March 31, 2018

Tempo para ponderar e acertar linhas tortas

.
- Elsie Gilbert

Há vantagens presentes nos momentos de antecipação a uma grande tempestade. A nuvem adiante de nós, além de gerar ansiedade, produz em nós cautela e um espírito de preparação. Quando está tudo bem, quando o nosso barquinho vai de “vento em popa” ou nosso trenzinho desce a ladeira, é difícil parar para ponderar, refletir, e acertar a rota.

Imaginem um trecho de ferrovia inoperante, com um dos trilhos com uma curva totalmente inadequada e perigosa. Se a ferrovia funcionasse, este trecho seria com certeza um ponto a ser revisto e corrigido ou o resultado seria um desastre.

Penso que assim é também para nós que trabalhamos com crianças e adolescentes vulneráveis. Às vezes a rota precisa ser revista, avaliada e corrigida.

Não fazer este exercício pode nos levar a desastres que poderiam ter sido evitados.

Deus ama esses pequeninos vítimas de violência. Ele tem pressa e deseja usar a igreja para socorrer e amar os mesmos.

Se você se encontra em um momento de pausa no seu ministério para rever rotas e endireitar linhas curvas, entre em contato conosco. Será um prazer colocar você em contato com outras pessoas que caminham no mesmo sentido e que podem compartilhar suas experiências com você.

Leia mais:
Debaixo da nuvem escura que paira sobre nós, Deus está presente e atuante!
O que fazer enquanto se espera a nuvem passar: celebre as pequenas vitórias
O que fazer enquanto você espera a nuvem passar…
Debaixo da Nuvem

Fonte: http://ultimato.com.br/sites/maosdadas/2018/03/22/debaixo-da-nuvem-tempo-para-ponderar-e-acertar-linhas-tortas/

March 30, 2018

O que fazer enquanto você espera a nuvem passar

.
- Elsie Gilbert

Busque em Deus o discernimento.

Discernimento é a capacidade de compreender situações com bom senso e clareza. Uma pessoa com discernimento consegue separar o universal do passageiro, o importante do urgente, o certo do errado.

O exemplo mais bizarro de discernimento está registrado na Bíblia no livro de Números. Ela acontece quando o povo de Israel passava por terras moabitas e o rei de Moabe queria que o profeta Balaão amaldiçoasse o povo.

Então o anjo do Senhor se pôs num caminho estreito entre duas vinhas, com muros dos dois lados. Quando a jumenta viu o anjo do Senhor, encostou-se no muro, apertando o pé de Balaão contra ele. Por isso ele bateu nela de novo.

O anjo do Senhor foi adiante e se colocou num lugar estreito, e não havia espaço para desviar, nem para a direita nem para a esquerda. Quando a jumenta viu o anjo do Senhor, deitou-se debaixo de Balaão. Acendeu-se a ira de Balaão, que bateu nela com a sua vara.
Então o Senhor abriu a boca da jumenta, e ela disse a Balaão: “Que foi que eu lhe fiz, para você bater em mim três vezes?”
Balaão respondeu à jumenta: “Você me fez de tolo! Quem dera eu tivesse uma espada na mão; eu a mataria agora mesmo”. Mas a jumenta disse a Balaão: “Não sou sua jumenta, que você sempre montou até o dia de hoje? Tenho eu o costume de fazer isso com você? ” “Não”, disse ele.

Então o Senhor abriu os olhos de Balaão, e ele viu o anjo do Senhor parado no caminho, empunhando a sua espada. Então Balaão inclinou-se e prostrou-se, rosto em terra.
E o anjo do Senhor lhe perguntou: “Por que você bateu três vezes em sua jumenta? Eu vim aqui para impedi-lo de prosseguir porque o seu caminho me desagrada.
A jumenta me viu e se afastou de mim por três vezes. Se ela não se afastasse a esta altura eu certamente o teria matado; mas a ela eu teria poupado”.

Esta história dispensa comentários. Na completa falta de sensatez humana, Deus usa uma jumenta para demonstrar a necessidade de se praticar o discernimento. Tenho refletido sobre o quanto o discernimento não é território exclusivo dos eruditos e sim dos que praticam a simplicidade e temor de Deus.

Você concorda comigo?

Fonte: http://ultimato.com.br/sites/maosdadas/2018/03/06/o-que-fazer-enquanto-voce-espera-a-nuvem-passar/

March 29, 2018

Debaixo da nuvem

.
- Elsie Gilbert

As coisas em Brasília continuam caóticas e o clima entre nós altamente polarizado. Temos muita certeza das nossas posições e igual indignação em relação às posições dos nossos irmãos que não compartilham conosco das mesmas convicções. E no final do dia, a maioria de nós sente um grande cansaço - advindo do lutar com poucas esperanças, do se perceber remando contra a correnteza.

Decidi colocar um nome neste estado de coisas: estamos vivendo debaixo de uma nuvem. Não a nuvem  que sinalizava a presença de Deus no deserto. Não a nuvem que ajudava diariamente na caminhada do povo de Deus do Egito à Terra Prometida. A nuvem pela qual passamos não é protetora, ela é tóxica. Ela anuncia um temporal e nos torna ansiosos. Ela quer nos fazer duvidar da atuação de Deus entre nós.

Mas Deus está presente aqui, debaixo da nuvem.

Quero publicar histórias que demonstram esta presença e que nos renovam as forças devolvendo a esperança. E também reflexões bíblicas que sustentam a tese de que Deus é Deus, soberano,  grande em misericórdia, poderoso em obras.

A 1a. reflexão é sobre os ensinos de Jesus registrados em Lucas 6 num texto conhecido como o “Sermão da Planície”. Jesus começa estabelecendo um contraste entre o estilo de vida de um profeta comparado com o de um falso profeta. Apesar da aparência de conforto e benção presentes, Jesus lamenta o futuro daquele que é falso. E ele não nos ilude, se o seguirmos, podemos esperar um caminho difícil no presente mas que trará bem aventurança e grandes recompensas no futuro.

Versículos de 20 a 26 poderiam ser resumidos assim:

Assim foram tratados os profetas Assim foram tratados os FALSOS profetas
Eram pobres, chegando a passar fome Eram muito bem recompensados financeiramente, tinham fartura
Choraram Riam e se divertiam
Foram odiados, sofreram calúnia, difamação e rejeição por conta do seu vínculo com o Altíssimo Gozavam de um alto índice de aprovação
Estes são os bem aventurados! Ai destes, coitados!

