September 30, 2018

Surprised by Joy

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Pessoas não mudam. 

Essa é a tese de Po Bronson, em seu livro O que devo fazer da minha vida? (Editora Nova Fronteira). Depois de mais de 900 entrevistas, Bronson conta a história de 40 pessoas e chega à conclusão de que as pessoas falam em mudar, mas na verdade, mudam apenas quando não têm alternativa.

Essa é uma visão otimista, pois a IBM, em sua Conferência de Inovação Global realizada em novembro de 2004, buscou soluções científicas e tecnológicas para os grandes problemas atuais. No topo da agenda estava a questão da saúde, que custa aos Estados Unidos 1,8 trilhão de dólares ao ano (quase três vezes o PIB do Brasil). 

O fenômeno tão caro aos americanos é agravado pelo fato da constatação de outra pesquisa: diante de alternativa de mudar ou morrer, apenas 1 entre cada 10 pessoas realmente promove alterações em sua maneira de pensar e modifica seus hábitos e estilo de vida.

Sigmund Freud dizia que existem quatro fatores determinantes da transformação pessoal:
  • o sofrimento;
  • um grande amor;-
  • a psicanálise; e
  • a experiência religiosa.
Concordo, apesar de crer que mudança não significa necessariamente tornar-se uma pessoa melhor. Muita gente muda para pior. 

Não é todo mundo que sai do sofrimento aperfeiçoado. 

Paixão romântica é diferente de amor, e não necessariamente afeta desvios de caráter e personalidade. 

A análise não se propõe a mudar ninguém, mas a entregar a cada um a sua própria verdade. Daí por diante, as pessoas devem contar com seus recursos interiores para, de fato, ajustar suas vidas, e o problema é que nem todo mundo tem recursos interiores..

A experiência religiosa, por sua vez, não pode ser confundida com o encontro com Deus, e, infelizmente, parece que a religião tem contribuído mais para adoecimentos do que para processos de saúde pessoal, comunitária e social.

Acho que o profeta hebreu tinha essa mesma sensação a respeito dos processos de transformação pessoal. Deve ter pronunciado com pesar o veredicto de Deus: "Será que o etíope pode mudar a sua pele? Ou o leopardo as suas pintas? Assim também vocês são incapazes de fazer o bem, vocês, que estão acostumados a fazer o mal" (Jeremias 13.23 NVI).

Mas não desisto. 

Pessoas mudam, sim. Jacó mudou quando lutou com Deus. Mas teve que lutar muito antes de mudar. Lutou não porque Deus não quisesse transformá-lo, mas certamente porque ele, Jacó, se recusava a se deixar transformar. Geralmente é assim. 

Mudar implica admitir erros e pecados; abandonar hábitos arraigados; romper relacionamentos duradouros; renunciar confortos convenientes; abrir mão de convicções antigas; aprender coisas novas, reeducar o corpo, a mente, as emoções; re-significar memórias; e, principalmente, outorgar perdão.

Mudar implica abandonar a ilusão e encarar a verdade

E a verdade geralmente dói. 

A verdade a nosso respeito, a respeito das pessoas que amamos e das pessoas que acreditamos que nos amam. Talvez por isso as pessoas mudem pouco, sejam poucas as pessoas que mudam, e as mudanças demorem a se solidificar.

Pessoas mudam, sim. 

Mudam porque não há pecado ou culpa que Deus não possa perdoar. Mudam porque não há lugar tão distante ou abismo tão profundo que o amor de Deus não possa alcançar. Mudam porque Deus é especialista em transformaçõesÉ aquele que faz novas todas as coisas.

E Sua graça é irresistível ; ).
© 2005 Ed René Kivitz
Fonte: http://www.ibab.com.br/ed050904.html

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=d69geLYJmOo
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September 29, 2018

Súplicas de um coração necessitado

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Ó Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador e muito instável.

Livra-me dos altos e baixos. Livra-me dos altos e baixos frequentes demais. Livra-me da instabilidade emocional.

Ajuda-me a consultar o passado, mas não a me acorrentar a ele. Ajuda-me a esquecer das coisas que para trás ficam e avançar para as que estão diante de mim.1 Não me deixes colecionar tristezas, nem dores, nem decepções, nem afrontas, nem amarguras. Não me deixes chorar para sempre a morte de um ente querido. Dá-me o raciocínio de Jó: “O Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!”2 Dá-me a capacidade de entrar na tua casa e adorar-te, mesmo depois da morte de um filho.3

Peço-te a graça de não desprezar, e muito menos supervalorizar, as emoções.

Ajuda-me a colocar a tua Palavra e a minha confiança em ti na frente das emoções. Para eu não condicionar a minha alegria e a minha disposição aos pequenos e poucos períodos de facilidade. Se eu tiver uma dor de cabeça ou uma indisposição física; se o dia amanhecer encoberto ou chuvoso; se estiver muito quente ou muito frio; se meu salário vier atrasado ou com muitos descontos — que nada disso altere o meu vigor.

Coloca-me a salvo da sensibilidade exagerada, da tristeza prolongada, da amargura doentia, da dor no íntimo, da melancolia dos românticos, da preocupação excessiva, dos nervos à flor da pele, do pavio curto e da dificuldade de perdoar — fazendo-me esquecer.

Não me deixes trazer os problemas de ontem e os problemas de amanhã e ajuntá-los todos com os problemas de hoje. Ajuda-me a não me esquecer de observar as aves do céu e os lírios do campo e a me lembrar daquela palavrinha de Jesus: “Basta a cada dia o seu próprio mal”.4

Livra-me de abrir caminho para a depressão. Seja pelos cuidados espirituais, seja pelos cuidados médicos, seja pela boa manutenção de minhas relações humanas. Não me deixes temer a depressão. 

