February 17, 2017

Quero trazer à memória aquilo que me dá esperança

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Não quero me esquecer de tudo que devo lembrar

- Elben Cesar


É verdade. A partir de hoje vou me lembrar de tudo de bom que penetrou em minha memória, tanto pela visão e audição quanto pela consciência.

Vou me lembrar daquele que me criou, meu mais remoto ponto de partida, pois me fez para ele e meu coração não descansa enquanto não repouso nele. Quero me lembrar de Deus antes de descobrir que tudo é um eterno correr atrás do vento, antes que o processo inescapável da decadência física tome conta de mim, antes que o corpo volte ao pó da terra, de onde tudo veio, e o espírito volte a Deus, que o deu.

Vou me lembrar das minhas obrigações morais, dos Dez Mandamentos, das bem-aventuranças, do paradigma que Deus coloca diante de mim, do processo contínuo da santificação.

Vou me lembrar de Jesus morto e ressuscitado, que tomou sobre si meu pecado, que removeu minha culpa e minha mancha, que me reconduziu ao Pai e que ainda é o meu defensor diante de Deus.

Vou me lembrar das promessas de Deus: a segunda vinda de Jesus, a ressurreição, o novo corpo, o juízo final e o novo céu e a nova terra.

Vou me lembrar de agradecer a Deus pela vida, pela saúde, por aquele toque misterioso do Espírito que abriu os meus olhos e me fez enxergar minha miserabilidade e a misericórdia de Deus. Vou contar e agradecer as bênçãos recebidas da divina mão e de mãos humanas.

Vou me lembrar dos meus pais e dos meus irmãos, do meu cônjuge, dos meus filhos, dos meus amigos e da família da fé. Assim nunca me esquecerei de que sou casado, sou filho e sou pai.

Vou me lembrar dos outros, dos que precisam do pão de cada dia, de trabalho, saúde, paz e salvação. Graças a essas lembranças, deixarei de lembrar-me apenas de mim, como se eu fosse o único ser vivente.
Que Deus me ajude a permanecer nesse mar de lembranças saudáveis, de hoje em diante!

Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/333/nao-quero-me-esquecer-de-tudo-que-devo-lembrar

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=VBG0d0Xs4c8

February 16, 2017

Aprendendo a ser grato

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- Jeverton Magrão Ledo

A criança que descansa embalada nos braços calorosos do pai, o sorriso largo que rompe com a timidez de outrora, a rosa que perfuma o jardim, a vida que se encontra no madeiro vazio e nos enche de esperança e gratidão.
Sim, eu sou, e sei que você é…
O agradecer permeia a jornada daquele que um dia estava só e foi confortado, do perdido que não apenas encontrou a luz no fim do túnel, mas acima de tudo se viu rompendo em um novo começo.
Está com o andarilho que perambulava sem rumo, e encontrou pouso e pousada, fincando os pés em chão firme. Quantos motivos temos para lançar na folha em branco um largo e grande “Sim, eu sou grato!!” O coração tocado e transformado em amor sempre terá espaço para agradecer.
Ao escrever, me vem à lembrança a eterna gratidão ao meu velho e saudoso papai, que com sua enorme paciência me ensinou o real valor do viver. Lembro-me de sua alegria ao me ver ficar em pé em minha velha prancha de madeira pela primeira vez. Houveram tantas outras vezes, e a alegria era sempre a mesma.
A gratidão percorre um caminho de mão dupla. Hoje vida que ajuda, consola, inspira, ensina, repreende. No amanhã, outro lado de uma mesma moeda.
Gratidão é um aprendizado? Essa pergunta é respondida no interno de cada um de nós, mas a resposta deve ser em todo tempo sempre a mesma. Agradecer é uma atitude que enche nosso viver de significado e significância.
No mais, olhe ao redor, perceba os pequenos detalhes frente a uma agitada e descontrolada corrida, que na maioria das vezes tira o foco do que realmente vale a pena.
Ser grato é ser capaz de, diante de dias não tão bons, entender que tudo nos traz aprendizado e crescimento.
E assim a vida é, como o rio que segue seu curso e desemboca em um oceano de novos desafios. 

Deixe o amanhecer chegar no romper de mais um dia, e seja grato pelo dia de hoje.
Fonte: http://ultimato.com.br/sites/jovem/2017/02/13/o-aprendizado-de-ser-grato/

February 15, 2017

Fracasso para o mundo, sucesso para Deus

- Bruna Perrela Brito
Instrução básica: Mateus 5.3-12
Roteiro da semanaDomingo: Gl 5.22-24
Segunda: Mt 26.31-35
Terça: Mt 26.69-75
Quarta: 1Pe 3.13-17
Quinta: 1Jo 2.15-17
Sexta: 1Jo 3.7-10
Sábado: 1Jo 4.7-12

Mente e coração

“Aquele que pratica o bem procede de Deus; aquele que pratica o mal jamais viu a Deus.” 3 João 11
Deus conhece aqueles a quem chamou e sabe o que esperar de cada um. Assumir a fragilidade e ter senso de fracasso permite crescimento, mostrando sinceridade e discernimento.

