May 25, 2011

A capacidade de se maravilhar

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Todo dia deveríamos aprender uma coisa nova.

Para a gente ver que o universo é maior que o nosso apertado mundinho, para sair da zona de conforto, para se sentir vivo.

Sim, porque a vida só tem graça quando tem cheiro de novidade, quando estamos aprendendo coisas novas.

Hoje testei minha receita preferida com um ingrediente novo, o pimentão doce japonês. Além de menor, tem o sabor mais delicado. Ah, e cozinha rápido também, quase derreteu (agora preciso fazer novamente, para ver se da próxima vez acerto o ponto) rs.

Bon appétit!

May 24, 2011

A perda da inocência

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Chérie,

voltei ao Masp para ver o resto da exposição 6 bilhões de Outros.

Comecei pela tenda do genocídio em Ruanda e fiquei tocada com o depoimento de uma vítima (as atrocidades sofridas) e o consolo que recebeu de uma senhora mostrando humanidade, para enterrar o seu bebê. Ao mesmo tempo fiquei com nojo e ódio dos que mataram (confesso que não aguentei assistir, era demais para mim).

Fui para a oca do perdão e fiquei sem chão ao ouvir as histórias terríveis (a capacidade maligna do ser humano) e ao mesmo tempo admirada de ver a resiliência das pessoas. Uma senhora da Turquia chamou a minha atenção: ela descobriu que estava com um tumor no cérebro, não conseguia falar com ninguém assim que saiu do consultório (sentiu-se desamparada, sozinha); mas depois que foi operada, aprendeu a priorizar o que é importante, não vê quem não tem vontade, dá valor a cada segundo para celebrar a vida.

Passei no making off e fiquei maravilhada (tudo o que eu queria era fazer parte de um projeto deste)!

Por fim, passei na tenda dos sonhos e fiquei com o coração pesado por constatar que fazemos parte de uma geração sem sonhos (e sem sentido de vida), que desesperador!

Realmente a Terra é campo missionário. São 6 bilhões de pessoas que não conhecem ainda o amor relacional de Deus...

Que Ele dê coragem - a você, a mim, a nós - para proclamarmos Seu grande amor, a única coisa que pode fazer diferença no mundo.

Bjs,

KT
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May 23, 2011

Coragem, amigos!

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A vida que sonhamos ter
depende da determinação de ser quem somos
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Ao nascer o ser humano recebe um presente: o livre arbítrio. Graças a ele temos o poder de traçar o nosso destino, criar a nossa realidade. Fazemos isso diariamente através de cada pequena e grande escolha - para o bem ou para o mal. A grande sacada é aprender a viver de maneira sábia, o que significa visar não apenas o bem estar individual, mas também o de todos os envolvidos, em cada situação que experimentamos.

Viver dessa forma exige coragem. Ao assumirmos definitivamente a coragem – de ser quem a gente é, de assumir os nossos pontos fortes e fracos, os nossos gostos... Somente a pessoa corajosa consegue ver a si mesma verdadeiramente, sem máscaras nem desculpas.

Ao assumirmos definitivamente a coragem, nossa vida se torna poderosa, grandiosa. E essa virtude passa a ser exercitada em todas as áreas de nossa vida: íntima, familiar, social, profissional e espiritual. E, quanto mais corajosos somos, mais adiante vamos - assumindo riscos, defendendo posições.

É o oposto do que faz um cachorrinho domesticado, o oposto que fazemos ao apenas seguir os conceitos estabelecidos pela sociedade. Quem apenas repete padrões de comportamento não tem coragem de ser diferente, de inovar, de se reinventar.

Este é o momento para você aprender a cantar a própria canção, desenvolver a coragem para decidir o que é melhor para si sem obedecer a normas e regras genéricas. É a hora certa para começar a ser autêntico, verdadeiro, único.

Para isso, é preciso quebrar o paradigma da segurança da forma míope como a entendemos no mundo ocidental - traduzindo-a em dinheiro e sucesso profissional. Para os mestres orientais, segurança é a sabedoria de apreciar a insegurança. E esse é o mecanismo que o universo usa para nos mostrar coisas novas, inusitadas, para nos surpreender.

Aprender a abraçar a insegurança significa manter acesa a chama da vida. O universo está sempre propondo surpresas. E o gosto de descobri-las pode ser imenso se nos abrirmos para a impermanência. A partir daí, nossa capacidade de apreciar a insegurança se torna paradoxalmente a maior de todas as seguranças. E é o que nos enche de coragem.