Que teus braços sejam meu refúgio contra ela e que neles eu encontre a proteção da paz “que excede todo o entendimento”.5

Amém.
1. Filipenses 3.13; 
2. Jó 1.21; 
3. 2 Samuel 12.20; 
4. Mateus 6. 25-34; 
5. Filipenses 4.7.
Fonte: http://ultimato.com.br/sites/blogdaultimato/2017/07/07/livra-me-da-depressao/

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=wOzj2OI_KPU

September 28, 2018

Surrender

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Jacó lutou com Deus no Vale de Jaboque. Disse a Deus "não te deixarei ir até que me abençoes". Literalmente, saiu no tapa com Deus, e levou a pior: foi ferido no nervo da coxa e passou o resto da vida mancando. Mas foi abençoado, e nesse sentido se deu bem. Seu nome deixou de ser Jacó, que quer dizer "aquele que age traiçoeiramente", e passou a se chamar Israel, "aquele que luta com Deus". 

A pergunta por trás dessa história é por que um homem tem de lutar com Deus para ser abençoado?  Estaria Deus se recusando a abençoar? Teria Deus má vontade em fazer o bem? Seria o caso de Deus não ser tão generoso quanto queremos acreditar? Será que as bençãos de Deus nós as conquistamos às custas de muito esforço, através de vigílias de oração, correntes de fé, jejuns, sacrifícios com ofertas financeiras, penitências, e tantas outras expressões próprias das religiões? Seria a nossa parte "tomar posse" das bençãos e a parte de Deus dificultar ao máximo o acesso aos seus favores para que somente os muito perseverantes os alcancem? Precisamos mesmo reivindicar o que é nosso? Enfim, por que a Bíblia diz que Jacó lutou com Deus até ser abençoado por Ele?

A luta com Deus não se justifica pela necessidade de convencer Deus a abençoar. A luta com Deus não visa a mudar o coração de Deus em relação a nós e nossas necessidades e desejos. 


Lutamos com Deus porque queremos ser abençoados em nossos termos. Lutamos com Deus porque não queremos permitir que Ele transforme nossos corações e mentes. Lutamos com Deus porque nos recusamos a mudar. Lutamos com Deus porque queremos os favores de Deus e ao mesmo tempo queremos permanecer as mesmas pessoas que sempre fomos, agarradas aos mesmos vícios, padrões de pensamento, idéias fixas, comportamentos maléficos e sentimentos mesquinhos. Lutamos com Deus como quem diz "anda logo, responda a minha oração, atenda os meus anseios e não se meta na minha vida". Lutamos com Deus porque queremos impor sobre Ele nossa vontade, em vez de nos submetermos à Sua vontade, que é sempre boa, perfeita e agradável.


O evangelho não é um caminho de conquista de bençãos. O evangelho é um convite à intimidade com Deus, numa caminhada onde nossos corações e mentes vão sendo transformados de modo a nos ocuparmos tanto com o reino de Deus, a justiça de Deus e a glória de Deus, que nem nos damos conta que as coisas que desejamos Deus no-las concede como expressão de Seu cuidado paterno amoroso e fiel.


© 2006 Ed René Kivitz

Fonte: http://www.ibab.com.br/ed060226.html

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=svHhGAmGz5g

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September 27, 2018

Príncipe da Paz

Isaías 9

2O povo que andava na escuridão viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas. 3Tu, ó Deus, aumentaste esse povo e lhe deste muita felicidade. Eles se alegram pelo que tens feito, como se alegram os que fazem as colheitas ou como os que repartem as riquezas tomadas na guerra. 4Tu arrebentaste as suas correntes de escravos, quebraste o bastão com que eram castigados; acabaste com o inimigo que os dominava, assim como no passado acabaste com os midianitas. 
5As botas barulhentas dos soldados e todas as suas roupas sujas de sangue serão completamente destruídas pelo fogo. 6Pois já nasceu uma criança, Deus nos mandou um menino que será o nosso rei. Ele será chamado de “Conselheiro Maravilhoso”,“Deus Poderoso”, “Pai Eterno”, “Príncipe da Paz”.7Ele será descendente do rei Davi; o seu poder como rei crescerá,e haverá paz em todo o seu reino. As bases do seu governo serão a justiça e o direito,desde o começo e para sempre. No seu grande amor, o Senhor Todo-Poderoso fará com que tudo isso aconteça.

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=yyR8cwK_9z8

September 26, 2018

Não fiquem com medo das notícias que ouvirem










Indignação e desesperança. Muitos têm experimentado esses sentimentos quando veem as notícias que trazem à tona a podridão da corrupção sistêmica instalada na sociedade brasileira. Quase todo dia novos inquéritos são abertos, investigações instauradas e operações deflagradas, resultando em dezenas de conduções coercitivas e prisões de grandes empresários e figuras políticas. Da Câmara ao Senado, dos partidos de A a Z, poucos se salvam.

Nestes dias de grande instabilidade, teme-se que o país vá mais fundo nesta crise em que mergulhou nos últimos anos. Há quem diga, inclusive, que podemos sim afundar mais caso não sejam aprovadas as reformas trabalhista e previdenciária.

O cenário é caótico e o futuro é incerto. E, mesmo com profunda indignação e desesperança, não podemos nos deixar ser tomados pela apatia ou pela alienação, como nos lembra Robinson Cavalcanti: “nos cabe reescrever os projetos, construir a história, devolver a esperança”. Para isso, nos voltamos para as Escrituras, onde o profeta Jeremias (51.46-50) nos encoraja: “Não fiquem com medo das notícias que ouvirem. Continuem andando”.


Durante todo o mês, Ultimato abordará temas atuais relacionados à atualidade brasileira, numa perspectiva cristã. Vamos reverberar a mensagem profética aplicando-a aos dias de hoje e reafirmar verdades bíblicas sobre governo, justiça, verdade e ética. Além disso, vamos resgatar para nossos leitores um vasto conteúdo já publicado nos blogs, na revista Ultimato e no Portal Ultimato Online. 


