December 15, 2005

44' do 2o. tempo - de volta para o 1o. Amor

Data: Mon, 7 Nov 2005

Chérie, tudo bem com vc?

Estava com saudades! Olha, apesar de não estar dando sinal de vida, continuo orando por vc, viu?

Desculpe o sumiço, é que consegui 2 dias de férias (na verdade pedi 1 semana mas não liberaram), não sei se por causa de uns medicamentos que venho tomando ou por causa da pressão no trabalho, mas a verdade é que estava num estágio que corria o risco de perder a alma... Claro que 2 dias não dá nem para começar a descansar, mas foi bom ter esta pausa e Deus usou grandemente estas micro-férias para ministrar no meu coração e consolidar algumas verdades.

Por exemplo, percebi que andava num ritmo tão alucinado que não conseguia mais diferenciar o ritmo dos outros do meu pp ritmo. Sabe quando parece que vc está num redemoinho tão grande de exigências (dos outros e suas tb) que acabam te arrastando? E de repente, nem vc mesmo sabe para onde está indo? Pois é, nesta hora é preciso desacelerar (em alguns casos parar mesmo) e refletir, separar o teu respirar do respirar dos outros. Porque muitas vezes a gente vive pelos outros e não por uma escolha sua (por exemplo, convivo num ambiente repleto de expectativas, prazos, cobranças por resultados... e a ansiedade acaba virando rotina sem me dar conta e isto acaba se infiltrando não só na área profissional como tb na vida pessoal e até na espiritual).

Outra coisa bacana foi prestar atenção em detalhes que estavam passando desapercebidos, por exemplo, ver as pequenas gentilezas do dia-a-dia: uma pessoa simples ajudando outra idosa a atravessar a rua, coisas assim.

Mais outra pérola (muito medo nesta hora): não estava sendo gentil comigo mesma. Estava deixando de fazer coisas legais e bobas como almoçar direitinho, passear ao cinema (heheh). Em compensação, me acabei pois fui ver 3 filmes maravilhosos (aliás, se der para vc ir, vá correndo) rs: Crash, A Fantástica Fábrica de Chocolates e Hotel Ruanda.

Estes 3 filmes mexeram demais comigo... vamos pelo mais ameno (rs): A Fantástica Fábrica de Chocolates mostra a infância pós-moderna. Há tempos li o excelente Mitos e Neuroses em que Paul Tournier pede perdão aos jovens por terem herdado uma sociedade doente. Crash me fez refletir sobre aquele artigo da Isabelle Ludovico que fala sobre feridos (existem machucados e feridas – os machucados saram, mas as feridas muitas vezes persistem. Somos todos seres feridos, mas temos a opção de escolher entre sermos ‘feridos que curam’ ou ‘feridos que machucam os outros da mesma forma que foram feridos’). Ninguém é melhor que ninguém por isto não temos o direito de julgar os outros. Quando caímos nesta armadilha, podemos até nos julgar superiores mas na verdade nos tornamos piores do que as pessoas que julgamos! Agora, para arrebentar de vez (rs) vá ver Hotel Ruanda. Nem preciso dizer que do começo ao fim chorei cântaros. Porque me fez refletir até que ponto vai a fidelidade de alguém. Falar que vc ama, que vc defende uma causa é muito fácil; difícil é vc ficar do lado e ir até o fim, até as últimas conseqüências. E a postura de um líder é esta: é vc servir, é vc assumir a responsabilidade porque uma atitude tua pode abençoar ou não outras vidas. E isto independente de vc ser traído, abandonado ou não ter recursos. Ser líder e ser fiel é uma escolha, assim como viver.

Depois de tantos recadinhos do Pai (ahá, tá vendo como tô deixando de ser cega) rs, Ele ainda me pegou no colo e sussurrou ao pé do ouvido que me ama demais (ei, não precisa ficar com ciúmes, Ele também te ama, mas primeiro vc precisa perder o medo de sentar no colo dEle) rs. Ele me ama do jeito que sou, mas que por me amar tanto, não vai permitir que eu continue do jeito que estou e sim que eu esteja cada dia mais aperfeiçoada no amor dEle.

