April 27, 2021

Só discutir punição não irá nos tirar da pandemia

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Chérie,

muito elucidativa esta discussão.

Porque nosso Brasil, como todo bom católico, fica remoendo o passado (buscando culpados) ao invés de olhar para o futuro (foco na solução).

Veja se estou errada.

Bjs,

KT

A vacina é apenas um colete à prova de balas no meio do tiroteio que tem sido a pandemia
 
Buscar a responsabilização de gestores públicos é importante, mas não deve obstruir a cobrança urgente de uma resposta melhor à pandemia, diz a cientista política Lorena Barberia, professora da Universidade de São Paulo (USP).

Barberia publicou com a imunologista Ester Sabino e a infectologista Sílvia Costa, um artigo na revista Nature Medicine no qual aponta a falta de coordenação nacional como um problema crucial na resposta do Brasil à Covid-19.

Em entrevista ao GLOBO, a cientista, uma das pesquisadoras do grupo Observatório Covid-19 BR, fala sobre como acredita que a sociedade pode buscar preencher essa lacuna sem deixar de cobrar o governo e responsabilizá-lo.

Com o governo federal hesitando em assumir a coordenação nacional da pandemia, como isso poderia ser organizado de baixo para cima, com a sociedade civil e outros entes?

Sendo realista, é claro que a coordenação do presidente e o ministério são importantes. Mas essa falta coordenação não precisa ser resolvida necessariamente pelo governo federal. Existem iniciativas multirespostas que envolvem a sociedade civil e governos locais, e nós podemos pensar que precisamos coordenar e caminhar juntos numa mesma direção. Não está ajudando o fato de que a gente está cada um por si, cada um procurando desenvolver sua própria resposta.

Por exemplo: qual é o risco de um estado para flexibilizar as medidas de distanciamento? Cada estado está desenvolvendo diferentes critérios. Isso não é uma questão que depende do governo federal, mas é o tipo de medida que poderia se procurar estabelecer de modo mais coerente ao longo da federação. Ajudaria para um estado que precisa adotar uma medida mais rígida saber que os outros estados estão adotando o mesmo critério. Mas o que a gente vê muito é que cada um faz sua própria receita. A gente não está pensando no problema da federação em um país continental que tem que ser coordenado.

Vocês destacam dois municípios paulistas no artigo que publicaram: Araraquara que implementou um lockdown, e São Caetano do Sul, por sua política ativa de vigilância epidemiológica. Essas cidades podem servir como exemplos nacionais?

Sim. O que estamos destacando é que algumas medidas podem ser muito bem sucedidas mesmo nos países com recursos limitados e contexto desafiador. Mas é importante ver que Araraquara não fez só o lockdown. Esse município é um dos poucos lugares em que eles alinham uma política de testagem com as medidas de distanciamento físico. Eles têm uma política em que, se você testa positivo, recebe uma cesta básica para ficar em isolamento em casa. Existe uma coerência no pacote, não só um lockdown.

O interessante em São Caetano do Sul é que a estratégia de testagem com vigilância está integrada à estratégia de saúde da família. Com os recursos que a gente tem e os desafios que a gente tem localmente, existem exemplos bem sucedidos.

Só que sozinho você não consegue enfrentar o desafio que é a pandemia. Você precisa de coordenação. Em Araraquara, um problema grande agora é que os municípios vizinhos não aderiram e não estão alinhados com o que eles estão procurando implantar. É muito difícil ser uma ilha.

Num país continental que está superconectado ao mundo em geral e possui grande circulação intermunicipal, nós não podemos pensar que uma ilha vai se salvar.

O governo federal adotou discurso da vacina como um passe livre imediato para o fim do distanciamento social. Isso vai nos causar problemas?

A analogia que eu uso para explicar isso é a de sair de casa no meio de um tiroteio. Nós estamos em um momento de risco elevado de tiroteio, e algumas pessoas já compararam a vacina a um colete à prova de bala. Você se posicionaria no meio de um tiroteio mesmo estando com colete à prova de bala? Nós precisamos cuidar de que o tiroteio acabe. Não adianta a gente investir só nos coletes, porque isso não vai resolver o problema sozinho agora.

Há alguns países muito bem sucedidos, com coberturas vacinais altas, que continuam aplicando testes, continuam com medidas coerentes de distanciamento. Eles implantam de novo estratégias de controle quando vêem um surto. Mesmo os lugares que vacinaram loucamente não saíram da pandemia fazendo só isso. Saíram porque tinha uma coerência.

As vacinas são muito importantes, mas a gente não pode vender uma ilusão. É incrível ver que nas peças publicitárias de algumas campanhas de vacinação aparece a pessoa tirando a máscara. A pessoa toma a primeira dose e já sai assim.

No artigo da Nature Medicine vocês usam muitas metáforas bélicas: "guerra contra a Covid", "chamado às armas", "front de batalha"... Essas analogias são direcionadas a um público específico dentro do governo?

Nós somos três mulheres cientistas, não militares, procurando empregar esse diálogo militar para alertar. Uma coisa curiosa é que algumas experiências nas forças armadas no Brasil são casos claros de sucesso do controle da pandemia nesse meio, de modo diferenciado daquele que ocorre no governo federal. Dessa forma, nós estamos querendo dizer que queremos conversar, não só atacar.

