April 30, 2016

Algo melhor

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Chérie,

eu sei... ninguém abre mão do que gosta por algo pior.

A gente só abre mão de algo bom se for trocar por algo melhor. 

Talvez seja isto que Cristo quis dizer:

"O Reino do Céu é também como um comerciante que anda procurando pérolas finas. Quando encontra uma pérola que é mesmo de grande valor, ele vai, vende tudo o que tem e compra a pérola". 

Mt 13: 45-46

Well, como sei que, para um bom entendedor, meia palavra basta...

Fui,

KT
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April 28, 2016

A importância da integridade

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- Luis Antonio Luize

Deus nos criou como seres sociais, o que implica em relacionamento com as demais pessoas. Um ermitão não vive sozinho por muito tempo e sequer foi concebido dessa forma, mas por meio da união de um homem e de uma mulher.
Esta nossa característica tanto nos é benéfica quando nos relacionamos com Deus e boas pessoas, quanto desastrosa quando nos relacionamos com as pessoas erradas.
Quando aconteceu aquele episódio de Watergate nos Estados Unidos, envolveram-se políticos e empresários que, a princípio possuíam bom caráter, mas que foi corroído pelo grupo, pois abdicaram de seus valores em prol do grupo e a pedido do líder.
Isto significa que muitas vezes deixamos o ambiente externo nos influenciar e mudar aquilo que consideramos certo. O fato é que nós mesmos valorizamos as pessoas ímpias de sucesso e desvalorizamos aqueles que estão tentando incutir em nós os bons valores cristãos.
Em todas as organizações é a mesma coisa, delegamos cargos de confiança a homens que possuem talento e capacidade, mas nos esquecemos de verificar se sua conduta é íntegra.
A fidelidade é o alicerce em que devemos fundamentar nosso caráter, nossa família, nossos negócios e a igreja. O único requisito de Deus para nós é a nossa fidelidade, o restante ele faz.
Quando falamos em fidelidade, os personagens bíblicos que se sobressaem agem exatamente assim, como é o caso de José. Atualmente valorizamos mais a aptidão do que o caráter. José tinha um relacionamento com Deus que falava com ele desde muito novo através de sonhos.
A vida de José foi cheia de momentos críticos, e ele manteve o relacionamento com Deus, não se rebelou e tampouco perdeu seus valores, mas sofreu até prisão por manter sua fidelidade e comunhão com o Nosso Pai.
A capacidade de ouvir a Deus não tem a ver com a idade, mas com nosso relacionamento com Deus. A única forma de aperfeiçoarmos nosso caráter e mantermos nossos valores é quando nos relacionamos com o mundo mas balanceamos com o ouvir o Espírito Santo. Este sim irá nos influenciar para sermos melhores todos os dias.
Os irmãos de José não mantinham um relacionamento com Deus, pois seu pai falava a todos sobre o que havia acontecido a Isaque e Abraão e de como Deus os havia abençoado. Somente José escutou, entendeu e aplicou na sua vida. A geração atual gosta muito de ouvir, mas pouco de aplicar.
Estes dias falava com uma pessoa que fez uma cirurgia bariátrica por questões de saúde. Seu organismo agora não consegue absorver todos os nutrientes que necessita, obrigando-o a ingerir um suplemento alimentar com vitaminas.
Quer dizer, não importa o quanto ingerimos de alimentos, o que importa é quanto absorvemos dele. Se lemos ou escutamos a Palavra e não a absorvemos, ou seja, aplicamos em nossas vidas, de nada adiantará, seremos gordos de conhecimento e raquíticos de caráter.
É assim que se encontra nossa nação nos dias de hoje após ir atrás de tantos maus líderes que estão por aí. O que é necessário é nos submetermos, em humildade, ao maior de todos os líderes, Jesus Cristo. Somente Ele, através do Santo Espírito pode nos orientar e dar vitória.
Relacione-se com Ele e veja a benção que virá sobre você.
PARA EXERCITAR
  • Tenho sido influenciado negativamente em meus relacionamentos?
  • O que preciso fazer para escutar a Deus e realinhar minha vida com Ele?
Fonte: http://www.ichtus.com.br/dev/2016/04/18/somos-seres-sociais-a-mudanca-comeca-em-mim

April 27, 2016

Liderança exige coragem

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- Luis Antonio Luize

A sociedade brasileira atual está carente de bons líderes. Basta abrirmos os jornais ou ouvirmos os noticiários para perceber que algo vai muito mal. A quantidade de líderes que perderam seus valores, corrompendo-se, é imensa; não se salva quase ninguém.

Enquanto isto, a maioria da população, nós, ou ficamos inertes ao que acontece ou então corrompe-se também e ainda justifica seus atos pelo comportamento coletivo.

Não é assim que deve ser e não é assim que a Palavra de Deus nos ensina.

Precisamos viver uma vida de excelência e para isto precisamos aprender com quem já trilhou este caminho. Na Palavra encontramos estas pessoas revestidas da Graça de Deus e que não se corromperam.

José foi uma delas.

Teve a coragem de não se deixar seduzir pela esposa de Potifar, o que o fez ficar preso por vários anos. Tenho convicção que muitos líderes hoje facilmente ficariam com a esposa de Potifar e ainda tomariam seus negócios.

É o que temos escutado por todo lado. Para sermos bem sucedidos precisamos do favor divino, da sabedoria e da coragem.

José possuía estas três qualidades, que são obtidas no viver diário com Deus e através de uma vida reta e justa.

Deus deseja que sejamos prósperos e não que levemos uma vida de miséria, e isto não é um chavão ou uma palavra de incentivo barata.

Entretanto, nossa vida é guiada pela fé, e vivemos conforme nosso nível de fé.

José mesmo na prisão manteve seu nível de fé nos sonhos dados por Deus a ele quando ainda era um menino

Durante muito tempo foi provado e testado para que desistisse da sua fé e de seus valores, mas teve a coragem de manter-se firme, sem importar o custo.

É por isso que muita gente não avança na sua vida. Deixam seus amigos e pessoas à sua volta influenciarem seus pensamentos e decisões, o que os impede de crescer na graça de Deus. 

Estas pessoas são aquelas que não alcançaram um conhecimento mais profundo da verdade e sequer desfrutam da presença do Senhor nas suas vidas e acabam desanimando quem tem sede de Deus.

Se você atingiu um novo patamar na fé através das experiências que Deus lhe concedeu, não permita que quem não chegou a este ponto o impeça de crescer ainda mais. Não deixe que a incredulidade dos outros seja um obstáculo para a concretização dos seus sonhos.

Para vencer é preciso coragem. 

É preciso coragem para encarar a realidade e por isso muita gente usa de desculpas para não avançar e justifica-se pelos outros. 

É preciso coragem para reconhecer as nossas carências, e é por isto que muita gente diz “eu sou deste jeito mesmo” ou “eu já nasci assim”.

É preciso coragem para tomar decisões, pois junto delas vêm as conseqüências, que tanto podem ser boas como ruins. Se foram boas, parabéns, alcançou a sabedoria, se forem ruins, tanto melhor, aprenda com a situação e cresça um pouco mais para acertar na próxima.

É preciso coragem para mudar de vida e romper com o conformismo e a inércia que entorpecem a nossa alma. Saia do ligar comum, rompa com o conformismo, tome decisões, entenda a realidade dos fatos, aja no sentido de resolver a situação à sua frente.

Mas sobretudo, tenha coragem de não abrir mão de suas convicções, custe o que custar. José não abriu mão e isto lhe custou a liberdade, entretanto, depois foi alçado ao mais alto posto, abaixo apenas do faraó.

