A cruz
Estamos nos aproximando da semana que mudou toda a história e a vida de cada um de nós.
É tempo de refletir sobre a cruz, não qualquer cruz, mas a cruz de Cristo. Ela foi única no sentido em que representou uma escolha. Sabemos que no tempo de Jesus existiram muitas outras cruzes e muitos crucificados, mas nenhuma pode ser comparada com a cruz de nosso Senhor, em virtude daquilo que ela representou.
Podemos considerar apenas como forma de entendê-la mais claramente, que a cruz de Cristo começa a ser carregada no episódio da tentação. Ali, o diabo propõe um caminho para Jesus ser o Messias; se Jesus aceitasse a oferta do inimigo, rapidamente teria uma enorme multidão de admiradores fascinados com seu poder sobre anjos e seu governo mundial.
Porém, o caminho de Deus não era este. O reino de Deus é diferente. A cruz de Jesus não significou apenas o sofrimento final do seu ministério público. Ela representou uma escolha que o acompanhou por toda a sua vida e culminou com sua paixão e morte. Sua escolha o levou a andar, dia após dia, em contínua renúncia e obediência ao Pai. Ele afirmou que sua comida e bebida era fazer a vontade de seu Pai e realizar sua obra. Nas vésperas de sua prisão, ele afirmou numa oração que não era a sua própria vontade que ele buscava, mas a vontade de seu Pai. Esta escolha deu sentido à cruz de Cristo.
Quando Jesus nos chama para segui-lo, ele afirma que se não tomarmos nossa cruz, não será possível ser seu discípulo. A razão para isto é óbvia. Se o caminho dele é o caminho do servo obediente, o nosso não poderá ser diferente. Por isto, precisamos tomar nossa cruz que deve representar nossa escolha, a mesma escolha dele, uma escolha pela renúncia e pela obediência.
O apóstolo Paulo entende o chamado de Jesus para tomar a cruz e segui-lo quando afirma: “Eu estou crucificado para o mundo e o mundo está crucificado para mim”. No caminho do mundo ser o maior é mais atraente. O caminho de Jesus inverte esta lógica. Podemos achar que o caminho de Cristo é muito difícil, que amar os inimigos, orar pelos caluniadores, ser manso num mundo competitivo, humilde numa sociedade ambiciosa, oferecer a outra face quando agredidos, perdoar, não é só difícil, é impossível.
Estas opções estão diante de nós todos os dias. Todos os dias somos levados ao monte da tentação. Todos os dias o diabo nos oferece seu caminho, e Deus, pela sua palavra, nos revela o Seu caminho. Todos os dias temos que fazer nossas escolhas.
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