Além dos erros do governo federal, o Brasil está sofrendo com promessas quebradas por parte de parceiros internacionais, sobretudo aqueles que atrasaram entrega de insumo farmacêutico ativo (IFA) para para vacinas. Temos de cobrar deles também?

Não é só a questão do IFA. Existem infinitos reagentes e insumos. Para monitorar o espalhamento das novas variantes, por exemplo, faltam alguns insumos. A gente tem que ir atrás, importar no mercado internacional. Estamos muito presos ao contexto global, que não está sendo favorável aos países em desenvolvimento. Na CPI está se dando muito destaque à recusa das ofertas de vacina da Pfizer, como se só isso fosse nos salvar, mas essa vacina não estava disponível para chegar nos primeiros seis meses ao Brasil. Não era uma saída milagrosa. Existe uma disputa geopolítica que a gente precisa entender. Existem muitas restrições no mundo hoje para exportação de alguns materiais.

A Argentina exportou IFA de vacina da AstraZeneca para o México fazer o envasamento, por exemplo, que por sua vez dependia de frascos a serem exportados pelos Estados Unidos. Mas nesse caso a exportação não foi autorizada e tiveram que enviar o IFA da Argentina para o México, depois do México para os EUA, depois reexportado para o México, depois reexportado para Argentina. Essa tragédia levou seis meses, atrasando a vacina de um IFA que já estava pronto. Esse é um problema real no mundo hoje. Não é só a China que está atrasando IFA. É algo muito mais complexo.

Mas o isolamento diplomático em que o Brasil se colocou não torna isso ainda pior?

Isso está super prejudicando. Não estamos conseguindo mobilizar e utilizar todas essa infraestrutura das relações exteriores, que é muito importante neste momento. O governo eficaz é aquele com pessoas que entendem essa geopolítica, sabem argumentar, mobilizar, ir atrás, colaborar... Mas nós estamos geopoliticamente fracassados na arena internacional.

Em parte isso ocorre por a gente ter se recusado a assinar os acordos (de aquisição de vacina) no ano passado. Em muitos momentos críticos em que precisávamos estar junto com outros países, a gente não entrou nas alianças, não liderou. Isso nos está custando. Não estamos fazendo a geopolítica pública de diplomacia nem aquela de negociações em privado.

A pressão pública estimulada pela CPI da Covid-19 está fazendo política do governo para a pandemia melhorar?

Estou preocupada porque existem temas com vacina, testagem e distanciamento físico que merecem mais atenção na CPI. Muita atenção ali está sendo dada para coisas que não ajudam a salvar mais vidas neste momento da pandemia. Essa discussão extensiva sobre "tratamento precoce", por exemplo, eu vejo com sentimentos mistos. Ela é uma questão relevante porque ainda existem médicos que estão receitando isso, mas alocar tempo demais para isso a CPI não está nos ajudando a saber como vamos sair do momento atual.

Nós chegamos a 500 mil mortes. Quantas delas ocorreram desde que a CPI começou? Às vezes a CPI passa a impressão de que temos sempre uma semana a mais para discutir, sem ajudar a mobilizar uma agenda. É importante levantar evidências de falhas, mas é preciso usar esse levantamento para pactuar uma nova agenda, uma nova forma de enfrentamento da pandemia.

Quantas horas, por exemplo, a gente ouviu de discussão sobre testagem na pandemia? Muito pouco. A gente vê às vezes uma única pergunta sobre testagem para 20 ou 25 questões sobre "tratamento precoce". Isso não é compreensível, porque a gente não vai sair da pandemia se a gente não mudar a estratégia de testagem.

O esforço que se investe agora em responsabilizar e punir o governo não pode atrapalhar o diálogo com o governo para que ele melhore a política de Covid-19?

Não acho que vai ser fácil construir coordenação e consenso. Mas a gente tem que entender na prática que, mesmo que discordemos de tudo do governo, a gente tem que eleger prioridades e cobrar essas prioridades.

A discussão sobre a punição não ajuda a gente, hoje, a responder à pandemia. A gente tem esse dilema, que é muito difícil, e precisa estar ciente que precisamos tratar das duas questões.

A responsabilização é muito importante porque ocorreram muitas mortes evitáveis, e o Brasil vai ter um legado trágico. Mas ao mesmo tempo temos o problema de que a pandemia não acabou e não está nem perto de acabar. Não sabemos para onde estamos indo, então precisamos começar a discutir como sair dela em 2021. Quais vão ser as prioridades e estratégias novas? Discutir punição para as mortes apenas não vai nos tirar da pandemia.

Tem questões importantíssimas que estão sendo negligenciadas e ignoradas. Insisto que a da testagem é uma delas, mas há outras áreas. E são áreas que não precisamos politizar, são áreas mais técnicas. Por que a gente ainda não comprou testes de antígenos em massa para distribuir pelo Ministério da Saúde? Essa é uma pauta boa para a CPI.

Fonte: https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/vacina-ainda-nao-passe-livre-como-se-estivessemos-de-colete-prova-de-bala-no-meio-de-um-tiroteio-diz-lorena-barberia-25071368

April 24, 2021

Não procure por algo que só pode ser construído

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Chérie,

se você acredita em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa e Fada do Dente, precisa ler correndo este artigo do psiquiatra Daniel Martins de Barros.

