Viver é aprender
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Todo verão é sempre a mesma coisa: chuvas demais, alagamentos na cidade de São Paulo, tragédias na região serrana (RJ, SP ou SC), mortes de alpinistas...
Ao mesmo tempo que é muita dor (perder os entes queridos, a casa, as referências), vejo também muita bondade porque o brasileiro é solidário por natureza e é na crise que cada ser humano revela o que tem de melhor. As pessoas querem ajudar, doar mantimentos, roupas... A revista Veja de hoje (ed. 2200) fala da comunidade local: costureiras que estão dando banho nos mortos, ajudando a enterrar as vítimas com dignidade.
Mas uma pergunta que temos de fazer (sim, porque nós brasileiros, temos memória curta): - o que podemos aprender com os erros do passado para que eles não se repitam?
Por que permitir que casas sejam construídas em terrenos geologicamente inviáveis? O que o governo irá realizar para melhorar a estrutura urbana? O que a população precisa fazer para que o lixo (garrafas pet, a 'inofensiva' bituca de cigarro e papéis de bala de 10 milhões de paulistanos que são jogados no chão diariamente) não entupa a canalização e prejudique o escoamento da água?
E o que dizer dos acidentes envolvendo alpinistas? Sonho, meta ou obstinação? O 'sucesso' a qualquer preço é uma questão de vida ou morte. E qual é o gosto de ter o objetivo alcançado se vir acompanhado da lembrança eterna que alguém morreu no meio do caminho?
Se viver é aprender, o que as tragédias anunciadas podem nos ensinar? E quando elas acontecem na nossa própria vida? Porque é fácil vigiar o quintal dos outros ao invés de cuidar do nosso jardim.
O propósito é tornarmos pessoas melhores. Um dia por vez.
Que desafio!
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