Tenha coragem de admitir que errou quando isto acontecer e vá em frente. Não faça como Adão, que procurou fugir da realidade de si mesmo e da responsabilidade de prestar contas de seus atos.

No passado Adão usou a mulher para se justificar, hoje, para fugirmos de algo usamos as ideologias, correntes de pensamento, inércia, desculpas, bebidas, drogas, suicídio e vários outros métodos.

O primeiro passo para amadurecermos e crescermos é reconhecer nosso erro, sendo também a solução de muitos dos nossos problemas. 

Tenha coragem e cresça!

PARA EXERCITAR

  • Tenho sido influenciador ou tenho sido influenciado?
  • O que posso fazer para liderar com justiça e equidade?

  • Fonte: http://www.ichtus.com.br/dev/2016/03/21/lider-ou-seguidor-a-mudanca-comeca-em-mim

    April 26, 2016

    O impacto de uma imagem

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    - Luis Antonio Luize

    As imagens são muito importantes para nossa vida, sobretudo as imagens que formamos em nossas mentes a nosso próprio respeito.

    Segundo os especialistas, dois terços das idéias e noções que absorvemos na vida acontecem até os sete anos. É nesta fase da vida que muita coisa importante ocorre.

    Por outro lado, os conhecimentos práticos são absorvidos até os dez anos. Aprender nossa língua materna nesta fase parece simples, aprender uma nova língua também. O que diria de ler e escrever? Muito mais fácil quando criança.

    Os anos como criança é o período que desenvolvemos o que, como adultos, nos acompanhará por toda a vida, mantendo uma relação próxima até nossa velhice.

    Os problemas da fase adulta também nascem na infância. Eu e minha esposa somos voluntários num lar de crianças abandonadas e também trabalhamos com a cura da alma em nossa comunidade cristã. 

    Frequentemente as pessoas abusadas na infância tornam-se abusadores, a menos que permitam que Cristo entre em suas vidas mudando sua história para melhor.

    O que vivenciamos em nossos primeiros anos formam imagens em nossa mente e isto é o que nos leva a experimentar estresse, tensão e ansiedade no futuro.

    Os pais são fundamentais na formação de boas ou más imagens nos seus filhos. É muito comum os pais falarem aos filhos que não devem fazer algo porque senão Deus deixará de gostar deles, ou cometerão o pecado que Deus não perdoa.

    Isto cria uma imagem na mente da criança ou adolescente de que, se errar, já estará longe de Deus e portanto não precisa mais andar nos seus caminhos, não tendo mais como voltar.

    Lembro-me quando na década de 80 estava fazendo evangelismo na rua XV em Curitiba. Naquele dia abordamos uma moça, que recebeu a Palavra, mas chorava muito por não se achar digna de receber a salvação. Depois de muito insistir ela revelou que era uma prostituta e que Deus não a aceitaria mais.

    O maligno usa contra nós duas armas, a tentação e a acusação. Quando uma falha ele usa a outra. Quase todos nós já nos sentimos acusados de algo que fizemos.

    Quando faço aconselhamento, uma das questões mais importantes é derrubar as imagens negativas que as pessoas possuem na sua mente e recriá-las partindo da visão de Deus para sua vida. Porém, reconstruir uma imagem é mais difícil do que criar do zero.

    Jesus sempre evangelizou por parábolas, o que criava imagens mentais em quem ouve, sabendo que seria um fator motivador em quem a escutasse. O rádio e os livros também nos levam a formar imagens mentais.

    É por isso que a televisão e a internet possuem um apelo tão forte hoje em dia. As imagens vêm prontas. Ao assistir um filme romântico, sempre tem o rapaz e a moça namorando que vão e voltam no relacionamento, criando uma trama que desejamos seguir. Quando finalmente ficam juntos, aparecem as famosas letrinhas ‘FIM’.

    Acabamos de formar a imagem mental de que casar é a solução e o fim por si mesmo. Mas nós sabemos que não é o fim, mas apenas início de uma vida a dois. A televisão nos levou a criar uma ilusão em nossa mente. E as gerações atuais acreditam muito nessas imagens e as reproduzem.

    Precisamos renovar a nossa mente e rejeitar as imagens de fracasso que nos são impostas pelas pessoas e pelo mundo. Deus nos chamou para a vitória em Cristo e isso passa por ter uma mente renovada em que as imagens negativas e de fracasso tenham sido curadas e substituídas por aquelas que Deus tem para você e que Ele mesmo irá falar ao teu coração.

    José tinha um sonho, uma imagem em sua mente, que o guiou por toda a sua vida, vindo a tornar-se realidade próximo dos 30 anos vida.

    Quando eu era criança tinha o sonho de construir um computador, algo impensável na época dado o desenvolvimento tecnológico e pelo fato de viver no interior do estado. Ou seja, a tecnologia era pouca e existia somente nos grandes centros, eu estava fora. Mas Deus movimentou tudo a ponto de tornar esse sonho uma realidade e aos 21 anos cumpriu-se o sonho.

    "Quando eu era uma criança, eu sonhava. Sonhava com um momento como esse”.
    Novak Djokovic, tenista sérvio, ao vencer o suíço Roger Federer e conquistar o título do ATP pela quinta vez.
    PARA EXERCITAR
    • Tenho sido influenciado negativamente pelo mundo?
    • O que preciso fazer para escutar a Deus e renovar minha mente?
    Fonte: http://www.ichtus.com.br/dev/2016/04/25/imagens-a-mudanca-comeca-em-mim

    April 25, 2016

    No caminho da transformação

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    - Luis Antonio Luize

    Deus sempre termina bem as suas obras. Se você analisar a bíblia verá que todos os acontecimentos que estão lá, assim como os personagens citados, passam por situações difíceis, mas ao final Deus transforma o que parece muito ruim em algo extraordinário.

    Temos José que sofreu muito e reinou no Egito. Temos Abraão que não tinha filhos e muito depois teve Isaque e a promessa de uma multidão. Temos o filho pródigo que literalmente torra a fortuna do pai, se arrepende, volta e recebe honrarias. Mas a situação mais emblemática é a própria vida de Jesus, em que morre na cruz sem culpa e então ressurge dos mortos para reinar à direita de Deus Pai.

    Tudo que Deus faz é perfeito, e quando a criou a humanidade era perfeita, assim como o homem e a mulher. Note que após criar tudo, Deus descansou e reinou a paz. Desde este dia a paz é o nosso árbitro e indica que estamos fazendo a vontade de Deus.

    Mas o pecado é que colocou o mundo em desordem, trazendo a falta de paz. Acabou a comunhão com Deus e com a mulher, tudo tornou-se corruptível, ou seja, vai se estragando se não fizermos nada.

    Para sair deste estado de desordem é preciso fazermos algo. A terra precisa ser arada, plantada, regada e cuidada para que dê fruto. Se deixarmos sem fazer nada só vai nascer erva daninha.

    Com o gênero humano é igual, ninguém precisa ensinar seu filho a desobedecer, basta não fazer nada, é a natureza humana.

    Como escrevi em artigo recente, as características de um grupo é compatível com as do seu líder. Ora, se nos colocamos debaixo da autoridade maligna através do pecado, então vamos demonstrar as características dele: morte, cobiça, mentira, desonra, medo e cansaço, entre outros.