Na sexta fui à Mairiporã no acampamento Boas-Novas. Foi lá que aceitei Jesus aos 5 anos de idade. Recebi o convite da Satie, amiga de meus pais. Confesso que fiquei ressabiada (tipo: E o Kiko – e o que é que eu tenho a ver com isto) rs mas foi tão bom que não tenho palavras para descrever o que aconteceu, bênção pura mesmo! A 1ª. sensação foi de redescoberta, pois vivi 3 meses de minha vida ali quando meus pais fizeram o instituto de liderança da APEC; foi emocionante estar lá novamente depois de tantos anos. Depois quase caí dura porque reencontrei a Eny, a moça que fez o apelo para eu aceitar Jesus (olha a manteiga derretida aqui chorando de novo só de lembrar a cena). E depois o reverendo Vassilios contando que meu pai que fez aqueles bancos e mesas do acampamento em 1973 (a 'desnaturada' aqui nem sabia) rs... Chorei ao pensar que estas pessoas tão queridas intercederam por mim mesmo sem eu saber. Que continuam ali, firmes na obra, orando por outras crianças que como eu estão adultas, com aquela mesma alegria, afeto e carinho genuínos... e que o Senhor tem usado grandemente a vida deles para abençoar outras tantas!

As mensagens foram alimento direto ao coração... Na 1ª. noite o pastor Daniel falou sobre Jonas, um missionário que perdeu a perspectiva divina (quantas vezes isto não acontece com a gente?), no 2º. dia o reverendo Vassilios falou sobre compromisso (calma, depois conto tudo com maiores detalhes), o pastor Elias falou sobre relacionamentos interpessoais (a importância de sermos humildes como nosso Senhor Jesus foi). À noite o reverendo Vassilios comentou sobre as recompensas no ministério e os participantes compartilharam suas experiências ao longo dos 40 anos de trabalho voluntário evangelizando crianças nas escolas públicas. Fiquei tocada porque todas eram pessoas muito simples (quebrou um paradigma que vinha se formando em minha mente: que o papel dos fortes é de servir aos fracos... não é nada disto, assim como o vento sopra para onde quiser, o Espírito Santo é criativo e trabalha de muitas maneiras, uma pessoa pobre pode e tem muito a ensinar - confesso que isto mexeu demais comigo porque nestes 3 dias de retiro, a 'orgulhosa-de-plantão' aqui só recebeu) rs. No 3º. dia a pedagoga Gislene falou sobre a pedagogia da infância (a importância do lúdico) e o pastor Daniel encerrou com Jonas (o nosso chamado é para abençoar outras vidas, mas qdo queremos fazer a nossa vontade e não a do Pai, até os 'perdidos' acabam intercedendo pela gente). Interessante foi tb me dar conta que ser alfabetizado é diferente de ser letrado. Ser alfabetizado é vc reconhecer os signos, mas ser letrado significa que aquilo que vc aprende faz sentido na tua vida e gera transformação. Ou seja, assim deve ser o nosso relacionamento com Deus: não basta só conhecê-Lo, é preciso ter intimidade com Ele, experimentar o Seu amor na pp vida. Depois de tantos chacoalhões de amor e desafios, saí de lá renovada e com a certeza de que devo apoiar a APEC (estou orando para ver como) e a minha oração é para que todas aquelas 68 pessoas que participaram do retiro saiam de lá desafiadas e restauradas como eu (já sei, não precisa lembrar... vou ter de abrir mão de alguma coisa) rs!

Uma coisa linda linda (voltando ao artigo da Isabelle Ludovico) foi perceber que todos que estiveram no acampamento Boas-Novas eram pessoas feridas como vc e eu, passíveis de defeitos e imperfeições, mas que ao invés de machucarem os outros (como no filme Crash) eram pessoas feridas que curavam. Que desafio!

Está em nós escolher todos os dias vida ou morte (Dt 30: 19), que possamos escolher vida!

Bem, deixa eu ir nesta porque a semana promete ser bem corrida (amanhã à noite vou trabalhar num evento e na quarta tenho uma premiação)... mas na medida do possível vou contando mais coisas. Por favor, continue orando por mim.

A minha oração de hoje é para que vc e eu possamos estar com os olhos abertos para o mover de Deus em nossas vidas. Para que possamos perceber Sua doce presença nos pequenos detalhes. E para que tenhamos serenidade para aceitar as coisas que não podemos mudar, coragem para mudar aquelas que estiverem ao nosso alcance e sabedoria para distinguir umas das outras.

Bjs e que Deus derrame toda sorte de bênçãos sobre a sua vida!

Com carinho,

KT

Feridos que curam

- por Isabelle Ludovico

Provérbios de Salomão, na Bíblia, nos convidam a “entender o nosso próprio caminho” (Pv 14:8) e “estar atentos para os nossos passos” (Pv 14:15). De fato, a maturidade provém da capacidade de compreender a nossa história e integrar as peças esparsas do quebra cabeça que é a nossa existência para enxergar o quadro completo. As experiências marcantes da nossa vida precisam ser consideradas com reverência para encontrar o seu sentido mais profundo e aprender com elas. Tempo e atenção são necessários se queremos evitar a superficialidade.

