November 30, 2011

Honestamente falando

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- pr. Ricardo Barbosa

Certa vez ouvi de um ex-alcoólatra, que havia deixado o álcool há mais de 45 anos e que ainda freqüentava os Alcoólicos Anônimos semanalmente, que toda vez que ia a uma reunião, apresentava-se dizendo: sou alcoólatra e fazem 45 anos que não bebo. Segundo ele, foi desta forma que conseguiu libertar-se do vício e permanecer fora dele todos aqueles anos.

Em qualquer programa de tratamento para recuperação de dependentes de qualquer vício, a honestidade é um fator fundamental. Sem ela, o sucesso do melhor programa ficará comprometido. Todavia, a atitude mais comum de todos os viciados é negar sua dependência.

Da mesma forma que um alcoólatra nega que tem problemas com a bebida, muitos de nós também mentimos. Nos enganamos por tanto tempo que a desonestidade acaba se transformando num jeito de ser, num caminho necessário para a sobrevivência. Imaginamos que ninguém suspeita do que de fato somos e, no aperfeiçoamento da arte de representar, vamos cultivando a aparência e o auto-engano, construindo a história pessoal sob o alicerce de uma falsa identidade.

Não é fácil ser honesto. Eu ainda não encontrei um caminho simples para viver honestamente. Desde a minha infância luto contra uma droga: aprovação. Em minha jornada de vida sempre busquei afirmação, atenção, reconhecimento numa forma de compensar as deficiências emocionais do meu passado. O que os outros pensam de mim tornou-se mais importante do que aquilo que de fato sou.

A desonestidade conspira contra a integridade, a espiritualidade, a transformação do caráter, e acaba comprometendo a verdadeira identidade. Ao me preocupar mais com a aparência, permito que um ser falso, impostor, estabeleça outros fundamentos para meus relacionamentos, seja com Deus, com meu próximo ou mesmo comigo. O medo do julgamento dos outros, os riscos da rejeição, a falsa sensação de aceitação, alimentam a desonestidade e intensificam a falsa identidade.

Sabemos que a negação ou a repressão daquilo que somos não apenas cria falsos relacionamentos entre nós, mas sobretudo entre nós e Deus. Presumimos que Deus, da mesma forma que as pessoas, não saberá lidar com nossos corações e mentes divididos, com a forma como transitamos entre a carne e o espírito. Seria Deus capaz de enfrentar meus desejos sexuais confusos e desordenados? Minhas oscilações entre a bondade e a maldade? A vontade de ser compassivo e outras vezes vingativo? Minha espiritualidade e a queda pela pornografia? Minha aparente mansidão e minha índole violenta? Podemos até crer que Deus pode enfrentar e transformar estas realidades, mas enquanto não formos honestos com elas, não reconhecermos a dependência que temos delas, dificilmente experimentaremos seu toque libertador e transformador.

A oração é o caminho onde damos os primeiros passos da honestidade. Por saber que Deus me ama incondicionalmente, que me perdoa e aceita como seu filho, que conhece tudo o que sou e diante de quem não tenho como maquiar as mazelas da minha alma; descubro que é somente na presença daquele que me acolhe em amor, pela mediação do seu Filho e no poder do Espírito Santo, que abro as portas dos quartos mais escuros da minha alma e encontro minha liberdade e dignidade. No entanto, não basta ser honesto apenas com Deus, precisamos também ser honestos com nossa família, comunidade e amigos.

A coragem do ex-alcoólatra do início deste artigo precisa ser também a nossa. É comum encontrarmos em nossas igrejas muita gente secretamente honesta. Outros são muito honestos, chegam até a se orgulharem disto, mas são honestos apenas para falarem dos outros. Alguns chamam isso de “profecia”, mas são “profetas” que se dedicam a revelar os segredos dos outros, nunca os seus; conhecem bem as fraquezas e pecados dos outros, mas jamais permitem que conheçam os seus pecados e fraquezas. Sou um pecador, há 50 anos tenho pecado contra Deus, mas pela sua misericórdia, sigo no caminho da santidade.

Fonte: http://www.ippdf.com.br/ipp/node/608
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November 29, 2011

Colorblind ; )!

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"Não somos amados por sermos bons.
.Somos bons porque somos amados".

.................................................Desmond Tutu

Vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=kyl34CEhiyk
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November 28, 2011

Salmo 90

Nova Tradução na Linguagem de Hoje
  1. Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.
  2. Antes de formares os montes e de começares a criar a terra e o Universo, tu és Deus eternamente, no passado, no presente e no futuro.
  3. Tu dizes aos seres humanos que voltem a ser o que eram antes; tu fazes com que novamente virem pó.
  4. Diante de ti, mil anos são como um dia, como o dia de ontem, que já passou; são como uma hora noturna que passa depressa.
  5. Tu acabas com a vida das pessoas; elas não duram mais do que um sonho. São como a erva que brota de manhã,
  6. que cresce e abre em flor e de tarde seca e morre.
  7. Nós somos destruídos pela tua ira, e o teu furor nos deixa apavorados.
  8. Tu pões as nossas maldades diante de ti e, com a tua luz, examinas os nossos pecados secretos.
  9. De repente, os nossos dias são cortados pela tua ira; a nossa vida termina como um sopro.
  10. Só vivemos uns setenta anos, e os mais fortes chegam aos oitenta, mas esses anos só trazem canseira e aflições. A vida passa logo, e nós desaparecemos.
  11. Quem já sentiu o grande poder da tua ira? Quem conhece o medo que o teu furor produz?
  12. Faze com que saibamos como são poucos os dias da nossa vida para que tenhamos um coração sábio.
  13. Olha de novo para nós, ó SENHOR Deus! Até quando vai durar a tua ira? Tem compaixão dos teus servos.
  14. Alimenta-nos de manhã com o teu amor, até ficarmos satisfeitos, para que cantemos e nos alegremos a vida inteira.
  15. Dá-nos agora muita felicidade assim como nos deste muita tristeza no passado, naqueles anos em que tivemos aflições.
  16. Que os teus servos vejam as grandes coisas que fazes! E que os nossos descendentes vejam o teu glorioso poder!
  17. Derrama sobre nós as tuas bênçãos, ó Senhor, nosso Deus! Dá-nos sucesso em tudo o que fizermos; sim, dá-nos sucesso em tudo.
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November 27, 2011