    Por outro lado, as características de Deus são: luz, vida, amor, verdade, honra, fé e paz, entre outros tantos. É por isso que precisamos nos converter em quase tudo: costumes, atitudes, forma de pensar e agir, sentimentos e relacionamentos.

    Se olharmos nossa vida com esta natureza pecaminosa, acharemos que tudo está ruim, que as pessoas não te amam, que tudo dá errado pra você, que você não é aceito em algum lugar, etc.

    Precisamos de uma transformação em nossa maneira de pensar e agir, sair desta situação negativa e olhar para Deus.

    No versículo citado acima, está o padrão que descreve a natureza humana. Jesus cita o padrão pelo qual toda a humanidade passa. O jovem se revoltou contra o pai, foi e destruiu tudo que recebeu de herança, se arrependeu, se reconciliou e foi restaurado.

    Quando o jovem interrompeu sua comunicação com o pai foi de mal a pior. Foi preciso cair em si e se arrepender para restaurar a comunicação com o pai.

    Deus quer que sua vida termine bem. Se sua comunicação com Ele está interrompida, talvez seja necessário “cair em si” e arrepender-se para ser restaurado.

    Minha esposa e eu realizamos muitos seminários de cura da alma, e um elemento constante nestes é a grande quantidade de pessoas que precisam se arrepender e pedir perdão para viverem bem.

    São inúmeros casos de pais que se acham certos em suas atitudes e lançam os filhos na rebeldia, interrompendo a comunicação e o convívio com eles. São esposos ou esposas que se distanciam um do outro e precisam cair em si e arrepender-se para haver a reconciliação e restauração.

    Nós podemos ser bem sucedidos e Deus quer que seja assim, mas para isto mude sua atitude, caia em si em relação ao que precisa colocar em ordem na sua vida e transforme-se numa nova pessoa.
    PARA EXERCITAR
    • Tenho entendido a responsabilidade dos meus atos?
    • O que preciso entender para que possa me arrepender e viver bem?
    Fonte: http://www.ichtus.com.br/dev/2016/04/11/transformando-se-a-mudanca-comeca-em-mim

    April 24, 2016

    Vida antes da morte

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    É possível experimentar a vida divina que está disponível para nós agora?

    - Ed René Kivitz

    A grande pergunta do nosso tempo não é se cremos na vida após a morte, mas se cremos na vida antes da morte. 

    Sou solidário com Henri Nouwen, quando diz: “Durante a maior parte dos meus anos, falei de vida eterna como pós-vida, como vida depois da morte. Mas, à medida que vou ficando mais velho, menos interesse tenho pelo pós-vida. Preocupar-me com o amanhã, com o próximo ano, com a próxima década, e também com a próxima vida, parece-me uma falsa preocupação. Cismar como tudo será para mim depois de morrer parece-me, em grande parte, uma distração. Se a minha meta é a vida eterna, então essa vida deve ser atingível já agora, onde eu estou, porque a vida eterna é a vida em e com Deus, e Deus está onde eu estou, aqui e agora. O grande mistério da vida espiritual - a vida em Deus - é que não temos de esperar por ela como algo que acontecerá depois. Jesus disse: ‘Estai em mim como eu estou em vós’. É este divino ‘estar em’ que é a vida eterna. É a presença ativa de Deus no centro do meu viver - o movimento do Espírito de Deus dentro de nós - que nos dá a vida eterna”.

    Outra forma de dizer a mesma coisa é afirmando seu oposto. Não mais Deus dentro de nós, mas nós dentro de Deus. “Na sua natureza e no seu significado mais profundos”, disse Dallas Willard, “o nosso universo é uma comunidade de amor ilimitado e capaz”. Isto é, em última instância, a realidade última do universo não é átomo ou quanta, mas Deus. Foi isso o que nos ensinou Paulo, citando um poeta ateniense: “Em Deus vivemos, nos movemos e existimos”. Vivemos na casa de Deus (ecos) e chamamos isso de Universo (Hb 3.4).

    Esse é um conceito complexo, que muitos confundem com panteísmo (Deus está em tudo, Deus é tudo).

    Porém, pode ser melhor compreendido como panenteísmo (tudo está em Deus). Mais uma vez, recebemos a ajuda de Willard: “Eu ocupo meu corpo e seu espaço circundante, mas não posso ser localizado nele ou em torno dele. Você não consegue me encontrar, nem encontrar meus pensamentos, sentimentos ou características de personalidade em parte nenhuma do meu corpo. Nem eu mesmo consigo fazê-lo. Se você quiser me encontrar, a última coisa que deve fazer é abrir o meu corpo para dar uma olhada – nem deve examiná-lo de perto com um microscópio ou outros instrumentos físicos [...] Viajar pelo espaço e não encontrar Deus não significa que o espaço é vazio, assim como viajar pelo meu corpo e não me encontrar não significa que eu não estou aqui [...] Deus se relaciona com o espaço do mesmo modo como nos relacionamos com nosso corpo físico. Ele o ocupa e transborda, mas não pode ser localizado nesse espaço. Cada ponto do espaço está acessível à consciência e à vontade divinas, e a sua presença manifesta pode ser concentrada em qualquer ponto que ele julgue adequado. Na encarnação, ele concentrou a sua realidade de modo especial no corpo de Jesus”.

    Quando o homem pergunta para Jesus “que farei para herdar a vida eterna?”, não estava falando de uma vida após a morte. Sua pergunta queria saber algo mais ou menos como “que farei para experimentar/receber esta vida divina que está disponível para nós agora?”, ou ainda “como posso penetrar a realidade última do Universo, realidade esta que chamamos espiritual?”. Indo um pouco mais longe e imaginando que esse homem fosse iniciado nos mistérios, aqueles mesmos a respeito dos quais Jesus conversou com Nicodemos e com a mulher samaritana, a pergunta poderia ser: “Como faço para nascer do Espírito?”, “como posso ter meu espírito unido ao Deus Espírito?”.

    A resposta de Jesus conduz o diálogo a pelo menos três pistas extraordinárias para quem deseja se relacionar com Deus e experimentar a vida eterna. Primeiro, Jesus pergunta se ele “conhece os mandamentos”, dando clara indicação de que Deus é aquele que manda, enquanto nós apenas obedecemos. 

    Isto é, para experimentar a vida de Deus, em Deus e com Deus, você precisa olhar para Deus de baixo para cima. 
    Simples assim.

    Recebendo resposta afirmativa, pois o homem parecia mesmo zeloso em cumprir os mandamentos, Jesus manda que ele venda seus bens e doe tudo aos pobres. Mais uma vez, Jesus não deixa dúvidas em sua resposta: Deus deve ser o valor último ao qual estamos agarrados. Nada pode se colocar entre nós e o nosso Deus.

    Como dizem os chineses, “se você tem alguma coisa de que não pode abrir mão, não é você que tem a coisa, a coisa é que tem você”. E Deus não divide lealdades: “Para me encontrar, vocês não podem me buscar com um coração dividido”, disse Deus pela boca do profeta Jeremias.

    Abrir mão da riqueza para doar aos pobres implica também o abandono do mundo do egoísmo para a entrada no mundo da solidariedade e da generosidade. Deus é amor. “O amor não cabe em si”, disse nosso poeta. Deus é assim, amor em doação. 

    Viver em Deus consiste em doar amando e amar doando.

    A essa altura, confesso que já não sei ao certo se viver em estado de criatura, quebrantado diante do absoluto divino e, portanto, compartilhando tudo com todos, é a condição para a experiência de Deus ou a evidência de termos sido encontrados por ele. 

    Contudo, já não me importo. 