Fomos criados à imagem de Deus que é Luz. Assim, quanto mais nos aproximamos dele numa atitude contemplativa, mais enxergamos a nossa própria realidade. O olhar amoroso de Deus nos permite superar o medo da rejeição e tirar as nossas máscaras para reconhecer tanto a nossa luz quanto a nossa sombra. Percebemos nossos limites, feridas, mecanismos de defesa e incoerências, mas também nossa aspiração por amor, alegria e paz, nossa capacidade criativa e relacional, nossa busca de sentido existencial.

Identificamos, perplexos, a coexistência simultânea e sistêmica de alegria e tristeza, prazer e dor, sofrimento e paz, amor e solidão. Perceber esta condição da nossa humanidade entra em choque com o desejo de nos apegar a um estado mental dominante e obsessivo como a busca da felicidade permanente. Nossa sociedade a define como a ausência de dor e, para isto, construímos um castelo forte onde estamos protegidos, mas também enclausurados. Poupar-nos do sofrimento acaba nos privando da alegria, pois estes dois sentimentos são parceiros inseparáveis nesta vida. Nossa cultura prega uma felicidade artificial mantida com pílulas que anestesiam a dor camuflando nossa inescapável condição de mortalidade e fragilidade. Solitários e carentes, buscamos compensar o nosso vazio interior mediante um consumismo compulsivo.

O desejo mais profundo de amar e ser amado requer a disposição de baixar as defesas e nos torna vulneráveis. Como diz uma música popular: “Quem quiser aprender a amar, vai ter que chorar, vai ter que sofrer...”. As feridas mais profundas e dolorosas não provêm de acidentes que nos aconteceram, mas do amor. O amor transforma nossa personalidade e nossa percepção. Ele nos arranca de um mundo unidimensional em preto e branco para nos transportar num universo de cores brilhantes e paisagens sempre renovadas. Quando o amor se retrai, sofremos a dor da perda. A alegria do encontro é proporcional à dor do desencontro.

Como diz o teólogo John Main, precisamos diferenciar feridas e machucados. Os machucados como o fracasso num teste, uma derrota financeira, uma expectativa frustrada, são sofrimentos provisórios e superáveis. As feridas nos marcam para sempre. Elas modificam nossa percepção íntima e o fundamento da nossa identidade. Uma ferida significa que nada será como antes. O tempo apaga os machucados, não cura as feridas. Somente a imersão no amor absoluto de Deus pode curar nossas feridas. É preciso mergulhar na morte de Cristo para experimentar a sua ressurreição. O significado das nossas feridas emerge quando as vivenciamos na sua relação com outros eventos e padrões da nossa vida.

Conforme a maneira como lidamos com as nossas feridas, podemos nos tornar feridos que ferem ou feridos que curam. A Bíblia fala de dois tipos de tristeza: uma tristeza ”mundana” que leva à auto comiseração nos faz assumir o papel de vítima e “produz morte”; uma tristeza na perspectiva de Deus que gera transformação e vida (2 Coríntios 7:10). Mergulhando na história da nossa vida, encontramos momentos dramáticos em que tivemos que fazer a escolha crucial de nos tornarmos amargurados por nossas feridas ou feridos que curam. O filme recente “Patch Adams: o amor é contagioso” fala de um homem que fez a escolha de ser um ferido que cura e quase desistiu quando uma nova ferida o empurrou na beira do precipício. Para seu próprio bem e o bem das pessoas à sua volta, ele finalmente escolheu seguir o princípio bíblico de “vencer o mal com o bem”(Romanos 12:21). Na maioria das vezes, optamos por uma solução intermediária mesclando sentimentos de magoa e desejo de superar, passando alternativamente de vítima à protagonista.

Nossa experiência pessoal de feridos curados pelo amor incondicional de Deus é que nos permite aliviar o sofrimento de outros. Enquanto perseguimos nossa felicidade como prioridade absoluta, iremos fazer isto às custas do bem estar do outro. Mas ao buscar minorar a dor do nosso próximo, encontraremos a plenitude de alegria para a qual fomos criados. Ao acolher a realidade com todas as suas facetas, não podemos deixar de perceber o próprio Deus. Cristo é a Verdade e a Vida. Por isto, ao optarmos pela verdade encontraremos a Cristo, assim como através das coisas bonitas podemos enxergar a própria beleza.