Salmo 144

Nova Tradução na Linguagem de Hoje
  1. Louvem o SENHOR Deus, a minha rocha; ele me prepara para a batalha e me ensina a combater.
  2. Ele é a minha rocha e a minha fortaleza, o meu abrigo e o meu libertador. Ele me defende como um escudo, e eu confio na sua proteção. Ele põe as nações debaixo do meu poder.
  3. Ó SENHOR, que é o ser humano, para que penses nele? Que é um simples mortal, para que te preocupes com ele?
  4. O ser humano é como um sopro; a sua vida é como a sombra que passa.
  5. Ó SENHOR, abre o céu e desce! Toca nas montanhas, e elas soltarão fumaça.
  6. Manda relâmpagos e espalha os inimigos; atira as tuas flechas para fazê-los fugir.
  7. Lá do alto estende a mão, tira-me do mar profundo e salva-me. Livra-me do poder dos pagãos,
  8. pois eles nunca dizem a verdade e mentem, fazendo juramentos falsos.
  9. A ti, ó Deus, eu cantarei uma nova canção; tocarei harpa de dez cordas e te cantarei louvores.
  10. Tu dás a vitória aos reis e livras da morte o teu servo Davi.
  11. Salva-me dos meus inimigos cruéis; livra-me do poder dos pagãos, pois eles nunca dizem a verdade e mentem, fazendo juramentos falsos.
  12. Que, na sua mocidade, os nossos filhos sejam como plantas viçosas, e que as nossas filhas sejam como colunas que enfeitam a frente de um palácio!
  13. Que os nossos depósitos fiquem cheios de todo tipo de mantimentos! Que, nos nossos campos, os rebanhos dêem dezenas de milhares de crias!
  14. Que o gado se reproduza bem, e as vacas não percam as suas crias! E que não haja gritos de aflição nas nossas ruas!
  15. Feliz a nação que tem tudo isso! Feliz o povo cujo Deus é o SENHOR!
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November 26, 2011

Salmo 145

Nova Tradução na Linguagem de Hoje
  1. Meu Deus e meu Rei, eu anunciarei a tua grandeza e sempre serei grato a ti.
  2. Todos os dias te darei graças e sempre te louvarei.
  3. O SENHOR Deus é grande e merece receber altos louvores. Quem pode compreender a sua grandeza?
  4. Ó Deus, cada geração anunciará à seguinte as coisas que tens feito, e todos louvarão os teus atos poderosos.
  5. Eles falarão da tua glória e da tua majestade, e eu meditarei nas coisas maravilhosas que fazes.
  6. Falarão dos teus atos poderosos, e eu anunciarei a tua grandeza.
  7. Falarão da tua imensa bondade e cantarão com alegria a respeito da tua fidelidade.
  8. O SENHOR Deus é bom e cheio de compaixão; ele demora a ficar irado e tem sempre muito amor.
  9. O SENHOR é bondoso com todos e cuida com carinho de todas as suas criaturas.
  10. Ó SENHOR Deus, todas as tuas criaturas te louvarão, e te darão graças os que são fiéis a ti.
  11. Todos falarão da glória do teu Reino e contarão a respeito do teu poder,
  12. para que todos os povos conheçam os teus atos poderosos e a grandeza e a glória do teu Reino.
  13. O teu Reino é eterno, e tu és Rei para sempre. O SENHOR Deus sempre cumpre o que promete; ele é fiel em tudo o que faz.
  14. Ele ajuda os que estão em dificuldade e levanta os que caem.
  15. Todos os seres vivos olham para ele com esperança, e ele dá alimento a todos no tempo certo.
  16. Quando os alimenta, o SENHOR Deus é generoso; ele satisfaz a todos os seres vivos.
  17. O SENHOR é justo em todos os seus atos e fiel em tudo o que faz.
  18. Ele está perto de todos os que pedem a sua ajuda, dos que pedem com sinceridade.
  19. A todos os que o temem dá o que é necessário; ele ouve os seus gritos e os salva da morte.
  20. O SENHOR protege os que o amam, mas destruirá todos os maus.
  21. Eu sempre louvarei o SENHOR. Que todos os seres vivos louvem o Santo Deus para sempre!
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November 25, 2011

Salmo 146

Nova Tradução na Linguagem de Hoje
  1. Aleluia! Que todo o meu ser te louve, ó SENHOR!
  2. A vida inteira eu louvarei o meu Deus, cantarei louvores a ele enquanto eu viver.
  3. Não ponham a sua confiança em pessoas importantes, nem confiem em seres humanos, pois eles são mortais e não podem ajudar ninguém.
  4. Quando eles morrem, voltam para o pó da terra, e naquele dia todos os seus planos se acabam.
  5. Feliz aquele que recebe ajuda do Deus de Jacó, aquele que põe a sua esperança no SENHOR, seu Deus,
  6. o Criador do céu, da terra e do mar e de tudo o que neles existe! O SENHOR sempre cumpre as suas promessas;
  7. ele julga a favor dos que são explorados e dá comida aos que têm fome. O SENHOR Deus põe em liberdade os que estão presos
  8. e faz com que os cegos vejam. O SENHOR levanta os que caem e ama aqueles que lhe obedecem.
  9. O SENHOR protege os estrangeiros que moram em nossa terra; ele ajuda as viúvas e os órfãos, mas faz com que fracassem os planos dos maus.
  10. O SENHOR será Rei para sempre. Ó Jerusalém, o seu Deus reinará eternamente. Aleluia!
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November 24, 2011

Salmo 103

Nova Tradução na Linguagem de Hoje
  1. Ó SENHOR Deus, que todo o meu ser te louve! Que eu louve o Santo Deus com todas as minhas forças!
  2. Que todo o meu ser louve o SENHOR, e que eu não esqueça nenhuma das suas bênçãos!
  3. O SENHOR perdoa todos os meus pecados e cura todas as minhas doenças;
  4. ele me salva da morte e me abençoa com amor e bondade.
  5. Ele enche a minha vida com muitas coisas boas, e assim eu continuo jovem e forte como a águia.
  6. O SENHOR Deus julga a favor dos oprimidos e garante os seus direitos.
  7. Ele revelou os seus planos a Moisés e deixou que o povo de Israel visse os seus feitos poderosos.
  8. O SENHOR é bondoso e misericordioso, não fica irado facilmente e é muito amoroso.
  9. Ele não vive nos repreendendo, e a sua ira não dura para sempre.
  10. O SENHOR não nos castiga como merecemos, nem nos paga de acordo com os nossos pecados e maldades.
  11. Assim como é grande a distância entre o céu e a terra, assim é grande o seu amor por aqueles que o temem.
  12. Quanto o Oriente está longe do Ocidente, assim ele afasta de nós os nossos pecados.
  13. Como um pai trata com bondade os seus filhos, assim o SENHOR é bondoso para aqueles que o temem.
  14. Pois ele sabe como somos feitos; lembra que somos pó.
  15. A nossa vida é como a grama; cresce e floresce como a flor do campo.
  16. Aí o vento sopra, a flor desaparece, e nunca mais ninguém a vê.
  17. Mas o amor de Deus, o SENHOR, por aqueles que o temem dura para sempre. A sua bondade permanece, passando de pais a filhos,
  18. para aqueles que guardam a sua aliança e obedecem fielmente aos seus mandamentos.
  19. O SENHOR Deus colocou o seu trono bem firme no céu; ele é Rei e domina tudo.
  20. Louvem o SENHOR, fortes e poderosos anjos, que ouvem o que ele diz, que obedecem aos seus mandamentos!
  21. Louvem o SENHOR, todos os anjos do céu, todos os seus servos, que fazem a sua vontade!
  22. Louvem o SENHOR, todas as suas criaturas, em todo lugar onde ele reina! Que todo o meu ser te louve, ó SENHOR!
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November 23, 2011

Apenas confie

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Vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=kM9IHwEmhdw
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November 22, 2011

Para vc com carinho ; )!