    Anseio mesmo por essa maravilhosa vida abundante que o nosso Senhor Jesus Cristo veio nos conceder. 


    Não me importa andar para sempre de joelhos, com pó colado no céu da boca, e de tudo despossuído. 


    Vivo como quem um dia fosse chegar lá. 


    Porém, sigo na certeza de que Deus sempre chega a mim primeiro.

    Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/358/vida-antes-da-morte

    April 21, 2016

    Ficou calado

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    É praticamente impossível ficar calado quando somos injustiçados ou ofendidos. É difícil manter a boca fechada. 

    Mas foi o que Jesus fez. 

    O profeta Isaías já havia antecipado a reação de Cristo no Antigo Testamento:
    Ele foi maltratado, mas aguentou tudo humildemente e não disse uma só palavra. Ficou calado como um cordeiro que vai ser morto, como uma ovelha quando cortam a sua lã.
    Isaías 53.7 (NTLH)
    [Em outras versões: “se relaxou”, “deixou-se humilhar”, “resignou-se”, “suportou”, “aceitou tudo em silêncio”] 
    O que foi confirmado quando chegou a hora: Mas Jesus ficou calado. (Mt 26.63 – NTLH)
    Porém Jesus não disse nada, e o Governador ficou admirado com isso. (Mt 27.14 – NTLH)
    Então fez muitas perguntas a Jesus, mas ele não respondeu nada. (Lc 23.9 – NTLH)
    Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus:
    — De onde você é?
    Mas Jesus não respondeu nada.
    (Jo 19.9)
    Foi humilhado, e foram injustos com ele. (At 8.33)
    A postura de Jesus revela seu caráter humilde e convicto. 
    Que Deus nos ajude a frear a língua para que possamos expressar o caráter de Cristo em meio às adversidades.
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    Fonte: http://ultimato.com.br/sites/blogdaultimato/2016/03/02/ficar-calado/
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    April 15, 2016

    O silêncio que realça a autenticidade do ser

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    Mt 6: 5-15

    No Sermão do Monte, Jesus nos ensinou a orar.

    Duas realidades inovadoras: “a solitude do ser, e ser alvo do olhar Divino”. Não é a prolixidade e a engenhosidade de nossa fala que determinarão a profundidade de nossa oração.

    Jesus nos disse que é em “silêncio que somos vistos por Deus”. Pareceria estranho, se não fosse tão profundo!

    “Mais do que ouvidos, somos percebidos por Ele”.

    Neste ambiente de encontro, a condição necessária para sermos alcançados pela ternura do olhar Divino é o “silencio do ser”. 

    É necessário “fugir de toda aparência barulhenta da alma”. E, quando acessamos este silêncio, somos abraçados pelo olhar do Pai. 

    De repente, todo o universo se petrifica. Nada mais importa. 

    Estamos a sós com Deus.

    Então, toda a verdade sobre o nosso “eu” vem à tona na superfície de nossa alma. 

    Neste momento, o nosso “eu” se desvela desmascarado de toda maquiagem que o camufla; o mestre dos disfarces é denunciado e calado. 

    Neste silêncio, Deus nos olha com ternura e compartilha de Sua visão: vemo-nos como estamos; percebemos que nada somos. 

    Todo quebrantamento se faz necessário, pois, o Deus que tudo vê recebe-nos em Amor.

    Destarte, a “solitude” é essencial ao reencontro do ser. 

    Ao acolher a solitude, acolhemos também a dor que acompanha nossa solidão. Mas, diante do olhar Divino, toda angústia se transmuta em redenção; o caudaloso rio de solidão que ameaçava-nos afogar conduz-nos ao nosso Redentor. 

    Não estamos mais sós. 

    Então, somos remetidos a um ambiente de paz e segurança; a nossa alma novamente suspira e descansa. 

    A oração silenciosa nos convence que Ele sempre esteve conosco. A nossa alma reencontra a serenidade do ser.

    Descobrimos, então, que orar não é apenas petição; é busca pelo reencontro do ser. De outra forma, Santo Agostinho trata o mesmo conteúdo; “Fizeste-nos para Ti e inquieto está o nosso coração enquanto não repousar em Ti.”. Bendita seja a oração, pois, é um meio de Graça para não nos perdermos do Caminho da autenticidade do ser.

    “Por tanto, vós orareis assim [...]”.

    Agora podemos falar. 

    Descansada a alma e encontrado o ser, estamos livres e refeitos para “orar falando”. Então, o “Senhor que nos vê”, nos convida a orar na cartilha do “Pai nosso”. 

    Este roteiro revela que a vida está no estreito relacionamento entre o homem e Deus. Relacionamento este que começa pelo ato da “Santificação”, em todas as suas dimensões; e termina na “Glorificação”, em todas as suas particularidades.

    Na vida, tudo deve estar circunscrito entre a “Santificação e a Glorificação”. 

    Santificar é reconhecer; glorificar é confessar. 

    Quando reconhecemos que a Vontade do Pai que prevalece nos céus estende suas cortinas sobre nossa vida, santificamo-Lo. Quando confessamos que Deus está presente em todas as áreas de nossas vidas, incluindo nossas dores, glorificamo-Lo.

    Por tanto, a vida se inscreve entre estes dois polos: “Santificação e Glorificação”. 

    O sustento – pão nosso de cada dia –; a relação humana – ser perdoado sob a condição de oferecer perdão –; segurança e paz – não nos deixe cair em tentação e livra-nos do mal – são sustentados pela “Santificação e Glorificação de Deus pelo homem”.

    Na solitude da oração, nos reencontramos. Na Santificação e Glorificação, vivemos a prioridade da Justiça do Reino de Deus a fim de que todas as coisas nos sejam acrescentadas. 

    Não podemos orar o “Pai nosso” sem antes trilhar a vereda estreita da “solitude”, pois a pergunta que Deus fez a Adão – onde estás? – ainda nos inquieta! 

    Onde estamos?

    Precisamos passar pelo “jardim secreto da alma” cujas “flores tem cheiro de paz”, a fim de encontrar o olhar cuidadoso e amoroso do Pai. Sem este encontro redentor, a oração do “Pai Nosso” corre o risco de transformar-se em ladainha cansativa de conveniências.

    Antes do “Pai Nosso” devemos experimentar o “Amor do Pai”. 

    Este Amor é experimentar o olhar de Deus, sentir o frescor da sombra da Cruz e perceber que somos domicílio do Espírito.

    Sem a solitude preconizada por Jesus, a oração ao Pai torna-se ladainha qualquer.

    “Muito mais que palavras, Jesus nos convida a viver a oração”.

    “Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação que vem do Senhor”. Lm 3.26.

    Fonte:  http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/o-silencio-que-realca-a-autenticidade-do-ser

    April 14, 2016

    Oração Pai Nosso

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    Mt 6: 9-13

    Pai nosso, que estás nos céus,

    santificado seja o Teu nome;
    venha o Teu reino;
    seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu;

    o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;
    e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;
    e não nos deixes cair em tentação;
    mas livra-nos do mal

    pois Teu é o reino, o poder e a glória para sempre.
    Amém


    INTRODUÇÃO

    A oração dominical é dividida em 3 partes:
    • Apresentação do mundo de Deus: santidade, reino soberano, vontade boa, perfeita e agradável
    • Comunhão com os irmãos a partir do pão e do perdão (relacionamentos)
    • Postura correta: louvor e reconhecimento ao Deus verdadeiro
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    April 13, 2016

    Pai nosso, que estás no céu

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    Chamar Deus de Pai (no aramaico, Abba, paizinho denotando íntima afeição - o que exclui qualquer familiaridade superficial) era altamente revolucionário, uma vez que os judeus até hoje sequer pronunciam Seu nome no receio de incorrer no mandamento de não tomar Seu nome em vão.