A cruz de Cristo proclama que a vida não se preserva negando a morte, mas acolhendo o ciclo de morte e renascimento. Por isto, somos chamados a “levar sempre nos corpo o morrer de Jesus para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo”( 2 Coríntios 4:10). Assim, em vez de fugir do sofrimento através de uma vida artificial, podemos superá-lo com o bálsamo do amor de Deus que transforma o mal em bem. Precisamos olhar para os retalhos espalhados da nossa vida na perspectiva de Cristo que venceu o mal e a morte. Assim podemos costurá-los para formar uma colcha que reflete a obra de arte única que é a nossa existência à luz do amor de Deus e na dependência do Espírito Santo.

Isabelle Ludovico da Silva, psicóloga com especialização em Terapia Familiar Sistêmica. Tel. Clínica Bio-Care: 339-6969. isabelle@onda.com.br

December 12, 2005

Estamos todos cegos?

Data: Tue, 25 Oct 2005

Chérie, bonjour!

Estou correndo muito, mas muito mesmo. Ontem terminei uns jobs ref. final de ano, hoje preciso apresentar um planejamento de ações para 2006 e até quinta preciso finalizar um relatório de pós-venda (ninguém merece) rs! Hoje à noite tenho reunião de conselho consultivo (aliás, vc foi assistir Doutores da Alegria? Não perca!) - amanhã "teoricamente" tenho 2 compromissos e na quinta faço a mala porque sim, na sexta estou em Salvador para cobrir a última prova do circuito (ufa, só de escrever fiquei cansada).

Mesmo nesta correria, sempre lembro de vc em minhas orações. Espero que esteja tudo bem contigo (principalmente a parte espiritual).

Como vc já deve ter percebido, tenho refletido sobre cegueira (até que ponto estamos de fato cegos). Mexendo em meus arquivos, achei um artigo sobre o excelente livro Diante da Dor dos Outros (Susan Sontag) lançado na época do atentado de 11 de setembro. Para mim foi um chacoalhão porque fala do sofrimento alheio (principalmente de guerras, atrocidades etc). Interessante notar que o tema é muito atual pois vivemos no meio de tanta miséria social além de presenciar tantas catásfrofes pelo mundo afora...

O livro alerta que muitas vezes não nos compadecemos com a dor dos outros, somos meros espectadores ao invés de agentes. A autora ressalta que até mesmo ouvintes precisamos ser críticos conosco mesmos para ver até que ponto não temos nada com aquilo (por exemplo, um país rico tem sua responsabilidade social, não pode cruzar os braços e fingir que aquilo não lhe diz respeito). Por se tratar de uma literatura do mundo, fico triste ao perceber que os não-cristãos parecem mais preocupados com a compaixão do que os que se dizem cristãos. Isto me lembrou a parábola do bom samaritano: o sacerdote passou e não fez nada, o levita passou e tb se fingiu de morto, passou o samaritano e se condoeu da dor do outro.

Talvez vc me diga: - mas não posso fazer nada... E eu pergunto: - será que não pode mesmo? Porque Deus tem dado a cada um de nós talentos, dons... que tornam cada filho como se fosse único! Estas habilidades que só vc pode desempenhar não são para uso egoísta e sim para abençoar a comunidade. E lembre-se: todos nós um dia iremos prestar contas ao Pai de como usamos o que Ele nos "emprestou"!

Chérie, concordo que a gente sozinho não muda o mundo, mas será que no seu jardim, no seu canteiro, vc não pode fazer a diferença? Preste atenção nas pessoas que te cercam, comece pelas mais próximas, quem sabe alguém da sua família... Porque mais do que mil coisas para fazer, o que o Pai quer é que façamos diferença em nossos relacionamentos (falou a ativista de plantão aqui) rs!

Se estiver difícil para vc enxergar, talvez a pessoa com quem vc tenha de ser gentil neste momento é com vc mesmo. Se este for o caso, deixe-se envolver pelo amor do Pai, permita-se ser acolhido em Seu colo como uma criança que acabou de mamar, aquiete o seu coração. Sei que no tempo certo, vc vai poder acolher os outros e que, assim como um ramo ligado a uma planta forte que é nosso próprio Senhor Jesus, no tempo certo vc dará frutos! Esta é a minha oração.

Amanhã a gente continua nosso papo (joke)!

Beijão e força aí,

KT

O Estado de S. Paulo, Caderno 2, domingo, 7 de setembro de 2004.

Susan Sontag reflete sobre a imagem da dor

Até que ponto nós conseguimos nos distanciar do sofrimento alheio, delimitar uma fronteira entre aquele que sofre com a violência da guerra - em todos os seus aspectos, o que inclui não apenas a dor física, mas também a tortura psicológica, a manipulação política e a falta de perspectivas reais - é uma questão complexa, que sempre volta à tona em momentos de tensão política, como a que estamos assistindo em vários pontos do globo.