Ao trazer alegria, encantamento, romance, compaixão e coragem para sua vida, você estará afinando todos os instrumentos de sua orquestra interior para brilhar como uma estrela de primeira grandeza.

Então, coragem, meu amigo!

- Marcia de Luca

Fonte: Revista Gol, coluna Viver Bem, maio/2011.
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May 20, 2011

Prioridades e escolhas

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- Jim Mathis

A vida gira em torno de prioridades, não é mesmo? Nossas vidas são determinadas pelas escolhas que fazemos e nossas escolhas são determinadas por nossas prioridades.

Me recordo de minha primeira crise de prioridades. A viagem de classe da oitava série para Topeka, Kansas, foi marcada para o mesmo final de semana do evento regional dos "Dias 4-H" (4-H era um clube para jovens interessados em agricultura e questões culturais). Eu havia ganho uma competição oral num evento local, o que me dava oportunidade de participar do concurso regional. Mas a viagem da classe era no mesmo dia e seria a chance de passar algum tempo, pela última vez, com colegas que conviveram comigo nos últimos 8 anos. Esperava também ir à capital e ter oportunidade de estar com o Governador do Estado. Foi a decisão mais difícil que eu já tivera de fazer até àquela altura da minha jovem vida.

Hoje, adulto, me dou conta de que decisões difíceis são ocorrências constantes. Aprendi que colocar cada prioridade predeterminada em seu devido lugar, ajuda a tomar decisões com mais facilidade. Dizem que, para identificar nossas verdadeiras prioridades, basta dar uma olhada no calendário e no nosso talão de cheques. A forma como gastamos nosso tempo e nosso dinheiro são um bom indicador do que verdadeiramente é importante para nós.

Deus concede a cada um de nós diferentes quantias de dinheiro, mas todos temos igualmente vinte e quatro horas no dia. A administração do tempo, portanto, transforma-se numa questão de determinar o que é importante para nós, estabelecer nossas prioridades e gerenciar nosso tempo de acordo com isto.

Por exemplo, um clube musical de nossa cidade, nacionalmente conhecido, fechou recentemente, não porque não estivesse fazendo sucesso, mas porque o seu proprietário decidiu que já era tempo de começar a passar as noites em casa com sua família. Já que sua família era prioridade absoluta, fechar um negócio próspero tornou-se uma decisão relativamente fácil.

Porém, o desafio de se estabelecer – e manter – prioridades é um exercício contínuo, que dura a vida toda. Constantemente avalio o que estou fazendo a fim de decidir se essas coisas ainda são importantes. Tenho descoberto que algumas que pareciam muito importantes há alguns anos, hoje não são mais, enquanto outras se tornaram muito mais importantes.

Somos diferentes uns dos outros. Portanto, ninguém mais pode determinar nossas prioridades por nós. Meus pais me fizeram decidir entre viajar com minha classe da 8ª série ou participar da competição oral dos "Dias 4-H". Eles sabiam que a vida apresentaria muitas escolhas difíceis para mim e assim, quanto mais cedo eu aprendesse a decidir, especialmente diante de duas opções boas, melhor seria para mim ao longo da vida.

Para os seguidores de Jesus Cristo, há algo mais a considerar. A Bíblia diz que Deus deve ser nossa primeiríssima prioridade, seja em nossos lares, no trabalho ou no lazer. Em Mateus 6.33, Jesus ensinou: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” Dizendo “essas coisas”, Jesus se referia às nossas necessidades e preocupações diárias – aquelas que podem facilmente consumir nosso tempo e energia. Ele estava dizendo 2 coisas: devemos fazer de Deus nossa absoluta prioridade; e tudo o mais deve ser secundário. Quando determinamos fazer d’Ele o primeiro em nossas vidas, Ele promete cuidar de nossas necessidades e preocupações.

Você já confrontou Deus a respeito desta promessa?

PS- Para chacoalhar (vai lá): http://www.cidadedocerebro.com.br/mensagem_escolhas_download.asp
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May 19, 2011

O melhor e o bom

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- Leila Ferreira

Estamos obcecados pelo "melhor".

Não sei quando começou essa mania, mas hoje só queremos o "melhor": o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.

Bom não basta. Tem de ter o top de linha, aquele que deixa os outros para trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".

Até que outro "melhor" apareça (e é uma questão de dias ou de horas). Porque novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.

Quando queremos só o melhor, passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego. Não desfrutamos do que temos ou conquistamos porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter.