Jesus nos convida a seguir o caminho da primeira coluna. Mas Primeiro, decidindo amar e fazer o bem aos que nos odeiam. (v. 27). Segundo, abençoando e orando pelos que nos maltratam. (v. 28). Terceiro, rejeitando a prática da retaliação como forma de obter justiça quando alguém nos ferir ou espoliar (v. 29 e 30)

Para mim este discurso é extremamente duro e muito difícil de colocar em prática. Acho que os discípulos devem ter mostrado alguma resistência porque Jesus passa a defender o seu próprio ensino. Até agora, Jesus parece estar nos pedindo para abrir mão no nosso senso de justiça. Não reclamar quando alguém invade a nossa propriedade, emprestar sem esperar restituição, e até aceitar insulto físico. E no entanto ele apela justamente para o nosso senso de justiça como justificativa para estes ensinamentos.

O senso de justiça que Ele quer nos ensinar é mais elevado do que o nosso e está fundamentado em um fato básico: Deus é misericordioso para conosco. Sua misericórdia é tão vasta que ela se estende aos ingratos e maus também. A bondade dele não se limita aos que a merecem. Nenhum de nós a merece! Portanto, se quisermos seguir a Jesus precisamos obedecer à esta ordem bem clara e objetiva: “Sejam misericordiosos assim como o Pai de vocês é misericordioso” Lc 6. 35,36.

Justiça = agir da mesma forma que o Pai de vocês age.

Mas eu ainda não me dou por satisfeita. Parece que Jesus está pedindo demais de mim! Na hora que alguém me ofende, dificilmente me vem à memória aquele dia em que eu ofendi a Jesus e ele me perdoou.

Eu quero que a pessoa sinta a dor que ela causou em mim! Para me ajudar, Jesus completa o seu ensino com esta promessa: “Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados.

Perdoem, e serão perdoados. Dêem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem, também será usada para medir vocês”. Lc 6.37,38.

Preciso repetir isto para mim mesma: a medida que eu usar para estender misericórdia a alguém, esta mesma medida será usada quando eu precisar de misericórdia. Talvez seja por isto que temos tanto medo do julgamento das pessoas, porque com a mesma medida que julgarmos, seremos julgados.

Onde está a esperança nestes ensinamentos? Esperança relevante para os dias acinzentados nos quais vivemos?

Tudo o que eu doar de mim para aquele que não merece - aquele que é sabidamente ingrato e mau - eu receberei em troca, não pelas mãos do ingrato porque pode ser que ele não tenha nada para dar. Eu receberei a recompensa das mãos de Deus. O Senhor me paga, não porque eu mereço, mas porque na sua misericórdia ele tem prazer em sanar a dívida do ingrato. Ele me paga porque o ingrato e mau precisa ter sua dívida sanada comigo. (Assim como, na minha história pessoal, eu precisei de ter a minha dívida sanada com alguém a quem ofendi). Nesta transação, Deus se torna o fiador. E portanto, o ingrato não me deve mais nada. Sua dívida comigo está completamente paga. Quem sou eu para cobrá-la novamente?

A esperança não está na justiça como a compreendemos. Ela reside na misericórdia de Deus que é infinitamente mais justa do que qualquer sistema de restituição que possamos criar.

Fonte: http://ultimato.com.br/sites/maosdadas/2018/02/26/debaixo-da-nuvem/

March 28, 2018

Caminho difícil

.
Não procurem atalhos para Deus. O mercado está transbordando de fórmulas fáceis e infalíveis para uma vida bem-sucedida que podem ser aplicadas em seu tempo livre. Não caiam nesse golpe, ainda que multidões o recomendem. O caminho para a vida – para Deus! – é difícil e requer dedicação total. 
Mateus 7.13-14

- Eugene Peterson

A fé não é um acúmulo de impulsos vagos normalmente propensos para o bem, nem é o alimento de obscuras emoções de devoção. É escolher atravessar uma determinada porta (“Eu sou a porta”, Jo 10.7) e percorrer uma estrada definitiva (“Eu sou o caminho”, Jo 14.6).

O que é difícil ou exigente para você em se tratando da porta estreita?

Senhor Jesus, tu és meu caminho, verdade e vida. Conduze-me pela porta estreita que leva à vida plena, pelo lugar da firme decisão à terra de ricas bênçãos. 

Amém.

Fonte: http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2018/03/31/autor/eugene-h-peterson/caminho-dificil-2/

March 27, 2018

A grande diferença

.
- Ricardo Barbosa

Jesus termina o Sermão do Monte com uma recomendação e uma pequena parábola. 

 Uma forma de entender a conclusão deste sermão encontra-se nos pronomes: “nem todo o que me diz…”, “aquele que faz a vontade do meu Pai…”, “…hão de dizer-me…”, “apartai-vos de mim…”, “ouve as minhas palavras…”  

São pronomes que nos levam a considerar o pregador, e não apenas a pregação. São estas palavras que formarão o texto que definirá o julgamento e o julgamento terá como fundamento o que as pessoas fizeram com suas palavras.

Jesus começa sua recomendação dizendo: “entrai pela porta estreita…” Não é simplesmente um convite, mas um imperativo. Jesus afirma que existem duas portas e dois caminhos. Um deles leva à perdição, o outro à vida. Jesus reconhece, com tristeza, que são poucos os que entram pelo caminho estreito.

Bonhoeffer afirma que o caminho dos seguidores de Cristo é apertado. Diz ele: “testemunhar a verdade de Jesus e confessá-la e, ao mesmo tempo, amar com o amor incondicional de Jesus os inimigos dessa verdade, é um caminho apertado”. 

O caminho estreito é o caminho herdado. 

É o caminho da criação, o caminho da redenção, o caminho de Jesus. Não é um caminho imposto a nós, é o caminho que Jesus trilhou e que nos convida a andar por ele. O caminho largo é o caminho imposto a nós, é o caminho que chega a nós pela imposição da maioria, daqueles que não suportam seguir sozinhos no caminho da perdição e destruição. Jesus não diz que quem não andar pelo caminho estreito ele vai punir ou destruir. É o próprio caminho largo que nos conduz à morte.

Na parábola dos dois construtores, a diferença não está no ouvir, ambos ouviram. A diferença está no praticar. A casa que cai é composta por crentes que consideram as palavras de Jesus bonitas para se ouvir, boas para se falar e ensinar, mas irreais para serem praticadas.

Jesus conclui dizendo: “nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. 

Existe uma diferença entre os sinais do poder de Deus, e os sinais de que pertencemos a ele. 

Os sinais de que pertencemos a ele são os frutos da obediência. São estes os frutos que Jesus espera encontrar naqueles que falam: Senhor, Senhor! 

