem dá à gente a capacidade de explicar sonhos” (Gn 40.8).

José declarou a Faraó que a interpretação de seus sonhos não dependia dele, pois “é Deus quem vai dar uma resposta para o bem do senhor, ó rei”. (Gn 41.16).

Ao nascer seu primeiro filho, José pôs nele o nome de Manassés e esclareceu: “Deus me fez esquecer todos os meus sofrimentos” (Gn 41.51). 

Quando nasceu Efraim, o filho seguinte, ele voltou a se lembrar de Deus e tornou a esclarecer: “Deus me fez próspero na terra dos meus sofrimentos” (Gn 41.52, KJ).

Quando José se encontrou com seus irmãos pela primeira vez, ele lhes disse: “Eu sou uma pessoa que teme a Deus” (Gn 42.18). 

No segundo encontro, ele se revelou a eles e retirou deles qualquer medo de vingança e mencionou o nome de Deus quatro vezes: “Deus me enviou na frente de vocês” (Gn 45.5), “Deus me enviou na frente de vocês a fim de que ele, de um modo maravilhoso, salvasse a vida de vocês” (Gn 45.7), “não foram vocês que me mandaram para cá, mas foi Deus” (Gn 45.8) e “Deus me fez governador do Egito”.

Quando o velho Jacó chegou ao Egito e conheceu os dois netos, José explicou que eles eram filhos que Deus lhe dera. 

E, depois da morte de Jacó, quando seus irmãos ficaram outra vez com medo de José se vingar deles, José os acalmou com estas palavras: “Não tenham medo; eu não posso me colocar no lugar de Deus” e “É verdade que vocês planejaram aquela maldade contra mim, mas Deus mudou o mal em bem” (Gn 50.20).

Deus levantou esse jovem e o vocacionou a um propósito missionário. 


Deus se serviu dele como um colaborador em sua missão: a de ser glorificado por todos os povos da terra.
Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/355/jose-do-egito-tinha-consciencia-de-sua-vocacao

November 25, 2016

Eu te perdoo

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Pode voar

- Ruth Manus

Bem ou mal, decidi te perdoar
decidi abrir as portas
ir varrendo as folhas mortas
desentupir a minha aorta
e livrar este lugar.
Pode ir, pode ir tranquilo
já enterrei essas mentiras,
já acalmei a minha ira
e eu já sei que a terra gira
mesmo se eu quiser parar.
Não quero justificativas
nem respostas assertivas
(me dizendo que lamenta,
que um dia a mágoa assenta,
e que qualquer hora dessas,
eu aprendo a aceitar).
Não diga nada
pois tantos danos consumados
já ficaram no passado
e estou dando passos largos
pra poder cicatrizar.
Eu quero ver você voando
usufruindo do desmando
libertando as suas ânsias
para aumentar essa distância
até a última instância
pra qual eu possa te afastar.
Siga em frente
não olhe para trás
ainda que você se arrependa
o passado não está à venda
para alterar suas legendas
em cada uma das cenas
que você queria apagar.
Siga em frente,
eu te dou essa anistia
assino a sua alforria
por ato de sua autoria
que eu já parei de questionar.
Voe, voe sim
procure uma nova casa
e bata suas asas,
cada vez mais forte,
rumo a um outro norte
para comemorarmos a morte
dessa mágoa, enfim.
Voe perdoado
voe libertado
voe todo dia,
tranquilamente,
cada vez
para mais longe
de mim.

Fonte: http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ruth-manus/eu-te-perdoo/

PS- Trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=13WAhlE02ew
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November 24, 2016

Thanksgiving (ou 1.001 motivos para agradecer ; )

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Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!
 Rm 11: 36

Uma das atitudes mais perigosas é adorar a Deus.

A Bíblia começa com um culto de adoração seguido de assassinato (Gn 4) e termina com outro culto que acaba em julgamento (Ap 19).

Mas a verdade é que fomos criados para glorificar a Deus.

Novos tempos, velhos costumes

Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Rm 12: 1-2

Na última quinta do mês de novembro, famílias e amigos se reúnem para comemorar o Dia de Ações de Graças (e no dia seguinte acontece a Black Friday, onde as pessoas gastam a primeira parcela do 13º salário)...

Na antiguidade (Ex 34: 26, Lv 23: 10-17, Nm 28:26, Dt 16:17), esta comemoração acontecia 50 dias após a Páscoa e coincidia com o período da colheita onde as primícias, os primeiros frutos da terra, eram ofertados ao Senhor.

E as nossas primícias, são oferecidas para quem?

O presente que Deus quer

Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.
 Mc 12: 30

A Bíblia está repleta de exemplos de adoração e gratidão.



Porque Deus não olha para a aparência (1 Sm 16: 7) e sim para o nosso coração; e procura aqueles O adoram em espírito e verdade (Jo 4: 23-24).