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Vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=FMQlalQKOII
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November 21, 2011

Enquanto dormimos

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- Ricardo Barbosa de Souza

O salmo 127 é um convite ao descanso. Não um convite para não trabalhar, para entrar de férias, tirar algum recesso, mas um convite para aprender a descansar. Sem dúvida, aprender a descansar ou a entrar no descanso de Deus é uma das experiências espirituais que estão ficando cada vez mais raras. Encontrar as "águas de descanso" ou o "repouso dos pastos verdejantes", provar o "refrigério da alma" ou a ausência de medo quando atravessamos os vales de sombra e morte que Davi menciona no salmo 23 parece uma realidade distante, principalmente no contexto violento e estressante que vivemos.

O salmista inicia o salmo dizendo que todo o nosso esforço em edificar a casa e guardar a cidade é vão se não reconhecermos que é o Senhor quem realiza este trabalho; que inútil nos será levantar de madrugada, dormir tarde, comer o pão que penosamente conquistamos, porque aos seus amados, diz o salmista, ele dá o pão enquanto dormem.

Certamente nenhum de nós jamais recebeu o pão de cada dia enquanto dormia. Sabemos que o pão que comemos todos os dias nos é dado enquanto trabalhamos. É o fruto do trabalho de cada dia. Trabalhamos oito, dez, às vezes até 12 horas por dia para garantir o pão, o aluguel, a escola, o transporte de cada dia. Como então ele afirma que o recebemos enquanto dormimos?

Nossa dificuldade em compreender este salmo está diretamente relacionada com nossa incapacidade de compreender a natureza do Criador. Depois de ter criado todas as coisas visíveis e invisíveis, de ter criado o homem e mulher à sua imagem e sua semelhança e de ter reconhecido que tudo era muito bom, o Criador, no sétimo dia da Criação, o sábado, descansa e nos convida para celebrar este descanso com ele, celebrar a obra da Criação e a segurança de que o mundo tem um Criador.

Eugene Peterson, falando sobre o significado do sábado, diz: "Quando anoitece, eu me deito para dormir e me entrego aos cuidados de Deus; desligo e, pelas próximas seis, oito ou dez horas, caio num estado de inconsciência em que me torno absolutamente improdutivo. Aí eu acordo, descansado, pulo da cama cheio de energia, agarro uma xícara de café e saio correndo porta afora para começar a fazer as coisas! E qual é a primeira coisa que eu descubro (aliás, um tremendo golpe no meu ego)? É que tudo já havia começado horas, séculos atrás! Enquanto eu dormia profundamente (antes mesmo que eu nascesse), todas as coisas importantes já vinham acontecendo. Quando eu saio em disparada para o meu dia de trabalho, estou penetrando num mundo no qual Deus já se encontrava em plena atividade, em que mais da metade já ficou para trás! Quando eu começo, é um trabalho cujo plano básico já estava estabelecido, as responsabilidades dadas, as operações em ação." Esta consciência de que há um Criador que permanece cuidando e preservando sua criação e que nos convida para celebrá-la é que nos abre a porta para um verdadeiro e real descanso em Deus.

Muitas vezes não descansamos porque não aprendemos esta lição básica: Deus, muito antes de existirmos, desde toda a eternidade, já vinha trabalhando e realizando sua obra. A graça e o cuidado de Deus nos precedem. Todos os dias, quando acordamos, despertamos para um mundo de Deus; um mundo que não criamos e que é mantido pela graça e pelo poder de Deus. Quando invertemos esta ordem e começamos a achar que o que fazemos durante o dia (trabalho, vigilância, cuidado) é o que mantém o mundo em ordem, e nos esquecemos de que é Deus quem, enquanto dormimos, enquanto permanecemos inativos e improdutivos, dá ordem ao mundo, passamos a viver ansiosos, aflitos e preocupados. É por isto que o salmista diz que todo o nosso esforço em guardar e edificar é vão. Não porque nosso trabalho é desnecessário, mas porque quem guarda e edifica é Deus.

Mais uma vez cito Peterson (recomendo a leitura do capítulo que fala sobre "Um sábado sem sentido" do livro De volta à fonte, Encontro Publicações), onde ele diz: "Ao preparar-me para dormir, o que me marca não é uma sensação de exaustão e frustração porque ainda há tanta coisa por fazer e por terminar, mas é a expectativa. O dia está para começar! As palavras do Gênesis de Deus estão a ponto de ser ditas novamente. Durante as horas que eu passo dormindo, como ele irá se preparar para utilizar minha obediência, meu serviço e o meu falar quando romper a manhã? Enquanto nós dormimos, coisas grandes e maravilhosas, muito além de nossas capacidades de inventar ou engendrar, estão em pleno andamento: a lua marca as estações, o leão rosna diante de sua presa, as minhocas esburacam e arejam a terra, as proteínas reconstituem nossos músculos e nosso cérebro restaura, por meio dos nossos sonhos, uma sanidade mais profunda que subjaz o burburinho e a maquinação das horas que passamos acordados. Nosso trabalho se encaixa no contexto do agir de Deus. O esforço humano é honrado e respeitado, não como uma coisa em si, mas por sua integração aos ritmos da graça e da bênção." Penso que é isto que o salmista quis dizer ao afirmar: "Aos seus amados ele o dá enquanto dormem."

O próprio salmista ilustra isto com uma experiência bem humana. Ele afirma que os filhos são herança do Senhor. Qual o trabalho que temos para gerar os filhos? Coabitamos com nosso cônjuge; e Deus, dia a dia, nos nove meses que se seguem, realiza o milagre da fecundação e da gestação. Enquanto isso, o que fazemos? Nada. Se o Senhor não abençoar, cuidar, nutrir, guardar, inútil será todo o nosso esforço. Enquanto dormimos, enquanto não fazemos nada, Deus realiza sua gloriosa obra de criação.

É neste contexto da ação criadora de Deus que encontramos significado e dignidade para o nosso trabalho. Deus existe muito antes de nós, e é ele que edifica e guarda. Na medida em que nos encaixamos no ritmo de Deus em obediência e reverência, nós nos realizamos com o seu cuidado, a sua devoção e a sua diligência. É assim também que entramos no descanso de Deus, reconhecendo que, enquanto dormimos, ele cuida e realiza a sua obra.

Há muitos que vivem hoje num mundo sem Criador, e outros que vivem com um Criador sem mundo. Tanto um como outro gera sentimentos de cansaço e ansiedade. Viver num mundo sem Criador é não reconhecer que há uma ordem, um ritmo, um propósito e um cuidado que se encontra para além de todo o nosso esforço para promover o sentido do mundo e da história. Para estes será inútil levantar de madrugada e comer o pão conquistado com o penoso trabalho de cada dia. Viver com um Criador sem mundo transforma o mundo num lugar hostil, uma terra onde não há descanso, onde não encontraremos os lugares tranqüilos e as fontes de repouso. Descansar em Deus é reconhecer sempre que "aos seus amados ele dá o pão de cada dia enquanto dormem".

Fonte: http://www.lideranca.org/cgi-bin/index.cgi?action=viewnews&id=242
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November 20, 2011

Podando galhos, gerando frutos

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- Ricardo Barbosa de Souza

A linguagem de Jesus nos evangelhos é cheia de metáforas e imagens. Suas parábolas são um convite a imaginação. Não são apenas, como muitos pensam, ilustrações de grandes verdades e doutrinas: são histórias que nos convidam a entrar num mundo rico de símbolos, imagens, possibilidades e verdades.