    YHWH é o Eu SOU o que Sou - "Eu estou contigo, pronto para salvar-te e para operar em eu favor, como sempre estive".

    Deus não é apenas majestoso e santo, mas também pessoal e amoroso.

    O céu é de onde Ele governa.

    Os judeus acreditavam em “três céus”: o das aves, o das galáxias, e o de Deus, também chamado “terceiro céu”.

    Nós, cristãos, também cremos na existência destes três céus, mas integrados em um só: habitamos um mundo imbuído de Deus.

    O terceiro céu é também chamado na Bíblia de “lugares celestiais”, onde já estamos em Cristo, abençoados, lutando contra principados e potestades.

    No céu:

  • seremos libertos dos assaltos de satanás
  • livramento do peso da separação (relacionamentos quebrados)
  • libertação das lágrimas de angústia, desespero ou frustração
  • não haverá morte
  • livramento total da tristeza ocasionada por aflições ou remorso
  • redenção da dor
  • nossa eterna morada será Jerusalém (não haverá igreja, santuário ou edifício formal)
  • não haverá sol ou lua
  • a escuridão e o equívoco serão banidos
  • não haverá corrupção
  • não haverá fraude, falsidade, mentiras ou desonestidade
  • caminhos eternos de retidão

  • No céu teremos:

  • satisfação e tranquilidade desconhecida aqui na Terra
  • vida abundante
  • absoluta justiça e integridade
  • solidariedade: unidos em fraternidade
  • iluminação do Pai em todos os aspectos da vida
  • reino da vitória
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    April 12, 2016

    Santificado seja o Teu nome

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    Santificado quer dizer exaltado, honrado, venerado, 100% puro.

    É deixar Deus ser Deus, reinando soberano em toda a Sua glória, poder e majestade, com todos os atributos que o Seu nome significa.

    Ou seja, permitir ao Senhor que é paz, reconciliar tudo e a todos; ao Senhor que é pastor, apascentar, proteger e guiar; ao Senhor minha bandeira, ir à frente nas batalhas.

    "Para todo hebreu, o nome é idêntico ao ser que ele designa."
    [André Chouraqui]

    Ou seja, saber o nome de alguém era conhecer os atributos que a pessoa possuía.

    Hoje, gostaria que você meditasse em 8 nomes (atributos específicos) de Deus:

    1. Jeová-tsidkenu: Senhor Justiça Nossa - Jr 23: 6 (aquele que não conheceu o pecado, se fez pecado por nós)
    2. Jeová-m´kadesh: O Senhor que nos santifica - 1 Co 6: 11 (capacita vida santa e ser puro espiritual e moral como Jesus)
    3. Jeová-shalom: O Senhor é paz - Jz 6:24 (harmonia, contentamento, satisfação, reconciliação com Deus)
    4. Jeová-samá:  O Senhor está ali - Ez 48:35  (transbordante, onipresente, habitando entre seu povo)
    5. Jeová-rafá: O Senhor que sara - Is 53:5 (pelas suas pisaduras fomos sarados)
    6. Jeová-jiré: O Senhor proverá - Gn 22:14 (vê nossas necessidades antes que surjam e revela disposição para prover)
    7. Jeová-roí: O Senhor é meu pastor - Sl 23 (apascenta, guia, protege e cuida)
    8. Jeová-nissi: O Senhor é minha bandeira - Is 11:10 (estandarte que sai à frente na batalha)
    Na Torah, é possível encontrar 72 nomes de Deus.

    Para nós, cristãos, Deus é Jeová Jiré (O Senhor proverá, Gn 22: 14), Nissi (O Senhor minha bandeira, Ex 17: 15), Shalom (O Senhor envia paz, Jz 6: 24), Sama (O Senhor está ali, Ez 48: 35) e Tsidkenu (O Senhor Justiça nossa, Jr 23: 6; 33: 16). Mas também é Pai Celeste (Mt 6: 26), Deus Eterno (Dt 33: 27), Todo Poderoso (Gn 17: 1), Pai das Luzes (Tg 1: 17), Santo de Israel (Sl 71: 22), Eu sou (Êx 3: 14), Juiz (Gn 8: 25), Deus Vivo (Js 3: 10), Senhor dos Exércitos (1 Sm 1:11, Tg 5: 4), Senhor dos Senhores (Dt 10: 17), Altíssimo (Dt 32: 8), Nosso Pai (1 Cr 29:10, Mt 6:9) e Nossa Força (Êx 15: 2).

    Deus Pai é declaradamente Luz (Is 60: 19, Tg 1:17; 1 Jo 1:5), Amor (1 Jo 4: 8 e 16), Invisível (Jó 23: 8 e 9, Jo 1:18, 5:37, Cl 1:15, 1 Tm 1: 17), Insondável (Jó 11: 7, 37: 23, Sl 145: 3, Is 40: 28, Rm 11: 33), Incorruptível (Rm 1: 23), Eterno (Dt 33: 23, Sl 90: 2, Ap 4: 8-10), Imortal, (1 Tm 1: 17, 6: 16), Onipotente (Gn 17: 1, Êx 6: 3), Onisciente (Sl 139: 1-6, Pv 5: 21), Onipresente (Sl 139: 7, Jr 23: 23), Imutável (Sl 102: 26 e 27, Tg 1: 17), Único Sábio (Rm 16: 27, 1 Tm 1: 17), Glorioso (Êx 15: 11, Sl 145: 5), Altíssimo (Sl 83: 18, At 7: 48), Perfeito (Mt 5: 48), Santo (Sl 99: 9, Is 5: 16), Justo (Dt 32: 4, Is 45: 21), Veraz (Jr 10: 10, Jo 17: 3), Reto (Ed 9: 15, Sl 23: 8; 92: 15; 145: 17), Bom (Sl 25: 8; 119: 60), Grande (2 Cr 2: 5; Sl 86:10), Gracioso (Êx 34:6, Sl 116: 5), Fiel (1 Co 10: 13, 1 Pe 4: 19), Misericordioso (Êx 34: 6 e 7, Sl 86: 5), Longânimo (Nm 14: 18, Mq 7: 1), Zeloso (Js 24: 19, Na 1:2), Compassivo (2 Rs 13: 23), Fogo consumidor (Hb 12: 29), não há Deus além d’Ele (Dt 4: 35, Is 44: 6), não há Deus antes d’Ele (Is 43:10), não há Deus semelhante a Ele (Êx 9: 14, Dt 33: 26; 2 Sm 7: 22, Is 46: 5 e 9; Jr 10: 6), ninguém é bom senão Ele (Mt 19: 17), enche os céus e a terra (1 Rs 8: 27, Jr 23: 24) e deve ser adorado em espírito e em verdade (Jo 4: 24).

