June 30, 2015

Desconectai-vos e sabei que Eu sou Deus

.

- Davi Chang Ribeiro Lin

Durante o tempo em que me preparava ao ministério pastoral, uma amiga fez a seguinte observação: “Davi, você gosta de estudar, cuidar e pregar; mas existe algo importante que você não sabe. Você nunca aprendeu a descansar. Se não aprender isto, a consequência será a estafa.”. Percebi quão preciosas eram aquelas palavras! Tentando aprender sobre descanso, encontrei a excelente obra de Marva Dawn, Keeping the Sabbath Wholly, que busca aplicar o antigo mandamento de “guardar o sábado para o santificar” (Êxodo 20:8) aos cristãos contemporâneos.

Marva Dawn parte do pressuposto de que está inscrita a lógica de “trabalharmos seis e descansarmos um” em nossa constituição biológica e psíquica. O comunismo tentou semanas de 8 e Napoleão Bonaparte de 9 dias, mas a produtividade humana diminuiu! Sem deter-se nos debates sobre qual é o dia certo para guardar o sabbath ou dia sabático, Marva sugere que durante um dia específico da semana todos precisamos parar, assim como Deus fez no sétimo dia da criação. Apesar de um dia inteiramente separado para descansar sugerir chatice, legalismo ou até prática judaizante, seu sentido profundo é uma confiança em Deus que permite reconhecer a dádiva da vida em sua dimensão lúdica e alegre. Parar é necessário: impede-nos de fazer o papel de Deus, permitindo que Ele seja quem é de fato para nós, soberano, provedor, Aquele que trabalha para os que Nele esperam (Isaías 64:4).

Apesar de o termo descanso indicar passividade, o dia sabático é bem mais do que isso: inclui tanto as disciplinas interiores de parar e descansar, quanto as exteriores de acolher algo ou alguém e festejar. Os quatro movimentos do dia sabático são, respectivamente, parar, descansar, acolher e festejar, e se relacionam teologicamente a arrepender-se (parar), o reconhecimento de que não produzo minha salvação (descansar), nossa santificação como um presente de Deus (acolher) e a esperança escatológica do banquete final com Cristo (festejar).

No dia sabático, refreamos atividades trabalhosas, aquelas que colocam o foco na capacidade de produzir ou na necessidade de trabalhar para gerar recursos. Para muitos de nós parar significa um ato de fé. As práticas a serem evitadas incluem compras ou colocar limites na tecnologia, como esquecer os e-mails e celulares. Além disto, no dia sabático escolhe-se práticas prazerosas e que apontam para a celebração da vida e a adoração a Jesus. As possibilidades são muitas: cultivar boas conversas com quem amamos, assistir um bom filme, ajuntar os amigos para louvar juntos, usar a criatividade.

Todas estas práticas, tanto as do trabalho que deixamos quanto as que cultivamos no dia sabático, pressupõem autoconhecimento. Isto significa que cada pessoa precisa personalizar este dia especial. Se o trabalho de alguém durante a semana é prioritariamente físico, foca-se em ativar a mente, como em ler um bom livro. Porém, se o trabalho for intelectual, foca-se em atividades físicas, como uma caminhada no parque. Às vezes a causa do cansaço emocional é o cansaço físico, então se precisa dormir bem e cuidar do corpo. Quando prestamos atenção em nós mesmos, reconhecemos quais atividades evitamos, pois as atividades de trabalho para cada um podem ser diferentes. No processo de escolher práticas para o dia sabático, atentamos também para a maneira e o sentido no qual a fazemos: jogamos futebol com “alegria nas pernas”, mas sem o foco em competir, por exemplo.

Gostaria de evocar outro aspecto desta discussão, pois a dificuldade de descansar pode estar além do dia sabático: enquanto não estamos inteiros nos relacionamentos, não descansamos. “Não consigo descansar” é a queixa de muita gente nesta geração hiperconectada, mas que não se vincula adequadamente com outro ser humano. Certo dia um rapaz me procurou dizendo que não conseguia dormir e sofria com insônia. Havia feito todos os exames médicos, mas não conseguia descobrir sua causa. Percebi que estava bastante ansioso e perguntei pelos seus relacionamentos. Narrou desarranjos familiares e dificuldades de relacionamento com seu irmão. Ele vivia em um campo de batalha. Não conseguia descanso, pois este advém de um posicionamento justo e verdadeiro diante de Deus, da realidade e do outro.

Não conseguir descansar pode evidenciar um desarranjo relacional: às vezes a ansiedade nos cansa mais que o trabalho. Reconhecer que não conseguimos descansar nos permite rever e prestar atenção nas questões mais fundamentais. Santo Agostinho dizia que o coração humano é inquieto e quando encontra verdadeiramente um Outro, o próprio Deus, alcança descanso. A insônia pode ser um aliado para que, diante Daquele que “aos seus amados dá enquanto dormem” (Salmo 127:2), revermos nossos posicionamentos e lançarmos nossa ansiedade diante de Deus (I Pedro 5:7), Aquele que tem cuidado de nós e é a fonte da saúde e graça para os nossos relacionamentos.

Um caminho para o verdadeiro descanso nesta geração hiperconectada é deliberadamente desconectarmos para reconhecermos que Deus é Deus: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Salmo 46:10). Transformamos nossas práticas cultivando um dia sabático em seu movimento de parar, descansar, acolher e festejar; e quando nosso cansaço estiver crônico, precisamos também rever os relacionamentos. Assim adquirimos, enquanto cultivamos um ritmo de trabalho e descanso, uma identidade sabática na qual o foco não é o fazer, produzir, alcançar, mas ser, reconhecer, participar e adorar. Descansemos!

Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/desconectai-vos-e-sabei-que-eu-sou-deus

June 29, 2015

A única opção: a Palavra

.
- Joyce Elizabeth W. Every-Clayton

Texto Básico: Isaías 8.16 – 9.7
Texto Devocional: Salmo 119.105-112
Versículo-chave: Isaías 8.20

“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva.”


Alvo da lição: Enfatizar a centralidade da palavra de Deus, e os perigos de se procurar orientação fora dela.

Leia a bíblia diariamente
Seg. Is 7.10-17
Ter. Is 8.1-18
Qua. Is 8.9-15
Qui. Is 8.16-22
Sex. Dt 18.9-14; Lv 19.31
Sáb. Is 9.1-7
Dom. Sl 119.405-112


Como vimos na lição anterior, a tarefa de Isaías não seria de maneira alguma fácil, mas, mesmo assim, ele começou a pregar e a escrever suas mensagens para todos lerem e entenderem (Is 8.1) e a registrá-las no cartório local (Is 8.2)! Nesta lição examinaremos algumas dessas primeiras mensagens, com sua ênfase na palavra do Senhor.

I. A família do Profeta (Is 8.1-4)

Isaías era casado e, quando sua esposa engravidou, foi o Senhor quem indicou os nomes que deveriam ser dados aos meninos. Esses nomes eram proféticos daquilo que seria a sorte do povo de Deus.

1. O primeiro filho chamava-se “Um-Resto-Volverá” (Is 7.3), ou seja, o nome era uma afirmação daquilo que vimos em Isaías 6.13, a promessa de um remanescente, mesmo em meio a muito sofrer.

2. O segundo filho recebeu um nome bem menos positivo – “Rápido-Despojo-Presa Segura”. Conforme a palavra do Senhor, o pequeno mal estaria dizendo “Papai” e “Mamãe” quando o rei da Assíria invadiria Damasco, capital da Síria, e Samaria, capital de Israel, e levaria os despojos (comparar com Is 7.16-17).