Jesus nem sempre conclui suas histórias. Ele deixa que o final delas seja escrito por mim e por você e, todas as vezes que as lemos, encontramos um final diferente. O bom das histórias é que elas não são como a aritmética, exatas, imutáveis. Desde que aprendi que dois mais dois somam quatro, isto nunca mais mudou. Mas as histórias não são assim. Elas crescem com a gente, amadurecem à medida que amadurecemos, não perdem nunca sua beleza e seu encanto, estão sempre a desafiar nossa imaginação.

Uma das metáforas que Jesus usa nas conversas com seus discípulos, rica em imagens, é a da videira. Ali ele apresenta a nossa vida espiritual como sendo os galhos ligados à videira. Ele mesmo é a videira, e nós, os galhos. Mas, para que os galhos da videira cresçam e dêem os seus cachos, eles precisam do trabalho de um agricultor, que, com precisão e experiência, realiza a poda.

Jesus diz que Deus, o Pai, no início de cada primavera, toma os ramos em suas mãos e começa esta delicada tarefa de jardineiro. Ele limpa, corta e tira o excedente para que as flores e os frutos apareçam e cresçam saudáveis. Esta é uma bela metáfora sobre a necessidade de manutenção da vida espiritual.

O crescimento espiritual não é o resultado da somatória de eventos, experiências, informações e realizações que acumulamos. É, sim, o resultado de um longo processo de jardinagem, no qual o experiente jardineiro corta, apara e limpa para depois ver a flor e o fruto brotando com beleza e saúde. Muitas vezes, pensamos que a vida espiritual é determinada por aquilo que fazemos para Deus. No entanto, esta metáfora nos mostra que, antes de fazermos alguma coisa, darmos algum fruto, nos submetemos ao trabalho da poda. O que Deus faz em nós precede o que fazemos para ele.

Para quem não conhece o trabalho de jardinagem, a poda pode parecer, numa primeira vista, um processo de mutilação, de agressão. A planta podada fica feia, algumas chegam a sangrar, mas este é o único caminho para depois crescer com saúde e produzir as flores e os frutos que irão embelezar e alimentar o mundo.

Temos algumas coisas que precisam ser podadas. Uma delas é o orgulho. Nossa busca por sucesso, por garantias profissionais e financeiras, por segurança e estabilidade tornou-nos prisioneiros de um velho pecado que surge hoje com cara nova: a ambição. Noutros tempos, era considerada um grande mal; hoje é aclamada, valorizada, buscada e desejada. Transformou-se numa virtude. O problema é que ela sutilmente inverte os pólos, levando-nos a deixar de ser criaturas para ser criadores.

Nossas vidas só podem ser vividas plenamente quando vivemos nos termos da criação. Isto implica viver debaixo de uma ordem definida na criação, ou seja, Deus ama e nós somos amados; Deus cria e nós somos criados; Deus revela-se e nós recebemos a revelação; Deus ordena e nós obedecemos. Isso nos leva a crescer como criaturas, a aceitar o Criador, a entender que não sou eu que dou sentido ao mundo, é Deus; que não preciso lutar pelo meu espaço, pelo reconhecimento, mas descobrir quem sou e o propósito de minha vida diante de Deus. Ser cristão é aceitar os termos da criação.

Isto não nos impede de crescer profissionalmente, de oferecer alguma estabilidade financeira para a família; mas liberta-nos da tentação de viver num mundo sem Criador, de carregar um peso que não nos pertence, de inverter os pólos e assumir aquilo que é próprio de Deus. Se deixamos o jardineiro podar nossas ambições, teremos maior disposição para aprender, para amar, para ser conduzidos e abençoados.

Outra poda de que necessitamos é a da ingratidão. Ela nos torna pessoas insatisfeitas. Nunca temos o suficiente, há sempre algo faltando. Perdemos a capacidade de ver Deus agindo nas pequenas coisas, a alegria de perceber sua graça nos detalhes. Com isso, perdemos também a capacidade de confiar. Dependemos apenas de nós. E, na busca por autoconfiança, encontramos a ansiedade e o desespero. Fechamos as portas da alma para a presença alegre e libertadora do Espírito Santo. Seguimos reclamando, sem perceber o cheiro das flores e o sabor dos frutos. Somos galhos infrutíferos.

Podar a ingratidão é abrir a alma para a generosidade de Deus; é dar, ao invés de somente receber; é ir ao encontro do outro, ao invés de esperar que nos encontre; é oferecer a mão, o ombro, o carinho, a compaixão, ao invés de lamentar a solidão e o abandono. É aqui que experimentamos a alegria do Senhor, que nos tornamos pessoas extravagantes, generosas, gratas. Ao invés de buscar bênçãos, tornamo-nos benção para os outros. É neste movimento que crescemos, que exalamos o perfume, que trazemos os frutos da poda divina.

Precisamos também deixar podar nossa apatia ou acomodação. A apatia é fonte da anemia espiritual. Ela nos torna descuidados, displicentes, acomodados. Não há nada mais feio do que um jardim abandonado. As roseiras que não foram podadas no tempo certo, que cresceram desordenadas, não têm mais forças para fazer as rosas brotarem; misturam-se com o mato e tornam-se semelhantes a eles. Precisamos mais uma vez da experiência do jardineiro para limpar o mato e tirar o excesso. Podar é possibilitar novamente o fluxo da vida, o viço da beleza, o crescimento saudável.

O descuido da vida devocional, o desinteresse pela oração, o descaso para com a igreja, o abandono da comunhão vão permitindo que o mato cresça. Outros hábitos vão sendo formados, passamos a gostar de outros lugares, a ter prazer noutras coisas. O mato começa a fazer parte da paisagem, toma conta do jardim. O problema é só darmos conta do mal quando o fruto vier apodrecido, isto se vier algum fruto.

Podar a apatia e a acomodação é renovar alianças e votos . É permitir que a seiva da graça de Deus volte a correr por todos os canais, trazendo de volta a vida e a paixão por Deus, pela família, por irmãos e irmãs. É voltar os olhos para o futuro e, como o jardineiro - que, logo após a poda, deixa a roseira mutilada e feia -, saber que, após alguns dias de chuva e sol, surge ela cheia de vida, bela, radiante e admirada pelas cores e pelo perfume.

Precisamos da poda. É doloroso, mas necessário. Há muito mato e muito ramo que não crescem mais, que não dão mais frutos. Jesus advertiu-nos dizendo que o destino do mato e dos ramos infrutíferos é o fogo, pois não prestam para mais nada. Precisamos da mão de um jardineiro, de alguém que, com experiência e amor, tire fora tudo aquilo que impede nosso crescimento, que sufoca a alegria, que rouba a paz, que enfraquece a confiança e que tira a segurança.

Fonte: http://www.lideranca.org/cgi-bin/index.cgi?action=viewnews&id=372
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November 18, 2011

Você é ou não é

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Se você faz perguntas e não presta atenção nas respostas ou se fala ao celular como se os outros tivessem que saber de seus problemas, então você é...