Cada comercial na TV nos convence que devemos ter mais do que já temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não relaxa, porque tem de correr atrás, de preferência com o melhor tênis.

Não que a gente deva se acomodar ou se contentar com menos. Mas será que o menos, às vezes, não é mais do que suficiente?

  • Se não dirijo a 140 km/h, preciso realmente de um carro com tanta potência?
  • Se gosto do meu trabalho, tenho de subir na empresa e assumir o cargo de superintendente só porque é o melhor cargo? 
  • E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?
  • E o restaurante com o “melhor” chef quando o que gosto mesmo é de comidinha caseira?
A busca permanente pelo melhor deixa as pessoas ansiosas e nos impede de desfrutar o "bom que já temos".
  • A casa que é pequena, mas nos acolhe; 
  • O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria;
  • A TV que está velha, mas nunca deu defeito; 
  • A pessoa amada que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os outros "perfeitos"; 
  • As férias que não vão ser na Europa porque o dinheiro não deu, mas que vão dar a chance de estar perto de quem você ama; 
  • O rosto que não é tão jovem, mas carrega as marcas da minha história;
  • O corpo que pode não estar tão em forma, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo mais do que isso?

Ou será que isso já é o melhor, e na busca pelo "melhor", a gente nem percebeu?
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May 18, 2011

Decidida a não decidir

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- Barbara Gancia

Minha cabeça roda e meu estômago treme quando relembro a sensação de entrar pela porta da Harrods em Londres. O andar térreo onde estão perfumes e cosméticos é tão amplo, as escolhas são tantas que você fica perdido e simplesmente não consegue enfrentar. Saí sem comprar nada, passei pelas vitrines que comemoravam William e Kate e segui sem rumo por Knightsbridge como quem tivesse tomado um caldo na piscina.

Sinto que minha carreira de consumidora está com os dias contados, não consigo mais enfrentar maratonas. Trocaria as compras de mês no Extra por um mês em Guantánamo. Dá para perceber que o problema não é só da Harrods, mas do tipo de escolha que somos intimados a fazer todo o tempo.

No livro "O Paradoxo da Escolha", o psicólogo americano Barry Schwartz oferece explicação para esse comportamento: "Uma vasta gama de opções pode desencorajar o consumidor, que é obrigado a se empenhar mais na hora de escolher. Assim, consumidores decidem não decidir e vão para casa sem produto". Devo ter trombado no sr. Schwartz antes da fase "teetotaler". Como me conhece tão bem, sem que eu me lembre dele?

Outro que está ficando meu íntimo é o economista Fred Hirsch, que usa a expressão "tirania das pequenas decisões" para descrever o comportamento que nos faz andar de loja em loja comparando preços. Outro dia tentei comprar um capacete. Acabei descobrindo tantos que deu nó na cuca. Fiquei sem. "Nossa cultura santifica a liberdade de escolha", diz Schwartz. "Mas alternativas demais podem causar problemas."

É mais fácil a gente marcar para se encontrar na Tate Gallery ou em algum café da King's Road, pode ser?

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/915406-decidida-a-nao-decidir.shtml
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May 17, 2011

6 bilhões de Outros

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Chérie,

acabei de voltar do Masp, está rolando uma exposição maravilhosa chamada 6 bilhões de Outros (para expandir nossa visão de mundo e ver que o universo não gira em torno do nosso umbigo) rsrsrs, vai lá: http://www.6billionothers.org/index.php

Alguns depoimentos marcantes (para mim): quando o documentarista pede a um senhor muito simples mandar sua mensagem para o mundo, e ele com baixa autoestima, responde que ninguém ouviria ou prestaria atenção nele por ser analfabeto (chorei cântaros) e outra que, para fugir da miséria, casou sem amor.

Mas tem coisas legais também, como uma mulher que diz que o marido vale mais que um baú cheio de ouro, por ser um homem bom; e outro que fala para acreditar até no impossível (quando ele sofreu um acidente, disseram que jamais teria uma vida normal, mas hoje ele surfa, faz aquilo que gosta... Disse ainda que todas as pessoas tem alguma deficiência seja física, emocional ou espiritual, e que a dele era a mais simples). Lindo, não?!

Lá dentro tem ocas temáticas (não consegui ver todas, vou ter de voltar) rs, uma que me intrigou foi a do sentido da vida (pensar que grande parte dos 6 bilhões de pessoas não tem a menor ideia é de cortar o coração)...