Isaías para hoje
Em Lucas 1.13, Deus, mais uma vez, assumiu a tarefa de dar o nome a uma criança. Você teria coragem de deixar Deus fazer isso, ou outra coisa semelhante? Ou acha que tais assuntos pessoais a gente mesmo resolve?

II. A palavra do Senhor ou a palavra dos fortes? (Is 8.5-8)

“As águas de Siloé” (Is 8.6) eram um simples riacho que corria em Jerusalém, um fiozinho de água super importante, embora facilmente desprezado. Nesse versículo é figura da ajuda e da presença de Deus – algo pessoal, próximo, e muitas vezes aparentemente sem valor em comparação com a ajuda prestada por poderosos. Em contraste marcante, estão as águas do grande rio Eufrates, forte e poderoso o tempo todo (Is 8.7).

Como somos tentados a confiar nas aparências de poder e grandeza, nos “Eufrates” da vida moderna! O salmista assim se expressou: “Uns confiam em carros, outros em cavalos” (Sl 20.7); e o natural é confiar naqueles que possuem todos os símbolos de poder. Natural, mas não correto: a nossa opção é nos gloriarmos “em o nome do Senhor, nosso Deus” (Sl 20.7). De fato, se não seguirmos essa opção, acabaremos sendo entregues aos inimigos do Senhor (Is 8.7).

Mesmo assim, o castigo não será total, chegando a água somente “até ao pescoço” (v.8; comparar com o salmo 124). O versículo 8 se refere a Judá, até esse momento isento de ataques da parte dos inimigos: Israel (o reino do norte) e a Síria já se foram, mas Judá, o reino do sul, não será poupado, a não ser que passe a confiar no Senhor.

No versículo 8, o nome Emanuel representa Judá: foi também o nome dado à criança em Isaías 7.14 (em primeiro plano, o filho de Acaz). Mas “as expectativas colocadas sobre o filho do rei que iria nascer foram grandes demais. Só em parte elas se cumpriram, e ao se cumprirem só em parte, mostraram que, na verdade, a espera seria mais longa, o evento em si bem mais grandioso, e as implicações bem maiores do que sequer se podia imaginar” (Mueller). Em Isaías 9.4-7, é revelado como o grande Rei messiânico, Deus Forte, que liberta Seu povo.

Isaías para hoje
Quem não preferir “as águas de Siloé” está fadado a provar as águas fortes e amargas do “Eufrates”. Examine suas próprias tempestades e prioridades – será que em algum momento você fez a escolha errada, e por isso passa por momentos de sufoco e angústias? “Escolher o mundo é ser esmagado pelo mundo” (Motyer).

III. A palavra do Senhor e aqueles que a rejeitam (Is 8.9-15)

O versículo 9 descreve os povos pagãos debochando de Judá, e se preparando para atacar o povo de Deus. Mas como no salmo 2 (comparar com Is 7.7), há somente um destino para quem fizer isso, a destruição sobrevirá a qualquer que se levantar contra aquele que tem “o Deus conosco” ao seu lado.

Como somos tentados a confiar nas aparências de poder e grandeza, nos “Eufrates” da vida moderna!

Planejamento, ordens (Is 8.10) … nada adiantará. A repetição de “cingi-vos e sereis despedaçados” serve para frisar o resultado de tal ousadia.

Diante do furor dos povos, é a palavra do Senhor que faz diferença para Isaías, dando- -lhe paz e conforto (Is 8.11). “Não andar pelo caminho deste povo” (v.11) jamais quer dizer que o líder vai se isolar de pecadores: ensina, sim, que sua cabeça precisa ser outra. Caso contrário, interpretações erradas dos acontecimentos o arrastarão, também.

O versículo 12 mostra esse perigo. A tendência é avaliarmos coisas e eventos precisamente como os incrédulos, chamando de conspiração (conjuração) aquilo que eles dizem ser, temendo o que eles temem – como se em nada fôssemos diferentes. Foi uma época de conspirações políticas nas quais o povo de Deus procurava com desespero quem o ajudasse contra seus inimigos. E a nossa época é semelhante: há uma corrida atrás de soluções imediatas, e a sociedade contemporânea está cheia de medos dos mais variados. Aquele que confia no Senhor devia constituir uma exceção à regra (Is 8.13) – embora também tenha temor! 

Trata-se de um santo temor a Deus, um reconhecimento de tudo aquilo que Ele é.

A organização dos versículos 12-14 é bem simétrica, e indica que o Senhor é santuário somente para aqueles que O santificam:

Não temais o que ele teme
Não tomeis isso por temível (literalmente, espanto).
Ao Senhor dos Exércitos, a ele santificai.
Seja ele o vosso temor. Seja ele o vosso espanto.
Ele vos será santuário.

“Nossa atitude para com Deus determinará qual o aspecto Dele experimentado por nós” (Oswalt). Quem O busca, O conhece como santuário: quem não fizer isso, O tem como se fosse pedra de tropeço, e passa a viver atropelado pela vida, batendo-se contra rochas, enlaçando-se em armadilhas o tempo todo. Foi o que se falou acerca de Jesus (Lc 2.24), e o que Ele mesmo ensinou (Mt 21.33-44).

Isaías para hoje
Novamente é a mesma colocação, só que em vez de se falar em águas (v.5-8), fala-se em temor. Quem não temer ao Senhor está fadado a ter os valores e medos da sociedade pagã ao seu redor. Examine seus atropelos e seus machucados – será que você está fazendo a escolha errada em algum ponto, não tendo a Palavra no centro de sua vida? Leia Isaías 7.9.

IV. A palavra do Senhor escondida dos que a rejeitam (Is 8.16-18)

Diante da rejeição descrita nos versículos anteriores, “a palavra do profeta, não acreditada, deve ser guardada como testemunho para o tempo de sua completa confirmação” (Croatto). A palavra traduzida por “resguarda” significa “lacra”: uma carta lacrada jamais pode ser aberta por qualquer pessoa que não seja o destinatário. No contexto talvez possamos ligar o verbo aqui ao “cartório” do versículo 2, isto é, Isaías tomou precauções para que suas palavras não fossem violadas ou deturpadas por inimigos. Os que teriam acesso à palavra profética seriam um pequeno grupo, seus discípulos (Is 8.16), alguns israelitas fiéis, ou até mesmo uma pequena escola de profetas que vivia em torno de Isaías, seu mestre (comparar com 2Rs 2.3,5). É gostoso sentir como esse pequeno grupo, um verdadeiro “remanescente”, apreciava a palavra do Senhor, guardando-a no coração (Sl 110.11).

Mesmo assim, eram dias escuros para Isaías – afinal, quem quer ter sua mensagem rejeitada? – e a impressão dele era que o “Senhor, que esconde o seu rosto da casa de Jacó” (Is 8.17). Mas, visto que “a fé foi feita para os dias escuros” (Motyer), Isaías decidiu simplesmente esperar e aguardar a ação do Senhor, e o versículo 8 é seu testemunho pessoal a respeito, por meio de seus dois filhos. Pois aqueles nomes, dados por Deus, eram os únicos sinais que ele precisava ter: os eventos profetizados no nome do segundo menino (Is 8.3-4) nem aconteceram ainda, muito menos os do primeiro filho (Is 7.3), mas a presença das duas crianças em seu lar era uma recordação contínua da presença e ação de Deus, apesar de Ele ter Se escondido naquele momento.

Isaías para hoje
O que é que você faz quando o Senhor esconde o Seu rosto? Entrega-se ao desespero, ao pânico, à incredulidade? Ou olha de novo para aquilo que o Senhor já disse em Sua palavra, e se entrega a uma espera paciente, cheia de fé?