- J.R. Duran

Se você é um dos que furam a fila, qualquer fila por qualquer motivo; falam com a boca cheia de comida; apoiam os pés no encosto da poltrona da frente no cinema, mesmo que vazia, e comentam o filme com o vizinho(a) no cinema em voz alta; tentam monopolizar a conversa em uma roda de amigos e, ainda por cima, falam apenas de si mesmo. Fica mudo depois de receber um presente, uma gentileza, mesmo que seja um copo de água em um dia de muito calor e esquece de pronunciar “obrigado(a)” ou “muito obrigado(a)”, palavras mágicas que abraçam corações. Se você não deixa escapar de seus lábios essas mesmas palavras quando alguém cede o passo ao entrar no elevador ou ao cruzar alguma porta.

Se passa perfume pelo corpo em quantidades suficientes para fazer explodir as narinas de qualquer ser vivente que se atreva a circular a poucos metros de distância de seu corpo perigosamente embalsamado. Se na hora de telefonar para alguém dispara o “Quem fala?” antes de se apresentar (1) e pergunta pela pessoa procurada. Se você não olha para os olhos da pessoa com quem está conversando. Fura o farol vermelho ou estaciona em algum lugar proibido (2), arremessa qualquer coisa pela janela do carro (nem menciono da janela do prédio porque isso já é demais), mesmo que seja a ponta do cigarro, na rua (se ele estiver acesso e for na estrada, nem se fala então). Se você, por acaso, é o dono daquele cachorro que fica latindo a noite inteira.

Ou se você decidiu que pode mijar na rua, colocar os cotovelos na mesa, soltar traques sem se importar com os outros ou tirar melecas do nariz (mesmo se achando protegido atrás das janelas fechadas, na solidão de um carro vazio preso no meio do trânsito empacado). Ou se por acaso não percebeu, mas faz perguntas e não presta atenção nas respostas. Se você é daqueles que falam no celular com um tom de voz que faz com que os outros ao seu redor (serve a mesma distância da regra do perfume) tenham de participar de todos os seus problemas, suas alegrias e tristezas. Se você não se importa em coçar o saco na frente dos outros (e nesse caso a coisa se aplica aos dois casos, o figurativo e conceitual de não fazer nada e o literal). Se acha que é legal xeretar a correspondência dos outros (a não ser, é claro, que você seja um policial e tenha um mandado do juiz).

Se você é um deles, meu caro, e tem o costume de praticar algum desses atos de uma maneira constante, consciente e deliberada. Se não acha que as regras básicas da boa educação são uma forma de convivência e consideração para com os outros, saiba então que você é, nem mais nem menos, um mal-educado. Ponto.

(1) Uma das coisas que mais me abismam é quando alguém liga para o celular do outro e quer saber logo de cara quem está falando. A regra é clara, quando você vai na casa de alguém é a pessoa na casa que pergunta quem é para quem toca a campainha, não o contrário.

(2) Neste capítulo o cara que para na frente de um portão ou de uma guia rebaixada merece o título de cidadão honoris causa da má educação.
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November 17, 2011

Quem é você de verdade?

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Você não é o que faz, mas o que escolhe fazer mostra quem você é.

Vai lá: http://sorisomail.com/partilha/217214.html

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November 16, 2011

Um convite para ser

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Os orientais tem uma visão diferente dos ocidentais. Enquanto que a sociedade ocidental é refém do ter e do fazer, o pensamento oriental enaltece o ser.

Falando assim, parece fácil distinguir um do outro, mas não é. Porque o ser não envolve o fazer, mas é no fazer que o indivíduo mostra quem ele é (podemos definir o que é importante para uma pessoa pelo tempo que ela dedica a uma determinada atividade).

E na cultura pós-moderna, que associa tempo e desempenho (quanto mais se faz, melhor se faz - e isto vale para tudo na vida, desde receita de bolo até texto publicitário), aí que o angu encaroça de vez.

Por isto o convite de Jesus soa surreal: "venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso. Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso. Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que eu ponho sobre vocês é leve" (Mt 11: 28-30).

Como confiar neste descanso (que não é passivo porque envolve entrega)?

Ajuda-me Senhor, a ser para descansar em Ti!
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November 15, 2011

Simplicidade e permanência

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- pr. Ricardo Barbosa

De vez em quando gosto de reler Cartas de um Diabo a seu Aprendiz, de C. S. Lewis. Sua habilidade em perscrutar os labirintos da tentação me impressionam. Ele nos ajuda a reconhecer nossa enorme ingenuidade e a profunda sagacidade do inimigo.

Em uma dessas cartas, o diabo reconhece que o verdadeiro problema dos cristãos é que eles são “simplesmente” cristãos. O laço que os une é a vida comum que eles têm em Cristo. Ele então aconselha seu sobrinho: “O que nós desejamos, se não houver mesmo jeito e os homens tiverem de tornar-se cristãos, é mantê-los num estado de espírito que eu chamo de cristianismo e alguma outra coisa [...]. Substitua a fé em si por alguma moda com colorido cristão. Faça com que tenham horror à Mesma Coisa de Sempre”.

A “mesma coisa de sempre” nos deixa entediados. Ser “simplesmente” cristão, para muitos, não é suficiente. Precisamos de coisas novas. Sempre. Modelos novos de igreja, um jeito diferente de cantar, formas inovadoras de culto, estratégias sofisticadas de crescimento, e por aí vai. Somos movidos pelas novidades, não pela profundidade. Nosso interesse está na variedade, não na densidade.

O reverendo A. W. Tozer, num artigo intitulado “A velha e a nova cruz”, comenta o mesmo fenômeno: “Uma nova filosofia brotou dessa nova cruz com respeito à vida cristã, e dessa nova filosofia surgiu uma nova técnica evangélica — um novo tipo de reunião e uma nova espécie de pregação. Esse novo evangelismo emprega a mesma linguagem que o velho, mas o seu conteúdo não é o mesmo e sua ênfase difere da anterior”.

O diabo, na carta ao seu sobrinho aprendiz, diz que: “O horror pela mesma coisa de sempre é uma das mais preciosas paixões que incutimos no coração humano — uma fonte infinita de conselhos estúpidos, de infidelidade conjugal e de inconstâncias na amizade”. A lista poderia se estender, mas o que se encontra por trás desse “horror pela mesma coisa de sempre” é a grande atração pelo novo seguida de uma profunda distração pelo essencial. O que a novidade faz é direcionar nossa atenção para outras preocupações, dando mais valor aos meios e não aos fins.

A formação espiritual cristã sempre requereu, basicamente, obediência a Cristo no seu chamado à proclamar o evangelho, fazer discípulos, integrá-los numa comunidade trinitária e ensiná-los a guardar a sua palavra. Ensiná-los a se comprometerem com o serviço como expressão de amor para com o próximo e com o cultivo e a prática de disciplinas espirituais como oração, jejum, arrependimento, confissão, leitura e meditação nas escrituras e contemplação.

Não importa o quanto nossas igrejas e ministérios sejam sofisticados. Não importa o volume de novidades e tecnologias que oferecemos. Se no final não encontrarmos as mesmas coisas de sempre, significa que nos perdemos com o meio e não alcançamos o fim.