É um tremendo tapa na cara com luva de boxe para acordar - e sair - de vez do País das maravilhas. 

Dica duca: vale para qualquer tipo de relacionamento seja de amor, trabalho ou amizade, viu?

Bjs,

KT
AMOR NÃO SE ENCONTRA

Quando eu comecei ainda jovem a dizer para as pessoas próximas a mim que não existia alma gêmea, muitos ficaram decepcionados. Passamos tantos anos ouvindo contos de fadas na infância e assistindo comédias românticas na juventude que essa narrativa do par perfeito nos parece uma descrição do mundo e não um recurso da ficção.

Nada como o tempo para nos mostrar a realidade. Pouca gente adulta ainda acredita no príncipe encantado depois de experimentar um pouco da vida como ela é. Mas esses dias, assistindo à série The One, disponível na Netflix, percebi que esse não é um tema totalmente superado.

Na trama uma dupla de cientistas consegue decifrar o código genético dos seres humanos para encontrar sua combinação exata. Uma vez combinadas as pessoas experimentam um amor à primeira vista, a sensação única e transcendental que condena aquele relacionamento ao sucesso inevitável. Para aumentar o interesse na história ela envolve alguns crimes, investigações policiais, traições, nada muito fora dos clichês de séries para consumo imediato e digestão fácil.

Mas o fato de surgir mais uma obra com essa premissa, já explorada recentemente por tantas outras, mostra que no fundo nós mantemos a crença de que existe, em algum lugar, uma metade que nos complemente perfeitamente. Quem sabe nós só não tínhamos descoberto a forma de encontrá-la? Agora, com big data, crowdsourcing, engenharia genética, hiper-conectividade, será que não conseguiríamos?

Não, não conseguiríamos. Simplesmente porque não há tecnologia avançada o suficiente para encontrar algo que não existe. Relacionamentos passam por muito, muito mais do que uma conexão estabelecida por feromônios envolvendo desde a história de vida das pessoas, seu entorno, visão de mundo, laços familiares, experiências afetivas anteriores e, talvez mais importante, a predisposição para o trabalho duro que é construir uma relação de longo prazo.

Relacionamentos de sucesso não são estabelecidos por almas gêmeas, mas por pessoas dispostas a arregaçar as mangas e suar a camisa – para ficar em mais dois clichês. Sem tal disposição não há tecnologia que faça de alguém sequer um bom partido, muito menos uma combinação infalível.

Fonte: https://emais.estadao.com.br/blogs/daniel-martins-de-barros/amor-nao-se-encontra/

April 22, 2021

Expectativa ativa

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-Mikaella Tardelli

“Faça a próxima coisa.” 

Aprendi essa frase com a Elizabeth Elliot. Em fases diferentes da vida, passamos por dificuldades que no momento se tornam sofrimento. Não é fácil lidar com as dificuldades e nosso Deus sabe disso. Ele sabe das nossas limitações, e sabe o quão difícil é lidar com tantas coisas.

Aprendi com meu professor do seminário que “as circunstâncias vêm para mostrar nosso coração.” E sabe, acredito nisto! Acredito que de fato o sofrimento nunca é em vão como a Elisabeth Elliot afirmou. Acredito que nesses momentos, não é somente a espera ou perseverança que é ensinada, mas sim nosso caráter é moldado e tratado.

Creio que Deus usa as circunstâncias para moldar nossas atitudes e lembrar que somos incapazes de viver como queremos. Digo “o que queremos” porque normalmente o sofrimento vem a partir de algo que queremos que aconteça e não acontece ou algo que acontece e não queremos. E isso traz frustrações, que são cheias de orgulho, ira e até mesmo vaidades.

Por isso acredito que as dificuldades produzem em nós um caráter transformado. Agora, o que fazer nestes momentos de tamanha dor? Ficar deitada na rede? Ou na cama? Sentar e lamentar? Pode ser uma opção… mas aprendi e tenho refletido a partir do que a Elisabeth me ensinou que devemos dar um próximo passo. Devemos fazer a próxima coisa!

Se há falta de emprego, vou continuar à procura, e também buscar recursos que me capacitem para outras realidades do mercado. Se há dificuldades familiares, vou lavar a louça que está me esperando, se há muita pressão, quais atividades tenho que fazer para deixar pronta para amanhã? Bem, dificuldades são muitas coisas, como lidar com a morte ou doenças, lidar com brigas com alguém próximo, e por aí vai. Em todas elas, podemos não ficar parados e lamentar, mas sim prosseguir em frente com os próximos passos.

Não que isso seja uma fuga ao problema, mas é a possibilidade de você amadurecer no processo. Deus sempre será a rocha que vai te guiar em seu sofrimento e Ele, mesmo sendo o próprio motivo da nossa felicidade, nos dará. Não estou dizendo que tudo é fácil, mas posso dizer que o sofrimento nunca é em vão.