A dor é uma coisa, a imagem e o discurso sobre ela é outra, pois essa reflexão envolve uma série de embates filosóficos e estéticos com os quais devemos lidar com cautela, num terreno minado como o da guerra. E é exatamente nesse terreno perigoso que a intelectual americana Susan Sontag aventura-se na obra Diante da Dor dos Outros (112 págs., R$ 24), que a Companhia das Letras está lançando no Brasil. Trata-se de uma obra ensaística, na qual a artista usa seu conhecimento enciclopédico e seu olhar ferino para derrubar mitos e debater questões importantes no atual cenário político e cultural.

Ela passeia por temas candentes como a manipulação política, o racismo, a crítica moral, o fetichismo e outros aspectos candentes da humanidade, evitando teses ou conclusões definitivas. No entanto, mais do que uma reflexão coesa e amadurecida sobre a questão, o texto parece amplo demais e muitas vezes contraditório.

Em alguns momentos ela prega um maior engajamento social e coletivo: "A compaixão é uma emoção instável. Ela precisa ser traduzida em ação, do contrário definha." Em outros nega a existência de uma memória social, inviabilizando assim a possibilidade de ação política. "Toda memória é individual, irreproduzível - morre com a pessoa. O que se chama de memória coletiva não é uma rememoração, mas algo estipulado: isto é importante, e esta é a história de como aconteceu, com as fotos que aprisionam a história em nossa mente."

Em vários momentos a humanidade é colocada no banco dos réus - "Ninguém, após certa idade, tem direito a esse tipo de inocência, de superficialidade, a esse grau de ignorância ou amnésia", escreve. Mas quando perguntada sobre quais conseqüências sobre o futuro seria possível tirar a partir de seu ensaio, a autora recusa-se a responder. A falta de perspectiva de sua reflexão revela sua impotência para vislumbrar alternativas para além do jogo de forças absolutamente desigual, que transformou o decadente império americano em xerife do mundo.

Um dos pontos mais precisos e desafiadores do texto refere-se à idéia de que a imagem fotográfica é um registro fidedigno da realidade. Sontag mostra, por meio de uma série de exemplos e histórias terríveis, que há uma boa dose de interpretação, de significado, atribuído propositalmente ou por razões históricas às fotos. Em tempos de guerra (e também de paz), qualquer imagem é manipulada. Ela lembra que sérvios e croatas usaram as mesmas imagens de crianças mortas num bombardeio.

A discussão acerca do caráter ambíguo da fotografia é fascinante. "Na fotografia de atrocidades, as pessoas querem o peso do testemunho sem a nódoa do talento artístico, tido como equivalente à insinceridade ou à mera trapaça." A imagem pouco precisa do amador é, nesses casos, mais valorizada do que o trabalho dos repórteres de guerra. Sontag lembra, por exemplo, como é decepcionante para o espectador descobrir que há possibilidade de a foto do combatente republicano feita por Robert Capa na Guerra Civil espanhola não registrar realmente o momento da morte, mas ser uma farsa. Moralmente, o fotógrafo não pode realizar uma síntese, compor um discurso como faz Goya em suas terríveis imagens da guerra. "Queremos que o fotógrafo seja um espião na casa do amor e da morte e que as pessoas fotografadas não estejam conscientes da câmera", escreve.

No fundo, o que está em questão é a idéia de consciência moral. Neste momento, em que a guerra se torna cada vez mais abstrata, tecnológica, em que a mídia está presente em todos os momentos do conflito e as imagens são usadas como arma de mobilização e convencimento, em que podemos constatar em tempo quase real, se assim o quisermos, como são tratadas de maneira desigual a nossa imagem e a imagem do inimigo (Sontag constata, por exemplo, que o rosto dos americanos nunca é mostrado; já o dos africanos famintos de Biafra são escancarados em grandes closes, estes sim imorais), é importante que tenhamos consciência não apenas da manipulação permanente, mas também que isso sirva de ponto de partida e não de chegada.

- por Maria Hirszman

Estamos todos cegos? - episódio 2

Data: Wed, 26 Oct 2005

Chérie, bom dia!

Ontem recebi um mail de uma pessoa muito querida refletindo sobre a cegueira... Que muitas vezes, além de não enxergarmos que podemos fazer parte da solução, tb podemos ser parte do problema. Porque é mais cômodo a gente culpar os outros do que assumir nossa parte. O desafio é a gente parar de olhar os outros e focar no que precisa ser melhorado na gente mesmo (que punk)!

Ontem à noite estava pesquisando mais tópicos sobre a cegueira na visão bíblica. Amanhã a gente continua a conversa (rs)!