Confira:


Política, cultura e ética no Brasil: um problema histórico


Nos últimos anos, os brasileiros têm ficado estarrecidos com uma sucessão interminável de casos de corrupção envolvendo diferentes setores dos poderes legislativo, executivo e judiciário, tais como o episódio do mensalão, a máfia das ambulâncias, a indústria de liminares e as recentes falcatruas envolvendo uma empreiteira. [Alderi Souza de Matos]


O país errado


Estou no Brasil há mais de quarenta anos, e tenho a impressão de estar no país errado. Meu pequeno pé pisou pela primeira vez em solo brasileiro em plena Era JK. Tudo era possível. Mas o ufanismo durou pouco, e a brusca volta à realidade doeu tanto quanto a frase de Charles de Gaulle: “O Brasil é o país do futuro, e sempre será”. [Mark Carpenter]


O país certo


A grandeza do Brasil está não apenas na imensidão geográfica que nos abriga, mas nos 180 milhões de brasileiros que aqui vivem, familiares e famigerados, justos e injustos, honestos e hipócritas, benditos e bandidos, predadores e vítimas. [Mark Carpenter]


Cura para uma sociedade enferma


No passado, Deus mostrou aos israelitas que a solução dos graves problemas nacionais enfrentados por eles exigia decisão, iniciativa e mudança de coração. Existem alguns “maus caminhos” dos quais os brasileiros, em especial os cristãos, precisam se converter para que haja cura na sociedade enferma. [Alderi Souza de Matos]


A mui santa participação política


O mundo nunca será perfeito antes da Nova Jerusalém, mas pode estar muito pior em razão da nossa omissão ou do nosso apoio aos mais egoístas por interesses próprios. O engajamento obediente é um sinal de santidade ativa. [Robinson Cavalcanti]


Um país sem alternativas?


Não temos um projeto nacional claro e exeqüível, proposto à nação por algum grupo, partido ou candidato. Isso é muito preocupante. Com os governadores, senadores e deputados, em grande maioria, sem conteúdo, ética, programa, compromisso ou fidelidade partidária, para os cristãos este é um momento para pano de saco e cinzas, jejum e oração, arrependimento e clamor. [Robinson Cavalcanti]


História: a hora e a vez do Brasil


O palco da História da Providência pode, muito provavelmente, estar reservando um lugar único para o Brasil nesse momento. Lugar de resistência e de devolução de esperanças para o mundo pós-moderno, destinado a construir a "Civilização do Lazer", que sucederá a "Civilização do Trabalho". [Robinson Cavalcanti]


País apodrecido, igreja insípida


Metade dos escândalos que explodiram no Brasil teriam provocado revoluções em qualquer outra parte do mundo. Apesar do sensacionalismo da imprensa, dos gritos hipócritas das oposições e da “cara de pau” das situações, a rotina nacional não sofreu alteração. Ninguém está chateado com a desonestidade dos de cima; o aborrecimento é por não se estar lá também. [Robinson Cavalcanti]


Começar de novo — superando o pecado estrutural


Apesar das decepções, não percamos a esperança, procurando participar de uma sociedade civil fortalecida, informada, esclarecida, mobilizada e combativa (pelos “bons combates”), e por novas alternativas partidárias (com suas limitações e possibilidades), como espaços para o nosso testemunho, na diversidade das nossas profissões, vocações e dons, a serviço do reino e do Rei. [Robinson Cavalcanti]


Aproximemo-nos o máximo possível da nossa utopia política


A ética política não é apenas ser ético individualmente na política. O deputado evangélico não pode ser corrupto, mas também não pode defender o status quo, defender a manutenção de uma sociedade como a nossa, que é campeã mundial de desigualdade social. [Paul Freston]


A participação dos evangélicos na política brasileira


Concentramo-nos em debates sobre o milênio e a tribulação, pois, quando não se atua neste mundo, se pensa no “outro” mundo. A construção de um pensamento evangélico latino-americano foi deixada de lado, pela importação de correntes teóricas e dos setores mais conservadores dos Estados Unidos. [Robinson Cavalcanti]


Cristãos e política: uma relação imprescindível


O envolvimento dos cristãos com a esfera política e partidária sempre será uma faca de dois gumes. A tentação de obter vantagens pessoais e corporativas em detrimento do bem coletivo está sempre presente. A possibilidade de usar o poder político e econômico como instrumento de dominação e manipulação é uma constante. [Alderi Souza de Matos]


O padrão de conduta é alto demais e a carne é fraca demais, todavia a salvação é grande demais


Em tempos difíceis e sombrios, de generalizada corrupção, o paradigma precisa ser redescoberto, como aconteceu na época da Reforma. [Elben César]


Desonestidade e autoengano


Integridade, honestidade e transparência são virtudes que exigimos nos outros, mas nem sempre estamos dispostos a oferecê-las. Esperamos que os políticos, colegas de trabalho e cônjuges sejam íntegros, honestos e transparentes, mas nos recusamos a fazer o mesmo. [Ricardo Barbosa]


Não furtarás


O que percebemos é que roubo, furto, sequestro e engano não são problemas da sociedade moderna, tampouco da violência urbana. Milhares de anos atrás já havia leis específicas para várias situações, inclusive no contexto agrário e rural. A violência que ameaça os direitos individuais de um cidadão urbano moderno não é diferente daquela que ameaçava uma família nômade ou pastoril milhares de anos atrás. [William L. Lane]


“Estamos francamente decepcionados!”


A decepção generalizada, ou globalizada, é com o que se lê, com o que se vê, com o que se ouve e com o que acontece. É causada por justas razões. Além de estarmos de mãos e pés amarrados quanto à solução de antigos e intrigantes problemas, eles se tornam maiores, mais amplos, mais ameaçadores e mais complexos. [Elben César]


Quem leva a Bíblia a sério obriga-se a levar também a sério a justiça social


Em nenhum momento, o evangelho nos dispensa da obrigação de elaborar as leis da justiça social no papel e no modo de viver. O chamado à justiça social está no Decálogo, nas leis secundárias, nos Provérbios, nos profetas, no exemplo de Jesus, no segundo grande mandamento, na instituição do diaconato primitivo e na Epístola de Tiago, o servo do Senhor que não tinha papas na língua. [Elben César]


Eu quero falar sobre política... indignado!