    Deus Filho é o Intercessor (1 Jo 2: 1), Todo Poderoso (Ap 1: 8), Alfa e Ômega (Ap 1: 18, 22: 13), Amém (Ap 3: 14), Apóstolo de Nossa Confissão (Hb 3: 1), Braço do Senhor (Is 51: 9; 53: 1), Autor e Consumador da Fé (Hb 12: 2), Autor de Eterna Salvação (Hb 5: 9), Princípio da Criação de Deus (Ap 3: 14), Filho Amado (Mc 1: 11), Bendito e Único Potentado (1 Tm 6: 15), Renovo (Is 4: 2), Pão da Vida (Jo 6: 35), Autor da Salvação (Hb 2: 10), Supremo Pastor (1 Pe 5: 4), Cristo de Deus (Lc 9: 20), Consolação de Israel (Lc 2: 25), Pedra de Esquina (Sl 118: 22), Conselheiro (Is 9: 6), Criador (Jo 1: 3), Sol nascente (Lc 1: 78), Libertador (Rm 11: 26), Desejado de todas as Nações (Ag 2: 7), Porta (Jo 10:7), Eleito de Deus (Is 42:1), Pai da Eternidade (Is 9: 6), Testemunha Fiel (Ap 1: 5), Primeiro e Último (Ap 1: 5), Primogênito (Ap 1: 5), Precursor (Hb 6: 20), Glória do Senhor (Is 40: 5), Deus (Is 40: 3; Jo 20: 28), Deus Bendito (Rm 9: 5), Bom Pastor (Jo 10: 11), Guia (Mt 2: 6), Grande Sumo Sacerdote (Hb 4: 14), Cabeça da Igreja (Ef 1: 22), Herdeiro de Tudo (Hb 1: 2), Santo Servo (At 4: 27), Santo (At 3: 14), Santo de Deus (Mc 1: 24), Santo de Israel (Is 41: 14), Salvação (Lc 1: 69), Eu Sou (Jo 8: 58), Imagem de Deus (2 Co 4: 4), Emanuel (Is 7: 14), Jesus (Mt 1: 21), Juiz de Israel (Mq 5: 1), Justo (At 7: 52), Rei (Zc 9: 9), Rei dos Séculos (1 Tm 1: 17), Rei dos Judeus (Mt 2: 2), Rei dos Reis (1 Tm 6: 15), Rei das Nações (Ap 15: 3), Legislador (Is 33: 22), Cordeiro (Ap 13: 8), Cordeiro de Deus (Jo 1: 29), Príncipe (Is 55: 4), Vida (Jo 14: 6), Luz do Mundo (Jo 8: 12), Leão da Tribo de Judá (Ap 5: 5), Senhor de Todos (At 10: 36), Senhor da Glória (1 Co 2: 8), Senhor dos Senhores (1 Tm 6: 15), Senhor Justiça Nossa (Jr 23: 6), Homem de Dores (Is 53: 3), Maravilhoso (Is 9: 6), Mediador (1 Tm 2: 5), Mensageiro da Aliança (Ml 3: 1), Messias (Dn 9: 25; Jo 1: 41), Deus Forte (Is 9: 6), Poderoso (Is 60: 16), Estrela da Manhã (Ap 22: 16), Filho Unigênito (Jo 1: 18), Nossa Páscoa (1 Co 5: 7), Príncipe dos Reis (Ap 1:5), Príncipe da Vida (At 3: 15), Príncipe da Paz (Is 9: 6), Profeta (Lc 24: 19; At 3: 22), Redentor (Jo 19: 25), Ressurreição e Vida (Jo 11: 25), Rocha (1 Co 10: 4), Raiz de Davi (Ap 22: 16), Rosa de Sarom (Ct 2: 1), Salvador (Lc 2: 11), Semente da Mulher (Gn 3: 15), Pastor e Bispo das Almas (1 Pe 2: 25), Filho de Deus Bendito (Mc 14: 61), Filho de Davi (Mt 1: 1), Filho de Deus (Mt 2: 15), Filho do Altíssimo (Lc 1: 32), Filho do Homem (Mt 8: 20), Filho da Justiça (Ml 4: 2), Verdadeira Luz (Jo 1: 9); Videira Verdadeira (Jo 15:1), Verdade (Jo 1:14), Verbo (Jo 1: 1), Testemunho (Is 55: 4) e Palavra de Deus (Ap 19: 13).

    Deus Espírito é o Sopro do Todo Poderoso (Jó 33: 4), Fogo (Mt 3: 11), dado gratuitamente (Is 55: 1; Jo 4:14; Ap 22:17) cujos emblemas são:

    Água (Jo 3:5; 7:38,39): Purificadora (Ez 16: 9; 36: 25; Ef 5: 26; Hb 10: 22), Fertilizante (Sl 1: 3; Is 27: 3,6; 44: 3,4; 58: 11), Refrescante (Sl 46: 4; Is 41: 17,18), Abundante (Jo 7: 37,38), Consolador (Jo 14:16), Espírito Eterno (Hb 9:14), Espírito Voluntário (Sl 51: 12), Espírito Santo (Sl 51:11; Ef 1:13; 4:30), Bom Espírito (Ne 9: 20; Sl 143: 10), Poder do Alto (Lc 1: 35), Deus (At 5: 3,4), Espírito de Adoção (Rm 8: 15), Espírito de Cristo (1 Pe 1: 11), Espírito de Conselho (Is 11: 2), Espírito da Glória (1 Pe 4: 14), Espírito de Deus (Gn 1: 2), Espírito de Graça (Zc 12: 10), Espírito de Santidade (Rm 1: 4), Espírito de Juízo (Is 4: 4), Espírito de Conhecimento (Is 11: 2), Espírito de Vida (Rm 8: 2), Espírito do Senhor Deus (Is 61: 1), Espírito de Poder (Is 11: 2), Espírito de Entendimento (Is 11: 2), Espírito de Sabedoria (Is 11: 2), Sete Espíritos de Deus (Ap 1: 4), Espírito do Pai (Mt 10: 20), Espírito da Profecia (Ap 19: 10), Espírito do Senhor (Is 11: 2).

    Agora que temos um vislumbre de quem é Deus, podemos ter plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus (Hb 10: 19).

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    April 11, 2016

    Venha o Teu reino

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    Chérie,

    Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Rm 14: 17).

    A chegada do reino de Deus é como a chegada da eletricidade à zona rural, que muda completamente as relações das pessoas com os aspectos fundamentais da vida: luz e escuridão, calor e frio, limpeza e sujeira, trabalho e lazer, preparação e conservação de alimentos.

    Como um grão de mostarda, começa como a menor de todas as sementes, mas depois de crescida se torna maior do que as hortaliças a ponto das aves do céu virem se aninhar em seus ramos.


    E se o Reino não está fora, mas dentro de nós (Lc 17: 21), devemos orar para que o reino de Deus venha e a Sua vontade seja feita em nossa própria vida, nossa família, nossa igreja e nossa pátria.

    Bjs,

    KT

    VENHA O TEU REINO

    - Ricardo Barbosa

    A segunda súplica de Jesus é pela manifestação do seu reino: "Pai nosso que estás nos céus (…), venha o teu reino (…), assim na terra como no céu". 

    É a oração mais radical que um cristão pode fazer. 

    O reino de Deus é o governo de Deus entre nós. Suplicar dizendo: "venha o teu reino" é invocar o Rei e seu governo sobre nós. 

    Os cristãos do primeiro século entenderam a oração de Jesus e, ao suplicarem "Pai nosso, venha a nós o teu reino", todo o comportamento deles - não só pessoal, mas comunitário - foi transformado a partir desta nova realidade. 

    Foram tomados pelo desejo de conhecer melhor a Deus e sua palavra, de viver em comunhão com os irmãos, abrindo suas casas para receber a nova comunidade do reino. Tinham profundo e sincero temor de Deus (submissão) e o poder do novo Rei se manifestava entre eles. Viviam de forma solidária suprindo as necessidades uns dos outros. Oravam, jejuavam, adoravam e, enquanto estas coisas aconteciam, o Senhor lhes acrescentava tudo o que necessitavam no dia a dia, inclusive novos convertidos (At 2:42-47). Era uma igreja que orava venha a nós o teu reino.