Existem dois aspectos que considero fundamentais na experiência espiritual cristã: simplicidade e permanência. Quando perguntaram para Jesus como o reino de Deus viria, ele respondeu afirmando o seu caráter discreto. Não viria com grande estardalhaço. Se estabeleceria dentro daqueles que o confessam como Senhor e Rei. Jesus apresenta um evangelho que transforma de dentro para fora. O que o vaso contém é infinitamente maior e mais valioso que o vaso. Ele cresce como uma pequena semente de mostarda. A simplicidade está na natureza própria do evangelho.

A permanência define o caráter pessoal e relacional da fé. Permanecer em Cristo é permanecer ligado como galho na videira. É somente nessa permanência que recebemos de Cristo sua vida e a transmitimos aos outros. Permanecer é mais do que conhecer — é manter-se em constante e dinâmico relacionamento. As novidades não transformam o caráter; a permanência, sim. Para C. S. Lewis, a maturidade é algo que “todos alcançam na velocidade de sessenta minutos por hora, independentemente do que façam e de quem sejam”.

Fonte: http://www.ippdf.com.br/ipp/node/613
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November 14, 2011

Abrindo mão dos estreitos limites

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Chérie, saudades!

Tudo bem por aí?

Em 1º lugar, muito obrigada por sua amizade leal e constante, pelas orações, por tudo!

Desculpe o sumiço, mas fui ver meus pais assim que cheguei e, logo em seguida, fui chamada para uma entrevista (fiquei estudando horrores, dureza que nem sei se fui bem), enfim...

Apesar do silêncio, quero que saiba que não esqueço de você (a sua vida tem feito diferença na minha; obrigada de coração!) e oro a Deus agradecendo e pedindo que Ele derrame as mais ricas bênçãos sobre sua vida e família.

Depois de um longo e tenebroso inverno (você, que tem acompanhado a epopéia, sabe dos perrengues), acho que está na hora de sair da caverna (tenho tanta coisa para contar que nem sei por onde começar) rsrsr... Mas vamos lá.

Sobre a viagem, foi um privilégio ficar um tempo fora (quando a gente se afasta e enxerga os problemas de uma perspectiva diferente; percebe que a vida é maior que nossas estreitas percepções) - sabe que não ouvi notícia sobre o Brasil em nenhum lugar passei? Esse foi o primeiro chacoalhão: ver que aquilo que para a gente parece ser importante, não é nada perante milhões de outras coisas acontecendo (e se a gente colocar em ordem de prioridade, percebe que muitas coisas vão para o final da fila).

A vida (e conseqüentemente o amor de Deus) se mostra das mais variadas formas. Ninguém detém o modelo certo, porque cada pessoa, cada cultura, cada país, cada grupo tem sua maneira peculiar de agir e reagir. Não existe modelo certo nem errado, mas formatos diferentes. O fundamentalismo (talebã, nazista e por aí vai) nasce por achar que só a sua visão é correta e deve prevalecer perante os outros. Ouvir e respeitar são essenciais para chegar num denominador comum, mesmo quando as partes divergem sobre determinado assunto (dureza que, quando o totalitarismo está tão entranhado, o ‘diálogo’ só acontece quando a outra parte ‘concorda’ – bem o mito de Narciso e Eco) que mêda...

Outra coisa bacana (presente de Deus) está sendo este processo de seleção pelo qual estou passando. Em 20 anos de carreira profissional nunca fui tratada com tanta transparência, respeito e dignidade. Ver que existe empresa séria e correta trouxe alento, pois estava muito desanimada. Mês que vem faz um ano que aconteceu aquele tsunami e só agora me sinto preparada para enfrentar a vida corporativa (ore por mim).

E para completar, o final de semana (colo amoroso do Pai): no sábado fui a uma reunião onde meditamos sobre Rm 11: 33-36 e Rm 12: 1-2; e o que ficou claro é que a realidade do Pai é maior do que a nossa. No domingo fui à PIBJI (obrigada obrigada obrigada) e a mensagem foi sobre Ef 5: 3-7 (claro que acabei lendo tb os vv. 6-17), uma espécie de complemento e confirmação: vida cristã não é fácil nem difícil, é impossível! Só pelo Espírito*...

Mas para a gente ser cheio pelo Espírito, precisa esvaziar primeiro: das falsas concepções, dos estereótipos, dos preconceitos, dos modelos que o mundo oferece, das muletas que usou a vida inteira, da falta de perdão... Você só enche uma xícara de chá, se ela estiver vazia e limpa primeiro (e com nosso coração, é a mesma coisa). Infelizmente, nem isso conseguimos fazer sozinhos; precisamos pedir a ajuda dEle para a nossa faxina interior...

Bem, para quem ficou 1 ano sem falar nada, até que falei demais.

Por favor, continue orando por mim (eu continuarei orando por você ; )! E lembre-se: Deus não prometeu dias sem problemas, dificuldades sem lágrimas, mas Ele promete estar conosco sempre – não estamos sozinhos!

Um beijo carinhoso no amor de Cristo,

KT

* Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. (Gl 5: 22 e 23)
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November 13, 2011

O espelho e a janela

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"Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência.
Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar".
Tg 1:23-25

Tiago nos diz, nesses versículos, exatamente como devemos usar a Bíblia. Devemos estudar para nos vermos mais claramente, com disposição para mudar e corrigir cada defeito que observamos. A pessoa que usa a Bíblia desse modo será abençoada em seu crescimento espiritual.

Contudo, há uma grande tentação para se usar a Bíblia como janela, no lugar de espelho. Em vez de se olhar no espelho, para ver como posso melhorar, é mais fácil olhar pela janela para ver os erros dos outros. Esse era o problema do fariseu que orava em Lc 18:11-12. Em vez de ver seus próprios problemas, ele se confortava com o fato de haver outros "pecadores maiores" em volta dele. Quão facilmente defendemos nossos próprios erros encontrando alguém que julgamos ser "pior"!

Jesus conheceu grande quantidade de pessoas que se achavam justas, que passavam seu tempo olhando pela janela para criticar e condenar outras. Ele certamente deve ter pensado em algumas delas quando pregou o sermão do monte. Ali, ele advertiu contra tal julgamento condenatório. Precisamos primeiro aplicar a verdade em nossas vidas antes de tentarmos resolver os problemas de outros (Mt 7: 1-5).

Contudo, isso não quer dizer que devemos ignorar o pecado de nosso irmão. Pelo contrário, temos que corrigir os que erram (Gl 6:1; Mt 18:15-17). Mas quando escondemos nossa própria impiedade atrás dos pecados de outros, não estamos seguindo a Deus. Podemos enganar outras pessoas. Podemos até enganar a nós mesmos. Mas Deus fez o espelho, e sabe exatamente o que ele reflete.

Estudo bíblico honesto exige coração sincero e humilde.

