Fica, Senhor!
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Fica, Senhor, já se faz tarde
Fica, Senhor, já se faz tarde
Tens meu coração para pousar
Faz em mim morada permanente
Fica, Senhor
Fica, Senhor; meu Salvador!
Fica, Senhor
Fica, Senhor; meu Salvador!
- Jonathan Simões Freitas
A passagem de Gênesis 18.1-15, que compõe o tema de hoje da generosidade, conta o caso da generosa hospitalidade de Abraão para com três viajantes inusitados – que ele também reconheceu como sendo o próprio Senhor. Segundo o relato, ao vê-los, Abraão (…) inclinou-se à terra, e disse: Meu Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que não passes de teu servo (Gn 18.3). Pelo contrário: Abraão entendeu que foi para serem acolhidos como Senhor que “chegastes até vosso servo” (Gn 18.5b). E, portanto, preparou uma refeição completa “para que esforceis o vosso coração; depois passareis adiante” (Gn 18.5a).
Como consequência desse tempo de comunhão, assim como aconteceu na casa em Emaús (Lc 24.30-35), o Senhor se manifestou com graça e poder, transformando o riso cínico em verdadeiro maravilhamento (Gn 18.9-15; compare com Gn 21.1-8).
De fato, esse convite a sermos hospitaleiros para com o Senhor, a fim de não perdermos a oportunidade de conhecê-lo mais profundamente, parece recorrente nas Escrituras. Eu me lembrei, por exemplo, de um texto que publiquei aqui há pouco mais de 1 ano que retrata exatamente a mesma dinâmica: o Senhor “fazendo como quem ia mais adiante” sobre as ondas, compelindo os discípulos a acolhê-lo no barco e, assim, a o conhecerem como aquele que é “verdadeiramente o Filho de Deus”.
O mesmo poderia ser dito sobre Jacó, na passagem – que muito me marca pessoalmente – em que ele agarra o Senhor para não deixá-lo ir antes que este o abençoe.
Ou sobre Maria que, ao contrário de sua irmã, entendeu que acolher o Senhor é atender ao convite para deixar-se ser acolhida por Ele (como me ensinou o meu saudoso amigo Richard Platts com a sua pregação e com a sua própria vida).
Chegando de uma caminhada cansativa neste final de primeiro semestre, eu também me senti compelido nesta manhã a fechar a porta do quarto e abrir a do coração para, mais uma vez, hospedar o Senhor.
Que saudade de ser acolhido pelo meu Salvador!
O coração aqueceu, o riso voltou. Fiquei com a convicção do poeta Stênio de que “ele passou por aqui”, com a súplica que é para nós um convite: “Fica, Senhor!”
Fonte: https://www.ultimato.com.br/conteudo/fica-senhor
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