Partida

Que utilidade posso ter para Deus?

Você já se pegou pensando nisso? Já se sentiu incapaz de realmente fazer diferença no reino de Deus? Quando surgem esses tipos de pensamento, é bom lembrar de Pedro, quando negou Jesus três vezes… e sentiu-se um fracasso por causa disso. Contudo se arrependeu, foi restaurado e usado por Deus para a sua obra. O Senhor perdoa os fracassos do passado e nos capacita para começar de novo.
Leia Mateus 26.31-35,69-75.

Sucesso para o mundo (mas fracasso para Deus)

O mundo tem os seus padrões de sucesso e, para atingi-los, em geral é necessário determinado conjunto de características. No mundo, normalmente (mas não exclusivamente) alcança sucesso quem é autoconfiante e agressivo, saindo sempre por cima nos conflitos, destruindo a reputação do oponente e fazendo o que for preciso para ganhar. Já ouviu a frase “os fins justificam os meios”? Bem, muita gente pensa assim quando se trata de alcançar sucesso.
Isso não quer dizer que você não pode querer ser um sucesso no mundo. Mas este sucesso deve ser conseguido dentro dos padrões de Deus, ou seja:
  • Sem mentira;
  • Sem bajulação;
  • Sem fofoca;
  • Sem violência verbal;
  • Sem agressividade;
  • Sem falsidade;
  • Sem abrir mão da família, da igreja e de Deus.

Sucesso para Deus (mas fracasso para o mundo)

O evangelho estabelece um estilo de vida muito diferente. Grande ênfase é dada à compaixão pelos outros e o cuidado com eles, especialmente com os fracos. O amor desinteressado e verdadeiro deve ser o que define um cristão.
O evangelho desafia os valores do mundo. Quer um exemplo melhor de falta de sucesso aos olhos do mundo do que Jesus? Ele era o Filho de Deus, mas não tinha sua própria casa, propriedade, servos ou dinheiro. Dependia dos outros. Andava com doentes e rejeitados. E morreu em uma cruz, sendo este o ápice de sua vida terrena. Jesus deixou uma lista de características que os cristãos devem ter. Podemos aplicá-las em nossa vida na busca do sucesso.
O caráter cristão para o sucesso do reino:
Leia a instrução básica.
As bem-aventuranças descrevem o caráter equilibrado do povo cristão. São nove qualidades que todos os cristãos precisam ter e desenvolver em suas vidas, aplicando-as no dia a dia. Esse é o padrão de Deus para o cristão. Qualquer sucesso de um cristão no mundo não pode desviar-se desses preceitos ou deturpar o caráter que Jesus estabeleceu como modelo.

Pit stop

Você já pensou que conseguiria lidar com as pressões de determinadas situações relacionadas ao trabalho de Deus ou ser um cristão no mundo e, depois, descobriu que não era capaz? E sentiu que desapontou o Senhor? Pense nisso à luz do exemplo de Pedro.

Chegada

Não fique ansioso caso se sinta fraco ou despreparado como cristão. O problema real começa se você pensa que é um sucesso ou que não precisa de Deus, ou se quer ser um sucesso nos moldes do mundo, dentro e fora da igreja. Se formos sinceros, perceberemos que, quanto à vida cristã, somos todos fracassados. Por isso é tão maravilhoso saber que Deus nos ama, nos perdoa e que é capaz de agir por meio de nós, apesar de nossas falhas.

Bíblia e família

Neste tópico, na lição passada, você identificou, com a sua família, os dons. Nesta semana, você deve pensar em um modo de colocar os dons em prática na igreja. Converse com seus pais e amigos a respeito e leve, para a próxima aula, pelo menos uma ideia para colocar o dom em prática.

Fonte: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/fracasso-para-o-mundo-sucesso-para-deus/

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=3Sv_876eqxg

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February 13, 2017

Esperança do novo ou medo do fim?

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Estamos mesmo nos últimos tempos?

- Ricardo Wesley

Não sei se pelos tempos sombrios em que vivemos, se pelo medo quanto ao futuro, ou se pelas incertezas, violência e desesperança, mas o fato é que ultimamente tenho com frequência ouvido expressões como essa: “estamos mesmo nos últimos tempos” ou ainda a clássica “faremos isso ou aquilo, se Jesus não voltar antes”. 

Costumo responder em silêncio, uma vez que não gosto de colocar data e hora naquilo que nem Jesus dizia conhecer. Ainda assim, confesso que tenho certo prazer no tema, em ler, meditar e até mesmo falar dessa tal esperança futura.

Não faz muito tempo, logo cedo, naquela quarta-feira que anunciava ao mundo que Trump fora eleito presidente dos EUA, causando surpresa ou temor em tantos, recordo haver pensado: “Será difícil explicar na igreja, nesse domingo, que o tema do sermão, relacionado ao ‘fim do mundo’, ao ‘fim dos tempos’, já havia sido escolhido muito antes de sequer imaginar que isso aconteceria.”