O presente que Deus não quer

Marcos 10

17 E, pondo-se Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e, ajoelhando-se, perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
18 Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus.
19 Sabes os mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás ninguém, honra a teu pai e tua mãe.
20 Então, ele respondeu: Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude.
21 E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me.
22 Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades.

O maior presente do mundo

Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.
 João 3: 16

Reflexão:

1) Gratidão: faça uma retrospectiva da sua vida em 2016 e pense nas 10 mil razões que você tem para agradecer (Sl 126: 3; Lm 3:21-25)
2)  Consagração: partindo do pressuposto que as Escrituras falam em primícias, pense no que você gostaria de consagrar em 2017 ao Senhor Jesus (Tg 1: 18). 

Termine com uma oração.
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November 23, 2016

O preço da paz (ou o custo de fazer o que é certo)

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“… Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; …; e José trazia uma má fama deles a seu pai.” (Gênesis 37:2)
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- Luis Antonio Luize
Hoje nossa sociedade tem prestado um verdadeiro culto à felicidade e para isso procura isolar as tristezas ao invés de resolvê-las.
O fato de José levar as questões dos irmãos ao seu pai demonstrava seu amor por eles, ao contrário do que possa parecer.
Mas quando temos um senso distorcido do certo e do errado, não compreendemos o que se passa. Foi assim com Deus Pai que enviou Jesus para nos dar vida abundante chamando-nos ao arrependimento. O convite de amor foi não foi entendido, culminando com a morte do Salvador e a completa redenção aos que creem.
O arrependimento é o primeiro passo para podermos iniciar uma vida de paz verdadeira.
Entretanto, nossa cultura atual prefere não interferir na vida dos outros. Devemos nos relacionar bem e sermos bonzinhos, não quero dizer educados e gentis, mas não questionar os atos de injustiça do nosso próximo.
E numa sociedade em que há um culto à felicidade e que nas redes sociais só se mostra o que é bom, gerando ciúmes e inveja nos mais próximos. Por isso enviamos longe todo sofrimento e tristeza e queremos viver na mesma falsa paz e alegria.
Olha, não é problema ter momentos de tristeza na vida. São esses momentos que irão preparar e dar significado aos momentos de alegria seguintes. Digo isso pelo seguinte, o momento de tristeza é quando algo nos ocorre ou que praticamos e não gostamos.
Isto deve ser fruto de decisões, atos ou pensamentos errados que nos levaram a agir diferente do que era o melhor para nós. Pode ser um momento de doença também. Isto tudo gera tristeza.
Nas situações assim, alguns rejeitam a tristeza e enviam para longe o problema, se possível.
  • É por isso que os asilos de idosos estão cheios.
  • É por isso que o corrupto pede a prisão do juiz que o julga.
  • É por isso que os doentes ficam restritos aos hospitais e não se fala do assunto.
  • É por isso que cônjuges deixam seu(ua) companheiro(a).
  • É por isso que os filhos de Jacó venderam José.
  • É por isso que você foge dessas situações ao invés de enfrentá-las e dar novo significado à sua vida e à vida dos que estão perto de você.
Não podemos deixar de examinar o outro lado desta situação, ou seja, olhar pelo ponto de vista de José e dos demais excluídos nestas situações.
A estas pessoas são imputados os erros do outro, de forma que aqueles possam se sentir mais felizes por não sentirem culpa após jogá-la no outro.
Conheço pessoas que foram enviadas para fora de casa num relacionamento conjugal e carregam a culpa do erro quando na verdade foi a outra parte que errou e jogou a culpa sobre este. São enviados a hospitais e asilos para ficarem internados e longe daqueles que perderam o amor. São massacrados por expor a verdade e pedir justiça.
Muitos injustiçados passam a se sentir culpados e infelizes.
Recuse-se a carregar a culpa dos outros, pare de pagar pelo pecado alheio e por ser sal e luz neste mundo!
Reconheça o pecado que o outro cometeu e confesse o seu erro. Peça perdão a Deus e perdoe-se também. Restaure seu relacionamento com Deus e realinhe sua vida aos princípios da Palavra de Deus.
Paz não é sinônimo de passividade. Deus ordena que amemos nossos inimigos e não que sejamos cúmplices deles.
O lema da “paz a qualquer preço” é diabólico e não divino.
PARA EXERCITAR
  • Em que situações tenho procurado a paz a qualquer preço?
  • O que me foi imputado como erro indevidamente e preciso perdoar?
“Pai celestial, quero pedir perdão por todos os meus atos de injustiça e por ter imputado meus erros a outros em busca da minha felicidade e por falta de arrependimento. Também quero perdoar a quem assim agiu comigo e perdoar a mim mesmo por ter carregado os pecados alheios. Restaura meu relacionamento contigo e mostra-me o caminho da paz verdadeira que somente Cristo pode nos conceder. Amém!“
Fonte: http://www.ichtus.com.br/dev/2016/11/20/paz-a-qualquer-preco-a-mudanca-comeca-em-mim/#.WD7AfdQrJkh