Fonte: https://ultimato.com.br/sites/jovem/2021/04/14/faca-a-proxima-coisa/

April 21, 2021

Liberdade para derramar o coração


  1. Aos pés da cruz: Até quando, Senhor, clamarei por socorro sem que tu ouças? Até quando gritarei a ti "violência" sem que tragas salvação? Por que me fazes ver a injustiça e contemplar a maldade?
  2. Resposta: A terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor como as águas cobrem o mar
  3. No colo do Pai: O Senhor é a minha força e fará os meus pés como os da corça, e me fará andar sobre as alturas
PS- Para ouvir a trilha do dia: https://www.boomplay.com/songs/30374706?from=
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April 20, 2021

Eu estarei no meio deles

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"Pois onde dois ou três se reunirem em meu nome, 
eu estarei no meio deles". 
Mt 18:20
- Cicero Alvernaz

No mundo há muitas reuniões que são feitas para as mais diversas finalidades. Já participei de várias, algumas inesquecíveis, outras faço questão de esquecer. A pior reunião é aquela feita para "lavar roupa suja". Já vi desacato e até agressões físicas em certas reuniões. Essas pessoas, com certeza, não estavam reunidas em nome de Jesus. Hoje se faz muitas reuniões políticas com representantes dos três poderes da República, principalmente para tratar da questão sanitária que se abateu sobre o mundo.

Esses dias eu falava com alguém que o mundo sempre sofreu com diversos vírus, os mais recentes foram a aids e a dengue. Mas nenhum causou tanta repercussão como a covid-19. Por que? Porque está intrinsecamente ligado a questões políticas e muitos estão usando esse vírus que é real e perigoso para derrubar um presidente.

São muitas as reuniões e as pautas são diversas, mas a melhor e a mais proveitosa é quando se reúne em nome de Jesus. Eu fico imaginando como deve ser essa reunião. Oração para buscar a presença de Deus. Quando duas ou três pessoas se reúnem em nome de Jesus ele promete estar no meio deles. Esses cultos podem ser realizados em família, com vizinhos e amigos no momento propício com oração de agradecimento e de louvor, hinos com conteúdo bíblico e cristão, hinos de adoração. 

Jesus se reunia com os seus discípulos antes de sair para o monte, ou nas cidades, beira mar, locais vários onde pessoas necessitadas o esperavam para serem abençoadas. Jesus se reunia com os discípulos para os ensinar e também se reunia com a multidão para os ensinar como ocorreu no Sermão da Montanha narrado no começo do livro de Mateus. Ele se sentava e a multidão se aproximava e ele abrindo a sua boca os ensinava: "Bem aventurados os humildes porque o reino dos céus é dado a eles". (Mateus 5.3). E ele prosseguiu o seu sermão que se prolongou no qual ele ensinou sobre diversos temas e depois orou pela multidão.

Vamos participar dessa reunião, vamos convidar Jesus para estar presente em nosso meio.  Ele promete que estará, ele disse "Eu estarei no meio deles". És bem vindo meu Mestre Jesus!

Fonte: https://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/eu-estarei-no-meio-deles
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April 19, 2021

Vale de ossos secos

Ezequiel 37

  1. Eu senti a presença poderosa do SENHOR, e o seu Espírito me levou e me pôs no meio de um vale onde a terra estava coberta de ossos.
  2. Ele me levou para dar uma volta por todos os lugares do vale, e eu pude ver que havia muitos ossos, muitos mesmo, e estavam completamente secos.
  3. Então o SENHOR me disse: - Homem mortal, será que esses ossos podem ter vida de novo? Eu respondi: - SENHOR, meu Deus, só tu sabes se podem ou não.
  4. Ele disse: - Profetize para esses ossos. Diga a esses ossos secos que dêem atenção à mensagem do SENHOR.
  5. Diga que eu, o SENHOR Deus, estou lhes dizendo isto: "Eu porei respiração dentro de vocês e os farei viver de novo.
  6. Eu lhes darei tendões e músculos e os cobrirei de pele. Porei respiração dentro de vocês e os farei viver de novo. Aí vocês ficarão sabendo que eu sou o SENHOR."
  7. Então profetizei conforme a ordem que eu havia recebido. Enquanto eu falava, ouvi um barulho. Eram os ossos se ajuntando uns com os outros, cada um no seu próprio lugar.
  8. Enquanto eu olhava, os ossos se cobriram de tendões e músculos e depois de pele. Porém não havia respiração nos corpos.
  9. Então o SENHOR me disse: - Homem mortal, profetize para o vento. Diga que o SENHOR Deus está mandando que ele venha de todas as direções para soprar sobre esses corpos mortos a fim de que vivam de novo.
  10. Então profetizei conforme a ordem que eu havia recebido. A respiração entrou nos corpos, e eles viveram de novo e ficaram de pé. Havia tanta gente, que dava para formar um enorme exército.
  11. O SENHOR me disse: - Homem mortal, o povo de Israel é como esses ossos. Dizem que estão secos, sem esperança e sem futuro.
  12. Por isso, profetize para o meu povo de Israel e diga-lhes que eu, o SENHOR Deus, abrirei as sepulturas deles, e os tirarei para fora, e os levarei de volta para a terra de Israel.
  13. Eu vou abrir as sepulturas onde o meu povo está enterrado e vou tirá-los para fora; aí ficarão sabendo que eu sou o SENHOR.
  14. Porei a minha respiração neles, e os farei viver novamente, e os deixarei morar na sua própria terra. Aí ficarão sabendo que eu sou o SENHOR. Prometi que faria isso e farei. Eu, o SENHOR, falei.
Chérie, 

se vc está como este vale de ossos secos, sem vida, lembre-se de que Cristo veio ao mundo para que você tivesse vida - emocional, afetiva, familiar e espiritual - em abundância (Jo 10:10).