Reconheço que havia muito que não pregava sobre o tema. Para mim não era um tema intencionalmente relacionado ao que acontecia naquela semana. De todo modo, já que uma certa onda de medo e histeria parecia haver tomado conta de muitos, pensei que talvez nem fosse tão má ideia assim pregar sobre a nossa expectativa do dia do Senhor.

Daí, lembrei-me de um episódio que nos conta Chris Wright, que foi meu professor e de minha esposa na Inglaterra, nos anos 90. Ele relata uma interessante história de que estava em um avião, junto com John Stott, quando esse já tinha mais de 80 anos. Depois que o avião aterrissou, e como o avião taxiava lentamente, o comissário de bordo pediu que eles ficassem sentados, já que o avião não havia ainda chegado ao seu “destino final”. Como essa expressão, “destino final”, o lembrou muito da morte, ele disse algo como: “Ufa, que alívio!”. Daí ele olhou para o Stott e ficou sem graça, porque talvez a atitude de seu companheiro de viagem fosse diferente, ou porque ele mesmo imaginasse que seria melhor ter dito algo assim: “Puxa, que pena!”.


Enquanto aguardamos, Nárnia nos ensina a enfrentar a realidade

Foi por esses dias também que reli um trecho das sempre interessantes “Crônicas de Nárnia”, de C. S. Lewis. Nelas, aclaro para quem não as conhece, Nárnia é como que um universo paralelo, uma representação do Reino de Deus, tanto da criação no passado como também da realidade futura que ainda virá (a “terra de Aslam”), sendo que Aslam, o grande leão, é uma figura que representa a Cristo.

Logo no começo de um dos sete livros das crônicas de Nárnia (o quinto, A Viagem do Peregrino da Alvorada), vemos que duas crianças, Edmundo e Lúcia, conversavam sobre seu país secreto sempre que tinham oportunidade:

"A nossa história começa numa tarde em que Edmundo e Lúcia aproveitavam juntos alguns minutos preciosos. Como é óbvio, falavam de Nárnia, nome do país secreto deles. Acho que todos nós temos um país secreto, que, para a maioria, é apenas um país imaginário. Edmundo e Lúcia eram bem mais felizes: o seu país secreto era real. (...) E lá tinham recebido uma promessa, ou algo muito próximo disso, de que voltariam algum dia.”

Essa esperança e expectativa, mas também poderíamos dizer essa realidade, era algo que inundava suas vidas no presente. Nesse sentido, em lugar de funcionar como uma fuga, a atitude de aguardar com uma expectativa cheia de esperança o que ainda virá (os novos céus e a nova terra) seria uma excelente postura para, com mais leveza, mesclada com determinação e perseverança, enfrentar os desafios do tempo presente.


Você espera um “céu” entediante ou com tudo que há de belo na cultura humana?

Talvez uma pergunta válida então seja por que não falamos mais dessa realidade futura que ainda virá. Seria por medo? Ou por falta de fé? Ou ainda seria que nos sentimos aplastados, oprimidos pelo passado ou pelos desafios do presente, talvez pelos dois, passado e presente, sem conseguir sequer pensar no futuro? Talvez ainda por uma visão muito distorcida do que seria essa realidade futura (o "céu" como algo entediante, sem ação, sem criação, sem novas aventuras ou desafios?).

Suspeito que haja muito desse último ponto, uma visão distorcida, um "céu" sem a beleza da criação, sem a força da responsabilidade criativa que Deus nos deu, um platô sem muito mais o que esperar dali. Talvez precisemos redescobrir esse aspecto da escatologia que nos ensina que tudo o que há de belo e precioso em todas as culturas humanas ao longo da história estará ali, ainda que possivelmente em uma incompreensível nova dimensão do tempo e do espaço, esperando nossa intervenção criativa para seu contínuo e inimaginável desenvolvimento1.

Ao final, entendi que falar desse tema, em como nos preparamos para esse encontro futuro com Jesus, pode sim ser uma tarefa tão necessária quanto emocionante. Como então ficou o sermão naquela fatídica semana da vitória do Trump? Desenvolver o tema em mais detalhes demandaria outro possível futuro artigo, claro que se Jesus não voltar antes (sem ironias). 

O que posso lhes dizer agora foi que segui essa não muito criativa, mas clássica, estrutura dos três pontos: primeiro, estar prontos e alertas, quando buscar o bem é sempre melhor do que se entregar ao mal; segundo, aprender a apreciar e anelar o que ainda virá, numa esperança que nos inspira e nos alimenta no presente; terceiro, a tarefa de produzir frutos em uma espera ativa e responsável no mundo de hoje

Não há desânimo com topete alaranjado que resista a esse tipo de expectativa e atitude.

Nota:
1. Os três capítulos da parte 4 do livro “O Deus que eu não entendo”, de Chris Wright, são excelente material sobre esse tema.


Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/escatologia-esperanca-do-novo-ou-medo-do-fim

February 12, 2017

A teologia da gratidão

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- Elben César

Os cristãos são ensinados a pedir: “Peçam, e lhes será dado” (Mt 7.7). Também são ensinados a agradecer: “Deem graças em todas as circunstâncias” (1Ts 5.18).