O lugar onde a justiça e o amor se encontram é a oração. Lá podemos expressar a nossa indignação quanto ao presente estado das coisas. Lá podemos chorar pela injustiça, nossa e dos outros. Lá vemos nossa raiva no espelho. Mas é também lá onde balbuciamos um pedido de perdão, a busca de uma atitude de serviço e intercessão por nossas autoridades. [Valdir Steuernaguel]


O pecado do lado de dentro


Não é nada fácil. Mas não pode haver sobrevivência espiritual e ética se não houver vitória sobre o pecado que mora dentro de nós. Os instintos pecaminosos têm uma força enorme, que deve ser levada em consideração. [Elben César]


O jeito Brasil de ser corrupto e a Igreja


No Brasil o jeitinho está tão impregnado no cotidiano como uma tinta de tingir roupa que já se tornou comum, alcançando desde o cidadão que busca alguém para lançar seus pontos da carteira de habilitação ou o frentista do posto de gasolina que lhe pergunta o valor que deve colocar na nota fiscal do combustível até empresários e políticos que se tornaram protagonistas do que foi conhecido como “mensalão”. [Lourenço Stelio Rega]


Faces da corrupção


Corrupção é um tema que possui muitas faces; algumas ocultas, escondidas nas máscaras culturais, outras bem abertas, porém que apenas geram discursos moralistas, e não soluções concretas. Este “painel” de opiniões mostra que o desafio de combater a corrupção é mais amplo e profundo do que podemos imaginar.


A corrupção: causas e reações


Todos nós somos, em alguma medida, corruptos por causa do pecado. Mas, ao mesmo tempo, na sociedade a corrupção é muito variada: é mais alta em alguns países do que em outros, e no mesmo país pode variar ao longo do tempo. Por isso, precisamos de outras categorias; e aí as coisas se complicam um pouco. [Paul Freston]


A nascente da corrupção


Para descobrir a idade da corrupção basta descobrir a idade do ser humano. Isto quer dizer que a corrupção é tão antiga quanto a criatura humana. Para ser mais exato, a corrupção é um pouco mais nova. Entre a criação do ser humano e a queda há um espaço de tempo ignorado. [Elben César]


O Mistério da Iniquidade em Alta


“A sociedade brasileira está gravemente enferma. Seus órgãos padecem de corrupção que a corrói com o poder devastador da gangrena. Suas funções estruturantes perverteram-se no caos das disputas de privilégios. A injustiça campeia como micróbio resistente que lhes contamina as entranhas.”


Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/nao-fiquem-com-medo-das-noticias-que-ouvirem

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=kc0DKzPdv44

September 25, 2018

Your Love Never Fails

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Nothing can separate
Even if I ran away
Your love never fails

I know I still make mistakes

But You have new mercies for me everyday
Your love never fails

You stay the same through the ages

Your love never changes
And may be pain in the night
But joy comes in the morning

And when the oceans rage

I don't have to be afraid
Because I know that You love me
Your love never fails

The wind is strong and the water's deep

I'm not alone in these open seas
'Cause Your love never fails

The chasm is far too wide

I never thought I'd reach the other side
'Cause Your love never fails

'Cause you stay the same through the ages

Your love never changes
There may be pain in the night
But joy comes in the morning

And when the oceans rage

I don't have to be afraid
Because I know that You love me
Your love never fails

https://www.letras.mus.br/jesus-culture/1404625/traducao.html

September 24, 2018

Raiar de um novo dia

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- Cayo Santos

O choro pode durar uma noite inteira, mas… O salmo tem os pés no chão da realidade e da dor, porém, é regado pela expectativa da mudança e do consolo. O realismo que se mostra na concordância do “pode” é confrontado pelo “mas”, adversativa da esperança. Sim, porque o choro pode até durar o tempo de uma escuridão que, de tão densa, consegue revesti-lo de aparente eternidade, mas que, todavia, se interrompe. 

Pois toda escuridão haverá de conhecer o seu fim. Incontinenti, a luz, imparável, rompe as trevas como esperança que inaugura a poesia do nascer de um novo dia. Brilha, sem que contra ela possa resistir a força sombria da noite.

A alegria que chega ao amanhecer.
Há um prazer sereno, secreto; uma espécie de recompensa, um favor meio que misterioso, sem causa aparente, quando dispomos nossos velhos olhos viciados, atraídos pela escuridão, a olhar para o alto, bem cedinho, donde brotam os primeiros raios do sol, iluminando um novo dia. Há uma misteriosa percepção da dádiva que é respirar, mais uma vez, a brisa orvalhada de uma manhã… um mistério revelador de uma presença amorosa, fiel e constante, que está sempre lá, ainda que, nem sempre, sejamos suficientemente sensíveis para notá-la, ou ainda que, para nossa desventura, vivamos inebriados pela ilusão do controle e por nossas certezas exatas, alarmistas, que teimam em amplificar o mal, o feio, o tosco… Não importa, ainda que não percebamos, tal como o sol que brilha no universo enquanto dormimos, mesmo que não o vejamos, Ele permanece presente.
O aprendizado da noite será útil se houver disposição para um novo caminhar. 