V. A palavra do Senhor e o espiritismo

Há uma opção diante do silêncio de Deus: é o espiritismo. Como o povo apelava para isso naqueles dias! Em Isaías 2.6, o profeta reclamara que os israelitas “se encheram da corrupção do Oriente e são agoureiros como os filisteus”. Convites para consultar necromantes e adivinhos, ou médiuns, “que chilreiam e murmuram” em seus transes espíritas eram constantes. Mas o ensino de Isaías é muito claro – o natural é um povo “consultar” (ou “perguntar”) a seu Deus. Como é que se pergunta a Deus? Simplesmente lendo Sua “lei e… testemunho” (Is 8.20) e comparando com o versículo16. A palavra de Deus é a única alternativa viável aos médius – a única saída em dias difíceis, em dias passados dentro do túnel escuro de um problema qualquer (v.20). Sem a “lâmpada para os… pés (que) é a tua palavra”(Sl 119.105), nunca veremos a alva (comparar com Pv 4.18).

Os versículos 21-22 elaboram este tema: procurar orientação no espiritismo é convidar a ira de Deus, é ir para o exílio, é passar “pela terra duramente oprimidos e famintos” (isto é, vazios) (Is 8.21), é só ver “angústia, escuridão e sombras de ansiedade” (Is 8.22). No versículo 22, a ideia de trevas aparece três vezes. É isso, e milhões de brasileiros que o digam!

Há um contraste forte nos versículos 17 e 21 entre o profeta que está esperando no Senhor, e os espíritas que, “enfurecendo-se, amaldiçoam ao seu rei e ao seu Deus”. E ainda é assim. Ou aguardamos ou amaldiçoamos. Uma coisa é certa, Deus, às vezes, Se esconde. Nós é que temos que decidir como reagiremos a isso.

Isaías para hoje
“Vinde…andemos na luz do Senhor!” (Is 2.5) ou “lançados para densas trevas” (Is 8.22)? Nossa aceitação ou não da palavra do Senhor é que fará a diferença. Sem ela tateamos (comparar com At 17.27) e, no final, é escuridão para sempre.

O que é que você faz quando o Senhor esconde o Seu rosto? Se entrega ao desespero, ao pânico, à incredulidade? Ou olha de novo para aquilo que o Senhor já disse em Sua palavra?

VI. A palavra do Senhor, a palavra final (Is 9.1-7)

Porém, Deus em Sua misericórdia quer Seu povo na luz (Is 9.3), crescendo em número e alegre (Is 9.3), regozijando-se no Seu livramento da mão do opressor (Is 9.4) e no esmagamento dele, com suas botas fortes e fardas bonitas queimadas (Is 9.5). Sabemos que Zebulom e Naftali (Is 9.1) eram as primeiras regiões da Palestina a cair diante dos opressores assírios. Essa esperança de mudança radical é tão certa que Isaías usa somente o tempo passado dos verbos para falar nessas coisas! Ainda, toda a atividade maravilhosa é atribuída a Deus, e a Ele somente!

Há outro “por que” no trecho, porém no versículo 6, e “vem agora a causa real de tudo isso” (Mueller), o “Menino”. Já tivemos o nascimento de diversos meninos no livro – os dois do profeta, o de Acaz, – e todos eram como que sinais, apontando para além de si, para a atuação específica de Deus na história humana. Os nomes dos outros meninos indicaram essa dimensão, e este Menino não é diferente. Ele dará conselhos sobrenaturais, divinos; será o próprio Deus Forte; cuidará dos fracos como se fosse Pai, e Pai eterno; em Suas batalhas como Príncipe, ele conseguirá a Paz. Há uma mistura de figuras militares com figuras tranquilas (Is 9.6). O versículo 7, porém, desdobra aspectos de seu governo que crescerá – mas jamais para esmagar, e sim para trazer paz, juízo e justiça. “Trata-se de um Império sem imperialismo, governo sem exploração” (Motyer). E a promessa final do versículo 7, o único verbo no futuro, garante que tal Menino chegará, a palavra final de Deus (Hb 1.1-2), prova cabal do Deus Emanuel, conosco, não para destruir, mas para salvar.

Isaías para hoje
Já pensamos em nossa aceitação ou não da palavra do Senhor. Agora chegou a vez de pensarmos nas palavras dadas ao Messias. Com qual dos nomes do versículo 6 você pode se identificar mais? Por quê?

Conclusão

Palavras! Palavras! O mundo está cheio de palavras de orientação, confronto, redirecionamento, etc. Mas esses dois capítulos de Isaías indicam que acatar palavras humanas e rejeitar a palavra do Senhor é convidar rejeição. As primeiras e últimas palavras dos capítulos são “disse-me… o Senhor” e “o zelo do Senhor… fará isso”. Toda nossa vida precisa ser vivida dentro desses limites. Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor(Ap 1.8) (início e fim do alfabeto grego), primeira e última palavra. 

Portanto “à lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is 8.20).


Fonte: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/a-unica-opcao-a-palavra-de-deus/

June 26, 2015

Errar é necessário

.
- Alessandra Dantas
Nos últimos dias, estive pensando sobre nós, enquanto seres errantes e cheguei à conclusão de que o erro é essencial para que possamos alcançar nossos objetivos de vida.

Temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhecem; e a subjetiva. Em alguns momentos, uma se mostra tão misteriosa que nos perguntarmos - Quem somos?

Não saberemos dizer ao certo.

Isto não é uma apologia ao erro, apenas uma reflexão: viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso ‘’não-ser’’.

Equívoco, falta, engano, inexatidão, dúvida, abuso e culpa são palavras que nos perseguem diariamente e tidas como sinônimos de erro. Inúmeros pensadores já trataram sobre esse tema.

Certa vez, o escritor e filosofo iluminista, Voltaire escreveu: ‘’os homens erram, os grandes homens confessam que erraram’’. É extremamente importante reconhecer, assumir e confessar um erro, ele é natural, constante e até necessário na vida de qualquer pessoa que deixa de ser estática e se predispõe à evolução.

E a maior evolução é saber que o outro vai errar, que nós, mesmo não querendo, iremos errar, mas então fica o conselho de Lucas 17: 3-4: ‘’ Se o seu irmão pecar, repreenda-o e, se ele se arrepender, perdoe-lhe. Se pecar contra você sete vezes no dia, e sete vezes voltar a você e disser: estou arrependido, perdoe-lhe’’.

Diante desta informação, reconheço que é preciso reconhecer o erro como ferramenta estratégica.

Ter atitude! Encarar!

Até porque temos de ser sinceros e aceitar que grandes ideias e inúmeras histórias de sucesso tiveram o erro como ponto de partida ou recomeço.

Na verdade, acredito que o erro é a motivação mais estimulante para colocar em prática o segundo plano: da renovação a cada dia.
Fonte: http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/errar-e-necessario

June 24, 2015

O Espírito Santo, este missionário

.
- Ronaldo Lidório

A igreja de Cristo jamais cresceu tanto como em nossos dias. Apesar das heresias, sincretismo e nominalismo presentes em diversas partes do mundo – e no Brasil – é impressionante ver que nações antes resistentes ao evangelho – como a Índia, China e Filipinas – hoje abrigam uma forte igreja nacional e tornam-se exportadores de missionários para o mundo.

As atenções em época de crescimento da igreja voltam-se para a própria igreja e para a mensagem que ela prega: o evangelho de Cristo.

Gostaria de destacar a pessoa e a missão do Espírito Santo neste processo de edificar a igreja e espalhar o evangelho ao mundo.

