Fiz, mas não devia
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Qdo eu era criança, aprendi a não gostar de TV. Meu maior prazer era me deleitar nos livros ilustrados de história, gibis... tudo que caía na minha mão eu lia, até obituário de jornal e lista telefônica (índice por rua ou nome do assinante)! Interessante notar que agora trabalho numa emissora e faço esforço para acompanhar as novelas (que cá em nós, são sempre a mesma coisa). Mas acho que pouca gente concorda comigo, porque as audiências do Brasil estão entre as maiores do mundo (isto sem falar em Big Brother, Linha Direta e por aí vai).
Nelson Rodrigues já dizia: " a unanimidade é burra". E se tinha uma coisa que estava me irritando nos últimos tempos era a febre do Código da Vinci (depois de Harry Potter, claro). Nada contra, mesmo porque vou assistir os filmes (rs), mas entrar na neura de ler, entender e ainda discutir, era pedir um pc demais para mim.
Um dos melhores ensinamentos que tive na faculdade foi uma dica do professor de Sociologia: "Se vc quer saber algo sobre um autor (Karl Marx, Emile Durkheim, Theodor Adorno e por aí vai), beba direto na fonte, ou seja, leia o pp autor". Nada de comida enlatada, nada de ler o resumo de um cara passando os melhores momentos.
Por isto quando ouvia aqueles questionamentos de gente que tinha acabado de ler o livro de Dan Brown, a vontade era responder: - Ei, vc prefere comprar uma bolsa Louis Vuitton na Champs Elisée ou o genérico no Stand Center? Mas este tipo de resposta taleban (I hope so) faz parte do passado...
Por isto, a curiosidade e o receio de assistir a uma palestra sobre um livro que não li. Tentei inventar mil desculpas (igual aquela propaganda da mulher que quer um sapato e mente para si mesma criando argumentos para não comprar) rs: tinha reunião fora o dia inteiro em Moema (terminou mais cedo), precisava comprar passagem para ir para Araçatuba no dia das mães (apesar do trânsito, foi rápido), queria encontrar o Mestiço fechado para me sentir a "impelida a ir" ao tal seminário... Só que encontrei o restaurante aberto e aí me deparei com aquela pergunta: - O que vc quer de verdade?
E lá fui eu à tal palestra... Me senti meio impostora e óbvio que tudo que eu mais temia aconteceu, perguntaram se eu tinha lido o livro e a cara pálida pagou o mico de dizer que não... Depois de dezenas de minutos de explicação, coisas incríveis aconteceram:
1a) saí de lá com a certeza de que "não li, não lerei porém não terei raiva de quem leu" (rs)
2a) não devo acreditar em tudo que vejo, e sim discernir verossimilhança x verdade (porque algumas pessoas falam aquilo que as outras esperam ouvir enquanto outras só "ouvem" aquilo que querem acreditar);
3a) olhe com graça para as pessoas: separe o problema do ser humano.
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Qdo eu era criança, aprendi a não gostar de TV. Meu maior prazer era me deleitar nos livros ilustrados de história, gibis... tudo que caía na minha mão eu lia, até obituário de jornal e lista telefônica (índice por rua ou nome do assinante)! Interessante notar que agora trabalho numa emissora e faço esforço para acompanhar as novelas (que cá em nós, são sempre a mesma coisa). Mas acho que pouca gente concorda comigo, porque as audiências do Brasil estão entre as maiores do mundo (isto sem falar em Big Brother, Linha Direta e por aí vai).
Nelson Rodrigues já dizia: " a unanimidade é burra". E se tinha uma coisa que estava me irritando nos últimos tempos era a febre do Código da Vinci (depois de Harry Potter, claro). Nada contra, mesmo porque vou assistir os filmes (rs), mas entrar na neura de ler, entender e ainda discutir, era pedir um pc demais para mim.
Um dos melhores ensinamentos que tive na faculdade foi uma dica do professor de Sociologia: "Se vc quer saber algo sobre um autor (Karl Marx, Emile Durkheim, Theodor Adorno e por aí vai), beba direto na fonte, ou seja, leia o pp autor". Nada de comida enlatada, nada de ler o resumo de um cara passando os melhores momentos.
Por isto quando ouvia aqueles questionamentos de gente que tinha acabado de ler o livro de Dan Brown, a vontade era responder: - Ei, vc prefere comprar uma bolsa Louis Vuitton na Champs Elisée ou o genérico no Stand Center? Mas este tipo de resposta taleban (I hope so) faz parte do passado...
Por isto, a curiosidade e o receio de assistir a uma palestra sobre um livro que não li. Tentei inventar mil desculpas (igual aquela propaganda da mulher que quer um sapato e mente para si mesma criando argumentos para não comprar) rs: tinha reunião fora o dia inteiro em Moema (terminou mais cedo), precisava comprar passagem para ir para Araçatuba no dia das mães (apesar do trânsito, foi rápido), queria encontrar o Mestiço fechado para me sentir a "impelida a ir" ao tal seminário... Só que encontrei o restaurante aberto e aí me deparei com aquela pergunta: - O que vc quer de verdade?
E lá fui eu à tal palestra... Me senti meio impostora e óbvio que tudo que eu mais temia aconteceu, perguntaram se eu tinha lido o livro e a cara pálida pagou o mico de dizer que não... Depois de dezenas de minutos de explicação, coisas incríveis aconteceram:
1a) saí de lá com a certeza de que "não li, não lerei porém não terei raiva de quem leu" (rs)
2a) não devo acreditar em tudo que vejo, e sim discernir verossimilhança x verdade (porque algumas pessoas falam aquilo que as outras esperam ouvir enquanto outras só "ouvem" aquilo que querem acreditar);
3a) olhe com graça para as pessoas: separe o problema do ser humano.
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