Fé em Jesus não é fé real enquanto não fazemos o que ele nos manda fazer. O julgamento para aqueles crentes que ouvem, mas não praticam, será a ausência da comunhão divina: “nunca vos conheci”.

Fonte: http://www.ippdf.com.br/comunidade/boletim-da-semana/a-grande-diferenca/

March 23, 2018

Move on (time´s over)


Todo mundo tem de chorar seus mortos. Quem não vive os seus lutos não consegue se libertar da presença da morte.

Quando o filho de Davi, fruto de seu adultério com Bate-Seba, estava para morrer, Davi se trancou no quarto, não quis falar com ninguém, não se barbeou, caiu prostrado na cama e ali "curtiu" sua dor até o limite em que sua alma podia agüentar. Quando o menino morreu, ele se levantou da cama, tomou seu banho, chamou sua mulher e resolveu fazer outro filho.

Sua história se tornou paradigma de recomeço. 


Tem uma hora que nós devemos permitir que os mortos se vão, que o passado fique para trás, que as tragédias e amarguras sejam deletadas do arquivo das emoções. Há tempo para tudo e a integridade do ser está em sofrer, lutar e se alegrar nos tempos devidos.

Há pessoas que preferem manter seus mortos-passados bem presentes em sua memória e até visíveis a todos ao seu redor fazendo disso um álibi para justificar sua decisão de 'não' viver, de morrer lentamente, porque tem medo de lutar. Preferem conviver com o estigma de perdedor e 'coitadinho' a levantar a cabeça e começar de novo.

Quando acabar o tempo do choro o melhor é levantar e começar de novo. O passado está na cruz, o futuro é eterno.

Foi porque Davi recomeçou que Salomão nasceu.

.

March 20, 2018

Águias

.
Alguma vez já pensou aonde vão as águias quando a tormenta vem? Onde é que elas se escondem? 

Elas não se escondem, elas abrem as asas, voam a uma velocidade de até 90km/h e enfrentam a tormenta. Elas sabem que as nuvens escuras, a tempestade e os choques elétricos podem ter uma extensão de 30 a 50m, mas lá em cima brilha o sol. Nessa luta terrível podem perder penas, podem se ferir, mas não temem e seguem em frente. Depois, enquanto todo mundo fica às escuras embaixo, elas voam vitoriosas e em paz, lá em cima. 

Finalmente, as águias também morrem, mas alguma vez você achou por aí um cadáver de águia? De galinha talvez, de cachorro ou de pombo, quem sabe até de um bicho de mato nessa extensas estradas de reserva ecológica, mas cadáver de águia você não encontra. Sabe por quê? 

Porque quando elas sentem que chegou a hora de partir, não se lamentam nem ficam com medo. Procuram com seus olhos o pico mais alto, tiram as últimas forças de seu cansado corpo e voam aos picos inatingíveis e aí esperam resignadamente o momento final. Até para morrer elas são extraordinárias. Talvez por isso o profeta Isaías compara os que confiam no Senhor com águias. 

Quem sabe hoje você tem diante de si um dia cheio de desafios. Alguns deles podem parecer impossíveis de ser vencidos, mas lembre-se: descanse no Senhor, passe o tempo com Ele e depois parta para a luta, sabendo que depois daquela tormenta brilha o sol. 

"Mas os que esperam no Senhor, renovarão as suas forças, subirão com asas como águias, correrão e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão".

(Autor desconhecido)

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=529pAVbyIDs.

.

March 19, 2018

Oração do dia

.
Vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=a6FTS7FUS1o

Não tenho nada pra Te oferecer
As minhas mãos vazias estão
Preciso tanto do Teu amor
Só Tu me aceitas como eu sou

Toca os meus olhos
Eu quero Te ver
Mostra-me o caminho
Pra Te conhecer

Eu sou Teu
Tu és meu
Minha vida está em Teu altar

Pra que o Senhor
Venha me tocar
Venha me encher
Venha me usar

Pra que o Senhor
Venha me tocar
Venha me encher
Venha me usar

March 16, 2018

A força do amor

Uma paráfrase de 1 Coríntios 13

O amor nunca perde a paciência. Ele é sempre bondoso, prestativo e admiravelmente benfazejo. Procura ser construtivo todo o tempo.

O amor nunca é invejoso ou ciumento. Também não é arrogante, orgulhoso, presunçoso ou fanfarrão. Ele não se pavoneia, não se ostenta, não se vangloria de coisa alguma. Não procura impressionar, chamar atenção para si. Ele se porta com extraordinária modéstia. Não alimenta ideias enfatuadas acerca de sua própria importância.

O amor tem boas maneiras. No trato com cada pessoa, nunca é grosseiro, rude ou inconveniente. O amor não maltrata ninguém.

O amor é o pai do altruísmo, pois nunca procura seus próprios interesses e se mantém cuidadosamente afastado de qualquer conotação egoísta.

O amor é maravilhoso! Nunca se encoleriza contra quem quer que seja, mesmo tendo motivos para tanto. Ele não é irritadiço, tampouco melindroso. Não leva em conta o mal que alguém, porventura, lhe causa. Dificilmente chega sequer a notar o mal a ele endereçado. O amor não guarda lembranças negativas, não guarda mágoas, não guarda rancor.

O amor não fica alegre quando alguém faz algo errado, mas fica alegre quando alguém faz o que é certo. Ele nunca está satisfeito com a injustiça, mas regozija-se quando a justiça triunfa.

Para dizer toda a verdade, o amor é incrível! Ele nunca desiste, nunca se recolhe, nunca entrega os pontos, nunca desaparece de cena. O amor tudo sofre, tudo desculpa, tudo crê, tudo espera e tudo suporta! Ele sofre, crê, espera e suporta sem limite de espécie alguma. É o grande herói de todas as cenas.

Quando tudo acabar, a única coisa que vai perdurar é o amor. Quando os dons de curar doentes, de realizar milagres, de falar em línguas estranhas, de interpretar essas línguas, de prestar ajuda aos que sofrem, de ministrar a Palavra de Deus e tudo o mais passarem, o amor continuará! O amor jamais perecerá. Por uma simples razão: o amor é eterno!

Há três coisas que perduram: a fé, a esperança e o amor. Todas são muito importantes, mas não igualmente importantes. A maior dessas três virtudes, sem dúvida alguma, é o amor!

Por essa única razão, se eu não tiver amor, não é relevante eu falar as línguas dos homens e dos anjos, conhecer até mesmo todos os mistérios que envolvem Deus e o ser humano, ter fé capaz de mover o Pão de Açúcar para dentro da baía da Guanabara ou oferecer meu próprio corpo para ser queimado no lugar de alguém. Se eu não tiver amor, nada disso me valerá!

Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/365/a-forca-do-amor

March 15, 2018

Walk in love


Watch what God does, and then you do it, like children who learn proper behavior from their parents. Mostly what God does is love you. 

Keep company with him and learn a life of love. Observe how Christ loved us. His love was not cautious but extravagant

He didn’t love in order to get something from us but to give everything of himself to us. Love like that.
.

March 14, 2018

Sim, amor envolve entrega e confiança ; )

.
https://www.youtube.com/watch?v=0Yw5nPECs-s

Hoje eu quero sentar
Somente aos Teus pés
Deixar meus méritos
E me apoiar na graça

O sorrir Teu vale mais
Que qualquer conquista
Tua vontade é o pão que me satisfaz

Sou barro em Tuas mãos
Inteiramente sou Teu
Sou barro em Tuas mãos
Inteiramente sou Teu

Gracioso, amoroso, Pai
És o amor maior do mundo
Em Tuas mãos molda o meu coração
O mais perfeito lugar é aqui
Contigo

És o amor maior do mundo
.

March 13, 2018

Comunidade de amor

.
If you don't get a miracle... become one

https://www.youtube.com/watch?v=GrV_ZvwZRvw

Às vezes eu fico tão cansado,
Apenas tentando encontrar um lugar,
Para colocar minha cabeça,
Eu olho para o céu,
Eu sinto a luz me mais quente conforto,
Eu vi as grandes alturas,
Lembrando-me ... que eu estou vivo

Eu não quero morrer,
Eu não quero desperdiçar outro dia,
Ou da noite,
Eu sei que há algo mais,
Do que o que estamos vivendo,
Eu vejo nas estrelas,
Eu sinto isso nas costas,
Eu sei que há algo,
Eu sei que há algo mais.

Acho que estamos todos com medo,
Que possamos estar sozinho,
Sozinho aqui,
Todos nós queremos ter alguma fé,
Pelo menos isso é verdade no meu caso,
Para apenas acreditar,
Eu vi a grande altura,
Lembrando-me ... que eu estou vivo,

Eu não quero morrer,
Eu não quero desperdiçar outro dia,
Ou da noite,
Eu sei que há algo mais,
Do que o que estamos vivendo,
Eu vejo nas estrelas,
Eu sinto isso na praia,
Eu sei que há algo,

Este mundo pode ruir,
Para o oceano,
Tudo poderia terminar esta noite,
Eu minado você,
Em seguida, tentou encontrá-lo,
Minha única fonte de luz,
Não respirar ... eu sou
Respirar ... eu sou ... ¡Vivo!

Eu sei que há algo mais,
Eu não quero morrer,
Eu não quero desperdiçar outro dia ou da noite,
Eu sei que há algo mais,
Do que o que estamos vivendo,
Eu vejo nas estrelas,
Eu sinto isso na praia,

Eu sei que há algo mais,
Eu não quero morrer,
Eu não quero desperdiçar outro dia,
Ou da noite,
Eu sei que há algo mais,
Do que o que estamos vivendo,
Eu vejo nas estrelas,
E eu sinto isso na praia,

Eu sei que há algo mais,
Eu não quero morrer,
Eu não quero desperdiçar outro dia,
Ou da noite,
Eu sei que há algo mais,
Do que o que estamos vivendo,
Eu vejo nas estrelas, eu sinto isso na praia,

Eu sei que há algo mais,
Eu sei que há alguma coisa...
.

March 12, 2018

O caminho da restauração

Para sair do fundo do poço, você precisa fazer alguma coisa. Não o impossível. Apenas o possível. O impossível corre por conta de Deus. São coisas simples, mas fundamentais.
1. Comece com o simples desejo
Este é o início de todo o processo. O “eu não quero” (Sl 81.11, Ap 2.21) atrapalha tudo. Lembre-se do lamento de Jesus à vista de Jerusalém: “Quantas vezes eu quis reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mt 23.37). Mas até para querer você pode contar com o auxílio do alto: “Deus está operando em vocês, ajudando-os a desejar obedecer-lhe, e depois ajudando-os a fazer aquilo que ele quer” (Fp 2.13 em A Bíblia Viva).
2. Entre com o pedido
Comece a orar perseverantemente para Deus tirar “do poço de perdição, dum tremedal de lama” (Sl 40.2). Veja o tríplice pedido de restauração de Israel no Salmo 80, cada um deles encompridando o nome de Deus: “Restaura-nos, ó Deus” (v. 3), “Restaura-nos, ó Deus dos Exércitos” (v. 7) e “Restaura-nos, ó Senhor Deus dos Exércitos” (v. 19). Leve a sério a promessa de Jesus: “Pedi, e dar-se-vos-á” (Mt 7.7). Não se esqueça da séria advertência de Tiago: “Nada tendes, porque não pedis” (Tg 4.2).
3. Assuma o que você fez de errado
Lembre-se onde, quando e como começou a crise que o deixou no fundo do poço. Você precisa pegar o fio da meada outra vez para acabar com o círculo vicioso do pecado. Esta foi a receita de Jesus àquele que havia abandonado o seu primeiro amor: “Lembra-te de onde caíste” (Ap 2.5). Guarde bem estas palavras: é preciso lembrar para confessar.
4. Confesse o iceberg todo
Não é para confessar apenas o pecado mais grosseiro ou apenas os pecados mais leves aos seus olhos. Confesse tudo: a segurança demasiada, as brincadeiras tidas como inocentes, as pequenas e as grandes concessões, a falta de vigilância, a negligência devocional e o grave pecado da rebelião. Guarde bem estas palavras: é preciso pôr tudo para fora para não mais lembrar. O pecado confessado é lançado por Deus nas profundezas do mar (Mq 7.19).
5. Renove a aliança
Você precisa voltar “à prática das primeiras obras” (Ap 2.5). Aquelas que você observava com zelo e com alegria no passado. Comprometa-se outra vez. Faça uma nova profissão de fé. Enfie de novo o seu pescoço debaixo do jugo libertador de Cristo: “Tomai sobre vós o meu jugo” (Mt 11.29). Volte ao exercício de negar-se a si mesmo para resguardar a sua comunhão com Deus (Lc 9.23).
6. Deixe o resto com Deus
O “resto” é mais difícil, mas ele o fará. Deus vai curar as feridas, cuidar das cicatrizes, reparar os traumas, recuperar o tempo perdido, acabar com os complexos, devolver a alegria perdida, acalmar o seu coração com aquela paz de espírito que excede todo o entendimento e comissionar outra vez. Fique certo disto: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e o mais ele fará” (Sl 37.5).
Fonte: http://ultimato.com.br/sites/elbencesar/2018/02/23/o-caminho-da-restauracao/

March 11, 2018

Uma multidão de pedidos

.
Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável. Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito. (Sl 51: 10,11) 
- Eugene Peterson

Quando a alma está abatida, quando a tristeza se instala no íntimo, quando o peso do pecado é insuportável, quando a confusão toma conta da mente, quando todos os recursos próprios vão por água abaixo, quando só resta a misericórdia divina - então o aflito derrama uma multidão de súplicas diante do trono de Deus.
Foi o que aconteceu com Davi depois do adultério e do assassinato do marido traído. 