Bjs,

KT

Vai lá: MASP - exposição 6 bilhões de Outros (às terças é grátis).
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May 16, 2011

Metrô - linha Amarela

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Chérie,

hoje foi a inauguração da estação de metrô Pinheiros na linha Amarela.

Claro que eu fui, né (rs)!

São 4 andares subterrâneos de escadas rolantes (infelizmente ainda não inauguraram a integração com a linha CPTM de trem)...

A coligação da linha verde (estação Consolação) até a linha amarela (estação Paulista) dá 5 minutos à pé (com direito a esteira rolante).

As catracas são diferentes das linhas convencionais, têm portas transparentes impedindo que ‘espertinhos’ pulem a borboleta e não paguem a passagem.

Já na própria estação, o passageiro não tem mais acesso à linha de trem; o vagão precisa estar na estação para a porta de segurança se abrir e depois, a porta do metrô (impedindo a ação de suicidas potenciais, presumo).

Ah, não existe divisória entre os vagões, vc pode circular à vontade (se conseguir) rs... Sim, porque a duração da viagem é o melhor de tudo: vc leva menos de 5 minutos para chegar da Paulista até a Teodoro Sampaio (it´s cool)!!!

Tempo de percurso (estação Paulista) até:
- estação Faria Lima: 4 minutos
- estação Pinheiros: 5 minutos
- estação Butantã: 6 minutos

Bjs,

KT

Vai lá: Metrô linha Amarela - horário de funcionamento: segunda a sexta (inclusive feriado), das 4h40 às 15h.
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May 15, 2011

Buenos Aires!

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Quer saber o que rolou nas férias?

Vai lá: http://argentinaporkt.blogspot.com/2011/05/buenos-aires.html

Boa diversão (rsrsrs)!
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May 03, 2011

Respeitai-vos uns aos outros

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- Stephen Kanitz

"Amai-vos uns aos outros" (João 13,34) é um comando religioso claro e inequívoco, mais conhecido do que os dez mandamentos. É um mandamento exigente, difícil de cumprir. Se a paz mundial depender da incorporação desse valor, o futuro não será muito otimista. Estamos nestes 2.000 anos caminhando no sentindo inverso, a cada dia que passa.

Não sou estudioso de religião. Portanto, aceitem esses comentários com as devidas reservas. Minha singela observação é repetir o que todo administrador constata em sua vida secular: metas muito elevadas acabam tendo um efeito contrário ao que se deseja. Talvez seja isso o que está acontecendo no mundo cristão, a meta é ambiciosa demais.

Ou, talvez, alguém há 2.000 anos inadvertidamente tenha errado na tradução do hebraico. Em vez de "Amai-vos uns aos outros", a tradução correta deveria ter sido "Respeitai-vos uns aos outros". Um mandamento mais brando, mais fácil, é um bom começo para vôos mais altos.

Respeitar as nossas diferenças como seres humanos, nossas culturas, nossas religiões e nossos tiques individuais é bem diferente de amar a cultura, a religião e os tiques nervosos do próximo. Posso perfeitamente respeitar uma pessoa diferente e estranha, embora nunca pretenda amá-la.

Não vejo como alguém criado com preconceitos possa passar a amar seu concidadão, um salto quântico impossível. Mas ensinar nossos jovens a pelo menos respeitar o negro, o oriental, o gay é uma meta mais factível do que amá-los.

Nunca ouvi um líder negro exigir ou pedir o amor dos brancos. O que ouvimos das lideranças negras é um pedido de mais respeito, alguns chegam a exigir "um mínimo de respeito". A que ponto chegamos! Por que não tentamos criar uma sociedade em que haja o "máximo" de respeito e deixamos o amor para os jovens apaixonados?

Teólogos ortodoxos irão argumentar que ser cristão é para quem pode, não para quem quer. Padrões éticos e religiosos são para ser seguidos e não relaxados, só porque ninguém consegue cumpri-los.

Seria um desastre reduzir o nível ético só para aumentar o número de devotos, algo que muitas religiões estão fazendo. Mas não deixa de ser um desastre a falta generalizada de respeito mútuo que o mundo atravessa hoje.

Um dos empresários mais bem-sucedidos do Brasil, Rolim Amaro, um amigo de quem sinto uma enorme saudade, nasceu extremamente pobre. Ele me confessou que o pior da pobreza não era a fome, o frio nem as privações materiais. "O pior é o desrespeito. O desrespeito dos mais ricos, dos funcionários públicos, da classe média arrogante."