Beijão e que a mão de Deus esteja sobre sua vida hoje e sempre!

KT
Potencial nota 10 - como alcançá-lo?

A parábola do dinheiro investido (Mateus 25: 14-30)

14 Porque é assim como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens:
15 a um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade; e seguiu viagem.
16 O que recebera cinco talentos foi imediatamente negociar com eles, e ganhou outros cinco;
17 da mesma sorte, o que recebera dois ganhou outros dois;
18 mas o que recebera um foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
19 Ora, depois de muito tempo veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles.
20 Então chegando o que recebera cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei.
21 Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
22 Chegando também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis aqui outros dois que ganhei.
23 Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
24 Chegando por fim o que recebera um talento, disse: Senhor, eu te conhecia, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste, e recolhes onde não joeiraste;
25 e, atemorizado, fui esconder na terra o teu talento; eis aqui tens o que é teu.
26 Ao que lhe respondeu o seu senhor: Servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei, e recolho onde não joeirei?
27Devias então entregar o meu dinheiro aos banqueiros e, vindo eu, tê-lo-ia recebido com juros.
28 Tirai-lhe, pois, o talento e dai ao que tem os dez talentos.
29 Porque a todo o que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem ser-lhe-á tirado.
30 E lançai o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.

Comentários:

É a última parábola de Jesus antes da crucificação (Mateus). Sabendo que a sua hora era próxima, Jesus falou coisas que julgava serem muito importantes (“quem sabe viver bem, sabe morrer bem”). De cara vemos que Ele quis chamar atenção. Na época, o valor de 1 talento era equivalente a 18 anos de trabalho. Hoje este talento pode ser um dom nato, desenvolvido ou espiritual.

Devemos prestar atenção tb no servo "preguiçoso", que pôs a culpa em seu senhor. No texto vemos que o senhor antes de viajar, distribuiu os talentos CF A CAPACIDADE DE CADA UM. Muitas vezes a pessoa fica tão focada na vida do outro, se comparando ao invés de se perceber como SER UNICO (Deus nos criou únicos, não existe ninguém igual) e fica com ciúmes ou inveja (que é a 'filha' da admiração), desejando e querendo a vida do outro ao invés de desenvolver seu próprio potencial.

Antes de desenvolver-se, você precisa saber QUEM É VOCÊ (auto-conhecimento).

"Quem não tem, até o que lhe tem será tirado" - a pessoa que negligencia, que é letárgica, ela se torna inútil pois fica acomodada, parada na zona de conforto e não enfrenta riscos. Não é nem questão de usar mal o seu talento, é nem usar! A habilidade é a VIDA (movimentos internos e externos, que precisam estar sincronizados para crescer). Vc tem batalhas? Está se desenvolvendo? Tem atitude?

Tem pessoas que se "enterram" internamente - nunca tem novidade, sempre são "vítimas" e assim anulam o próprio potencial. É preciso desenvolver o potencial, a sua vocação e o seu caráter através das 9 partes do fruto do Espírito (Gálatas 5: 22 e 23)!!!

Muitas vezes a pessoa não se desenvolve porque tem uma percepção distorcida, ela não consegue enxergar a verdade. Muitas vezes o medo leva a gente a ver fantasmas onde eles não existem. É preciso diferenciar o MEDO x PRUDÊNCIA (riscos calculados) - lembre-se de que o inimigo é o Pai da mentira, da distorção, então devemos pedir discernimento ao Senhor.

Existem vários tipos de medo: da rejeição, do sucesso (inconscientemente a pessoa se sabota). Ela tem medo de expor seus acertos e tentativas (a gente só acerta quando tb erra). Na mais tenra idade, aprendemos com nossos erros; é na brincadeira que aprendemos a correr riscos e em alguns casos, os pais não tem maturidade e fazem com que os filhos cresçam achando que não tem capacidade e estes, quando adultos, se tornam inseguros por causa de crítica, indiferença, falta de aprovação, comparação etc...

O único medo que devemos ter "medo" é a covardia porque NÃO vem de Deus.

Para desenvolver o seu potencial é preciso:
- identificar o medo;
- compartilhar com alguém confiável;
- usar os recursos disponíveis; e
- aceitar que o ser humano tem medo (na Bíblia aparece 365 vezes a expressão "não temas") sendo que 90% dos nossos medos não acontecem!

Mensagem de Esther Carrenho (resumo elaborado por KT em 02/07/04 sujeito a falhas).

Estamos todos cegos? - episódio final

Data: Tue, 22 Nov 2005

Chérie, saudades!

Espero que vc esteja percebendo a presença amorosa do Pai e que Ele esteja fazendo diferença na sua vida! Siiim, porque Ele está sempre do seu lado, vc que tá cego que muitas vezes não percebe (joke)!