Não há como negar: a falta de gratidão é falta de educação. Além disso, a gratidão tem um enorme valor terapêutico. O cristão que cultiva o hábito de agradecer a Deus é uma pessoa mais saudável, mais disposta, mais dinâmica e mais aceita. A gratidão leva ao louvor e pode transformar prosa em verso.

Uma multidão de mal-agradecidos

É preciso falar sem rodeios: falta de gratidão é falta de educação. Antes de ensinar aos filhos a dizer “muito obrigado”, os pais precisam aprender a dizer “muito obrigado” a Deus.

É muito conhecida a história dos dez leprosos que foram curados por Jesus numa de suas viagens da Galileia para a Judeia. Eles não obtiveram a cura no momento nem no local em que se encontraram com o Senhor, mas na caminhada ao encontro dos sacerdotes, de acordo com a orientação dada por Jesus. 

Depois de curados, só um deles, que era samaritano, voltou e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus para agradecer. Então, Jesus fez três perguntas de imediato aos que estavam ao seu redor: “Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro?” (Lc 17.17-18).


Espírito de gratidão

A Bíblia manda pedir e manda agradecer. Não apenas pedir, mas também agradecer. “Sede agradecidos” – ordena enfaticamente o apóstolo Paulo (Cl 3.15). A expressão “Rendei graças ao Senhor”, que são as primeiras palavras de cinco Salmos (105, 106, 107, 118, 136), aparece inúmeras vezes nesse livro poético. Até o esquisito Jonas fala em agradecimento quando menciona a sua necessidade de Deus para livrá-lo do ventre do peixe (Jn 2.9). 

O espírito de gratidão de Paulo é impressionante. O apóstolo está sempre dando graças. Logo no início de onze de suas treze epístolas, Paulo registra que dá graças a Deus por suas manifestações na vida daqueles para quem escreve (Rm 1.8; 1Co 1.4; 2Co 2.14; Ef 1.16; Fp 1.3; Cl 1.3; 1Ts 1.2; 2Ts 1.3; 1Tm 1.12; 2Tm 1.3; Fm 4). 

Ele, que tanto ora pela igreja e pelos fiéis, se sente na obrigação de agradecer: “Devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor” (2Ts 2.13).

O valor terapêutico da gratidão

A gratidão é tão necessária ao espírito humano quanto à confissão de pecados e ao desabafo da alma perante o Senhor – não só no aspecto ético, mas também no aspecto emocional. Faz muito bem à mente enumerar e agradecer as bênçãos recebidas da divina mão. 

Esse exercício alegra, anima e fortalece a alma. Afasta o cristão de seus problemas reais ou imaginários e o aproxima de Deus. Abre os seus olhos para “a entranhável misericórdia de nosso Deus” (Lc 1.78) e fecha-os para a opressão do demônio. 

A gratidão profunda e contínua cura o pessimismo, o derrotismo e a fatalidade cega. O cristão que cultiva o hábito de agradecer a Deus pelo que ele é e pelo que ele faz dificilmente terá crises de desânimo. Não abrigará no coração a presença incômoda e doentia do queixume e da amargura. Será uma pessoa mais saudável, mais disposta, mais dinâmica e mais aceita por Deus.

Da prosa ao verso

Embora haja alguma diferença entre render graças e salmodiar, as duas expressões de culto se completam e andam juntas. 

Render graças é expressar gratidão; salmodiar é cantar ou recitar poemas em louvor a Deus. 

É preciso salmodiar (Sl 30.4; 47.6; 66.2) ou cantar com júbilo ao Senhor (Sl 9.11; 81.1; 98.1). Foi isso que Moisés fez logo após a passagem a seco pelo mar Vermelho (Êx 15.1-19). Foi isso que Ana fez logo após o nascimento de Samuel (1Sm 2.1-10). Foi isso que Débora fez logo após a vitória de Israel sobre Sísera (Jz 5.1-31). Foi isso que Davi e os filhos de Coré sempre fizeram para registrar a misericórdia divina (a maior parte dos Salmos). Foi isso que Ezequias fez logo após ter sido curado por Deus (Is 38.9-20). Foi isso que Maria, Zacarias e Simeão fizeram logo após o nascimento de Jesus (Lc 1.46-55, 67-69; 2.29-32). 

A gratidão leva ao louvor e pode transformar prosa em verso.

Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/teologia-da-gratidao-a-gratidao-cura-e-evita-doencas

February 11, 2017

A boca cheia de riso

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- Rubem Amorese

Se o louvor provém da mente, a adoração nasce da gratidão.Esta última parece ser um fenômeno composto de um sentimento que se apóia sobre um reconhecimento. Alguém nos fez um bem que não poderíamos fazer, nem obrigar outro a realizá-lo, nem pagar por ele. Também não poderíamos pagar por esse bem. Se pagamos, não existe favor (Rm 4.4). Portanto, quem fez isso por nós o fez graciosamente — de graça.