    Para os judeus, a história é linear. Ela tem começo, meio e fim. É uma história que caminha para um clímax que é a intervenção de Deus na história.

    Quando Jesus prega o seu primeiro sermão numa sinagoga de Nazaré, ele diz: "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim pelo que me ungiu para pregar boas novas aos quebrantados (…)". E termina afirmando: "hoje se cumpriu esta escritura". 

    Deus interveio na história. O reino chegou. A nova ordem foi estabelecida. 

    Nesta oração, estamos clamando pela manifestação deste reino já presente entre nós. 

    Não oramos dizendo leva-nos para o teu reino, mas, sim, venha o teu reino. 

    Não somos nós que trazemos o reino, como não somos nós que tornamos o nome de Deus santo. Só Deus pode tornar seu nome santo, só Deus pode manifestar entre nós o seu reino. 

    Esta súplica expressa nosso desejo de ver o reino de Deus presente entre nós. 

    Vivemos entre o reino já manifestado em Cristo e o reino que será plenamente consumado quando Ele voltar. Naquele dia todas as coisas serão endireitadas, nossos olhos plenamente abertos, nossa mente totalmente transformada, nossos afetos completamente redimidos, nossa comunhão com Deus inteiramente restaurada.  

    Jesus inaugurou o reino. 

    O reino de Deus é o jeito que Deus deseja que seu povo viva. É o governo de Deus sobre o seu povo. É a restauração da nova humanidade. 

    Todo o Sermão do Monte é um retrato disto.

    Quando suplicamos: "venha o teu reino (…) assim na terra como no céu", oramos assim: 

    Pai, antecipa estas coisas. Manifesta o teu governo. Quebra todas as resistências da minha alma. Torna-me mais obediente aos teus mandamentos. Enche-me de tua compaixão. Manifeste a tua justiça entre nós. Pai, torna-me mais humilde, manso e puro para que eu viva do jeito que o Senhor Jesus, teu santo Filho, me ensinou a viver. Pai, cura a minha cegueira para que eu contemple a realidade com os mesmos olhos que Jesus, meu Rei e Senhor, contemplam. Pai, transforma o meu medo em coragem para que eu ame a justiça e a busque como o Senhor espera que eu faça. Pai, faça de mim um instrumento de tua paz na minha família, no meu ambiente de trabalho, entre os meus vizinhos. Pai, usa-me para levantar os abatidos, socorrer os necessitados, restaurar os que tem o coração ferido, abrir os olhos dos cegos e ajudar os paralíticos a andarem. Pai, não me deixe andar ansioso em relação ao futuro, comida, roupa, moradia e outras coisas que consomem minhas forças e energias, ajuda-me a crer que cuidas de mim e me enche de paixão pelo teu reino, pelo teu evangelho e tua justiça, certo de que as outras coisas me serão dadas. Pai, reverte a ação do pecado. Manifeste entre nós os teus mandamentos justos e bons. Usa-nos como ministros da reconciliação. Restaure a humanidade corrompida e reine soberanamente em toda a tua criação. 

    É uma oração que tem implicações sobre nossa conversão, nossa identidade. 

    É uma oração que somente aqueles que entram no reino e participam dele o fazem. 

    Somos chamados por Cristo a entrar e participar do reino de Deus.

    Quem faz parte do reino?

    O pobre e humilde de espírito, aquele que faz a vontade do Pai, aqueles cuja justiça excede a dos escribas e fariseus, aquele que se faz como uma criança.

     É assim que temos orado?

    Quando apresentamos nossos pedidos a Deus, levamos em conta a honra do seu nome e a presença do seu reino em primeiro lugar?

    Quando oramos pelo emprego, salário, saúde, família, nação, orientação e direção, é para que o reino de Deus se manifeste em todas estas áreas?

    A oração que Jesus ensinou começa assim: 

    "Pai nosso, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino". 

    Fonte: http://www.soumaisjovens.com.br/2010/06/venha-o-teu-reino.html

    April 10, 2016

    Seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu

    .
    Chérie,

    "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional; e não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12:1-2).

    Jesus declarou: "A minha comida é fazer vontade daquele que me enviou" (Jo 4: 34). E no Jardim do Getsêmani, alinhou a sua vontade com a vontade do Pai: "Não seja como eu quero, mas como Tu queres" (Mt 26: 39-42). 

    Render-se à vontade de Deus tem a ver com confiar no Seu amor

    E por que 'assim na terra como no céu'? 

    Porque "os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos", declara o Senhor. "Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos" (Is 55: 8, 9).

    Um artigo para instigar. 

    Bjs, 

    KT


    Observei no Paquistão o trabalho de um oleiro primitivo. Nada me mostrou com tanta clareza o significado da frase Faça a tua vontade assim na terra como no céu.

    Este oleiro idoso com a face sulcada por linhas profundas, ombros curvados e frágeis, e mãos sensíveis recebeu eu e meu companheiro missionário em sua humilde loja numa rua em Peshwar. Esta cidade, de comércio ativo, situada no nordeste do Paquistão, fica perto do fabuloso desfiladeiro de Khyber. É uma região tão colorida como seu povo phathan.

    Interessado e com sinceridade, pedi ao ancião que mostrasse todos os detalhes na criação de uma obra prima. Meu pedido o emocionou. Ele aprendera seu oficio com um oleiro-mestre na China, que ensinara toda habilidade para esta ocupação. Sua loja estava repleta de taças brilhantes, lindos vasos e tigelas notáveis, de empolgante beleza.

    Fazendo um sinal com seu dedo magro, me levou a um abrigo pequeno, escuro e fechado no fundo de sua loja. Quando abriu a porta que parecia desmoronar, um cheiro forte e repulsivo de matéria em decomposição sufocou-me. “É aqui que começa meu trabalho”, disse ele abaixando-se ao lado de um buraco repugnante. Seu braço longo e fino tocou naquela massa escura, e seus dedos habilidosos e delgados moveram-se por entre as porções de argila, procurando um fragmento do material exato que necessitava para sua obra.

    Os primeiros versículos do Salmo 40 vieram ao meu coração com um tremendo impacto. Vi de uma maneira nova e repentina o que o salmista quis dizer quando escreveu “Coloquei toda minha esperança no Senhor, ele se inclinou para mim e ouviu o meu grito de socorro. Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama”. Da mesma maneira que o oleiro selecionava o seu barro, assim também Deus me escolheu com especial carinho.

    Enquanto o oleiro delicadamente tocava aquela porção de barro de aspecto desagradável em suas mãos, eu compreendia como Deus também trataria meu coração. Com toda calma, o homem caminhou com a argila na mão até onde havia uma grande pedra, no centro da loja. Com precisão meticulosa, colocou a porção de barro exatamente no centro da roda. O cuidado que teve neste ato aparentemente simples deixou-me perplexo. Era necessário tal cuidado antes para que pusesse a pedra em movimento com a argila, girando no centro. Novamente, por meio de Salmo 40:2 a palavra de Deus veio claramente ao meu coração ...”pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro”. Da mesma maneira que o oleiro agiu cuidadosamente para centralizar a argila na roda de pedra, assim também Deus trabalha com muito cuidado para centralizar minha vida em Cristo. Essa não é uma tarefa que pode ser feita na fossa onde estava o barro. Tive de ser levantado da horrível fossa de minha vida detestável para centralizar-me naquele que poderia me colocar uma nova direção. E a pedra pela qual fui posto não era senão Cristo, a Rocha de Deus. Nunca havia compreendido isto. Talvez fosse por causa da escuridão e desespero de minha vida anterior. Eu era uma porção de terra nas mãos do Mestre, e Ele estava trabalhando para moldar minha vida.