Em Lucas 24, Jesus promete nos enviar um consolador – o Espírito Santo – que viria sobre a igreja em Atos 2 de forma mais permanente. Ali a igreja seria revestida de poder. O termo grego utilizado para “consolador” é “parakletos”, que literalmente significa “estar ao lado” ou “acompanhar”. É um termo composto por duas partículas: a preposição “para” (ao lado de) e “kletos” do verbo “kaleo”, que significa “chamar”. O Espírito Santo foi enviado à igreja para acompanhá-la no cumprimento da vontade de Deus. Ele trabalha para tornar a igreja mais parecida com seu Senhor e fazer o nome de Jesus, o Senhor da igreja, conhecido na terra.

Cremos que é o Espírito Santo quem convence o homem do seu pecado. O homem sabe que é pecador, porém, apenas com a intervenção do Espírito ele passa a se sentir perdido e com sede de Deus. Há uma clara e funcional diferença entre sentir-se pecador e perdido. Nem todo homem convicto de seu pecado possui a consciência de que está perdido e, portanto, necessitado de redenção. Se o Espírito Santo não o convencer do pecado e do juízo, nossa exposição da verdade de Cristo não passará de mera apologia humana.

A igreja plantada mais rapidamente em todo o Novo Testamento foi iniciada por Paulo e seus amigos em Tessalônica. Ali, o apóstolo pregava a Palavra aos sábados nas sinagogas e durante a semana na praça. Assim ele fez por três semanas até nascer a igreja local. Em 1 Ts 1.5, Paulo diz que o nosso Evangelho não chegou até eles tão somente em palavra (“logia”, palavra humana) mas sobretudo em poder (“dynamis”, poder de Deus), no Espírito Santo e em plena convicção (“pleroforia”, convicção de que estamos na vontade de Deus).

O Espírito Santo é destacado aqui como um dos três elementos que iniciou a igreja em Tessalônica. Sua função na conversão dos perdidos é conduzir o homem à convicção de que é pecador e necessita de Deus, despertando neste homem a sede pelo Evangelho e atraindo-o a Jesus. Sem a ação do Espírito Santo, a evangelização não passaria de mera comunicação humana, explicações espirituais, palavras lançadas ao vento, sem público, sem conversões, sem transformação. A ação da igreja produz adesão; a ação do Espírito santo produz transformação.

Francis Shaeffer nos diz que podemos convencer o homem de que ele é moralmente imperfeito (portanto, pecador), mas apenas o Espírito Santo pode convencê-lo de que está perdido e precisa de Deus.

Se observarmos os ciclos de avivamentos perceberemos também que a explosão da proclamação da Palavra se torna uma consequência natural da ação do Espírito Santo.

Frutos de avivamentos, homens e mulheres foram usados por Deus para que Jesus se tornasse conhecido nos lugares mais improváveis. A primeira explosão missionária é registrada em Atos 2 quando a igreja, cheia do Espírito Santo, vai para as ruas e proclama a Cristo. Pessoas de 14 diferentes línguas ouvem e entregam suas vidas a Jesus. Ao longo da história, o Espírito Santo também tem despertado a igreja de Cristo a sair de suas paredes e lançar o evangelho longe, aos que ainda pouco ou nada ouviram. A principal marca destes avivamentos não é a euforia humana ou o crescimento da igreja, mas vidas sendo verdadeiramente transformadas pela pregação da Palavra.

Fruto de um avivamento, a partir de 1730, John Wesley pregou durante 50 anos cerca de três sermões por dia, a maior parte ao ar livre, tendo percorrido 175 mil quilômetros a cavalo. Pregou 40 mil sermões ao longo de sua vida.

Fruto de um avivamento, em 1727, a igreja moraviana passou a enviar missionários para todo o mundo conhecido da época e em cem anos chegou a enviar mais de 3.600 missionários para diversos países.

Fruto de um avivamento, em 1784, após ler a biografia do missionário David Brainard, o estudante Wiliam Carey foi chamado por Deus para evangelizar os indianos. Após uma vida de trabalho, conseguiu traduzir a Palavra de Deus para mais de 20 línguas locais, plantou dezenas de igrejas e fundou mais de 100 escolas. Sua influência permanece ainda hoje.

Fruto de um avivamento, em 1806, Adoniram Judson teve uma forte experiência com Deus e se propôs a servir a Cristo, indo depois para a Birmânia, onde foi encarcerado e perseguido durante anos, mas deixou aquele país com 63 igrejas plantadas e mais de 200 líderes locais.

Fruto de um avivamento, em 1882, Moody pregou na Universidade de Cambridge, sete homens se dispuseram ao Senhor para a obra missionária e impactaram o mundo da época. Foram chamados “os sete de Cambridge” e nesse grupo estava Charles Studd (sua biografia publicada no Brasil foi intitulada “O homem que obedecia”). Ele foi para a África, percorreu dezenas de países e pregou o Evangelho a mais de meio milhão de pessoas. Fundou a WEC International (em português, AMEM: A Missão de Evangelização Mundial) que conta hoje com mais de dois mil missionários em 70 países no mundo.

Fruto de um avivamento, em 1855, Deus falou ao coração de um jovem franzino e não muito saudável que se dispusesse ao trabalho transcultural em um país “idólatra e selvagem”. Vários irmãos de sua igreja tentavam dissuadi-lo dizendo: “para que ir tão longe se aqui na América do Norte há tanto o que fazer?”. Ele preferiu ouvir a Deus e foi. Seu nome é Simonton (1833-1867). Ele veio ao nosso país e fundou a Igreja Presbiteriana do Brasil.

Fruto de um avivamento, em 1950, no Wheaton College cerca de 500 jovens foram chamados para a obra missionária ao redor do mundo. E obedeceram. Dentre eles estava Jim Elliot que foi morto tentando alcançar a tribo Auca na Amazônia em 1956. A partir de seu martírio houve um grande avanço missionário em todo o mundo indígena, sobretudo no Equador. Outro que ali também se dispôs para a obra missionária foi o Dr. Russel Shedd que é tremendamente usado por Deus em nosso país até o dia de hoje.

Há uma nítida ligação entre avivamentos históricos – com claras ações do Espírito Santo na santificação e despertamento da igreja para a Palavra e para a missão – e a expansão do Evangelho aos de perto e de longe.

À medida que nos enchemos do Espírito, pensamos nas coisas do Alto, amamos a Palavra, desejamos abraçar as causas de Cristo e somos tomados por um desejo ardente de usar nossa vida, dons, talentos, recursos e oportunidades para servir ao Cordeiro Jesus.

Avivamentos não são definidos por manifestações sobrenaturais, mas sim por um desejo profundo de entregar a vida – toda a vida – para servir a Cristo.

E esta é tão somente uma ação do Espírito Santo.

Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-espirito-santo-esse-missionario

June 23, 2015

O segredo de uma carreira promissora

.
A) Introdução - 2 Tm 4: 1-8 (Revista e Atualizada)

“1 Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: 2 prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. 3 Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; 4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. 5 Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério. 6 Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. 7 Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. 8 Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda”.

B) Você conhece a história de um jovem, filho de uma rainha belíssima e de um rei amado por Deus, que na sua juventude orou pedindo sabedoria? E Deus concedeu sabedoria e inteligência, e tudo mais o que ele não havia pedido: riquezas e honras (1 Rs 3: 3-15)! Mas, será que Salomão terminou bem como começou sua vida (1 Rs 11)? Nem sempre começar bem é garantia de obter um bom final.