Mas se como Ezequiel, você está recebendo ordem para trabalhar num lugar onde não enxerga solução, o desafio é obedecer e acreditar nAquele que é poderoso para fazer infinitamente mais daquilo que pedimos ou pensamos (Ef 3:20).

Por isto confie, entregue, descanse e espere nEle ; ).

Bjs,

KT

PS- Para ouvir as trilhas do dia: https://www.youtube.com/watch?v=3AjooDQoGwQ
                                               https://www.youtube.com/watch?v=CwxjinqYQbQ
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April 18, 2021

Momentos não são eternos... eles passam

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- pr. Paulo Cardoso

Todos nós já vivemos algum momento, em nossa vida, que desejamos que se tornasse eterno. Especialmente, quando o bem e a bondade nos tocam, de uma forma única e especial, o coração anseia para que aquele momento se eternize. Quem nunca, em sua vida, teve um momento, em que pensou: "Eu gostaria que este momento durasse para sempre"?

Mas, da mesma forma, todos nós já tivemos momentos, que nós desejamos que acabassem o mais rápido possível. Foram aqueles momentos em que a maldade e o que nos fazia mal estava, de alguma forma, tocando a nossa existência.

Só que o que nunca podemos esquecer é que momentos passam; quer sejam eles, bons ou ruins. Nenhum momento é eterno, justamente, porque é momento. Lembra daquela vez em que você pensou que aquela dor nunca iria passar? Mas ela passou, não passou? Ou, pelo menos, ela aliviou, não aliviou? Porque momentos são assim: eles vem e eles vão. As recordações podem até ficar e nós escolhemos o que vamos fazer com elas; mas, os momentos, em si, passam.

O que não passa é a fidelidade de Deus e o Seu amor para conosco. É por isso, que quando Jeremias, o profeta, estava andando pelo meio das ruas incendiadas de Jerusalém, depois do cerco e invasão babilônica, enquanto ouvia o choro desesperado de mulheres e crianças por toda parte e passava por sobre corpos de pessoas mortas, pelo caminho, disse algo para que sua alma pudesse ouvir. Ele disse: "Eu quero trazer à memória aquilo que pode me dar esperança. As misericórdias do Senhor são as causas de não sermos consumidos. Porque as Suas misericórdias não tem fim, renovam-se cada manhã. Grande é a Sua fidelidade".

Naquele momento, que parecia uma eternidade, Jeremias teve de fazer uma escolha. Porque as cenas eram chocantes demais, a dor era intensa demais, a impotência diante de tudo era forte demais, a sensação de angústia e desesperança era arrasadora demais. Ou, ele fazia uma escolha para proteger a sua alma ou ela sucumbiria diante de tanta dor e desespero.

Aquele era o grito da alma de alguém que se recusa a ser derrotada pelo seu momento, porque sabe que existe um Deus que é bom e cujas misericórdias o levam a se compadecer da miséria humana; um Deus que se compadece e cuja fidelidade às Suas promessas para o bem, jamais terá fim. Foi colocando a sua mente na graça deste Deus que tem prazer, não em condenar ou destruir; mas em perdoar e restaurar, mesmo que das cinzas, aquilo que foi assolado, que ele encontrou forças para ir em frente.

Momentos são momentos. Apenas momentos. Só momentos. Vão passar. A dor pode ser intensa, a angústia pode parecer além das nossas forças, o choro pode insistir em voltar aos nossos olhos; mas, como escreveu Brennan Manning, o nome de Deus é Misericórdia. Ele é um Deus bom e que tem prazer na bondade.

Jesus, antes de Sua morte e ressurreição, avisou Seus discípulos que eles iriam chorar e se angustiar; mas, que depois, daquele momento, eles iriam vê-lo outra vez, e provariam de uma alegria, tão grande, que ninguém poderia roubar deles. Ele chega a comparar o que aconteceria, com a mãe, que antes de dar à luz, chora e sente as dores do parto; mas que depois que a criança nasce, se esquece, até mesmo, das dores e lágrimas que derramou, pela alegria de abraçar seu neném.

Quem sabe, hoje, é um momento difícil para você? Uma noite escura em sua alma, um dia de lágrimas, uma semana de lutas, um mês de dores, um ano de tempestades, um tempo que parece que nunca vai acabar. Mas, quer saber, é um momento.

A vida tem momentos, fases, cenários e estações diferentes. Mas, seja, por qual deles estejamos passando, Deus sempre está conosco para nos socorrer e nos guiar. Ele é o Nosso Pastor e nada nos faltará. Se um pastor de ovelhas, humano, falho, frágil, imperfeito e rachado na alma, pode arriscar a sua própria vida para salvar os animais que estão sob à sua guarda, será que Deus que nos criou à Sua própria imagem e semelhança e que entregou Seu próprio Filho Jesus, para dar a Sua vida por nós, não cuidaria de nós? Pare e pense.