Esse sentimento tem matizes que variam do desdém à comoção, a partir da avaliação que fazemos do bem recebido, tendo em vista nossas necessidades (se não tínhamos consciência da necessidade, somos menos gratos). Varia com a possibilidade de realizá-lo nós mesmos e com a percepção das razões ou motivações pelas quais alguém nos agraciou. Sim, esse alguém pode nos ter feito um bem por obrigação (porque a mãe mandou), por dever de ofício (como o bombeiro que salva alguém de um incêndio), ou simplesmente por amor (uma vez que ninguém o obrigava nem constrangia).

Mas nem tudo é de fácil explicação. A gratidão também se origina em certa qualidade do nosso coração — uma misteriosa e instável capacidade ou disposição para agradecer. Nesse sentido, ela é resultante de um estado devocional da alma. E a devoção é um movimento de retribuição, de doação, de oferta. Esse estado emocional é tão poderoso que nos habilita a grandes transformações pessoais.

Algumas pessoas são prontas ao reconhecimento. Outras, nunca satisfeitas, dispõem-se mais à cobrança, crítica ou lamentação. Sofrem muito. Às vezes, sem saber disso.

Na sociedade de mercado em que vivemos a gratidão afetiva está em baixa, pois as relações comerciais são utilitárias e se recompensam com dinheiro, prestígio, serviços ou produtos de boa qualidade. Exigimos ISO-9000; o resto é considerado sentimentalismo.

Não sei por que existem essas diferenças pessoais. Mas imagino que uma das grandes dádivas do Espírito há de ser a graça da gratidão, a cobrir de flores aquele jardim que, a olhos humanos, parece tão árido.

Para Paulo, o mundo se divide entre aqueles que, diante do conhecimento de Deus, respondem com graças e aqueles que se permitem a contaminação do coração pelo ressentimento, restando-lhes o raciocínio queixoso e exigente (Rm 1.21).

Estou convencido de que a gratidão (ou não) a Deus revela o “nervo do dente” de um coração: fonte de águas, doces ou amargas, de nossa vida. Dali flui um rio emocional, capaz de contaminar todo o nosso ser, produzindo “morte” ou “mudança de sorte” e determinando os rumos de nossa existência.

Tal é a profundidade dessa fonte que torna-se difícil imaginar a adoração sem gratidão. Águas amargas podem até louvar, e com honestidade, pelo uso da razão. Mas a genuína adoração nasce de uma “boca cheia de riso”, contaminada pelo coração grato. Tenha ela o perfume das flores da alegria ou o aroma do incenso da dor, estará dizendo que tudo o que Ele é e faz é bom. 


Cheiro suave ao Senhor.

Peço a Deus a graça da gratidão para poder adorar com o salmista: “Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo... Com efeito, grandes cousas fez o Senhor por nós; por isso, estamos alegres.” (Sl 126.1-3).


Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/294/a-boca-cheia-de-riso

February 09, 2017

O surgimento da fé a partir da intimidade

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Abraão é o patriarca a quem Deus chama para deixar sua terra e toda sua parentela para ir a uma terra longínqua com uma promessa de ter uma família abençoada e abençoadora (Genesis 12:1-3).
Ele vivia inicialmente com seu pai (Terá) e seus dois irmãos (Naor e Harã) (Gen. 11:27) em meio aos caldeus, na cidade de Ur. A morte de Harã (Gen. 1:28) parece precipitar a saída de Terá de Ur, indo estabelecer-se em um local ao qual deram o nome do filho/ irmão falecido (Harã – Gen. 1:31).
Em uma noite de escuras emoções, Abraão ouve a voz de Deus que lhe pede para deixar sua família e ir para outra terra, onde seria abençoado e pai de uma imensa nação. A inquietante proposta incluía abandonar Sara? Afinal esta não lhe dava filhos (Gen. 11:30). Sara estava ali, deitada a seu lado, acariciando-lhe os pés e o toque de sua pele ampliava a agonia de sua decisão.
Por um lado tinha presente em sua mente a voz que lhe havia indicado sair do meio de sua família, por outro lado algo totalmente novo o inquietava em seu corpo de uma forma estranha, abandonar a família era também abandonar-se às carícias dessa mulher que naquele instante sequer podia ver seu rosto, apenas podia sentir sua pele.
As emoções daquele instante ficaram gravadas na pele de Abraão, que a partir de então não seria mais o mesmo. Se Deus os atraiu para esse caminho incerto, o mesmo Deus confirmaria a ele, na proximidade da mulher, uma presença contundente, que instaura em Abraão a masculinidade, terreno onde a promessa fundaria seu significante inicial.
Assim principia a história destes caminhantes errantes, que vagueiam pela terra em um pacto de fidelidade – modelo estruturador de toda fé. Sendo Sara estéril, Abraão tinha o aval cultural para descartar sua esposa e buscar outra mulher, mas no vínculo da fidelidade à uma só carne a fé vai se estruturando em um crescente, que se inicia com cambaleantes passos.
No Egito Abraão descobre o quanto Sara é deslumbrante como mulher – uma mulher na meia-idade ainda linda e desejável aos olhos do Faraó. Nesse evento passional inesperado surge um primeiro caos: tudo se mescla para Abraão. As diferenças entre o erótico e o medo, entre vocação e lembranças, entre a esposa e a parente (afinal Sara era também filha de Terá – Gen. 20:12). Nesse conflito surge o novo e a vida se manifesta como intimidade. Da mesma forma que Deus cria homem e mulher, ele também cria a intimidade.
Essa intimidade tem a origem em uma separação (deixar a família) em base da Palavra de Deus e que tem também como horizonte um filho e no horizonte longínquo O FILHO. A intimidade erótica, estruturada sobre a fidelidade, é protegida por anjos que, tal como com José e Maria, guardam a imaturidade dos medos (Gen. 18:1-2). Os anjos são também os significantes vivos que tornam real a promessa original da Palavra.
Por sua vez o desfrute é delimitado por uma espera e essa delimitação torna-se visível no tempo acumulado que se registra na própria pele.
Essa grande descoberta do invisível é a própria vida, que revela a intimidade, conduzindo a carícia e mantendo lúcida a consciência, na estreita proximidade com o fracasso: essa descoberta da intimidade será a fé! Esse novo fenômeno, originado na intimidade e gerado pelo desespero, que assegurará a Abraão o melhor lugar no rol dos personagens do Antigo Testamento.
A fé é a conquista que amadurece no esperar. Uma espera onde se aprende e suportar o desespero como momento complementário do prazer. A fé, por outro lado, é a saída da confusão que se produz quando um projeta no outro os conteúdos imaginários do desejo. Portanto a “anaformose” (processo no qual o rosto vai se transformando infinitamente) é a experiência necessária para produzir de maneira sonora a palavra “te amo”. Palavra que é a plenitude da vida e que surge sempre da fé, cujo pai é Abraão.
Fé que não se estabelece como um fato e sim como processo gradativo, titubeante num labirinto de equívocos – como Hagar (Gen. 16:4), e que precisa de muitas reafirmações: Gen. 12:1-3; Gen. 14:19; Gen. 15:1-6; Gen. 17:1-2; Gen.18:10. 