Ele precisava de perdão e de purificação, e de muito mais. No início do Salmo 51, Davi pede encarecidamente que Deus o perdoe e o purifique, mas não fica só com esses pedidos. 

Em seguida, ele estende diante do Senhor cada uma de suas urgentes necessidades: “Faze-me ouvir de novo júbilo e alegria”; “cria em mim um coração puro”; “renova dentro de mim um espírito estável”; “não me expulses da tua presença”; “nem tires de mim o teu Santo Espírito”; “devolve-me a alegria da tua salvação”; “sustenta-me com um espírito pronto a obedecer”; “dá palavras aos meus lábios”.
Perdão e purificação são bênçãos indispensáveis, porém acidentais. Elas se tornam necessárias depois de alguma rebelião contra Deus. 

As outras bênçãos são o pão nosso de cada dia - medidas preventivas para evitar ou tornar mais difíceis outros escorregões. 

Para não voltar a adulterar nem assassinar maridos traídos, precisamos de alegria interior, de coração puro, de renovação, de sustento e da presença contínua do Espírito dentro de nosso ser.
Fonte: http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2017/04/23/autor/elben-cesar/uma-multidao-de-pedidos/#comment-823

March 10, 2018

Orar com os salmos

.
- Ricardo Barbosa

Tenho procurado nos últimos meses, memorizar alguns salmos e fazer deles a minha oração. O principal motivo para este exercício espiritual é aprender a orar com a linguagem dos salmos. O livro dos Salmos é reconhecido como o livro de oração do povo de Deus. Atanásio, bispo de Alexandria, disse que “a maior parte das Escrituras falam a nós, os salmos falam por nós”. A linguagem dos salmos é mais pessoal e expõe de forma natural emoções e sentimentos.

Os salmos nos ajudam a ser mais honestos com Deus e conosco. Nossas orações são construídas, muitas vezes, com uma linguagem para impressionar os outros ou a Deus. Escolhemos bem as palavras, a entonação, pouco expomos de nossas emoções e sentimentos. Nos salmos encontramos todos os tipos de sentimentos e emoções expostos com sinceridade. Sentimentos como solidão, indignação ou raiva, tristeza ou depressão, alegria, gratidão e lamento, estão presentes nessas orações e nos ensinam a reconhecer nelas nossos próprios sentimentos e emoções.

A oração é a linguagem da alma. Por isso ela cria o ambiente onde podemos lidar com nossos sentimentos. É na experiência da oração que podemos melhor compreender a relação de Deus com os eventos e circunstâncias que provocam tais sentimentos. Sabemos que Deus é a razão primeira e última de tudo o que acontece conosco e com o mundo à nossa volta. Mais do que resolver os problemas que nos afligem, precisamos aprender a responder à forma como Deus se relaciona com eles. 

O Salmo 139 é um dos salmos que memorizei. É uma oração feita a partir da solidão, um sentimento que envolve todos nós. Podemos evitá-lo, fugir dele, mas jamais negá-lo. Não se trata apenas da solidão física, da ausência de amigos, da perda de pessoas queridas, mas da solidão de não se ser compreendido. Nossos pais não nos compreendem, os cônjuges também não; eles se esforçam, mas não irão nos entender plenamente. Sentimo-nos solitários na família, trabalho, igreja. Estamos cercados de pessoas queridas, muitas se esforçam para nos agradar, mas somente Deus pode preencher os desejos mais profundos de compreensão e aceitação.

Somente Deus nos conhece e nos entende completamente. Não existem segredos para ele. Nossos pensamentos, caminhos, sonhos, palavras ditas e mesmo as não ditas. Nossos anseios mais profundos, medos e todas as incertezas - ele conhece tudo. Mais do que isso, ele nos ama, protege e guia. Meditar nessas coisas nos leva a reconhecer a profundidade dos pensamentos e propósitos divinos.

Diante de Deus não existe nada que ele não saiba antes. É por causa deste conhecimento de Deus que Agostinho ora:

Ó Deus, faze que eu te conheça, meu conhecedor, que eu te conheça como de ti sou conhecido. Virtude de minha alma, penetra-a, assemelha-a a ti, para que a tenhas e possuas sem mancha nem ruga. Esta é a esperança com que falo, e nesta esperança me alegro, quando gozo de sã alegria… E, para ti, Senhor, que conheces o abismo da consciência humana, que poderia haver de oculto em mim, ainda que não te quisesse confessar? Poderia apenas esconder-te de mim, mas nunca me esconder de ti.

O medo de não ser compreendido e aceito nos impede de nos abrir em relação ao outro. O conhecimento que Deus tem de cada um de nós quebra as algemas do medo e nos abre para amar e nos relacionar. Nunca seremos plenamente compreendidos, a não ser por Deus, e é por isso que esse tipo de oração é tão precioso.

Fonte:http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/365/orando-com-os-salmos

March 09, 2018

Qual o propósito?

.
"Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, Deus de toda a consolação, que nos conforta em todas as nossas tribulações, para que, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus, possamos consolar os que estão em qualquer angústia".
2 Co 1: 3, 4
.

March 08, 2018

Adorando a Deus no deserto

.
- Débora Kornfield

Apesar de ter acontecido em agosto, sempre penso que é uma história de natal porque me ensinou tanto acerca da encarnação de Cristo.

Nossa família estava nos Estados Unidos mais uma vez, por poucos meses, para levantar sustento. Daniel estava morando com seus tios em Nova Jersey , trabalhando e se preparando para iniciar a faculdade. O resto da família viajava para visitar familiares, amigos e igrejas parceiras, e a Karis estava enfrentando mais e mais dificuldades para nos acompanhar.