C) RECAPITULANDO:

Atos 8
- Saulo consentindo na morte de Estevão
- Saulo perseguindo cristãos

Atos 9
- Conversão de Saulo na estrada de Damasco
- A mentoria de Barnabé

Atos 13
- 1ª. viagem missionária: Barnabé e Paulo

Atos 14
- retorno a Antioquia

Atos 15-18
- 2ª. viagem missionária: Paulo e Silas
[1 ½ ano em Corinto]
* cartas I e II Tessalonicenses (Corinto)

Atos 18-20
- 3ª. viagem missionária
* cartas I Coríntios (Éfeso)
            II Coríntios (Macedônia)
            Gálatas (Corinto)
            Romanos (Corinto)

Atos 21
[v. 21 profecia de Ágabo]
- retorno a Jerusalém

Atos 22
- prisão

Atos 23
- enviado a Cesaréia (verão 58 dC)

Atos 24
- 2 anos preso (diante de Felix, apela para César) – (verão 58~outono 60 dC)

Atos 25-26
- diante de Pórcio Festo e Agripa

Atos 27
- 4ª. viagem missionária: tempestade

Atos 28
- Malta: naufrágio e víbora
- Roma: correntes

Obs:
* capacidade de lotação de um navio: 237 pessoas e 300 toneladas
* Alexandria: principal porto de exportação de trigo para Roma
* liderança em tempos de crise e lado prático de Paulo: dá instruções claras

At 28: 11-31

11 Depois de ficarmos três meses na ilha, embarcamos num navio da cidade de Alexandria, que tinha na proa a figura dos deuses gêmeos Castor e Pólux. O navio tinha passado o inverno na ilha. 12 Nós chegamos à cidade de Siracusa, onde ficamos três dias. 13 Dali seguimos viagem e chegamos à cidade de Régio. No dia seguinte o vento começou a soprar do sul, e em dois dias chegamos a Potéoli. 14 Nessa cidade encontramos alguns cristãos que nos pediram que ficássemos com eles uma semana. E assim chegamos a Roma. 15 Os irmãos de Roma tinham recebido a notícia da nossa chegada e foram se encontrar conosco nos povoados de Praça de Ápio e de Três Vendas. Ao ver esses irmãos, Paulo agradeceu a Deus e se animou.

16 Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar por sua conta, guardado por um soldado. 17 Três dias depois, Paulo convidou os líderes dos judeus de Roma para se encontrarem com ele. Quando estavam reunidos, ele disse:
— Meus irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo, nem contra os costumes que recebemos dos nossos antepassados. Mesmo assim eu fui preso em Jerusalém e entregue aos romanos. 18 Eles me interrogaram e queriam me soltar, pois não acharam nenhum motivo para me condenar à morte. 19 Mas os judeus não queriam que me soltassem. Por isso fui obrigado a pedir para ser julgado pelo Imperador, embora eu não tenha nenhuma acusação para fazer contra o meu próprio povo. 20 Foi por esse motivo que pedi para ver vocês e conversarmos. Estou preso com estas correntes de ferro por causa daquele que o povo de Israel espera.
21 Então eles disseram:
— Nós não recebemos nenhuma carta da Judeia a seu respeito. Também nenhum dos nossos irmãos veio de lá com qualquer notícia ou para falar mal de você. 22 Mas gostaríamos de ouvir você dizer o que pensa, pois sabemos que, de fato, em todos os lugares falam contra essa seita à qual você pertence.
23 Então marcaram um dia com Paulo. Nesse dia, muitos deles foram ao lugar onde Paulo estava. Desde a manhã até a noite ele lhes anunciou e explicou a mensagem sobre o Reino de Deus. E, por meio da Lei de Moisés e dos livros dos Profetas, procurou convencê-los a respeito de Jesus. 24 Alguns aceitaram as suas palavras, mas outros não creram. 25 Então todos foram embora, conversando entre si. Mas, antes que saíssem, Paulo ainda disse mais uma coisa:
— O Espírito Santo tinha razão quando falou por meio do profeta Isaías aos antepassados de vocês. 26 Pois ele disse a Isaías: "Vá e diga a esta gente: Vocês ouvirão, mas não entenderão; olharão, mas não enxergarão nada. 27 Pois a mente deste povo está fechada; eles taparam os ouvidos e fecharam os olhos. Se eles não tivessem feito isso, os seus olhos poderiam ver, e os seus ouvidos poderiam ouvir; a sua mente poderia entender, e eles voltariam para mim, e eu os curaria — disse Deus.”
28 E Paulo terminou, dizendo:
— Pois fiquem sabendo que Deus mandou a mensagem de salvação para os não judeus! E eles escutarão!
29 [Depois que Paulo disse isso, os judeus foram embora, discutindo com violência.]
30 Durante dois anos Paulo morou ali numa casa alugada e recebia todos os que iam vê-lo. 31 Ele anunciava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, falando com toda a coragem e liberdade.

D) ESTUDO

v. 11: 3 meses na ilha - partida em fev ou mar num navio alexandrino com figuras de Castor e Pólux (filhos de Zeus, deidades guardiãs dos marinheiros)
v.12: 3 dias em Siracusa, principal cidade da Sicilia
v. 13: Regio (Calábria) e 2 depois chegaram em Potéoli
v. 14: 1 semana com os cristãos locais
v. 15: chegada em Roma: cristãos esperando: ao vê-los, Paulo agradece a Deus e sente-se encorajado.
v. 16: Em Roma, recebe permissão para morar por sua conta com um soldado, acorrentado junto dele (Ef 6: 20; Fp 1: 13, 14, 17; Cl 4: 3, 18; Fm 10, 13)
v. 17: 3 dias depois, Paulo convida os líderes judeus de Roma e apresenta sua defesa: “Meus irmãos” = reconhecimento do sangue judeu (Paulo sempre procura um ponto de convergência) / em caso de divergência, procure resolver primeiro com o envolvido (sempre dê a 1ª. chance de reconciliar cara a cara - Mt 18: 15-17)
v. 18: até os líderes romanos não haviam encontrado motivo
v. 19: estratégia de apelar a César apesar dele não ter nenhuma acusação contra os judeus
v. 20: esperança de Israel = Messias / preso com correntes de ferro - Ora, o Senhor é o Espírito e onde está o Espírito do Senhor ali há liberdade”. (2 Co 3: 17)
v. 21: líderes judeus locais não receberam nenhuma acusação
v. 22: abertura para ouvir o que Paulo tinha a dizer
v. 23: 1 dia inteiro explicou sobre o Reino de Deus por meio de Moisés e dos Profetas (Lc 24: 27, 44 = caminho de Emaús e discípulos)
v. 24: alguns ACEITARAM, mas outros não creram
vv. 25-28: enquanto saíram conversando entre si, Paulo cita Isaías [ qdo a sabedoria se torna arrogância e causa cegueira espiritual – Jo 9: 39-41)
vv. 26-27: Mc 4: 11-12, Is 6: 9-10 (Sl 115: 5-8, Sl 135: 16-18)
vv. 28: Atos enfatiza que O EVANGELHO É PARA TODOS!
v. 29: Judeus ficaram bravos (Provérbios adverte: o sábio ouve qdo recebe admoestação, mas o tolo não aceita)
v. 30: 2 anos em Roma numa casa alugada recebendo todos que queriam vê-lo (2 anos: período máximo legal de encarceramento): indícios de que Paulo não foi ouvido por César e sim solto por falta de acusadores
v. 31: anunciava o Reino e ensinava a todos sobre Jesus falando com toda coragem e liberdade - as cadeias físicas não impediram Paulo de pregar (sentido de urgência: quando temos consciência de que podemos morrer, damos prioridade ao que de fato importa (separamos o essencial do supérfluo).