- Dennis Allan

Fonte: http://www.estudosdabiblia.net/esc53.htm
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November 12, 2011

Laje é melhor que varanda

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- J.R. Duran

Fui convidado para um churrasco em uma laje. Aceitei e não me arrependi. Me diverti, mais ainda, vendo os outros se divertindo. Não dá pra não me contagiar com a felicidade alheia, seja qual for o estado em que me encontre. E onde tem churrasquinho tem cerveja, e onde tem cerveja e churrasquinho tem pagode. Foram feitos um para o outro (gosto de pagode, azar de quem não gosta). O que ficou na lembrança é uma tarde repleta de sorrisos, música, sol, moças com shorts apertados e o privilégio de contemplar a cidade do Rio de Janeiro, desde um ângulo único, espremida entre a beira do mar e a lagoa Rodrigo de Freitas. De certa maneira foi uma espécie de redescobrimento da cidade. Visto de cima, o trânsito flui melhor e tudo parece mais ordenado, como em um gigantesco jogo de Lego em que tudo dá certo. Curiosa era a visão dos prédios residenciais que, em comparação com a sensação de liberdade da laje, pareciam ter se transformado em torres de marfim fechadas em um universo interior.

Dias depois, ao abrir o jornal de fim de semana, descubro que em São Paulo – não sei como é no Rio de Janeiro –, além da babá sentada na ponta da mesa do almoço de domingo na churrascaria, a classe média alta tem um outro símbolo de status para deitar e rolar: a varanda de apartamento. Durante anos os prédios das cidades foram concebidos para que seus moradores pudessem construir, na sua imaginação, seus castelos. Verdadeiras cidades verticais com salão de festas, ginásio, piscina e todos os outros espaços comunitários que dificilmente vão ser usados. Por uma reviravolta do destino, ou um devaneio do empreendedor, agora o novo rico, além dos seguranças de preto, do cachorro malcriado que caga na grama do vizinho e do celular que se exibe no cinema, pode desfilar, nos fins de semana, na varanda de seu apartamento.

Fecha com vidro

É só dar uma olhada nos empreendimentos que são trombeteados nos anúncios dos jornais. Não tem um apartamento que não possua varanda. Elas foram se incorporando ao modo de vida do paulistano mesmo que raramente se veja alguém em uma delas. Em alguns lançamentos elas têm metragem praticamente igual à da sala de estar. Perguntei para um corretor como os moradores faziam com o barulho das ruas. A resposta foi simples e obtusa: uma vez de posse do lugar, o morador pode fechar a varanda com vidro e ligar o ar-condicionado. Justamente o vidro, o elemento de construção menos indicado para um país como o nosso.

Um detalhe nessas varandas me chama a atenção. O lugar que os sofisticados folhetos denominam com o eufemismo “espaço gourmet” e que se trata de, nem mais nem menos, uma churrasqueira. Varanda, churrasqueira, ar-condicionado e vidro. Para mim a varanda do bacana é hoje em dia, desculpem, o equivalente à laje de quem mora na favela. E “espaço gourmet” é a conexão entre um e outro. A diferença é que no prédio falta o pagode, a diversão.

Prefiro a laje.

- J. R. Duran, 55, é fotógrafo e escritor.
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November 11, 2011

Ver a graça de Deus

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... "quando chegou, e viu a graça de Deus, se alegrou, e exortou a todos a que permanecessem no Senhor, com propósito de coração".
Atos 11: 23

Nesta passagem, o evangelista e médico Lucas usa de uma expressão rica em significado para explicar uma maneira de encarar a vida. Diz que Barnabé, chegando em Antioquia, viu a graça de Deus. É o mesmo que dizer que Barnabé viu através da Graça de Deus. Tal atitude para com a vida é a melhor maneira de convivermos com as pessoas e a única ferramenta eficaz na transformação de vidas.

Ver com Graça é ver o melhor das pessoas e das circunstâncias, antes de constatar o pior. É procurar reflexos da graça de Deus em toda e qualquer circunstância e pessoa, é entender que em cada ser humano reside uma porção da Graça de Deus.

Quando olhamos com graça para as pessoas, tornamos possível a convivência. Quando olhamos com graça para as pessoas ganhamos-as e então elas estão prontas para se abrirem. Quando vemos com graça o melhor das pessoas, auxiliamos elas a descobrirem o melhor em si mesmas porque o nosso olhar se torna um espelho, e a maneira como elas se vêem por meio da nossa percepção ao seu respeito, define a sua identidade. E quando somos olhados pela graça em nosso melhor, somos potencializados e revelados naquilo que há de melhor em nós.

Ver com Graça também é ver que a Graça de Deus está presente em todos os detalhes da criação e que não há beleza, harmonia, simetria e melodia em todo o Universo que não seja expressão da Graça de Deus. Não é prerrogativa de um determinado grupo religioso manifestar a Graça no mundo, mas de Deus em manifestar Sua graça em toda forma a partir de cada ação criativa no mundo.

Outro aspecto de vermos através da graça de Deus é compreendermos que as pessoas especiais apenas são instrumentos desta Graça. Não há ninguém que seja bom por si mesmo e cada vez que um ser humano vai além das expectativas limitadas pela queda e surpreende aos demais, é apenas resultado da Graça de Deus. Isso implica em não divinizarmos ninguém, entendendo que o que de certo fazem se explica pela Graça e que são passíveis de engano. Desse modo testemunhamos da Graça operando em suas vidas quando acertam e não nos escandalizamos ou nos frustramos quando erram. Ver com Graça é libertar as pessoas da missão que lhes impomos de serem nossos “deuses” de perfeição e satisfação, é permitir com que sejam elas mesmas, dependentes da mesma graça que nós.

Também, ver a Graça de Deus é ver as pessoas além do que nossos olhos podem enxergar, é acreditar que elas podem melhorar, que elas podem crescer. Ver com Graça é ter fé nas pessoas e nas realidades. Barnabé é chamado de homem cheio de fé porque é cheio de boa vontade, de graça em sua visão. Certa vez ele se desentendeu com Paulo por causa de João Marcos. Paulo não queria levá-lo para uma viagem missionária, mas ele queria e entendia que devia investir na vida de João. Ficou com o rapaz e investiu em sua vida. Mais tarde, o próprio Paulo pediu que João fosse ao seu encontro porque lhe era útil.

Ver com Graça é não desistir das pessoas, é acreditar nelas mais que elas mesmas. Ver com Graça é o mesmo que Fé, porque é ver o que ainda não existe como se existisse. Com os olhos tocados pelo Espírito Santo, a visão da Graça afetará nossa convivência e nos fará instrumentos de transformação pessoal.

Creio que o maior e primeiro obstáculo é o fato de não estarmos acostumados a ver a nós mesmos com a Graça de Deus. A culpa, os pesos do passado e nossa tentativa de auto-justificação nos afastam da Graça para nós, então não temos Graça para os outros.

© 2005 Alexandre Robles
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November 07, 2011

Prioridade

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“Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.” .
Lucas 10:42 ARA

Cada vez que saio da minha rotina percebo uma série de coisas que faço mas não precisava fazer. Comumente sobra tempo para mais coisas quando viajo do que quando fico em casa. E o que é feito do restante? Cabe em algum lugar...

No texto acima temos o célebre caso das duas irmãs, que além de certamente disputarem outras coisas (quem sabe roupa, atenção dos pais, brinquedos, talvez até namorados) aqui estão disputando chamar a atenção do Mestre. Marta, escolheu fazê-lo ocupando-se com tudo que era necessário e mais outro tanto. Maria, sua irmã, ocupou-se apenas de dar atenção a Jesus e com isso acabou chamando para si muito menos responsabilidade.