Momentos passam por mais difíceis que sejam. Cenários mudam, por mais que pareçam ter vindo para ficar como realidade eterna em nossa vida. O que nunca vai mudar é o amor de Deus por nós revelado em Jesus. O que nunca vai passar é a Palavra de Deus em nossas vidas. Ele nunca vai nos deixar e jamais vai nos desamparar. Ele está conosco todos os dias até a consumação dos séculos. Isto foi provado, de uma vez por todas e para todo o sempre, na cruz do Calvário. Deus se importa conosco e quer nos ensinar o Caminho que devemos seguir. E como Bom Pastor, Ele vai nos guiar através de todos os momentos: sejam nos pastos verdejantes, junto às águas de descanso e pelas veredas da justiça; ou, no vale da sombra da morte e na presença dos nossos inimigos.

Os momentos podem mudar; e eles mudam. O que nunca vai mudar é que Ele sempre estará conosco e se nós O reconhecermos em nossos caminhos, Ele endireitará as nossas veredas. Não porque somos bons, justos ou merecedores de algo; mas porque Ele é bom, justo, misericordioso, compassivo e fiel. Não porque fizemos por onde, conquistamos por nossas justiças ou oferecemos algo em troca; mas, porque Jesus consumou tudo por nós na cruz.

Ele me ama. Ele ama você. Isso nunca vai mudar.

Minha oração é que estas simples palavras possam ecoar em seu coração, trazendo consolo, ânimo, forças e vida para você.

Fonte: http://www.encontrocomavida.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=4&sg=0&form_search=&pg=1&id=420

April 17, 2021

Lembrado pelas árvores

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- Everton Kischlat
Faz 7 anos que moramos em uma chácara, em um lugar tranquilo no meio do cerrado. Desde nossa chegada lá, já plantamos muitas árvores: ipês, abacateiros, jequitibá, jabuticabeiras, … Cada uma delas tem seu tempo e jeito de crescer.
Meus olhos têm acompanhado o crescimento delas e meu coração tem aprendido algumas lições. A primeira delas é que “árvores crescem devagar”. Quem passa pela sombra de uma árvore frondosa não imagina sua história. São muitos os anos que se passaram para a copa crescer tanto.
A segunda é: “elas ficam fortes à medida que enfrentam dificuldades”. São os ventos fortes que despertam nelas a necessidade de fortalecerem seus troncos para resistirem ao que ainda está por vir. 
A terceira é o segredo delas, a sua fonte de vida. Elas juntam duas coisas, uma você não vê, está embaixo da terra. Outra, só os mais entendidos percebem. As raízes e o sol. Suas raízes bem formadas, espalhadas solo adentro, que conferem a elas a estabilidade e o alimento de que precisam. E o sol que dá a energia que precisam. 
Com isso, vivem e cumprem sua missão: dar sombra e frutos.
Por elas fui lembrado (1) que preciso ter paciência, comigo e com os outros, o crescimento é um processo que precisa de tempo (Hb 6:12). 
Que os problemas e as frustrações que enfrento não fazem mal para mim, pelo contrário, me fortalecem (Rm 5:3-4). 
Que minha fonte de vida está oculta com Cristo (Cl 3:1-4). É na sua Palavra que há vida, é na oração que há relacionamento, é em buscar as coisas do alto (dAquele que nos dá vida) que experimentamos sentido nos nossos dias. 
Lições simples que mudam a vida e se guardadas no coração farão da sua vida refrigério para os aflitos e alimento para os famintos. 
Como são belos os pés! (Is 52:7) Como são belas as árvores! 
Plante, cuide, observe e aprenda, tanto árvores quanto valores e relacionamentos. 
Essa é a lição para cumprirmos com a nossa missão.
Fonte: https://ippdf.com.br/fui-lembrado-pelas-arvores/

April 16, 2021

Oração


1Senhor, tu sempre tens sido o nosso refúgio.
2Antes de formares os montes e de começares a criar a terra e o Universotu és Deus eternamente, no passado, no presente e no futuro.
3Tu dizes aos seres humanos que voltem a ser o que eram antes; tu fazes com que novamente virem pó.
4Diante de ti, mil anos são como um dia, como o dia de ontem, que já passou; são como uma hora noturna que passa depressa.
5Tu acabas com a vida das pessoas; elas não duram mais do que um sonho. São como a erva que brota de manhã,
6que cresce e abre em flor e de tarde seca e morre.
7Nós somos destruídos pela tua irae o teu furor nos deixa apavorados.
8Tu pões as nossas maldades diante de ti e, com a tua luz, examinas os nossos pecados secretos.
9De repente, os nossos dias são cortados pela tua ira; a nossa vida termina como um sopro.
10Só vivemos uns setenta anos, e os mais fortes chegam aos oitenta, mas esses anos só trazem canseira e aflições. A vida passa logo, e nós desaparecemos.
11Quem já sentiu o grande poder da tua ira? Quem conhece o medo que o teu furor produz?
12Faze com que saibamos como são poucos os dias da nossa vida para que tenhamos um coração sábio.
13Olha de novo para nós, ó Senhor Deus! Até quando vai durar a tua ira? Tem compaixão dos teus servos.
14Alimenta-nos de manhã com o teu amor, até ficarmos satisfeitos, para que cantemos e nos alegremos a vida inteira.
15Dá-nos agora muita felicidade assim como nos deste muita tristeza no passado, naqueles anos em que tivemos aflições.
16Que os teus servos vejam as grandes coisas que fazes! E que os nossos descendentes vejam o teu glorioso poder!
17Derrama sobre nós as tuas bênçãos, ó Senhor, nosso Deus! Dá-nos sucesso em tudo o que fizermos; sim, dá-nos sucesso em tudo.
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PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=hRuePzx6DYQ
https://www.youtube.com/watch?v=03QIkzzom1s

April 05, 2021

Tomando sua vida de volta

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Ricardo Barbosa

“Tomando sua vida de volta” – este é o termo que Gary Thomas usa para descrever a necessidade de sermos libertos de uma vida aprisionada a vícios e maus hábitos profundamente arraigados. 