Nas palavras de Paulo:

* No que acreditava:

“1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus, de conformidade com a promessa da vida que está em Cristo Jesus, 2 ao amado filho Timóteo, graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor. 3 Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com consciência pura, porque, sem cessar, me lembro de ti nas minhas orações, noite e dia. 4 Lembrado das tuas lágrimas, estou ansioso por ver-te, para que eu transborde de alegria 5 pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti. 6 Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. 7 Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação. 8 Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus, 9 que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, 10 e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho,11 para o qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre 12 e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia”. (2 Tm 1: 1-12 - RA)

“31 Diante de tudo isso, o que mais podemos dizer? Se Deus está do nosso lado, quem poderá nos vencer? Ninguém! 32 Porque ele nem mesmo deixou de entregar o próprio Filho, mas o ofereceu por todos nós! Se ele nos deu o seu Filho, será que não nos dará também todas as coisas? 33 Quem acusará aqueles que Deus escolheu? Ninguém! Porque o próprio Deus declara que eles não são culpados. 34 Será que alguém poderá condená-los? Ninguém! Pois foi Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem foi ressuscitado e está à direita de Deus. E ele pede a Deus em favor de nós. 35 Então quem pode nos separar do amor de Cristo? Serão os sofrimentos, as dificuldades, a perseguição, a fome, a pobreza, o perigo ou a morte? 36 Como dizem as Escrituras Sagradas: “Por causa de ti estamos em perigo de morte o dia inteiro; somos tratados como ovelhas que vão para o matadouro.” 37 Em todas essas situações temos a vitória completa por meio daquele que nos amou. 38 Pois eu tenho a certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o futuro; 39 nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor”. (Rm 8: 31-39)

* Sobre os problemas que enfrentava:

“Em cinco ocasiões os judeus me deram trinta e nove chicotadas. 25 Três vezes os romanos me bateram com porretes, e uma vez fui apedrejado. Três vezes o navio em que eu estava viajando afundou, e numa dessas vezes passei vinte e quatro horas boiando no mar. 26 Nas muitas viagens que fiz, tenho estado em perigos de inundações e de ladrões; em perigos causados pelos meus patrícios, os judeus, e também pelos não judeus. Tenho estado no meio de perigos nas cidades, nos desertos e em alto mar; e também em perigos causados por falsos irmãos. 27 Tenho tido trabalhos e canseiras. Muitas vezes tenho ficado sem dormir. Tenho passado fome e sede; têm me faltado casa, comida e roupas. 28 Além dessas e de outras coisas, ainda pesa diariamente sobre mim a preocupação que tenho por todas as igrejas. 29 Quando alguém está fraco, eu também me sinto fraco; e, quando alguém cai em pecado, eu fico muito aflito”. (2 Co 11: 25-29)

“24 Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a igreja. 25 Dela me tornei ministro de acordo com a responsabilidade, por Deus a mim atribuída, de apresentar a vocês plenamente a palavra de Deus, 26 o mistério que esteve oculto durante épocas e gerações, mas que agora foi manifestado a seus santos. 27A ele quis Deus dar a conhecer entre os gentios a gloriosa riqueza deste mistério, que é Cristo em vocês, a esperança da glória”. (Cl 1: 24-17)

“De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. 10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte”. (2 Co 12: 9-10)

* Em relação ao futuro:

“Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fp 1: 21)

“7 Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. 8 Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda”. (2 Tm 4: 7-8)

EPÍLOGO (segundo alguns estudiosos da tradição cristã):

- Este foi o 1º aprisionamento em Roma
* cartas Filemon
            Colossenses
            Efésios
            Filipenses

* cartas I Timóteo
Tito

- 2º aprisionamento (67 dC):
* carta II Timóteo

- Martírio de Pedro e Paulo (67-68 dC): Pedro foi crucificado de cabeça para baixo e Paulo decapitado.

E) Reflexão:

O que aprendemos sobre Paulo: 
  • de perseguidor passou a ser perseguido
  • de discípulo se tornou discipulador (recebe mentoria de Barnabé e depois se torna mentor de Timóteo, Tito, Priscila, Áquila e muitos outros) 
  •  final da vida - apesar das tempestades, das adversidades, das correntes: senso de dever cumprido
O segredo de Paulo? DEUS nele é que fazia toda a diferença!

Agora queria que você pensasse na sua própria história:
  • Onde você esteve, onde você está e para onde você vai?
  • O que você quer e o que você acha que DEUS quer de você?
  • O que você vai fazer com o que Deus quer?
F) ENCERRAMENTO:

“O que, de fato, está acontecendo é o que o profeta Joel disse: “É isto o que eu vou fazer nos últimos dias — diz Deus —: Derramarei o meu Espírito sobre todas as pessoas. Os filhos e as filhas de vocês anunciarão a minha mensagem; os moços terão visões, e os velhos sonharão. Sim, eu derramarei o meu Espírito sobre os meus servos e as minhas servas, e naqueles dias eles também anunciarão a minha mensagem. Em cima, no céu, farei com que apareçam coisas espantosas; e embaixo, na terra, farei milagres. Haverá sangue, e fogo, e nuvens de fumaça; o sol ficará escuro, e a lua se tornará cor de sangue, antes que chegue o grande e glorioso Dia do Senhor. Então todos os que pedirem a ajuda do Senhor serão salvos.” (At 2: 16-21)

“Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. (Jo 7: 38)

“Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos”. (Zc 4: 6)

“No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor sentado num trono alto e elevado. O seu manto se estendia pelo Templo inteiro, e em volta dele estavam serafins. Cada um deles tinha seis asas: com duas eles cobriam o rosto, com duas cobriam o corpo e com as outras duas voavam. Eles diziam em voz alta uns para os outros: “Santo, santo, santo é o Senhor Todo-Poderoso; a Sua presença gloriosa enche o mundo inteiro!” O barulho das vozes dos serafins fez tremer os alicerces do Templo, que foi ficando cheio de fumaça. Então eu disse:
 — Ai de mim! Estou perdido! Pois os meus lábios são impuros, e moro no meio de um povo que também tem lábios impuros. E com os meus próprios olhos vi o Rei, o Senhor Todo-Poderoso!
Aí um dos serafins voou para mim, segurando com uma tenaz uma brasa que havia tirado do altar. Ele tocou a minha boca com a brasa e disse:
— Agora que esta brasa tocou os seus lábios, as suas culpas estão tiradas, e os seus pecados estão perdoados. Em seguida, ouvi o Senhor dizer:
— Quem é que eu vou enviar? Quem será o nosso mensageiro?
Então respondi:
Aqui estou eu. Envia-me a mim!” (Is 6: 1-8)
.
Fontes: 
- Comentários Bíblia Vida Nova. 
- Comentários Bíblia de Estudo NVI. 
- BRUCE, F.F. Paulo, o apóstolo da graça – sua vida, cartas e teologia. São Paulo: Shedd Publicações, 2003.
.

June 22, 2015

Nossa esperança futura molda nossa missão como povo de Deus no mundo hoje


- Timóteo Carriker

Alguns dos maiores filósofos, desde Platão até Hegel, afirmam que o que você acredita sobre a morte e sobre a vida após a morte é a chave para a reflexão sobre tudo que importa na vida.

Isso difere do que muitas pessoas pensam, inclusive dentro da igreja, sobre a relevância das “últimas coisas”.

É comum pensar que o que acreditamos sobre a vida depois da morte e sobre o desdobramento dos eventos finais tem pouco a ver com a vida e a missão da igreja hoje.

Em Surpreendido pela Esperança(Ultimato, 2009), N. T. Wright mostra que nada poderia estar mais longe da verdade.

O que acreditamos sobre a vida após a morte tem a ver não apenas com a forma como conduzimos nossa vida particular, mas também com a forma como compreendemos nossa missão neste mundo, ou seja, nosso engajamento na evangelização e na promoção da justiça.

Ele nos dá um verdadeiro presente ao fazer o que quase ninguém faz: vincular nossa esperança futura com nossa missão como povo de Deus no mundo hoje.

Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/342/nossa-esperanca-futura-molda-nossa-missao-como-povo-de-deus-no-mundo-hoje

June 21, 2015

Verdade

.
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar.
Cada um optou conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

O poema de Carlos Drummond de Andrade é um convite à humildade e à comunhão. Comunhão não existe sem humildade. E sem as duas, não existe experiência da verdade.

A verdade a gente não sabe. A verdade a gente vive quando ela se apropria da gente. A verdade não é coisa da razão, resultado da reflexão. A verdade é soma de corações e não de cabeças. A verdade é coisa fugidia, que não se deixa prender na gaiola dos raciocínios, não cai nas armadilhas dos pensamentos.

A verdade é isso, a gente experimenta, saboreia, se delicia, mas não fica com ela como quem tem posse, pois a verdade é maior do que nós.

Em cada um de nós só cabe meia verdade. E a gente tenta fazer uma verdade inteira juntando as partes e ficando com elas, como quem rouba do outro a metade que está com ele, pra depois a gente ficar dono da verdade.

Mas a verdade não participa desse jogo.

O jogo da verdade não é soma, é partilha. Não é brincadeira onde quem tem mais meias verdades ganha. É mais como uma dança aonde a beleza e o alumbramento vêm no par, ou até mesmo na roda, aonde as mãos e braços vão se encontrando e se despedindo, até que todo mundo na roda vive a verdade, e brinca com ela cada vez que os braços se entrelaçam e as mãos se acariciam.

No fim da noite, quando cada um vai para casa descansar, a verdade também se recolhe, para que no dia seguinte todo mundo se precise novamente.

Assim a humildade e a comunhão cuidam da verdade.

Na dança da verdade, meia verdade é verdade com limite, é verdade incompleta, dizendo para todo mundo que as ideias são menos importantes que as pessoas.

Quem não consegue entrar na roda e quer espreitar para colecionar fragmentos de verdade, imaginando ser possível ficar dono da verdade e viver tomando conta da verdade, de fato, não vive com a verdade, mas com o capricho, a ilusão ou a miopia. Porque prefere as ideias às gentes, fica com a mentira, porque a verdade é uma pessoa e não um conceito.

A verdade é uma pessoa que gosta de brincar, de rir e de chorar.

A verdade é uma pessoa que se dá a conhecer na comunhão dos humildes: “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”, disse a verdade inteira aos que tinham consigo apenas meias verdades.

© Ed René Kivitz

Fonte: http://edrenekivitz.com/blog/2012/09/verdade/

June 16, 2015

Como sobreviver às tempestades da vida em meio ao silêncio de Deus


A) Introdução - 2 Coríntios 12: 7-10 (Almeida Revista e Corrigida):E, para que me não exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de não me exaltar. 8 Acerca do qual três vezes orei ao Senhor, para que se desviasse de mim.  9 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. 10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte.


B) Você já ouviu falar do Nick Vujicic? Vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=GrV_ZvwZRvw


C) Leitura: Atos 27:27-44 e Atos 28: 1-10


27 Duas semanas depois, à noite, continuávamos sendo levados pela tempestade no mar Mediterrâneo. Mais ou menos à meia-noite, os marinheiros começaram a sentir que estávamos chegando perto de terra. 28 Então jogaram no mar uma corda com um peso na ponta e viram que a água ali tinha trinta e seis metros de fundura. Mais adiante tornaram a medir, e deu vinte e sete metros. 29 Eles ficaram com muito medo de que o navio fosse bater contra as rochas. Por isso jogaram quatro âncoras da parte de trás do navio e oraram para que amanhecesse logo. 30 Aí os marinheiros tentaram escapar do navio. Baixaram o bote no mar, fingindo que iam jogar âncoras da parte da frente do navio. 31 Então Paulo disse ao oficial romano e aos soldados:
— Se os marinheiros não ficarem no navio, vocês não poderão se salvar.
32 Aí os soldados cortaram as cordas que prendiam o bote e o largaram no mar.
33 De madrugada Paulo pediu a todos que comessem alguma coisa e disse:
— Já faz catorze dias que vocês estão esperando e durante este tempo não comeram nada. 34 Agora comam alguma coisa, por favor. Vocês precisam se alimentar para poder continuar vivendo. Pois ninguém vai perder nem mesmo um fio de cabelo.
35 Em seguida Paulo pegou pão e deu graças a Deus diante de todos. Depois partiu o pão e começou a comer. 36 Então eles ficaram com mais coragem e também comeram. 37 No navio éramos ao todo duzentas e setenta e seis pessoas. 38 Depois que todos comeram, jogaram o trigo no mar para que o navio ficasse mais leve.
Todos chegam sãos e salvos
39 Quando amanheceu, os marinheiros não reconheceram a terra, mas viram uma baía onde havia uma praia. Então resolveram fazer o possível para encalhar o navio lá. 40 Eles cortaram as cordas das âncoras, e as largaram no mar, e desamarraram os lemes. Em seguida suspenderam a vela do lado dianteiro, para que pudessem seguir na direção da praia. 41 Mas o navio bateu num banco de areia e ficou encalhado. A parte da frente ficou presa, e a de trás começou a ser arrebentada pela força das ondas.
42 Os soldados combinaram matar todos os prisioneiros, para que nenhum pudesse chegar até a praia e fugir. 43 Mas o oficial romano queria salvar Paulo e não deixou que fizessem isso. Pelo contrário, mandou que todos os que soubessem nadar fossem os primeiros a se jogar na água e a nadar até a praia. 44 E mandou também que os outros se salvassem, segurando-se em tábuas ou em pedaços do navio. E foi assim que todos nós chegamos a terra sãos e salvos.
1 Quando já estávamos em terra, sãos e salvos, soubemos que a ilha se chamava Malta. 2 Os moradores dali nos trataram com muita bondade. Como estava chovendo e fazia frio, acenderam uma grande fogueira. 3 Paulo ajuntou um feixe de gravetos e os estava jogando no fogo, quando uma cobra, fugindo do calor, agarrou-se na mão dele. 4 Os moradores da ilha viram a cobra pendurada na mão de Paulo e comentaram:
— Este homem deve ser um assassino. Pois ele escapou do mar, mas mesmo assim a justiça divina não vai deixá-lo viver.
5 Mas Paulo sacudiu a cobra para dentro do fogo e não sentiu nada. 6 Eles pensavam que ele ia ficar inchado ou que ia cair morto de repente. Porém, depois de esperar bastante tempo, vendo que não acontecia nada, mudaram de ideia e começaram a dizer que ele era um deus.
7 Perto daquele lugar havia algumas terras que pertenciam a Públio, o chefe daquela ilha. Ele nos recebeu muito bem, e durante três dias nós fomos seus hóspedes. 8 O pai dele estava de cama, doente com febre e disenteria. Paulo entrou no quarto, fez uma oração, pôs as mãos sobre ele e o curou. 9 Depois disso os outros doentes da ilha vieram e também foram curados. 10 Eles mostraram muito respeito por nós e, quando embarcamos, puseram no navio tudo o que precisávamos para a viagem.