Raquel voltou para o Brasil no dia 1 de agosto, ficando na casa de amigos para não perder o começo do ano letivo, dia 4. Karis, Valéria e eu continuamos em Wheaton enquanto o David participou duma conferência em Willow Creek. Karis quase desmaiou durante um tour da faculdade Wheaton. Até David retornar a Wheaton, dia quatro à noite, estava convencida que precisávamos procurar ajuda para ela. No próximo dia, havíamos agendado uma viagem a uma cidade em outro estado, onde David seria preletor numa conferência missionária. Nosso amigo, Dr. B, médico de clínica geral, morava a caminho, a mais ou menos duas horas de Wheaton. Ligamos para a casa dele, acordando-o, e ele concordou em marcar uma consulta para a Karis, se chegássemos até 6h30 da manhã, porque ele tinha muitos compromissos. (Descobrimos que 4h30 é um ótimo horário para passar pelo congestionamento de Chicago!).

Depois de examinar a Karis, Dr. B disse que poderíamos interná-la ali mesmo ou viajar mais quatro horas para o hospital de crianças Riley em Indianápolis, onde seria cudada por Dr. F, o médico que a acompanhava à distância a vários meses. Dr. B recomendou que a levássemos a Riley. Dirigimos as quatro horas e David deixou Karis e eu com nossas malas na sala de espera do hospital, esperando ainda chegar a tempo à abertura da conferência. Não conhecíamos ninguém em Indianápolis.

Dr. F inseriu um cateter central e Karis começou a receber NPT. Com o passar dos dias, ela ficou mais forte e começou a visitar outros pacientes no hospital: a menininha com queimaduras severas dum incêndio do lar. . . o menino com meningite da coluna esperando mais uma cirurgia. . . a pequena menina que havia passado por cirurgia de coração e cujos pais não podiam acompanhá-la. . .

Enquanto isso, eu permanecia no quarto da Karis e resmungava. Ou saía e andava em volta do hospital, chorando e suplicando a Deus pela cura da minha filha, pelo bem dela e da família toda. Eu realmente não estava feliz. Valéria, com onze anos, me ligou e disse que estava entediada de estar só com o pai e suas reuniões, e queria voltar ao Brasil. Então, no dia 8 de agosto, ela viajou sozinha, pegando três vôos diferentes para chegar em São Paulo , onde amigos bondosos a receberam em sua casa. A essa altura, nossa família de seis pessoas estava em cinco lugares diferentes. David continuou com suas viagens e reuniões que já havia agendado. Me ligou no dia 16 mas não lembrou que era meu aniversário.

Mencionei que eu não estava feliz?

Na manhã do dia 17, enquanto eu resmungava no quarto da Karis e ela visitava seus amigos, uma mulher apareceu na porta e me convidou para descer e tomar café com ela. Enquanto sentávamos na lojinha de café, ela me contou a seguinte história.

Quando sua filha Annette (não seu nome verdadeiro), de 14 anos, entendeu que estava morrendo, se retraiu inteiramente, assumindo uma posição fetal, e não falava com ninguém. Nem com sua mãe ou avó. Com nenhum enfermeiro, médico ou terapeuta. Nem com a psicóloga ou o capelão. Com nenhum dos amigos que ligaram de sua cidade, a duas horas de distância. Ninguém conseguia alcançar Annette nem penetrar a parede de silêncio que construiu em volta de si.

Desesperada, a mãe da Annette se encontrou orando, pela 1a. vez desde a infância. Ela pediu a Deus que mandasse alguém que pudesse alcançar Annette.

O próximo dia, contou-me a mãe de Annette, um anjo apareceu na porta do quarto de sua filha. Um anjo vestida no mesmo traje “charmoso” do hospital que usava a Annette, empurrando o mesmo suporte com soro, NPT e medicamentos idênticos aos de sua filha. Pedindo licença para entrar, este anjo andou até a cama de Annette e simplesmente sentou do seu lado, fazendo cafuné e cantando para ela.

Aí o anjo foi embora, mas o próximo dia voltou, falando carinhosamente com Annette, cantando para ela e orando por ela. Mais tarde, numa outra visita, Annette abriu seus olhos e viu o sorriso do anjo. Com o passar dos dias, Annette começou a retornar o sorriso.

A mãe da Annette me contou que, encorajada pela primeira resposta de oração, ela começou a orar mais, como fazia sua mãe, avó de Annette. Terminando nosso café, ela me convidou para passar no quarto de Annette. Lá, vi a Karis, sentada na cama com Annette, cabeças loura e ruiva juntinhas, olhando uma Bíblia, da qual Annette estava lendo em voz alta. De cada lado da cama estavam os suportes de medicamentos idênticos, com seus respectivos sacos de NTP e lípidos. A avó de Annette estava sentada perto da cama, escutando com lágrimas nos olhos.

Pedi licença, pois também estava para chorar. Saí correndo e, mais uma vez, andei em volta do hospital, desta vez clamando a Deus em arrependimento por meu egoísmo e minha impaciência. Se Deus escolheu atender ao pedido desesperado de uma mãe, mandando a Karis a Indianápolis, como poderia eu ficar ressentida? “Por favor, não me deixe esquecer disto, Senhor,” orei. “E por favor me ajude a lembrar que pedi que Tu fosses Senhor da minha vida, e isso significa que livremente ofereci a Ti o direito de fazer comigo e com a minha família como quiseres. Te agradeço, de todo o coração, que cumpriste Teu propósito com Annette apesar da minha atitude horrível, porque Karis estava disposta a colocar de lado os próprios problemas para ministrar aos outros.”

“. . . era necessário que ele se tornasse semelhante aos seus irmãos em todos os aspectos” (Hebreus 2:17).

Fonte: http://bencaopura.blogspot.com.br/2006/09/adorando-deus-no-deserto-parte-1.html

March 07, 2018

(Para não se tornar) escravo do tempo

.
Grande parte da cultura popular é forma tosca de propaganda do passado: autoritária, atrasada e brega     

- João Pereira Coutinho

A palavra "propaganda" tem mau nome. Difícil discordar. O século 20 não foi um passeio no parque. E o totalitarismo provocou milhões de cadáveres tendo na propaganda um aliado mortal.

Verdade: se entendermos por propaganda o uso da arte para veicular ideias religiosas, políticas ou sociais, grande parte da história da arte é um exercício contínuo de propaganda. Mesmo a máxima "a arte pela arte" é uma posição política, ou então apolítica, que não atraiçoa o proselitismo original.

Mas a "propaganda" que conta é outra: o uso da arte, sim, para disseminar ideologias de dominação. E, nesse quesito, como esquecer a Alemanha nazista ou a União Soviética comunista?