Fé que se reafirma como a “certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”.
Fonte: http://ultimato.com.br/sites/casamentoefamilia/2017/02/04/o-surgimento-da-fe-a-partir-do-dom-da-intimidade/

February 08, 2017

O que te torna grato?

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- Gabriele Greggersen

A gratidão pode ser uma atitude automática, que flui naturalmente. Ao sair do táxi, ao recebermos o cafezinho, quando alguém nos dá licença, temos oportunidade de agradecer e pessoas dotadas de espírito de gratidão não deixam passar essas ocasiões, enquanto outras se mostram desatentas ou apressadas demais para esses detalhes. 

Agradecemos por educação, porque fomos treinados para isso desde cedo; ou quando nos sentimos realmente inspirados para tanto. Há ocasiões em que simplesmente nos alegramos por algum bem feito a nós ou, em nível mais profundo, quando sentimos o dever de retribuição por esse bem feito a nós. Isso é ótimo.

Mas, por vezes ficamos bloqueados e a gratidão só vem a fórceps, principalmente quando as dificuldades parecem falar mais alto do que as coisas boas que nos acontecem. Então, tendemos a cair na lamentação e murmuração, ficamos de mau humor e caímos na autocomiseração e de tão cansados e calejados que ficaram os nossos joelhos achamos que Deus parou de ouvir a nossa oração.

Nessas horas, Deus costuma colocar ao nosso lado pessoas que estão sofrendo mais do que nós, para que aprendamos a sair de nosso emsimesmamento. E quando percebemos o quanto essas pessoas nos ajudam a agradecer, mesmo em meio a dificuldades, começamos a vislumbrar o sentido do nosso próprio sofrimento, uma vez que um dia poderemos ajudar a outros que sofrem menos do que nós. 

Compreende o ciclo virtuoso?

      “Reclamei de não ter sapatos até ver quem não tinha pés”

A gratidão nos aproxima da teoria da relatividade, pois tudo é uma questão de proporção. Há a frase que costumo recitar de não lembro quem, que dizia: “Reclamei de não ter sapatos até que vi quem não tinha pés”. É verdade, ficamos gratos quanto mais observamos a miséria dos outros. E, como disse, um dia poderemos deixar alguém grato por não estar passando a miséria que já passamos.

Mas será que a gratidão tem apenas essa dimensão relativa, negativa, de olhar para o que não se tem para se ficar grato pelo que se tem, ou será que ela também abarca uma dimensão positiva, proativa? Penso que sim, que ser grato não significa apenas olhar para quem tem menos do que eu, mas também para o potencial de bem que há nas coisas que nos rodeiam. Portanto, a gratidão engloba a capacidade de ver as coisas que ainda não aconteceram, que estão em potencial, o que é a definição de fé: Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem. (Hb 11.1).

Uma criança mimada facilmente se torna uma pessoa ingrata

E a gratidão muda a forma como você pede as coisas para Deus. Há duas formas de vir a Deus com um pedido de oração: como quem está pedindo uma esmola pelo amor de Deus, e como quem está esperando uma migalha cair da mesa do seu Senhor, porque sabe que a mesa do Senhor é farta. Veja: a diferença é sutil, mas libertadora. Quem pede esmola fica desesperado com os centavos e quer mais. Quem espera as migalhas, esperará contente porque sabe que a migalha faz parte de uma fartura que não tem tamanho e agradecerá por ela, mesmo antes de pô-la na boca.