Verter passos em uma nova direção pode nos levar ao deserto, não obstante, é nas sombras do anonimato que enfrentamos e, na solitude da alma, vencemos os nossos próprios demônios. É na solidão dos ermos escuros de nossos corações que experimentamos a visita do Eterno, que estará conosco na jornada e enviará seus anjos de luz para nos alimentar e confortar depois da vitória.
São caminhos seguros para o equilíbrio, o silêncio, a quietude e a voluntária abstinência do demasiado, que entulha nosso coração. Desapego a ser aprendido, o abrir mão daquilo que foi levado pela sombra do sofrimento. Perdas que preparam para a diminuição das expectativas e dos desejos. Preparam para a singeleza da alma, para ver a completude que pode existir no pouco, mas suficiente. A simplicidade profunda está no cultivo da amizade com o Deus trinitário, onde não há lugar para o manejo de uma relação utilitária com uma divindade do poder. Está na consciência de sua presença. Presença constante, “natural”, na vida, no tempo, na história.
Sensibilizar o coração para perceber esta presença bendita é dádiva do alvorecer. 

Alvorecer que se faz gênese tranquila do novo, que é calma da alma: deliberada disposição para ouvir os sons da vida, do vento, dos pássaros e enxergar os verdejantes pastos que refletem a generosa luminosidade prateada dos primeiros fachos de luz, sobre a paisagem do nosso viver… e sossegar no colo do Criador.
A luz bendita do novo dia da alegria se materializa na confiança que depositamos em Deus. Concretiza-se, consoante o conselho dos sábios, em nossa postura e em nossas ações: cala e não te meças com os outros; exercites a moderação da língua e do ventre e não voltes aos pecados do passado.

O que passou, passou. 

Confie sempre na graça e na benevolência de Deus. O que está perdoado, está perdoado.

Viva em paz, escolha olhar para a luz… e experimente a alegria que vem com a manhã.
Fonte: http://www.ippdf.com.br/comunidade/boletim-da-semana/amanhecer/

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=1uEvXoG3zA8
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September 23, 2018

Desabamento

Todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína. (Mt 7.26, 27)
- Élben Cesar

Três filhas e sete filhos de Jó estavam comendo e bebendo em casa do mais velho quando um forte vento do lado do deserto soprou nos quatro cantos da casa e a derrubou. Todas as dez pessoas morreram naquele dia (Jó 1.18, 19).
No tempo de Jesus, uma pequena torre, conhecida como a Torre de Siloé, desabou sobre dezoito pessoas e as matou (Lc 13.4, 5).
Das chamadas Sete Maravilhas do Mundo, quase todas ao redor do lado oriental do mar Mediterrâneo, apenas as Pirâmides do Egito continuam de pé. Os Jardins Suspensos da Babilônia, o Templo de Ártemis em Éfeso, a Estátua de Zeus em Olímpia, o Mausoléu de Hadicarnasso, o Colosso de Rodes e o Farol de Alexandria já não existem. O Templo de Ártemis, que tinha 106 colunas de 12 metros de altura, foi incendiado e arrasado no ano 356 a.C., cerca de dois séculos depois de construído. O Farol de Alexandria, que foi concluído por Ptlomeu II (308-246 a.C.) e tinha 134 metros de altura, veio ao chão por causa de um terremoto. Igual sorte teve o Colosso de Rodes, uma estátua oca de bronze de 37 metros de altura, logo depois de terminado, no ano 224 a.C.
De todos os desabamentos, porém, o mais dramático certamente é o das torres do World Trade Center, em Nova York, ocorrido no dia 11 de setembro de 2001. As duas torres maiores eram quase 12 vezes mais altas que o Colosso de Rodes e tinham 110 andares cada uma. O desabamento provocou a morte de mais de 3.600 americanos e mais de 2.700 estrangeiros de pelo menos sessenta países. Deixou 1,2 milhão de toneladas de entulho e milhares de pedaços de corpos humanos.
Muito provavelmente, Jesus teria aproveitado a comoção provocada pela morte das dezoito pessoas soterradas pelos escombros da Torre de Siloé para falar sobre outro tipo de desabamento. No final do Sermão do Monte, Ele declarou: “Todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína” (Mt 7.26, 27).

Fonte: https://ultimato.com.br/sites/elbencesar/2018/09/11/desabamentos/

September 22, 2018

Promessa é dívida

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Tu és a minha herança, Senhor, prometi obedecer às tuas palavras. (Sl 119.57)
- Élben Cesar
Há mais promessas não-cumpridas do que cumpridas. Até Pedro garantiu que não negaria o Senhor e o negou três vezes seguidas. Em várias ocasiões, o faraó do Egito prometeu deixar Israel ir embora e sempre voltava atrás, até depois da última praga, na qual morreu o seu primogênito.
Fazemos promessas demais, sem avaliar o peso e o preço de cada uma delas. São promessas irresponsáveis, feitas em momentos ora de emoção ora de grande aperto. Algumas são mentirosas desde o início. Outras partem de um coração agradecido e sincero, mas, mesmo assim, perdem-se no caminho naquele espaço de tempo entre o compromisso e a sua realização.
Uma das promessas mais elogiosas e, ao mesmo tempo, mais arriscadas, é a de pôr em prática as palavras de Deus. Jesus deixou bem claro que aquele que ouve a sua palavra e a pratica “é como um homem prudente que construiu a casa sobre a rocha” (Mt 7.24). Tiago, o mais enérgico de todos os escritores do Novo Testamento, explica que “aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência” (Tg 1.23,24).
A preocupação do salmista em levar a sério as coisas de Deus é notável. Ele assumiu o compromisso de obedecer: “Prometi obedecer às tuas palavras” (Sl 119.57). Aliás, ele afirma: “Esta tem sido a minha prática: obedecer aos teus preceitos” (Sl 119.56.) Em qualquer situação, mesmo que as cordas dos ímpios o queiram prender. No mesmo poema, o salmista repete: “Eu me apressarei e não hesitarei em obedecer aos teus mandamentos” (Sl 119.60).
Fonte: https://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2018/09/15/autor/elben-cesar/promessa-e-divida/

September 21, 2018

Mãos dadas, cérebros sincronizados

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Estudos já demonstraram que uma pessoa querida segurando sua mão diminui a sensação de dor

- Suzana Herculano-Houzel

Monitorar a atividade de um cérebro só já é coisa do passado. Um estudo de pesquisadores do Instituto Pasteur, na França, e da Universidade de Haifa, em Israel, registrou as ondas elétricas no cérebro de duas pessoas ao mesmo tempo - e descobriu que quando elas se dão as mãos, seus cérebros se sincronizam.