    Quando o velho oleiro sentou-se no banco pequeno e cambaleante em frente à pedra, alguma coisa impressionou-me enormemente: era o olhar fascinante, peculiar que dominava a face sulcada de rugas. Uma nova luz brilhava em seus olhos. De algum modo, eu podia perceber que, naquele fragmento rude e disforme de terra em suas mãos, o oleiro via um vaso ou uma taça de forma e beleza requintadas. Havia nesta porção de barro cru enormes possibilidades!

    Tal pensamento parecia fazê-lo estremecer. Desse barro emergiria algo de grande beleza enquanto sua vontade era nele gravada. Suas intenções, seus desejos e seus propósitos em fazer um objeto belo e útil, como as outras peças de linda porcelana que adornavam suas prateleiras.

    O Espírito de Deus falou-me suavemente naquela pequenina e obscura loja: “Você não vê quanto de expectativa e emoção enche o coração do pai enquanto olha para você e o segura em suas mãos? Se a vontade de Deus for feita em sua vida (neste pequenino pedaço de terá), conterá um pouquinho do céu”.

    O velho oleiro começou a girar a roda mansamente. Tudo o que fazia era feito com delicadeza. A grande pedra, talhada das rochas toscas das altas montanhas do Hindu Kush atrás de sua casa, girou calmamente. Todavia, o que mais me chamou a atenção neste ponto foram duas bacias de água. Antes de tocar no barro, que girava rapidamente no centro da roda, o oleiro mergulhava as mãos na água. Era por meio da umidade que ele trabalhava na porção de argila. E era fascinante ver como o barro respondia à pressão aplicada por suas mãos umedecidas. Silenciosa e mansamente, a figura de uma delicada taça começou a tomar forma sob suas mãos. A água era o meio pelo qual a vontade do artífice e o seu desejo eram transmitidos ao barro. A sua vontade estava sendo feita na terra.

    Repentinamente, a pedra parou. Por que? 

    O oleiro retirou uma pequenina pedra da taça. Seus dedos tinham percebido a resistência desta partícula ao seu toque. De novo, girou a pedra. Rapidamente ele alisou a superfície da taça.

    No entanto, novamente a pedra foi parada. Outro objeto duro foi retirado – um pequenino grão de areia – que deixou um sinal na argila.

    Um olhar de ansiedade e cuidado começou a transparecer na face do oleiro. Seus olhos expressavam uma interrogação. Será que aquela argila continua outras partículas de areia que resistiriam às suas mãos e destruiriam seu trabalho? Suas melhores intenções, as mais altas esperanças e maravilhosos desejos, não viriam a se concretizar?

    De repente, o oleiro parou a pedra novamente e apontou desoladamente um profundo sulco desigual que marcou o lado da taça. Era impossível de consertar. Desalentado, esmagou a taça com as mãos e uma porção de barro permaneceu amontoada sobre a pedra.

    Por que esta obra-prima rara e linda ficou arruinada nas mãos do oleiro?

    Porque ela resistira.

    Atordoado, perguntei num murmúrio rouco: - E agora?

    E o oleiro, com os olhos tristes e nublados, encolheu os ombros velhos e cansados e respondeu: “Vou fazer somente um tosco lava-dedos”.

    A pedra voltou a girar. Em poucos minutos, um lava-dedos simples estava formado. Aquilo que deveria ser uma taça magnífica e rara, agora era uma peça grosseira para um camponês lavar os dedos.

    Naquele ambiente humilde do oleiro, perguntei a mim mesmo: a minha vida vai ser um deslumbrante cálice digno de conter o vinho excelente da própria vida de Deus do qual os outros poderão beber e se restaurar? Ou serei somente um grosseiro lava-dedos no qual os transeuntes umedecerão seus dedos rapidamente para depois prosseguir e esquecer tudo?

    Pai, seja feita a tua vontade assim na terra [no barro, em mim] como no céu”.

    Fonte: KELLER, W. Phillip. Orando diariamente o Pai Nosso. São Paulo: editora Vida, 2013..

    April 09, 2016

    O pão nosso de cada dia dá-nos hoje

    .
    Chérie,

    a gente é o que come, por isto a importância da gente se alimentar do Pão da vida.

    E este pão é dado, e não conquistado por mérito - vem da generosidade de Deus.

    Bjs,

    KT
    O PÃO NOSSO DE CADA DIA

    - Ricardo Barbosa

    O “Pai Nosso” é nossa primeira escola de oração onde Jesus nos ensina que a oração não é uma ferramenta técnica, usada para excitar nossa curiosidade - pelo contrário - ela nos envolve num exercício de e compreensão da realidade que está além da ciência. Não é um meio de manipular a criação, mas uma forma de compreender e penetrar na realidade dela.

    Ao suplicar “o pão nosso de cada dia, dá-nos hoje” colocamos Deus no centro de nossas necessidades cotidianas. Se Deus é percebido apenas nas fronteiras de nossas vidas, nas grandes crises ou nos grandes eventos, esta súplica não tem significado algum. Mas, como Deus nos é revelado como nosso “Pai que está nos céus”, a súplica pelo “pão de cada dia” revela a presença de Deus no que há de mais simples e comum no nosso dia-a-dia.

    O reino de Deus envolve a vida inteira
    Nada é trivial diante de Deus. Nossas necessidades profissionais, afetivas, físicas, emocionais, tudo importa a Deus. Ele é o Deus do cotidiano, das pequenas coisas, do pão sobre a mesa e do sol que se põe ao entardecer. Deus se interessa pelo fio de cabelo que cai e pela mão que o toca no meio de uma multidão. A oração do “Pai Nosso” nos torna conscientes de que a experiência da oração não envolve apenas as situações de emergência ou as ansiedades do futuro, mas é pão para hoje, para as necessidades e situações do presente. É uma oração que nos ensina a não nos preocupar com o dia de amanhã.

    A fé cristã, para muitos, se mostra mais relevante nas lembranças do passado ou nas preocupações com o futuro, mas não tem nenhuma relevância para o presente. É no “pão de cada dia” que a graça de Deus se mostra real. O maná do deserto servia somente para o presente, nunca para o futuro.
     A ansiedade do futuro apodrece a graça do presente. 


    Outro aspecto desta súplica é que ela nos ensina a orar pelo “pão nosso”, não “meu”. É uma oração que precisa ser feita com os olhos bem abertos porque, ao fazê-la, nos tornamos mordomos responsáveis dos bens de Deus. Ela integra o básico, o “pão de cada dia” em meio a tantas “necessidades” criadas pelo espírito consumista. 
    Ela pede por justiça, que é fruto da conversão do “meu” para o “nosso”, e rompe com o egoísmo, nos transformando em seres solidários.

    Com ela aprendemos a valorizar o essencial (oramos pelo pão, não pelo caviar), porque a vida está na relação comunitária, na fidelidade e responsabilidade para com Deus, dono da prata e do ouro, da comida e da bebida, que nos confiou os seus bens para cuidar dos seus filhos.

    É a tomando forma nas situações mais reais da vida.

    Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/314/o-pao-nosso-de-cada-dia
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