Na Alemanha, a propaganda do Reich fez-se a dois tempos: por um lado, destruindo a "decadência" modernista e a sua mensagem de "degeneração" e "negritude"; por outro, promovendo uma arte capaz de exortar o valor da raça ariana - forte, sadia, superior - como se vê nas pinturas de Adolf Ziegler.

Na União Soviética, não foi diferente: o "realismo socialista" passou a dogma em 1934. A "função" da arte era indistinta da mensagem do Partido: o líder passou a figurar em público na sua monumentalidade esmagadora --e o povo, agente revolucionário por definição, era retratado como a força vital da nação rumo a um progresso glorioso.

O nazismo jaz no caixote do lixo da história. O comunismo, tirando dois ou três estados-zombies, também. Mas a propaganda está de volta: se o tribalismo político regressou ao mundo dos vivos, a sua estética preferida não poderia ser deixada de lado.

Semanas atrás, o historiador português Rui Ramos escreveu no site Observador que, nos prêmios das diferentes indústrias, ninguém discutia a "qualidade" dos produtos. O que interessava era saber se os filmes ou as músicas obedeciam a critérios de "representatividade".

Por outras palavras: mais importante do que saber se o filme X valia como obra cinematográfica era saber qual o sexo do diretor Y ou a etnia do ator Z. Concordo com o meu ilustre compatriota. Basta olhar em volta para perceber que as preocupações estéticas deram lugar à retórica repugnante da ideologia.

No New York Times, Lindy West é apenas um exemplo da corrupção em curso: em texto que faria as delícias de um tirano, a sra. West proclamava que a queda dos "homens maus" na indústria de cinema já não era suficiente.

Agora, era preciso enterrar de vez os "filmes maus". E o que são os "filmes maus"? Precisamente: obras que não se ajustam a ideias preconcebidas de raça, sexualidade ou justiça social. 

Joseph Goebbels não diria melhor. 

Mas Lindy West não é caso único. A revista The New Yorker, que está francamente insuportável, perguntava nas vésperas do Oscar quantos filmes seriam aprovados pelo "Teste Bechdel". Segundo esse teste, existem 3 questões fundamentais que devem ser formuladas sobre qualquer filme: 

a) existem duas (ou mais) personagens femininas com direito a nome próprio?; 
b) essas personagens falam uma com a outra?; 
c) em caso afirmativo, será que as personagens femininas falam sobre assuntos que não incluam "o homem"?

Para a revista, "Lady Bird", "The Post" e "Corra!" passam no teste. "A Forma da Água", "Dunkirk" e "O Destino de uma Nação" fracassam miseravelmente. 

Moral da história?

Grande parte da cultura popular é uma forma tosca de propaganda. O livro, o filme ou a peça de teatro já não obedecem a critérios estéticos ou intelectuais do criador. As obras ajustam-se a uma cartilha tão autoritária, atrasada e brega como as propagandas do passado.

Sim, não temos denúncias de "negritude", "bolchevismo cultural" ou "decadência burguesa". Mas, no seu lugar, surgem os pecados do "machismo", da "heteronormatividade" ou da "misoginia". 

O fim é o mesmo: a abolição da liberdade individual pelo fanatismo da tribo. Perante isto, a pergunta leninista: o que fazer?

Pessoalmente, tentar remar contra os novos bárbaros - ou, inversamente, pensar e criar como se eles não existissem. É a única forma de proteger a integridade da arte.

Até porque há uma lição consoladora na história da propaganda: os bárbaros acreditam que têm o "espírito do tempo" do seu lado. Fatalmente, quando lemos os seus nomes em livros esquecidos, nenhum deles legou uma obra que mereça dois segundos de atenção.


Faz sentido: quem é escravo do tempo morre com o tempo.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2018/03/os-escravos-do-tempo

March 06, 2018

Discernimento para entender o que realmente está acontecendo

.
"pois não é contra carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniquidade nas regiões celestiais" (Ef 6: 12).

"O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (Jo 10: 10).

"De modo que, de agora em diante, a ninguém mais consideramos do ponto de vista humano. Ainda que antes tenhamos considerado a Cristo dessa forma, agora já não o consideramos assim. Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação (2 Co 5:16-18).
.

March 05, 2018

A prática da alegria

.
Não vos entristeçais, — a alegria do Senhor é a vossa força [Ne 8.10]

Textos de apoio:
Gl 5.22
3 Jo 4
2 Sm 6.14, 15
Dt 16.11
Fp 2.18
Fp 3.1; 4.4

A alegria não é só uma opção de vida. É uma ordem de Deus ao seu povo. Em Cristo, é uma aberração não ser alegre. É um mau testemunho. É uma contra-evangelização. É uma falta de coerência.

O mandamento da alegria está espalhado nas Escrituras Sagradas: nos livros da lei, nos salmos, nos profetas, nos Evangelhos, nas epístolas e no Apocalipse.

A Bíblia ensina uma alegria teimosa, aparentemente arrogante, baseada na fé, e não na instabilidade das circunstâncias de tempo e lugar, comprometida mais com a saúde da alma do que com o bem-estar físico. 

Não significa necessariamente um sorriso nos lábios, mas uma atitude interior de confiança, esperança e satisfação em Deus.

1. Para entender o que a Bíblia fala

a) Como era possível o profeta Habacuque manifestar alegria em meio a tanta desolação? (Hc 3.17-19)

b) Como Paulo, estando preso, podia exortar aos crentes de Filipos que se alegrassem? (Fp 4.4, 11-13)

c) A Bíblia descreve o regozijo do povo de Deus no correr dos anos e não economiza palavras para mencionar a intensidade e a qualidade dessa alegria. Como ela é definida nestes textos?
  • 2 Co 8.2
  • Sl 16.11
  • 1 Pe 1.8
  • Is 51.11
d) Quem está na origem da verdadeira alegria? (Sl 16.11; 43.4; 90.14; Ec 2.25) Várias vezes a Bíblia se refere à alegria em Deus ou alegria no Senhor. O que isso significa? (Sl 9.2; 32.11; 63.11; 97.12; Hc 3.18; Fp 3.1; 4.4)

e) Quais são as minas de alegria, que estão sempre relacionadas à pessoa de Deus?
  • 1 Ts 1.6
  • Lc 10.20
  • At 15.3
  • Is 53.11
  • Sl 119.162
  • Pv 21.15
  • At 20.35
  • Tg 1.2

Hora de avançar

A prática da alegria é a arte de oferecer resistência à tristeza por meio do gozo proporcionado pela presença de Deus na vida daquele que o busca honesta e continuamente. Depende da descoberta e exploração das muitas e variadas minas de alegria que estão à margem do caminho em direção à vida eterna.