Os cistercienses, movimento criado no final do século 11, falam da importância da “reaquisição da autoridade sobre nós mesmos”. Ambos reconhecem que “a queda” trouxe uma profunda desordem na vida humana, uma ruptura tanto externa quanto interna. Do ponto de vista externo, essa ruptura afetou os relacionamentos em todas as suas dimensões: com Deus, com o próximo e com a criação. Do ponto de vista interno, vemos que por causa do pecado o ser humano vive fragmentado numa multidão de impulsos conflituosos. O corpo, as emoções, os pensamentos e os desejos continuam funcionando, porém sem qualquer ordem ou harmonia.

A ruptura interna e a necessidade de se encontrar o caminho de volta para si mesmo, ao readquirir a autoridade sobre a própria vida, também são alvos da obra de Cristo. O nome bíblico para este caminho de volta é reconciliação – o trabalho divino de trazer todas as coisas de volta aos propósitos do Criador
A restauração da unidade dentro de cada um de nós nos leva a transbordar numa relação verdadeira com outras pessoas.

A culpa e o medo são dois sentimentos “desintegradores” da vida humana. Fomos criados por Deus e para Deus. A queda e o pecado produziram uma profunda alienação que gerou um forte sentimento de inadequação. Esse sentimento está presente na consciência humana, inclusive naqueles que rejeitam e negam a Deus. Há um esforço contínuo para negar, esconder ou mesmo minimizar a culpa e o medo. No entanto, eles permanecem presentes, muitas vezes, de forma silenciosa, intensificando a alienação.

A culpa nos impede de nos relacionar livremente com o próximo. É como se necessitássemos da permissão dos outros para sermos verdadeiros. Afligido pelo medo da rejeição, o ser humano é levado – pela ansiedade, pela solidão, pela depressão e por uma terrível sensação de fragmentação – a se entregar ao cinismo, à descrença, à violência e aos mecanismos de controle e manipulação. Tornamo-nos prisioneiros de nós mesmos.

A paisagem externa será sempre definida pela paisagem interna. Se o mundo interno é dominado pela culpa e pelo medo, a relação com o mundo externo será de insegurança e incerteza. A forma como interpretamos a realidade externa é determinada pela realidade interna. Uma vez libertos das prisões da alma, então nos tornamos livres para amar, servir e doar.

Num dos textos mais impressionantes sobre a obra divina da reconciliação, o apóstolo Paulo começa dizendo que “ele (Cristo) nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”. Paulo escolhe com cuidado as palavras: “império das trevas” em oposição ao “reino do Filho do seu amor”. Poderia dizer: “império das trevas” em oposição ao “reino da luz”; faria mais sentido, mas Paulo prefere falar de “trevas” e “Filho do seu amor”.

Jesus veio para nos libertar do “império das trevas”. Noutras palavras, ele veio para nos libertar das prisões da alma. A culpa e o medo não resistem ao amor divino. O apóstolo João nos afirma que “no amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo”. Ele segue dizendo que “o medo produz tormento” porque ele é a força que fragmenta toda a realidade interior, trazendo angústia e desespero.

A reconciliação interior – a unidade de todo o nosso ser – acontece quando o Filho do amor de Deus, Jesus Cristo, aquele “que nos ama e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados”, vem e nos reconcilia com o Pai e faz a sua habitação em nós. 

Na sua conversa de despedida com seus discípulos, Jesus faz uma declaração impressionante: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”. 

A habitação do medo e da culpa dá lugar à habitação do amor e da graça. 

No lugar da escuridão, a presença amorosa do Pai e do Filho. No lugar da culpa e do medo, a palavra recriadora e reconciliadora nos libertando e curando. No lugar da fragmentação, a unidade da pessoa.

Fonte: https://www.ultimato.com.br/revista/artigos/369/tomando-sua-vida-de-volta

April 04, 2021

O verdadeiro sentido da Páscoa

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Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado.
O escravo não tem lugar permanente na família, mas o filho pertence a ela para sempre.
Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres.
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April 03, 2021

Feliz Páscoa

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- Odilo Scherer

Celebrar a Páscoa de Jesus Cristo é também celebrar a nossa Páscoa com Ele. Para Jesus, foi passagem, através do sofrimento e da morte na cruz, para a vida transfigurada na glória de Deus. Para nós, a Páscoa é passagem de morte ao pecado e ao “homem velho” para vivermos vida nova com Cristo ressuscitado. A Páscoa é promessa segura de participação na vida de Jesus Cristo ressuscitado e glorioso.

Toda a liturgia pascal, ao proclamar a ressurreição de Jesus, também faz referência à nossa participação no seu mistério de morte e ressurreição. É por isso que, na noite da Páscoa, fazemos a renovação das nossas promessas batismais: para acolher e viver de forma renovada a graça do Batismo. Renovamos, pois, nossos propósitos e as disposições para testemunharmos a vida nova recebida pela graça de Deus.