* RECAPITULANDO
At 27
Personagens: Paulo, Aristarco, Lucas, centurião, piloto, dono do navio, marinheiros, outros presos (total de 276 tripulantes)


v. 7: navegamos vagarosamente por muitos dias; dificuldades para chegar a Cnido; não sendo possível prosseguir em nossa rota devido ventos contrários
v. 8: costeamos a ilha com dificuldade
v. 9: tínhamos perdido muito tempo; a navegação se tornara perigosa
v. 10: nossa viagem será desastrosa; acarretara grande prejuízo para o navio, para a carga e para nossa vida
v.11: centurião seguiu o conselho do piloto e do dono do navio ao invés de ouvir Paulo
v.12: o porto não era próprio para passar o inverno; a MAIORIA decidiu que deveríamos continuar navegando
v. 13: PENSARAM QUE haviam obtido o que desejavam
v. 14: desencadeou-se um vento muito forte
v. 15: o navio foi arrastado pela tempestade sem poder resistir ao vento; cessamos as manobras e ficamos à deriva
v. 16: com dificuldade conseguimos recolher o barco
v. 17: lançaram mão de todos os meios para reforçar o navio com cargas
v. 18: violentamente carregados pela tempestade lançaram fora toda carga
v. 19: 3º dia lançaram co as próprias mãos a armação do navio
v. 20: não aparecendo nem sol, nem estrelas por muitos dias, continuando a abater sobre nós grande tempestade FINALMENTE PERDEMOS TODA A ESPERANÇA de salvamento!

* ESTUDO
  
vv. 21-26: Embora não tivessem aceitado seu conselho, Paulo tinha boa notícia para todos!
v. 27: na 14ª noite, levados de um lado para outro, IMAGINARAM QUE
v. 28: profundidade de 37m, depois 27m
v. 29: TEMENDO QUE fossem jogados contra as pedras, lançaram as âncoras e faziam preces para que amanhecesse
v. 30: marinheiros tentavam escapar do navio (no naufrágio da China,do total  de 456 pessoas: 396 mortos, 46 desaparecidos e apenas 14 vivos, sendo a maioria da tripulação)
v. 31: Paulo avisa o centurião e aos soldados: lucidez e atitude pró-ativa
v. 32: soldados cortam as cordas do barco salva-vidas
v. 33: Paulo insiste para que todos se alimentem
v. 34: Aconselho a comerem pois só assim poderão sobreviver. Nenhum perderá um fio de cabelo sequer
v. 35: tomou o pão, deu graças a Deus diante de todos, partiu e comeu: Paulo deu 2 bons exemplos - comeu e AGRADECEU A DEUS
v. 36: todos se reanimaram e seguiram seu exemplo
v. 37: 276 pessoas (este tipo de navio tinha capacidade para levar 237 pessoas e 300 toneladas de trigo): lotado
v. 38: comeram até ficarem satisfeitos, depois atiraram todo trigo no mar
vv. 39-41: avistaram a praia e reconduziram o navio que encalhou num banco de areia
v. 42: tentaram matar os presos: não queriam correr riscos = vida por vida (At 16: 27)
v. 43: outro bom centurião, elogiado por Jesus: Mt 8: 5-10
vv.43-44: nadar, tábuas ou pedaços e navio: TODOS chegaram a salvo


At 28
Personagens: habitantes da ilha, Públio, pai doente, outros doentes, Paulo, Aristarco, Lucas, Julio, comandante, dono da embarcação, marinheiros e outros presos (276 tripulantes)


v. 1: Malta - 92 km da Sícilia
v. 2: extrema bondade: fizeram fogueira (chovendo e frio)
v. 3: Paulo e a víbora: as coisas podem piorar!
v. 4: julgamento, preconceito
v. 5: milagre de Deus: Jesus pensa diferente (Jo 9: 1-3)
v. 6: ESPERAVAM QUE, depois mudaram de ideia: a mesma multidão que queria coroar Jesus é a mesma que gritou ‘crucifica’ (opinião instável)
v. 7: Públio: recebeu em cada (a hospitalidade do líder é exemplo para a comunidade)
v. 8: visita inesperada de Paulo proporcionou cura (se não tivesse recebido, não seria abençoado)
v. 9: muitos mais foram abençoados (= Karis no hospital: http://bencaopura.blogspot.com.br/2006/09/adorando-deus-no-deserto-parte-1.html)
v. 10: gratidão: deram suprimentos para a viagem

Tudo isto por causa de um prisioneiro!




D) O QUE PODEMOS APRENDER: 
  • É em tempos de crise que a liderança aparece, e ela é independente do cargo (mesmo prisioneiro, Paulo mostrou liderança)
  • Na dificuldade aprendemos a dar valor ao que de fato importa: a vida é mais importante que a carga
  • Às vezes é preciso abandonar o navio (Deus não vai restaurar - é preciso abandonar velhas práticas)
  • As coisas podem piorar e isso não significa que Deus perdeu o controle
  • Habitantes: como eles, podemos julgar os outros de maneira rasa e até ter preconceito (a maioria ou a opinião da multidão nem sempre é a mais sábia para ser seguida)
  • Públio: deu bom exemplo (“o peixe apodrece pela cabeça” - poderia comandar uma cadeia de corrupção, mas demonstrou bondade e hospitalidade)
  • pai de Públio foi abençoado porque recebeu um estranho em sua casa e outros doentes tb puderam ser abençoados
  • Integridade: tudo o que Paulo falava, se cumpria (coerência entre pensamento, palavra e atitude).
     
    E você? (Gostaria que você pensasse na sua própria vida)!
  • Como vai reagir quando tiver de passar pela tempestade?
  • O que vai pensar, caso enfrente o silêncio de Deus?
  • Será que terá fé para desfrutar da glória de Deus?
A TEMPESTADE, O SILÊNCIO E A GLÓRIA DE DEUS
* Ninguém pode controlar uma tempestade, e ela virá para todos nós:
- revelando quem somos de verdade (é na dificuldade que mostramos quem somos) 
cada um reagirá de um jeito (Jonas x Paulo x discípulos x Pedro)


Mt 14: 22-33


22 Logo depois, Jesus ordenou aos discípulos que subissem no barco e fossem na frente para o lado oeste do lago, enquanto ele mandava o povo embora. 23 Depois de mandar o povo embora, Jesus subiu um monte a fim de orar sozinho. Quando chegou a noite, ele estava ali, sozinho. 24 Naquele momento o barco já estava no meio do lago. E as ondas batiam com força no barco porque o vento soprava contra ele. 25 Já de madrugada, entre as três e as seis horas, Jesus foi até lá, andando em cima da água. 26 Quando os discípulos viram Jesus andando em cima da água, ficaram apavorados e exclamaram:
— É um fantasma!
E gritaram de medo. 27 Nesse instante Jesus disse:
— Coragem! Sou eu! Não tenham medo!
28 Então Pedro disse:
— Se é o senhor mesmo, mande que eu vá andando em cima da água até onde o senhor está.
29 — Venha! — respondeu Jesus.
Pedro saiu do barco e começou a andar em cima da água, em direção a Jesus. 30 Porém, quando sentiu a força do vento, ficou com medo e começou a afundar. Então gritou:
— Socorro, Senhor!
31 Imediatamente Jesus estendeu a mão, segurou Pedro e disse:
— Como é pequena a sua fé! Por que você duvidou?
32 Então os dois subiram no barco, e o vento se acalmou. 33 E os discípulos adoraram Jesus, dizendo:
— De fato, o senhor é o Filho de Deus!


** O silêncio de Deus: mesmo quando as coisas não saem conforme esperávamos, Deus está no controle (ao contrário do que prega a corrente da ‘prosperidade’)
- Jo 11:1-37 (Jesus demorou 2 dias, mesmo amando Lázaro)
- Sl 121: 4-5

*** A glória de Deus: Ele vai se mostrar como é, não como você imagina (maior do que podemos imaginar ou pensar)!
- Jo 11: 38-44
- Ef 3: 20


E) Encerramento: Louvar a Deus em meio a tempestade (que esta seja a sua, a minha, a nossa oração!): https://www.youtube.com/watch?v=dY0hUQFUSWw


Fontes:
- Comentários Bíblia de Estudo NVI.
- Comentários Bíblia Vida Nova.
- http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/06/china-confirma-396-mortes-em-naufragio-de-cruzeiro.html