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“Então o Diabo chegou perto dele e disse:— Se você é o Filho de Deus,
mande que estas pedras virem pão.” (Mateus 4:3)
- Luís Antonio Luize
Todos nós ansiamos por descobrir quem somos e qual é o nosso lugar nesta
vida. A primeira resposta que temos para “quem eu sou?” começa com a atribuição
de gênero, ou seja, masculino e feminino. Mas até este aspecto da identidade
está muito confuso atualmente.
Algumas pessoas passam a vida toda tentando “se descobrir”, procurando sua
identidade, sem nunca ter certeza disto. Outro tanto anda confuso sobre a razão
da sua existência, quem são e para onde vão.
Outros, andam pela vida toda sem se sentirem adultos, maduros. Sentem-se
eternas crianças, adolescentes ou jovens. Nunca assumem suas responsabilidades,
tomam uma postura descompromissada com a vida, com os estudos, com o cônjuge,
com os filhos, com o casamento, com o trabalho, com a vida profissional, enfim,
com tudo e com todos com o qual se relacionam.
A necessidade de saber quem somos e qual é a nossa missão na vida é crucial
para sermos bem-sucedidos em nossos empreendimentos. É responsabilidade dos pais
incutir em seus filhos este senso de identidade e de destino, mas sobretudo do
pai, muito mais do que da mãe.
Ao lermos os evangelhos, nos deparamos com o batismo de Jesus. Ao ler esta
passagem em Mateus 3, observará alguns fatos muito importantes.
Primeiro, apesar de Jesus ter convicção de que era o Filho de Deus, ainda não
tinha recebido uma afirmação divina em relação a isto. Então, ao final do
batismo, a pomba representando o Espírito Santo pousou sobre ele e uma voz foi
ouvida dizendo:
— Este é o meu Filho querido, que me dá muita alegria!
Vejam que o próprio Deus confirma a identidade de Jesus e confirma que sua
missão é de seu agrado, que ele fica feliz com o que ele faz.
Logo em seguida, Jesus vai para o deserto e lá é tentando 3 vezes pelo
maligno justamente em relação à sua identidade e destino. Por estar firme por
causa da afirmação do Seu Pai celestial, ele respondeu de maneira correta,
venceu o maligno naquela oportunidade, cumpriu seu chamado e triunfou sobre
todas as forças do mal.
Agora, vamos nos deter no aspecto da nossa relação com nosso pai. Quantos de
nós gostaríamos de ter conhecido nosso pai. Muitos não tiveram este privilégio,
outros, nunca receberam de seu pai uma palavra de afirmação.
Como ministro de libertação, tenho trabalhado com muitas vidas que carregam
uma grande mágoa nos seus corações, pelo fato de nunca terem recebido uma
palavra de afirmação dos seus pais.
Eles desejavam apenas que o pai dissesse:
— Eu te amo meu filho!
— Você é importante para mim!
— O teu comportamento me agrada!
Pelo fato de receberem apenas repreensão do seu pai, acabam por nutrir
mágoas. Parece que fica faltando algo e resta uma dor no coração que não pode
ser expressa, um desejo, uma necessidade não correspondida.
Muitas pessoas quando colocados em situações de pressão, em que sua
identidade é questionada, assim como Jesus foi, acabam enveredando por situações
que as tiram completamente do rumo que haviam traçado para suas vidas e que
entendiam como certo.
Somente quando perdoam seus pais é que acabam sendo liberados para serem quem
de fato são, porque a falta de perdão é como uma espécie de bola de ferro que
prende nossos pés ao chão, impedindo-nos de caminhar.
Se não perdoamos, nosso coração fica preso naquelas situações que passam a
nos atormentar. Gastando energia emocional e tempo com estas situações, não
sobra muito para poder crescer na vida, para desfrutar de tudo que ela nos
oferece e vivermos livres e em novidade de vida como nos assegura a Palavra de
Deus.
Ao perdoarmos, aquela insegurança que parece tão nossa companheira, vai-se
embora e fica a paz do Senhor em nossos corações.
Qual identidade e destino você recebeu do seu pai? O que você está
transmitindo aos seus filhos?
"Senhor, eu manifesto minha vontade de perdoar meus pais por tudo que me
fizeram que de alguma forma magoou meu coração. Eu os perdoo por estes atos,
pelas emoções que despertaram em mim até o dia de hoje e pelas consequências
disto na minha vida. Peço que o sangue do cordeiro seja derramado sobre estas
situações trazendo luz e paz ao meu coração. Ensina-me a transmitir a identidade
e destino aos meus filhos. Amém!"
Fonte http://www.ichtus.com.br/dev/2014/05/07/a-fe-comeca-em-casa-identidade-e-destino-parte-1/
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