Ninguém é pobre porque quer. A pobreza já rebaixa muito a auto-estima e reforça essa condição de pobreza. E a última coisa de que um pobre precisa é ter de aturar o desrespeito dos outros. Trate um pobre com respeito e você estará de imediato aumentando sua auto-estima, o que é um início da solução de seus problemas.

Pobres respeitam pessoas bem-sucedidas, como Pelé e Roberto Carlos, que ganharam seu dinheiro honestamente. A riqueza, na ausência de penúria flagrante, é mais do que aceita pelos pobres, que no fundo almejam a mesma coisa. Quem não aceita acumular riqueza e poupança para a velhice é intelectual de universidade, que curiosamente tem um salário e aposentadoria integral garantidos.

O Brasil vem sendo governado por oligarquias intolerantes e intelectuais arrogantes que não respeitam nem ouvem a opinião de ninguém. Não é por acaso que nossa auto-estima como nação está lá embaixo e a arrogância dos donos do poder está lá em cima.

Governos que não respeitam a opinião de seus cidadãos acabam com populações que não respeitam seus governos. É o fim da democracia.

Vamos começar o ano com uma meta mais light, menos exigente. Vamos começar respeitando-nos uns aos outros.

Feliz 2012, com todo o respeito.

Fonte: http://www.kanitz.com.br/veja/respeito.asp
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May 02, 2011

Mais que apenas defender o seu

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Liberte os que estão são sendo levados para a morte; socorra os que estão caminhando trêmulos para a matança.
Mesmo que você diga: “Não sabíamos o que estava acontecendo!”

Provérbios 24.11-12

Quanto mais uma sociedade é marcada pela corrupção, menores são os seus referenciais de justiça. Passamos a festejar gente que encontra uma carteira na rua e devolve ao dono. Ora, não deveríamos achar isso a coisa mais normal do mundo? Quem encontra na rua algo que não é seu, que pode ser identificado, não deve entregar ao dono?

Não cometer crimes, devolver uma carteira perdida, enfim, são atitudes que não passam de nossa obrigação. Por isso, a honra de uma pessoa não é medida por suas ações ordinárias e obrigatórias, mas pelo seu senso de que a justiça não é um privilégio para si ou para poucos, mas é uma questão de humanidade. Quem entende isso, não consegue recolher a mão quando vê qualquer um que seja alvo de injustiça.

Há pessoas que deliberadamente fazem o mal. Outras que não querem o mal a ninguém, cuidam de si e procuram não dar trabalho aos outros. E ainda outras que promovem a justiça e o bem, sem omissão, praticando boas e voluntárias ações.

© 2008 Alexandre Robles

Fonte: http://www.alexandrerobles.com.br/mais-que-apenas-defender-o-seu/
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May 01, 2011

Trabalhe apenas por amor

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Uma paráfrase de 1 Coríntios 13

Ainda que eu tenha a capacidade de me comunicar de modo claro e preciso, de transmitir informações, de educar, se eu não ensinar com amor, será como falar ao vazio.

Ainda que eu conheça os mistérios do Universo, desenvolva aparatos de medição e previsão de eventos futuros, tenha condições de analisar o passado mais remoto, domine técnicas avançadas de manipulação genética, descubra antídotos e tratamentos contra todos males, se eu não usar todo o meu conhecimento e todo o resultado de minha ciência para o bem da humanidade e da Criação, de nada adianta.

Ainda que eu cumpra tarefas nobres, que eu entregue minha vida por uma causa, que eu morra por isso, se for por vingança, por ideologia, mas não por amor, de nada me vale.

Trabalhar por amor é ter paciência, com as pessoas em seus processos, com a Criação em seus ciclos, é não violentar. Trabalhar por amor é promover o bem, na intenção e na ação, no processo e na distribuição, é fazer com que o resultado do trabalho seja bom. Trabalhar por amor é não sentir-se mais importante por determinada função que se exerça, é não derivar sua identidade principal do que faz.

Trabalhar com amor é conviver, é fazer junto, é depender do outro, é abandonar o egoísmo, é ser tolerante com os diferentes, é promover o bom ambiente. Trabalhar por amor, antes de tudo é promover a justiça. Só quando há amor é que o trabalho resiste a tudo, entra pra história.

No fim, tudo vai passar, somente o que for feito com amor vai permanecer. E quem entende isso, vence os limites desgastantes do trabalho, deixa de ser escravo que é pela necessidade do consumo e tem uma razão pra acordar segunda-feira.

©2010 Alexandre Robles

Fonte: http://www.alexandrerobles.com.br/trabalhe-apenas-por-amor/