Desejar “feliz Páscoa” em tempos de pandemia é lembrar que a vida é mais forte que a morte, o amor sempre vale a pena e a esperança tem a última palavra sobre nossa existência. A Páscoa fala de morte, mas também do triunfo da vida. Fala de superação e esperança e nos lembra que Deus não nos abandona em nossas angústias, mas nos sustenta e dá coragem para fazermos o nosso caminho. Tenhamos, pois, esperança firme e continuemos a valorizar a vida, mesmo quando parecer que não há mais o que fazer.

Faço votos de feliz Páscoa a todos os enfermos e aflitos por causa da pandemia e por outros males e enfermidades. Feliz Páscoa a todos os profissionais da saúde, pessoas dedicadas ao serviço dos doentes, familiares e voluntários, que dedicam suas energias e seu amor aos doentes, mesmo expondo a própria vida ao risco. Manifesto minha admiração, a solidariedade e a proximidade para com todos com minha oração. Deus os abençoe!

Continuemos todos a cuidar de nossa saúde e da saúde das demais pessoas. A pandemia só pode ser vencida mediante um esforço coletivo, em que cada um faz a sua parte. Que as autoridades públicas unam seus esforços e tomem decisões corretas no tempo oportuno. Não é tempo de fazer cálculos para tirar vantagens políticas do sofrimento e da angústia do povo. Ninguém vence sozinho essa batalha! E todos nós, cidadãos, colaboremos, mesmo com algum sacrifício, para superarmos juntos o quanto antes esta pandemia.

Páscoa também é pão partilhado. Muitas pessoas em nossa cidade necessitam de ajuda para se alimentar, elas vagueiam pelas ruas e praças. Sejamos sensíveis e abramos o coração e as mãos para socorrer a tantos irmãos que, além do risco da pandemia, vivem a preocupação do alimento de cada dia. Que ninguém passe fome em nossa cidade rica e os pobres sejam ajudados generosamente.

Feliz e abençoada Páscoa a todos! Páscoa de esperança e de vida! Que o Senhor Jesus ressuscitado, triunfante sobre a morte, nos encha de coragem para enfrentarmos juntos a atual crise sanitária e para seguirmos construindo um mundo melhor e mais fraterno. Este é o Dia que o Senhor fez para nós! Alegremo-nos e nele exultemos!

Fonte: https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/feliz-pascoa-em-meio-a-pandemia/

April 02, 2021

A cruz

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- Ricardo Barbosa

Estamos nos aproximando da semana que mudou toda a história e a vida de cada um de nós.


É tempo de refletir sobre a cruz, não qualquer cruz, mas a cruz de Cristo. Ela foi única no sentido em que representou uma escolha. Sabemos que no tempo de Jesus existiram muitas outras cruzes e muitos crucificados, mas nenhuma pode ser comparada com a cruz de nosso Senhor, em virtude daquilo que ela representou.


Podemos considerar apenas como forma de entendê-la mais claramente, que a cruz de Cristo começa a ser carregada no episódio da tentação. Ali, o diabo propõe um caminho para Jesus ser o Messias; se Jesus aceitasse a oferta do inimigo, rapidamente teria uma enorme multidão de admiradores fascinados com seu poder sobre anjos e seu governo mundial.

Porém, o caminho de Deus não era este. O reino de Deus é diferente. A cruz de Jesus não significou apenas o sofrimento final do seu ministério público. Ela representou uma escolha que o acompanhou por toda a sua vida e culminou com sua paixão e morte. Sua escolha o levou a andar, dia após dia, em contínua renúncia e obediência ao Pai. Ele afirmou que sua comida e bebida era fazer a vontade de seu Pai e realizar sua obra. Nas vésperas de sua prisão, ele afirmou numa oração que não era a sua própria vontade que ele buscava, mas a vontade de seu Pai. Esta escolha deu sentido à cruz de Cristo.

Quando Jesus nos chama para segui-lo, ele afirma que se não tomarmos nossa cruz, não será possível ser seu discípulo. A razão para isto é óbvia. Se o caminho dele é o caminho do servo obediente, o nosso não poderá ser diferente. Por isto, precisamos tomar nossa cruz que deve representar nossa escolha, a mesma escolha dele, uma escolha pela renúncia e pela obediência.


O apóstolo Paulo entende o chamado de Jesus para tomar a cruz e segui-lo quando afirma: “Eu estou crucificado para o mundo e o mundo está crucificado para mim”. No caminho do mundo ser o maior é mais atraente. O caminho de Jesus inverte esta lógica. Podemos achar que o caminho de Cristo é muito difícil, que amar os inimigos, orar pelos caluniadores, ser manso num mundo competitivo, humilde numa sociedade ambiciosa, oferecer a outra face quando agredidos, perdoar, não é só difícil, é impossível.


Estas opções estão diante de nós todos os dias. Todos os dias somos levados ao monte da tentação. Todos os dias o diabo nos oferece seu caminho, e Deus, pela sua palavra, nos revela o Seu caminho. Todos os dias temos que fazer nossas escolhas.


Fonte: https://www.ippdf.com.br/artigos/publicacao/782841/a-cruz-de-cristo-e-a-nossa-por-rev-ricardo-barbosa