Assim é a oração daquele que tem fé: não como de uma criança mimada que quer porque quer o novo brinquedo, mas como da criança que confia nos seus pais, de que eles terão o melhor para ela, mesmo que não seja aquele brinquedo exato que ela desejava, e que, ao pedir já está agradecendo a bênção que receberá, seja ela qual for.

                               C.S. Lewis e a gratidão

Então, a gratidão é, ao mesmo tempo, algo espontâneo e algo adquirido: espontâneo pela educação e pelo espírito de gratidão; e adquirido, pelo mesmo espirito de gratidão e pela disposição de agradecer mesmo quando não se está vendo o fruto da oração. C.S. Lewis defendia a ideia do “bom contágio”. De que, mesmo quando não estamos a fim de fazer alguma coisa pelas nossas emoções subjetivas, se o fizermos por uma decisão deliberada da nossa vontade, que pode parecer forçada de início, essa coisa se torna parte de nós e se afeiçoa à nossa face.

Nesse contexto, Lewis menciona aquele mito do rei que era tão feio que usava uma máscara para conversar com os seus súditos, que não suportavam olhar para ele. Com o tempo, o rei decidiu que era hora de ele assumir o seu verdadeiro rosto, pois já havia conquistado a simpatia do povo. E qual não foi a sua surpresa quando ele tirou a máscara: percebeu que seu rosto havia se amoldado a ela.

A ordem, portanto, é ser grato/grata como questão de fato, e não de opinião, mesmo quando não se está a fim e aparentemente não tem motivos para agradecer, que no fim, seremos mais belos e mais felizes do que os ingratos podem sonhar em ser.

Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-que-te-torna-grato

February 07, 2017

Caminhando com gratidão

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- Paulo Filgueira Jr

Infelizmente, o ser humano parece estar cada vez mais vazio de gratidão e de reconhecimento - nossas mentes estão sempre prontas e devidamente ativadas, quando estamos precisando de algo, ou em alguma necessidade e pouco ativada quando é preciso reconhecer aquilo que nos foi feito ou obtido. Parece que nos bate uma espécie de “amnésia repentina,” que bloqueia a nossa memória. Lembramos de pedir, lembramos de “lembrar” e muito pouco de agradecer. 

A Bíblia nos mostra várias passagens de reconhecimento e gratidão e muito pouco no sentido contrário, como podemos ver, por exemplo, uma atitude de reconhecimento, em Lucas 17: 11-13, quando Jesus ao passar por Samaria e Galileia, diz o texto que ele ao entrar na aldeia saíram-lhe ao encontro dez leprosos, dizendo : “Mestre, compadece-nos de nós! E Jesus atendendo de imediato, pediu que eles fossem aos sacerdotes para já mostrar-lhes que tinham sido curados, porém, apenas um leproso dando glórias a Deus veio aos pés de Jesus derramar o seu coração repleto de gratidão, por ter ficado purificado daquela doença. E diz o texto, que era um samaritano. Muitas vezes os reconhecimentos veem de quem menos imaginamos, e quase nunca de quem esperamos. Nenhum judeu, mas um único samaritano.

Talvez em toda Escritura não exista um livro, que tenha características tão evidentes sobre necessidades e gratidão como o livro de Salmos. Assim, como o salmista expressa suas angústias e necessidades, em algumas passagens, ele também é capaz de expressar todo o seu reconhecimento pelo que o Senhor fez, ou mesmo o que ainda iria fazer. Ele já apresentava diante do Senhor um coração grato e reconhecido em suas súplicas, bem antes de receber o que havia pedido a Deus. “Render-te-ei graças, Senhor, de todo o meu coração”.

A atitude do leproso reconhecendo o que Jesus fizera por ele, nos sugere reflexões em nossas vidas cotidianas e em nossos relacionamentos diários, pois, como raça eleita e povo de propriedade exclusiva de Deus, certamente o mundo não deverá nos ver como crentes apáticos na gratidão e no reconhecimento.

Fonte: http://www.ippdf.com.br/comunidade/boletim-da-semana/caminhando-com-gratidao/

February 06, 2017

Tudo o que mais desejo

                                                                 Salmo 62
  1. Somente em Deus eu encontro paz; é dele que vem a minha salvação.
  2. Somente ele é a rocha que me salva; ele é o meu protetor, e eu nunca serei derrotado.
  3. Até quando todos vocês atacarão um homem que é mais fraco do que uma cerca derrubada? 
  4. Vocês somente querem tirá-lo do seu lugar de honra. Vocês gostam de mentir; dizem coisas boas a respeito dele, mas no coração o amaldiçoam.
  5. Somente em Deus eu encontro paz e nele ponho a minha esperança. 
  6. Somente ele é a rocha que me salva; ele é o meu protetor, e eu não serei abalado.
  7. A minha salvação e a minha honra dependem de Deus; ele é a minha rocha poderosa e o meu abrigo. 
  8. Confie sempre em Deus, meu povo! Abram o coração para Deus, pois ele é o nosso refúgio. 
  9. Os seres humanos, tanto os pobres como os ricos, são inúteis, são somente um sopro. Se fossem colocados na balança, não pesariam nada; são mais leves do que um sopro. 
  10. Não confiem na violência, nem esperem ganhar alguma coisa com o roubo. Ainda que as suas riquezas aumentem, não confiem nelas. 
  11. Mais de uma vez tenho ouvido Deus dizer que o poder é dele 
  12. e o amor, também. Tu, ó Senhor, recompensas cada um de acordo com o que faz.
PS- Para ouvir a trilha do dia: https://www.youtube.com/watch?v=SzvNyMXgU_o
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February 05, 2017