Note a sutileza: chamar a atenção acaba trazendo responsabilidade; prestar atenção acaba trazendo bênção. Isso se chama prioridade - fazer o que precisa ser feito e deixar de fazer o que não deve ser feito. Maria escolheu a boa parte e além disso Jesus disse que não lhe seria tirada. Marta deve ter feito um beiço enorme. Além de trabalhar muito ainda ouve de Jesus um elogio à irmã. Faltou prioridade, sobrou responsabilidade.

Certamente Jesus não se importaria se o jantar atrasasse, se os empregados da casa cuidassem de tudo, se Marta sentasse junto com Maria e ficasse ali apenas contemplando e ouvindo. Assim de igual modo nós devemos fazer esta escolha. Devemos nos perguntar quem é o nosso chefe de fato. Se queremos dedicar nossa vida a Deus, que Ele e somente Ele seja nosso chefe, Mestre, Rei, Senhor, dirigente.

Parece que o problema não é falta de tempo e sim o seu mau uso. São 24 horas para todo mundo. Para as Martas nunca basta; para as Marias é sempre um prazer e um aprendizado. Para nós, depende unicamente de qual o modelo que vamos seguir na prática.

"Pai, ensina-me a viver de forma tal que não dependa de uma correria maluca para pensar que meu dever está cumprido."

- pr. Mário Fernandez

Fonte: http://ichtus.com.br/publix/ichtus/devocional/prioridade.html
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November 04, 2011

Quem ama é livre

Pedro, você me ama?
Jesus Cristo

Quando somos expostos aos nossos erros podemos negá-los, afirmá-los como responsabilidade de outros ou assimilá-los.

Quem tem a consciência desenvolvida para perceber a importância do bem maior na existência, quem crê que seus atos afetam diretamente outras pessoas e se importa com isso, há de naturalmente lidar com seus erros através da assimilação. Estes são os que assumem seus erros, envergonham-se pelo mal causado e desejam ardentemente uma maneira de recuperar o que se perdeu.

Uma vez que o mal não pode ser remediado, a tendência destes que assumem sua responsabilidade é a fuga, baseada num profundo sentimento de indignidade e inadequação, como se a partir daquele momento a vida não pudesse ser a mesma por causa do mal causado. Invariavelmente as partes ofendidas enfatizam o mal sofrido e mantêm os ofensores sob este sentimento de indignidade, como se os tivessem presos pela impossibilidade de reparação do mal.

Com Jesus é e foi diferente, porque o que foi é uma amostra de como nos trata sempre e de como espera que sejamos e que nos tratemos uns aos outros hoje. Ele foi abandonado, negado, traído. Pedro havia dito que morreria por Ele, mas na hora da Cruz fugiu negando-o. Aplicando na prática a oração que faz na cruz, Jesus de fato perdoa os seus amigos que não sabem o que fazem. Ele vê além do ato e sabe que o amigo não quis fazer-lhe o mal, apenas não sabia como evitar. Isso se dá entre amigos, quando nossos erros têm justificativa apenas em nossa incompetência existencial, jamais em nosso desejo de fazer o mal.

É pra casos assim que precisamos orar e entregar o amigo que nos fere conscientes de que ele foi desastroso, mas não mal intencionado. E é pra casos assim que devemos acreditar do mesmo modo sobre nós, assumindo nosso erro, mas assumindo também que não era nossa intenção.

Então podemos olhar pro futuro, conscientes de que Jesus que conhece nosso interior nos encontra nas praias desta viagem e nos chama novamente a viver tudo o que somos, porque nossos erros do passado fazem e fizeram mal a nós e a outros, mas não têm o poder de nos tornar indignos, uma vez que fomos e somos alvos diretos do amor incondicional de Jesus Cristo. E nossa dignidade não será retomada quando fizermos algo notório e especial em compensação aos males causados, nossa dignidade está no fato de que o amamos, se o amamos é porque Ele nos ama antes, durante e depois.

Por isso que Jesus pergunta a Pedro, aquilo que Ele sabia, mas que queria que Pedro entendesse. Se eu amo o meu Senhor, posso erguer minha cabeça, prosseguir na caminhada, repleto de uma dignidade que Ele colocou sobre mim e que nada nesta vida pode tirar.

© 2006 Alexandre Robles
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November 03, 2011

Portas que se abrem

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Vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=TQpByza3k94
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November 02, 2011

Postura, ação e palavras

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Deus tem um ideal para cada circunstância da sua vida. Não importa qual seja seu problema ou necessidade, há sempre uma solução e uma provisão de Deus para você. Qualquer que seja o labirinto em que você se encontre, Deus sabe exatamente qual porta deve ser aberta e qual dos corredores você deve seguir para encontrar a saída.

O profeta Naum diz que "Deus tem um caminho no meio da tempestade". Isso significa que qualquer que seja a tempestade que desabe sobre você, Deus tem um lugar onde você estará em segurança. Nenhuma tempestade é maior do que o Deus que tem a voz mais poderosa que o trovão. Deus está sobre as muitas águas. O salmista diz que você não precisa ter medo de atravessar o vale da sombra da morte, pois é certo que Deus está caminhando ao seu lado, com sua vara que afugenta os maus e seu cajado que protege os bons. O apóstolo Paulo diz que nada pode separar você do amor de Deus, nem morte, nem vida, nem perigo, nem fome, nem tribulação, angústia, ou qualquer criatura do mundo espiritual ou da terra.

Mas é fato que no meio da tempestade, na escuridão do vale e sob ataques de todos os lados, é bem possível que você perca o senso de direção, a capacidade de enxergar os perigos, e até mesmo veja ameaçada sua convicção de que nada pode arrancar você da poderosa mão de Deus. Você não precisa se deixar abater pelo peso da culpa ou se espantar por perceber a dúvida batendo à sua porta. É natural que na hora em que os problemas se multiplicam e o tempo da necessidade se prolonga você experimente abalo em suas emoções e pensamentos. Deus sabe que isso é possível, Ele conhece sua estrutura e sabe que você não é inabalável. Você também não precisa se condenar por não enxergar solução ou perceber que não sabe o que fazer, como agir, o que dizer, ou que direção seguir.

Como você deve se portar na vida quando não tem forças para permanecer em pé? O que você deve fazer quando não sabe o que fazer? O que você deve dizer quando não sabe o que dizer? O apóstolo Paulo, homem que passou muitas vezes por situações desse tipo, recomenda: "não se deixe dominar pela ansiedade, mas em tudo, com orações e súplicas, e com ações de graças, apresente seus pedidos a Deus".

Postura: de joelhos. Ação: oração. Palavras: Abba, Pai. E a paz de Deus que excede todo o entendimento, guardará seu coração e sua mente em Cristo Jesus. Postura: de joelhos. Ação: oração. Palavras: Abba, Pai. E Deus suprirá todas as suas necessidades, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus.

© 2006 Ed René Kivitz
Fonte: http://www.ibab.com.br/ed060604.html
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November 01, 2011

A batalha com o mundo, a carne e o inimigo

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........................................................Efésios 6.10-18
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10 Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder.
11 Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo,
12 pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.
13 Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo.
14 Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça
15 e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz.
16 Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno.
17 Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.
18 Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos.
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