Interessados em entender como ter uma pessoa querida segurando a mão em momentos de dor é um ótimo analgésico, a equipe acompanhou a atividade cerebral em casais que se davam aos mãos ou não, enquanto a mulher em cada dupla recebia toques de uma vareta quente o suficiente para causar dor, mas não para ferir. 

Por que mulheres? Porque o efeito analgésico de alguém segurando a mão é maior sobre elas. Por quê? É uma pergunta para outra ocasião.

A pergunta da vez era se a analgesia do toque social seria devido à sincronização entre cérebros, ou talvez o que ela representa: ser compreendido.

Outros estudos já mostraram que a sensação de receber compreensão ativa o sistema de recompensa, que traz prazer; que ser tocado promove sincronização de ondas cerebrais entre participantes; que ter alguém segurando sua mão diminui a sensação de dor; e que a experiência de sincronização cerebral e fisiológica é prazerosa. 

O estudo, então, colocou tudo junto na forma de casais de mãos dadas ou não, enquanto a mulher recebia e avaliava a sensação de dor causada pela vareta quente. 

Resultado: sincronização das ondas elétricas entre os dois parceiros é muito maior quando há dor e mãos dadas, e quanto mais sincronizados os cérebros dos parceiros, maior é a empatia dele pela dor dela - e menor é sua sensação de dor.

"Coisa que a gente já sabia" (tirando a parte dos eletrodos), dirão alguns. Coisa que a gente agora sabe que é de verdade e não só "impressão", digo eu.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/suzanaherculanohouzel/2018/07/maos-dadas-cerebros-sincronizados.shtml

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=a9__xln2L28
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September 20, 2018

É difícil dizer adeus aos amigos - até para Jesus

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- Gabriel Louback

Ele era difícil de fazer amigos. Alguns não gostavam muito de seu passado, de onde tinha vindo. Diziam que daquele lugar não dava pra vir coisa boa. Outros consideravam-no um baderneiro: diziam que bebia demais e que não se controlava na hora de comer; que andava só com gente que não merecia confiança, traíras e gente sem caráter ou pudor. Por isso, muitos o odiavam.

Ele nunca me falou sobre isso, mas eu não duvido que tenha se sentido usado, sabe? Para quem tinha pouco, Ele deu muito. Para quem não tinha nada, Ele deu tudo. Distribuiu comida pra uma galera que estava com fome, ofereceu vinho do bom em uma festa na qual tinha acabado toda a bebida. Massa, né? Aí o negócio começou a ficar sério. Com Ele, teve cego que começou a enxergar, paralítico que passou a andar, e Ele lá, indo de um canto para o outro, só fazendo o que o povo pedia.
Vai dizer que você também não ia desconfiar que a galera estivesse só interessada no que você tem, e não em quem você é?
Sério, imagina a dificuldade pra Jesus fazer amigos verdadeiros. Se deve ser difícil pro Bill Gates, imagina pra Jesus? Estou falando de amigo de verdade, daquele que vai estar contigo no dia em que você lança o Windows, mas também no dia em que lança o Zune (lembra? Era o iPod da Microsoft). 

Amigo de verdade. Que vai continuar do seu lado no dia em que acabar o vinho, no dia em que você não andar sobre as águas, no dia em que não tiver cura. Amigo que não vai te abandonar quando te acusarem de conhecê-Lo, amigo que não vai te negar, amigo que vai estar ao seu lado ainda que você esteja morrendo crucificado. Não amigo desses que só vai pro momento da cura e libertação, do Espírito descendo como pomba e de Deus Pai falando com todas as letras que gosta de você, mas amigo de verdade, daquele que vai pra vigília contigo. Que vai pra vigília e não dorme.
Pense na dificuldade de Jesus em fazer um, apenas um amigo de verdade, sem ser por interesse. Pois bem, parece que essa é uma das maneiras de encarar o ministério dEle: Ele veio e fez 12 amigos, caminhou e trabalhou com eles, e deixou seus amigos responsáveis por continuarem o que Ele começou. Ele próprio falou por essa perspectiva, um pouco antes de deixar seus amigos: “Tenho esperado ansiosamente para comer convosco essa Páscoa” (Lucas 22:15). “Ansiosamente”. Essa palavra me intrigou. Afinal, você já viu Deus ansioso com algo?
Mas Jesus estava ali, ansioso pra comer com seus amigos. Amigos que permaneceram com Ele até mesmo em suas tentações! Sabe quando seu amigo te confidencia: “Cara, tô passando uma tentação difícil aí, ouve só…” Então, aqueles 12 ali tinham passado por isso, com o Filho do Homem. As tentações que o Deus Conosco, em carne e osso, passou.
Eu não consigo imaginar o sentimento de Jesus prestes a ser crucificado, mas consigo imaginar a dor e a nostalgia batendo ao pensar: “OK, daqui a pouco eu morro e depois ressuscito, mas depois disso vou ter que deixar esses caras aqui… a minha galera. Meus amigos da vida, que estiveram sempre comigo. Amigos que me amam de verdade. Que até vão me negar. Uma. Duas. Três vezes. Mas que vão voltar pra mim. 