Desculpe o sumiço, mas estou em ritmo alucinado de planejamento: neste finde vou trabalhar num evento para arrecadar brinquedos, no outro faço treinamento fora de SP e no ouuutro farei a cobertura fotográfica de uma festa de Natal para crianças hospitalizadas. Posso dizer que 2005 praticamente acabou, fica agora a correria para fechar o ano com balanço positivo (por que a gente tem de deixar tudo para a última hora - falou a 'ativista-perfeccionista-ansiosa' de plantão) rs?!!

E por causa deste monte de coisas para fazer, sei que corro o risco de não ver os pequenos milagres, de agradecer as pequenas e grandes gentilezas (é preciso ter disciplina para desenvolver um coração grato) ou ainda (muito medo nesta hora) de meditar sobre comportamentos que precisam ser mudados.

Confesso que o que está pegando mesmo é sobre certos comportamentos que sei que precisam ser mudados... Não que eu tenha capacidade de mudar porque o próprio apóstolo Paulo disse que muitas vezes fazia coisas que ele mesmo não queria, mas sei que o 1º. passo para mudar é reconhecer que o problema existe.Vc já se deu conta de que às vezes alimentamos certos problemas como se fossem animais de estimação? Que punk, né?! É preciso ser muito mulher (ou homem) para abrir mão deles e colocá-los diante do Pai (porque o trabalho é dEle e o nosso é descansar nEle).

Talvez vc esteja se perguntando: - E o Kiko (o que é que eu tenho a ver com isto)? Ora, lembra que fiquei de terminar aquela pesquisa sobre a cegueira? Então: será que muitas vezes a gente não se faz de cego por conveniência? Será que muitas vezes não queremos enxergar para não assumir certas responsabilidades? Porque ser cego se torna mais cômodo (é mais fácil se contentar com as migalhas, com as esmolas do que encarar de frente e cooperar com o Pai no que precisa ser mudado). Leia o atachado e depois me escreva (rs)!

A minha oração é para que Deus abra os nossos olhos para enxergarmos a Sua presença, para que Ele ilumine as nossas vidas e endireite os nossos caminhos! Para que a gente se torne barro moldável em Suas mãos de amor porque a boa obra que Ele começou – em vc, em mim, em nós – está apenas começando (Fp 1: 6)!

Bem, deixa eu ir nesta.

Bjs com carinho,

KT

Cegueira espiritual

Apresentação

  • Is 59: 10 - Apalpamos as paredes como cegos; sim, como os que não têm olhos andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como no crepúsculo, e entre os vivos somos como mortos.
  • Mt 6: 23 - se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas!
  • Mt 7: 5 - Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão.
  • Mt 15: 14 - Deixai-os; são guias cegos; ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão no barranco.
  • Ef 4: 18 – entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração.
  • 1 Jo 2: 11 - Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai; porque as trevas lhe cegaram os olhos.

Características

  • Falta de amor (1 Jo 2: 9-11): Aquele que diz estar na luz, e odeia a seu irmão, até agora está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há tropeço. Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai; porque as trevas lhe cegaram os olhos.- Conduz a todos os males (Ef. 4: 17-19): Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que não mais andeis como andam os gentios, na verdade da sua mente, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; os quais, tendo-se tornado insensíveis, entregaram-se à lascívia para cometerem com avidez toda sorte de impureza.
  • Incoerente com comunhão com Deus (1 Jo 1: 6-7): Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade; mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado.
  • Dos ministros – falta a si mesmos e ao povo (Mt 15: 14): Deixai-os; são guias cegos; ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão no barranco.
  • Cegos espirituais consideram-se justos aos pp olhos (Mt 23: 19-26): Cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar que santifica a oferta? Portanto, quem jurar pelo altar jura por ele e por tudo quanto sobre ele está; e quem jurar pelo santuário jura por ele e por aquele que nele habita; e quem jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está assentado. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas. Guias cegos! que coais um mosquito, e engulis um camelo. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de intemperança. Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo, para que também o exterior se torne limpo ; (Ap 3: 17): Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu.
  • Devemos orar por remoção (Sl 13:3): Considera e responde-me, ó Senhor, Deus meu; alumia os meus olhos para que eu não durma o sono da morte; (Sl 119: 18): Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei.

Atitudes

  • olhar para trás, impede crescimento (Gn 19: 26): Mas a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida em uma estátua de sal.
  • olhar para as dificuldades, deprime e afunda (Mt 14: 29-30): Disse-lhe ele: Vem. Pedro, descendo do barco, e andando sobre as águas, foi ao encontro de Jesus. Mas, sentindo o vento, teve medo; e, começando a submergir, clamou: Senhor, salva-me.
  • olhar para Cristo, salva (Jo 3: 14-15): E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna.

