March 11, 2019

A vida eterna começa aqui, agora mesmo

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- Jeverton “Magrão” Ledo

Todas as vezes que vou colocar algo que diz respeito à minha saúde em meus artigos, tomo todo o cuidado para não despertar aquele sentimento de “coitado” naqueles que não me acompanharam de perto, um pensamento de “nossa, que difícil deve ser para ele” e por aí vai…

Ao longo de todos esses anos enfrentando o problema, vivenciei muitas e muitas diferentes fases. Confesso que sigo aprendendo como lidar com tudo, principalmente internamente, para que isso reflita de maneira saudável em minhas relações com as pessoas ao meu redor, velhos amigos, novos amigos, e com quem me conhece apenas pelos artigos.

Os desafios lançados como dados nesse tabuleiro vêm carregados de lições. Claro que se você me perguntar se sempre encarei tudo de maneira tranquila, como se nada tivesse acontecendo, ouvirá um enorme e sonoro “não, caro leitor”.

Já foram noites acordado com perguntas, tentando entender o porquê disso estar acontecendo comigo, por vezes sentindo indignação e frustração. Recebi muitas visitas nas fases em que as crises me deixavam paralisado, escutei muita coisa e, infelizmente, no meio delas havia muita bobagem.

Aos poucos, fui entendendo que em tudo sempre há um algo a mais. Eu precisava buscar o real entendimento, afinal a vida seguiria correndo.

Por vezes a tristeza e a vontade de me isolar tinham que dar lugar ao “estar contente em toda e qualquer situação”. Seria isso apenas uma rápida sensação de bem-estar, uma falsa ilusão, uma sabotagem com meus reais sentimentos? Não. Eu precisava me deixar ser envolvido pelo contentamento.

O contentamento não respondeu todas as minhas perguntas, não dissipou todas as nuvens, mas abriu meus olhos e me fez enxergar a beleza do viver. Mostrou o real valor de cada pequeno detalhe, gesto, palavra e sentimento expressos naquilo que é deixado de lado em nossas vidas.

Diante das crises, as visitas tomaram um novo rumo, eu então me vi confortando pessoas, animando, lançando a boa semente da esperança.

Há muitos anos eu me posiciono de maneira bastante diferente em relação à minha enfermidade, e isso tem sido muito positivo para que eu siga firme, sonhando.

Esse texto aparentemente não traz nada de novo, afinal não se inventa a roda pela segunda vez. Mas permita olhar para sua caminhada, seus desafios, decepções, rebaixamentos, esquecimentos como se você fosse um velho armário enferrujado, ao invés de ser tomado pelo não entendimento do por quê.

Não se deixe esmorecer, encontre a real fonte do viver e viva a vida com plenitude e gratidão. Já encontrou a fonte? Então comece o quanto antes a ser grato, e permita que a transformação diária e contínua te torne um espalhador da boa semente.

Fonte: https://ultimato.com.br/sites/jovem/2019/03/06/espalhando-a-boa-semente-em-meio-a-dor/

PS- Para ouvir a trilha do dia: https://www.youtube.com/watch?v=ViRb_fyFZtY
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