Tudo o que eu preciso

                                                               Psalm 23
  1.  The LORD is my shepherd; I shall not want. 
  2. He leads me beside still waters.[a]
  3. Herestores my soul. He leads me in paths of righteousness[b] for his name's sake. 
  4. Even though I walk through the valley of the shadow of death,[c] I will fear no evil,for you are with me; your rod and your staff, they comfort me. 
  5. You prepare a table before me in the presence of my enemies; you anoint my head with oil; my cup overflows. 
  6. Surely[d] goodness and mercy[e] shall follow me all the days of my life, and I shall dwell[f] in the house of the Lord forever.[g]
Notes:
Psalm 23:2 Hebrew beside waters of rest
Psalm 23:3 Or in right paths
Psalm 23:4 Or the valley of deep darkness
Psalm 23:6 Or Only
Psalm 23:6 Or steadfast love

Psalm 23:6 Or shall return to dwell
Psalm 23:6 Hebrew for length of days

PS- Heart to heart: https://www.youtube.com/watch?v=GO1q71x9Dls

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February 04, 2017

Prioridade, foco no que importa

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1Para terminar: meus irmãos, sejam alegres por estarem unidos com o Senhor. Não me aborreço de escrever, repetindo o que já escrevi, pois isso contribuirá para a segurança de vocês. 2Cuidado com os que fazem coisas más, esses cachorros , que insistem em cortar o corpo! 3Porque os que receberam a verdadeira circuncisão fomos nós, e não eles. Nós adoramos a Deus por meio do seu Espírito e nos alegramos na vida que temos em união com Cristo Jesus em vez de pormos a nossa confiança em cerimônias religiosas como a circuncisão. 4É verdade que eu também poderia pôr a minha confiança nessas coisas. Se alguém pensa que pode confiar nelas, eu tenho ainda mais motivos para pensar assim. 5Fui circuncidado quando tinha oito dias de vida. Sou israelita de nascimento, da tribo de Benjamim, de sangue hebreu. Quanto à prática da lei, eu era fariseu6E era tão fanático, que persegui a Igreja. Quanto ao cumprimento da vontade de Deus por meio da obediência à lei, ninguém podia me acusar de nada.
7No passado, todas essas coisas valiam muito para mim; mas agora, por causa de Cristo, considero que não têm nenhum valor8E não somente essas coisas, mas considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo 9e estar unido com ele. Eu já não procuro mais ser aceito por Deus por causa da minha obediência à lei. Pois agora é por meio da minha fé em Cristo que eu sou aceito; essa aceitação vem de Deus e se baseia na fé10Tudo o que eu quero é conhecer a Cristo e sentir em mim o poder da sua ressurreição. Quero também tomar parte nos seus sofrimentos e me tornar como ele na sua morte, 11com a esperança de que eu mesmo seja ressuscitado da morte para a vida.
12Não estou querendo dizer que já consegui tudo o que quero ou que já fiquei perfeito, mas continuo a correr para conquistar o prêmio, pois para isso já fui conquistado por Cristo Jesus. 13É claro, irmãos, que eu não penso que já consegui isso. Porém uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente14Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória. Esse prêmio é a nova vida para a qual Deus me chamou por meio de Cristo Jesus.
15Todos nós que somos espiritualmente maduros devemos ter essa maneira de pensar. Porém, se alguns de vocês pensam de maneira diferente, Deus vai tornar as coisas claras para vocês. 16Portanto, vamos em frente, na mesma direção que temos seguido até agora.
17Meus irmãos, continuem a ser meus imitadores. E olhem com atenção também os que vivem de acordo com o exemplo que temos dado a vocês. 18Já disse isto muitas vezes e agora repito, chorando: existem muitos que, pela sua maneira de viver, se tornam inimigos da mensagem da morte de Cristo na cruz. 19Eles vão para a destruição no inferno porque o deus deles são os desejos do corpo. Eles têm orgulho daquilo que devia ser uma vergonha para eles e pensam somente nas coisas que são deste mundo. 20Mas nós somos cidadãos do céu e estamos esperando ansiosamente o nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que virá de lá. 21Ele transformará o nosso corpo fraco e mortal e fará com que fique igual ao seu próprio corpo glorioso, usando para isso o mesmo poder que ele tem para dominar todas as coisas.

PS- Para ouvir a trilha, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=4-gLdIO5G-Q.