Visão Espiritual

  • Dada em resposta à oração (2 Rs 6: 17): E Eliseu orou, e disse: Ó Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Eliseu.
  • Aflições preparam para ela (Jó 42: 5): Com os ouvidos eu ouvira falar de ti; mas agora te vêem os meus olhos.
  • Pureza de coração (Mt 5: 8): Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
  • Usa o telescópio da fé (Hb 11: 27b): ficou firme, como quem vê aquele que é invisível.

Recompensa

  • Olha para Jesus em busca de inspiração e ajuda (Sl 34: 5): Olhai para ele, e sede iluminados; e os vossos rostos jamais serão confundidos.
  • Contempla a glória das cousas futuras - (1 Jo 3: 2): Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos; (Ap 22:4): e verão a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome.

Fonte: Bíblia Vida Nova

Palavra, C. S. Lewis e afins

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Chérie, saudades!!!

Muita correria? Apesar da gente não estar se falando, continuo orando por vc. Confesso que às vezes fico desanimada (rs), me sinto meio teletubbie repetindo os pedidos... ainda bem que o Pai não é como a gente, Ele sabe de tudo e não desiste nunca!

O meu finde foi corrido, mas nem por isto deixou de ser benção pura (iuuuupi)! No sábado fotografei a festa de Natal com as crianças atendidas pelo VIVA no Emilio Ribas (vá lá: http://fotos.terra.com.br/album.cgi/1042047- senha: salsa)... A gente vai doar amor e recebe em dobro, triplo tudo de bom! No domingo fui à PIBJI (o meu coração ficou molinho, molinho... é bem aquela sensação gostosa de voltar para casa): toda vez fico feliz da vida porque sei que o Pai tem um recado através do pr. Vandeir. A mensagem foi sobre O que a leitura diária da Bíblia fará por vc (ontem foi o dia da Bíblia, cara pálida) rs, pegue carona na minha benção:

- vc ficará mais forte (1 Jo 2: 14b)
- vc terá certeza da salvação (I Jo 5: 13)
- vc terá confiança e poder na oração (Jo 15:7)
- a leitura cooperará na purificação (Jo 15: 3 ; Sl 119: 9)
- trará alegria à sua vida (Jo 15: 11)
- orientará as decisões da sua vida (Sl 119: 105)
- capacitará vc a testemunhar sua fé (1 Pe 3: 15 e 16)
- garantia de sucesso (Js 1:8 ; Sl 1: 1-3)

À tarde fui ver Crônicas de Nárnia e nem preciso dizer que a manteiga derretida aqui quase inundou o cinema (vá correndo e depois me conte os babados) rs! Eu me identifiquei primeiro com o Edmund, depois com o Mr. Tumnus, depois com a Susan... de vez em nunca (rs) surgem lampejos de Lucy (quem me dera)! O mais bonitinho é perceber a mão de Deus em tudo que tenho vivido - ultimamente tenho refletido sobre a Alegria, uma das partes do fruto do Espírito (Gl 5: 22, 23) e olha o que C. S. Lewis escreveu sobre o assunto:

“Se hoje a noção de que é errado desejar a nossa felicidade e esperar ansiosamente gozá-la esconde-se na maioria das mentes, afirmo que ela surgiu em Kant ou nos estóicos, mas não na fé cristã. Na realidade, se considerarmos as promessas pouco modestas de galardão e a espantosa natureza das recompensas prometidas nos evangelhos, diríamos que o nosso Senhor considera nossos desejos não demasiadamente grandes, mas demasiadamente pequenos. Somos criaturas divididas, correndo atrás de álcool, sexo e ambições, desprezando a alegria infinita que se nos oferece, como uma criança ignorante que prefere continuar fazendo bolinhos de areia numa favela, porque não consegue imaginar o que significa um convite para passar as férias na praia. Contentamo-nos com muito pouco”.

Fonte: Peso de Glória, C.S. Lewis, Editora Vida Nova


Fala muito sério (hehehe, talvez vc não esteja entendendo nada: C. S. Lewis é o mesmo cara que escreveu Crônicas de Nárnia)!

A minha oração de hoje é para que vc - como eu (rs) - descubra a verdadeira alegria, aquela que está enraizada no próprio Senhor Jesus Cristo! Sim, a nossa Rocha e o nosso refúgio.

Bjs e uma semana repleta de bênçãos inesperadas do coração do Pai para o seu coração!

Com carinho,

KT