Amigo mesmo, daquele que vacila e depois, arrependido, não vê a hora de te encontrar. Que pula do barco quando me vê de longe, não aguentando esperar. Amigo sincero, que fala na cara: ‘Duvido que você morreu e ressuscitou’, e que coloca o dedo ali nas marcas, pra sentir. Onde mais eu encontraria amigos assim, com essa cara de pau? Que gente massa eu encontrei, né?”. Eu fico triste só de pensar, agora imagine Jesus vivendo e sentindo isso.
Ele não ficou ansioso pra ser transfigurado, não ficou ansioso pra multiplicar pão ou peixe, não ficou ansioso pra andar sobre as águas. Jesus ficou ansioso para se assentar à mesa, comer pão e tomar vinho com seus amigos. Vida boa de ser vivida, né? Por isso vida difícil de ser morrida. Mas até nessa situação Ele pensou antes nos seus amigos (OK, ele pensou na humanidade, mas em seus amigos também). Não pensou em si, no desejo de ficar ali, de satisfazer a sua vontade. Até nisso Ele foi o melhor amigo de todos, daquele que a gente não entende direito quando faz algo pro nosso bem, por mais difícil que seja pra ele… ou pra gente.
Foi por isso que todos pudemos nos tornar amigos dele também e desfrutar dessa doce companhia. E mais: além de amigos, nos tornamos irmãos

Amigo mais chegado que irmão, sabe? Esse é Jesus. 

Fomos enxertados em um galho original da árvore, diretamente conectados ao Pai, parte da mesma família que Ele! Fomos adotados pois o Filho de Deus nos chamou de amigos e nos chamou de irmãos. Por que Ele buscou a paz entre nós, e trouxe reconciliação nesse relacionamento que parecia quebrado por toda a eternidade.

Esse é um amigo que quero seguir. Esse é um irmão que eu quero ter ao meu lado, na minha jornada. Esse é meu Mestre.
Um brinde, então, a esse homem que, sim, deu sua vida por nós, mas que no processo aproveitou para fazer 12 amigos. Na verdade, pelo menos 13, se contar comigo.

( texto inspirado em uma mensagem compartilhada pelo Arthur Martins )
Fonte: https://ultimato.com.br/sites/jovem/2018/09/14/e-dificil-dizer-adeus-aos-amigos-ate-pra-jesus/#more-7023

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=hUrNUnPtpZ8
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September 19, 2018

Fica, Senhor!

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Fica, Senhor, já se faz tarde
Tens meu coração para pousar
Faz em mim morada permanente
Fica, Senhor
Fica, Senhor; meu Salvador!

- Jonathan Simões Freitas

Essa canção, intitulada “Divino Companheiro”, certamente alude ao episódio da caminhada para Emaús (Lc 24.13-35). Nessa passagem, dois dos discípulos tiveram a divina companhia do Senhor, ressuscitado – embora só o tenham reconhecido posteriormente. A certo ponto, relata-se que: (…) chegaram à aldeia para onde iam, e ele [Jesus] fez como quem ia para mais longe. E eles [os dois discípulos] o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque já é tarde, e já declinou o dia. E entrou para ficar com eles (Lc 24.28-29). Essa súplica dos discípulos –  transformada em refrão que me traz boas lembranças –  também me veio à mente quando li um dos textos do lecionário nesta manhã..

A passagem de Gênesis 18.1-15, que compõe o tema de hoje da generosidade, conta o caso da generosa hospitalidade de Abraão para com três viajantes inusitados – que ele também reconheceu como sendo o próprio Senhor. Segundo o relato, ao vê-los, Abraão (…) inclinou-se à terra, e disse: Meu Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que não passes de teu servo (Gn 18.3). Pelo contrário: Abraão entendeu que foi para serem acolhidos como Senhor que “chegastes até vosso servo” (Gn 18.5b). E, portanto, preparou uma refeição completa “para que esforceis o vosso coração; depois passareis adiante” (Gn 18.5a).

Como consequência desse tempo de comunhão, assim como aconteceu na casa em Emaús (Lc 24.30-35), o Senhor se manifestou com graça e poder, transformando o riso cínico em verdadeiro maravilhamento (Gn 18.9-15; compare com Gn 21.1-8).

De fato, esse convite a sermos hospitaleiros para com o Senhor, a fim de não perdermos a oportunidade de conhecê-lo mais profundamente, parece recorrente nas Escrituras. Eu me lembrei, por exemplo, de um texto que publiquei aqui há pouco mais de 1 ano que retrata exatamente a mesma dinâmica: o Senhor “fazendo como quem ia mais adiante” sobre as ondas, compelindo os discípulos a acolhê-lo no barco e, assim, a o conhecerem como aquele que é “verdadeiramente o Filho de Deus”.

O mesmo poderia ser dito sobre Jacó, na passagem  – que muito me marca pessoalmente  –  em que ele agarra o Senhor para não deixá-lo ir antes que este o abençoe. 


Ou sobre Maria que, ao contrário de sua irmã, entendeu que acolher o Senhor é atender ao convite para deixar-se ser acolhida por Ele (como me ensinou o meu saudoso amigo Richard Platts com a sua pregação e com a sua própria vida).

Chegando de uma caminhada cansativa neste final de primeiro semestre, eu também me senti compelido nesta manhã a fechar a porta do quarto e abrir a do coração para, mais uma vez, hospedar o Senhor. 


Que saudade de ser acolhido pelo meu Salvador!

O coração aqueceu, o riso voltou. 
Fiquei com a convicção do poeta Stênio de que “ele passou por aqui”, com a súplica que é para nós um convite: “Fica, Senhor!”