2. Para Pensar

As vozes da alegria provocada pela restauração e dedicação dos muros de Jerusalém na época de Esdras e Neemias foram ouvidas a uma grande distância (Ne 12.43). O Salmo 42 lembra com saudades da multidão em festa por ocasião das procissões à casa de Deus, “entre gritos de alegria e louvor” (v. 4).

Mas nem todo tempo é tempo de alegria. Afinal, ainda vivemos num mundo de dor, pecado, morte e tristeza. Salomão já dizia: [Há] tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de saltar de alegria (Ec 3.4). 

O próprio Jesus, a fonte de toda a alegria, teve momentos de tristeza. Veja alguns exemplos e os nomes dos personagens que sentiram ou deveriam ter sentido tristeza (Rm 9.1-5; Jó 31.29; Os 9.1; e, Tg 4.9). 

A tristeza não deve durar para sempre. Ela deve cumprir o seu papel e ser substituída novamente pela alegria: Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã (Sl 30.5); Alegra-nos por tantos dias quantos nos tens afligido, por tantos anos quantos suportamos a adversidade (Sl 90.15).

O que disseram

A alegria propicia o louvor: “Está alguém alegre? Cante louvores” (Tg 5.13). À alegria se conjuga o louvor, ao louvor se conjuga a música e à música se conjuga a expressão corporal. Momentos de intensa alegria foram descarregados na música e na dança, como no exemplo de Miriã, logo depois da travessia do mar Vermelho (Êx 15.20-21).

Os motivos de alegria do cristão são diametralmente opostos aos motivos seculares; estes, na verdade, produzem mais sensação do que condição de bem-estar. A alegria dos secularizados depende do ter, e não do ser; de receber, e não de dar; de galgar posições, e não de servir; de proteger-se, e não de arriscar-se pelo Senhor.

3. Para responder

a) Você está vivendo um tempo de chorar ou um tempo de saltar de alegria?

b) Mesmo que a situação humana não favoreça, como você pode ser fortalecido pela alegria do Senhor?

Você e Deus

Busque continuamente a Deus, pois na sua presença “há plenitude de alegria” (Sl 16.11).

Fonte: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/pratica-da-alegria/

March 04, 2018

Casamento para além do contrato

.
- Jonathan Freitas

Em certo sentido, casamento é um contrato. Há duas partes constituindo uma sociedade. Cada qual recebe novos direitos e deveres mútuos. Como o horizonte de tempo é amplo e a caminhada, incerta, riscos são inerentes. Estipulações são estabelecidas a fim de conservar o acordo. Objetivos e parâmetros de referência são negociados no decorrer do processo. Cláusulas delimitam condições para o bom andamento da relação de confiança proposta. A palavra de fidelidade dita e escrita atesta o compromisso. A autenticidade dos envolvidos valida a união. Testemunhas confirmam o ato e a ele se atrelam. Assinaturas dão fé quanto à promessa e cada novo dia tem de ser rubricado pelo casal.

Mas, de acordo com a Bíblia, casamento é muito mais do que um contrato. Na visão bíblica, casamento é aliança e “aliança” é pacto (Mt 19.6). O sangue derramado no leito consuma o ato conjugal. Sendo consumado nesse nível, há data e local de início, mas quanto ao término, apenas a morte é autorizada a ocasioná-lo. Qualquer outra intercorrência permanece dentro do foro íntimo do casal, devendo ser dirimida na comarca do amor prometido. Essa é a jurisprudência dos anéis trocados. Não uma parceria sob certas condições, mas um voto incondicional. Não uma ameaça do ônus que seria imposto no caso de quebra das regulamentações, mas a desistência do cálculo. Não um mediador da desconfiança entre os envolvidos, mas uma promessa de transparência simétrica, “sin cera”. Não um instrumento jurídico para prevenir uma atitude oportunista, mas, em si, uma oportunidade divina dada a ambos.

Assim, casamento é graça de Deus; e “graça” é dom (Pv 18.22; 19.14). Não uma recompensa devida, mas um presente imerecido. Não um retorno sobre o seu investimento, mas um investimento divino em você, a despeito da sua capacidade de lhe dar retorno. Não uma honra ao mérito, mas uma dádiva que, pela generosidade, nos constrange. Não uma decisão da qual orgulhar-se, mas uma concessão pela qual agradecer.

Portanto, você só o experimentará plenamente se recebê-lo como um presente. É só olhando para o alto e dando “graças” que você se encontrará na posição apropriada para vê-lo corretamente. É só na abertura para o Eterno que você achará a chave para desdobrar essa nova história que se inicia no tempo. É só ao descobrir-se como um filho amado e perdoado por Deus que você estará em condições de não manter o registro das dívidas do outro, mas de perdoar suas ofensas. Somente ao receber o casamento como uma dádiva você estará apto para enxergá-lo, não como um fluxo de caixa, mas como um fluxo de amor, de Deus para o seu cônjuge, canalizado por você. Em qualquer outro caso, o casamento fica, literalmente, sem graça pois a sua essência é perdida.

Por isso, por ser essencialmente uma graciosa aliança, o casamento, para ser pleno tem de ser recebido como tal. É só interpretando a história como o casamento do Filho de Deus com o seu povo que se percebe a alegria escondida no chamado a refletir esse grande casamento em nossas relações. É só ao abrir os olhos para o que significou o sacrifício de Jesus na cruz que se está apto para apreender a dimensão de um pacto de sangue como é o casamento. É só ao perceber-se convidado para uma aliança eterna com Deus, por meio de Jesus, que alguém está em condições de vivenciar não somente a lei matrimonial, mas também o princípio que primeiro a inspirou. Afinal, ninguém pode dar o que não recebeu. Somente ao receber o casamento como um sinal do tipo de relação que Deus deseja ter com o ser humano é que se abre a possibilidade de não ficar aprisionado à lógica de direitos e deveres, mas de lançar-se em aliança com o cônjuge. Em qualquer outro caso, o casamento fica, literalmente, reduzido a partes, pois perde a indissolubilidade da união que o motiva.

Portanto, que o casamento seja vivido “a três”, definindo-se o relacionamento conjugal em relação ao relacionamento com Deus. Que, assim, em nossa sociedade confusa quanto ao significado dessa instituição divina, reabram-se as portas do mistério do matrimônio. Mistério esse que não pode ser experimentado pelos que o reduzem a somente um ímpeto emotivo ou um cálculo racional. Que o casamento seja novamente vivenciado como uma expressão de fé, a partir da qual emoções e razões, afetos e contratos, repousem unicamente na graça da aliança.

Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/365/casamento-para-alem-do-contrato