Fonte: https://www.ultimato.com.br/conteudo/fica-senhor

September 18, 2018

Os três estágios do discipulado

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Jeferson Cristianini

O discipulado tem três estágios na vida cristã, vivenciados um após o outro, cada um na sua sequência estabelecida por Deus. Os estágios do discipulado são: “Vinde a mim”, “Vinde após mim” e “Ide”.
No primeiro estágio, “vinde a mim”, Jesus graciosamente está chamando as pessoas ao arrependimento e a uma nova vida. Dessa forma, nosso Senhor convoca pessoas de diferentes localidades, posições e classes sociais para o mais radical de todos os projetos de vida: segui-lo.
Jesus chama os pecadores ao arrependimento com o “siga-me” ou “vinde a mim”. Jesus nos chama para uma nova vida, para uma nova possibilidade de reescrevermos nossa vida a partir do referencial da graça e do perdão de Deus. É magnífico ouvir Jesus nos chamando, “vinde a mim” ou o sussurrar de Jesus nos convocando com a voz mansa “siga-me”.
O segundo estágio do discipulado é o “vinde após mim”. Esse estágio é difícil pois é nele que começa o processo de transformação em nosso ser. É quando Jesus vai operando em nossa vida de tal forma que muitos conceitos e atitudes são reprovados e os valores do reino de Deus vão sendo impressos em nossa mente e coração.
É nesse estágio que aprendemos com Jesus a andar em conformidade com a vontade de Deus, a amarmos ao Senhor acima de todas as coisas, a honrarmos os mandamentos. É nesse estágio do discipulado que aprendemos a morrer para nós mesmos e vivermos para Jesus Cristo; aprendemos a renunciar muita coisa por amor ao nosso Mestre.
O terceiro estágio, o “ide”, é desafiador e maravilhoso. Desafiador porque temos de colocar em prática as lições aprendidas ao ensiná-las aos outros. E maravilhoso justamente porque passamos a discipular vidas a partir do que aprendemos com o Mestre.
Esse estágio do discipulado nos leva à responsabilidade de ensinarmos outras vidas preciosas a também seguirem a Jesus, como Mestre e Senhor. Esse estágio só pode vir depois dos demais. Só com experiências com o Senhor Jesus é que podemos apontá-lo como alvo de nossa vida. Esse estágio nos chama para o trabalho de levarmos a mensagem do evangelho às vidas que carecem da graça e do perdão de Deus. É o estágio da transmissão da mensagem e do aprendizado.

Não sei qual estágio você está, só posso dizer: aproveite cada momento do discipulado.
Fonte: https://ultimato.com.br/sites/jovem/2018/09/11/os-tres-estagios-do-discipulado/#more-7012

September 17, 2018

Venha

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“E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba.” (João 7:37)

- Mário Fernandez

Ainda que totalmente fora de um contexto especifico de ensino, este versículo traz consigo um ensino poderoso para nossas vidas. Era Jesus numa festividade, não era um momento na sinagoga ou especificamente ensinando seus discípulos, mas como se diz de onde venho, Jesus não dava ponto sem nó.

Note que se alguém tiver sede, mesmo estando em meio a uma festa, tem de se mexer e vir beber. Interessante isso, pois estamos sempre acostumados a ouvir que tudo se resolve orando, que Deus nos supre, que a fé move montanhas. Eu não tenho a menor duvida de que estas coisas são boas e verdadeiras, mas como tudo neste mundo temos de entender a aplicação.

Oração resolve tudo? Sou um homem de oração, amo orar, conheço de perto o valor e o poder da oração. Mas veja este texto – quem tem sede, levante-se, mexa-se, mova-se – venha e beba. Orando ou sem orar? Uma coisa não anula a outra, se vamos orar sem cessar como a Palavra nos ensina, temos de aprender que não podemos parar de respirar para comer, trabalhar, descansar, adorar, estudar. Ao orar sem cessar, não vejo autorização bíblica para sermos desleixados, ou preguiçosos, ou vagabundos, ou parados. Se tiver sede, venha a mim e beba, sem parar de orar. Qual a dificuldade? Uma coisa não invalida a outra, ainda que para muitos nós pareça que sim.

A passividade do chamado povo de Deus no nosso tempo é preocupante, pois parece que só podemos fazer uma coisa de cada vez. Se vamos orar temos de parar tudo? Se vamos adorar paramos tudo? Se vamos evangelizar paramos de trabalhar? Eu sei que soa duro, mas estou cansado de ver pessoas querendo parar de trabalhar para “servir a Deus”, o que na verdade é um mero disfarce para o comodismo. Se Deus chamou, não se negue, mas se não chamou, não se meta. Há muito para ser feito e sempre houve. Jesus mesmo disse que a seara era grande demais para o tamanho do time. Sou totalmente favorável a dedicar totalmente seu tempo a servir ao Senhor, mas que seja por chamado e não por outro motivo qualquer.

Na mesma veia da passividade, me preocupa o fatalismo. É um tal de “Deus quer assim” ou “se for da vontade de Deus” empregados de forma que não posso concordar de forma alguma. Estamos muito condicionados ou adestrados no pensamento de que temos de pedir para um pastor orar para resolver tudo. Primeiro que todos temos o mesmo acesso a Deus. Segundo, que o que Deus já revelou na Sua Palavra não adianta orar que Ele não fará de outra forma. Tem sede? Mexa-se e venha beber. Aflito? É assim mesmo, mas tenha ânimo que a vitória vem. Sofrendo? Se for por amor a Cristo aguarde seu prêmio e se for por sem-vergonhice – bem feito… 1 Pedro 2:20, Mateus 5:10, 2 Timóteo 2:12, 1 Pedro 4:15 entre outros.

A noiva do Cordeiro carece de sabedoria e temor. Não pode usar uma responsabilidade ou mandamento para se liberar de outro. Se temos de orar sem cessar e se mexer para vir e beber – venhamos orando. Se temos de fazer tudo para a Glória de Deus, também temos de trabalhar pelo nosso pão. Se temos de fazer o evangelho conhecido, também temos de desenvolver nossa salvação com temor e tremor. Que Deus nos ajude.

“Senhor, me ensina a viver uma vida que reflita todas as coisas que Tu tens para mim e não apenas as que me interessam ou me convém. Fortalece-me para que eu consiga ir além dos meus próprios limites de entendimento.“

Fonte: http://www.ichtus.com.br/dev/2018/05/24/atitude-a-noiva-de-cristo/#.Ww3oaLgprng