Tudo coopera para o bem
11.09.06
Chérie,
como foi de feriado? Descansou? Ou se acabou (rs)?
Desculpe o sumiço, mas tá punk pelas minhas bandas (rs), depois te escrevo com calma.
Neste finde coloquei a leitura em dia (devorei 6 livros, dos quais alguns preciso apresentar relatório) e meditei sobre a importância de estarmos ligados no Pai para discernir a hora de orar e parar ou orar e caminhar.
Não existe receita na vida cristã pq o Espírito sopra para onde quer e o desafio é a gente ficar atento e em total dependência do Pai para saber qdo caminhar ou parar (igual à coluna de nuvem durante o dia e coluna de fogo à noite). Ai ai... Dureza para a controladora-e-ansiosa-de-plantão (rs)!
como foi de feriado? Descansou? Ou se acabou (rs)?
Desculpe o sumiço, mas tá punk pelas minhas bandas (rs), depois te escrevo com calma.
Neste finde coloquei a leitura em dia (devorei 6 livros, dos quais alguns preciso apresentar relatório) e meditei sobre a importância de estarmos ligados no Pai para discernir a hora de orar e parar ou orar e caminhar.
Não existe receita na vida cristã pq o Espírito sopra para onde quer e o desafio é a gente ficar atento e em total dependência do Pai para saber qdo caminhar ou parar (igual à coluna de nuvem durante o dia e coluna de fogo à noite). Ai ai... Dureza para a controladora-e-ansiosa-de-plantão (rs)!
A seguir 2 textos do pr. Ed sobre "todas as cousas cooperam para o bem" (Rm 8: 28) - ele tem uma visão bem bacana (segue abaixo).
Chérie, o que me enche o meu coração de esperança é que Aquele que começou a boa obra - em vc, em mim, em nós - irá terminar até o retorno de nosso Senhor Jesus Cristo (Fp 1: 6)!
Beijão e uma semana repleta de bençãos,
KT
TUDO COOPERA PARA O BEM
Coisa irritante é a linguagem dos clichês: expressões repetidas à exaustão que se tornam verdade, não pela sabedoria que encerram, mas pela insistência do uso. "A voz do povo é a voz de Deus", "Deus escreve certo por linhas tortas", "Deus ajuda quem madruga", "Quando Deus fecha uma porta, é porque vai abrir outra melhor", são algumas expressões da cultura popular tratadas como verdade e, para alguns, verdade bíblica.
Pior é quando as expressões bíblicas são pronunciadas literalmente, sem a devida atenção ao significado por trás das palavras. Isso acontece quando as pessoas "tiram o texto do contexto", isto é, isolam uma afirmação e a interpretam segundo sua conveniência, deixando de levar em consideração o que o autor pretendia. "Jesus Cristo é o Senhor", por exemplo, pode tanto significar que "não há nada que Ele não possa fazer por você" quanto "você deve fazer tudo por Ele". Evidentemente, o segundo significado é o bíblico: Jesus é o Senhor para que ao nome dele se dobre todo joelho.
Uma das expressões bíblicas mais repetidas fora do contexto é a famosa frase "todas as coisas cooperam para o bem" (Romanos 8.28). Lembro do professor da escola bíblica que interpretou este texto bíblico contando a história do crente que teve seu carro roubado e abandonado sem gasolina no alto da serra justamente no dia em que sua cidade foi alagada. Isto é, se o carro não tivesse sido roubado (coisa ruim) não seria poupado do alagamento (coisa boa). Conclusão: todas as coisas (roubo do carro) cooperam para o bem (ter o carro em terra seca numa cidade onde todos os carros estão boiando).
As notas de rodapé da Bíblia NVI (Nova Versão Internacional), oferecem outra possibilidade de tradução do texto. Em vez de "tudo coopera para o bem" e mesmo "Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam", a melhor opção é "Deus coopera juntamente com aqueles que o amam, para trazer à existência o que é bom".
Na primeira tradução (Deus age em todas as coisas), Deus é um solucionador de problemas; na segunda (Deus coopera juntamente com aqueles), um solucionador de pessoas. Na primeira, Deus faz coisas para as pessoas; na segunda, Deus faz coisas com as pessoas. Na primeira, Deus abençoa pessoas independentemente da ação das pessoas; na segunda, Deus abençoa pessoas num relacionamento com ele. Na primeira, Deus faz coisas pelas pessoas; na segunda, Deus capacita as pessoas a fazer coisas. Na primeira, ficamos à espera dos sinais de Jesus; na segunda, agimos com ousadia para fazer sinais em seu nome, pois aquele que crê em mim, disse Jesus (João 14.12), "fará também as obras que tenho realizado e coisas ainda maiores".
© 2005 Ed René Kivitz
COOPERADORES DE DEUS
Somos cooperadores de Deus. Esta afirmação do apóstolo Paulo é pouco compreendida e até mesmo distorcida. Assimilamos a expressão "cooperadores" como "ajudantes", pois acreditamos que "Deus faz tudo" e nós ajudamos, como um menino que "ajuda" o pai a lavar o carro, ou "Deus faz tudo através de nós", e no caso seríamos apenas marionetes, como o menino que "escreve" uma carta para a mãe tendo sua mão segura e conduzida pela mão do pai.
A expressão "cooperar", entretanto, pode significar ação conjunta, onde cada um dos cooperadores tem seu papel, sua contribuição, e o resultado é a "soma sinérgica" das partes. Escolho "soma sinérgica" para me referir ao princípio onde, na ação conjunta, 1+1 pode ser mais do que 2, pois quando dois trabalham juntos o resultado é maior do que a simples soma das partes. Nesse caso, cooperar com Deus significa realmente contribuir visando um resultado que não seria obtido com a atuação isolada tanto de Deus quanto da pessoa que com ele coopera.
Por exemplo, diz a Bíblia que "se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela" e "se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam". Veja que a ação de Deus sobre a ação humana potencializa o resultado: não se pode deixar a cidade sob a vigilância de Deus enquanto os guardas dormem, nem se pode deixar a construção da casa aos cuidados de Deus enquanto os construtores folgam. Mas nem o guarda nem os construtores terão o mesmo resultado caso deixem Deus de fora do processo.
Mal compreendida, a expressão "cooperar com Deus", desenvolvemos posturas distintas, que nos impedem de fazer o que Deus espera que façamos e por conseguinte não nos permite colher os resultados desejados por Deus. Por exemplo, em vez de cooperação, escolhemos a teimosia: pretender convencer Deus de que estamos certos, prolongando uma discussão que já deveria ter sido encerrada. Além da teimosia, podemos chegar à rebeldia: desobediência explícita á vontade de Deus. Também podemos agir a partir da anulação: deixamos de expressar nosso coração a Deus, alegando que não importa nossa vontade, mas apenas a dele. Agimos também na base da resignação: dizemos a deus o que pensamos e sentimos, mas mesmo não convencidos aceitamos fazer o que Deus quer. Há também a possibilidade da pretensão: achar que conseguiremos desempenhar melhor papel sem a interferência de Deus. Finalmente, podemos agir com base na submissão: a opção consciente de obedecer, motivada pela confiança no amor e na sabedoria de Deus.
Sem dúvida, a submissão é a melhor de todas as alternativas, mas ainda não é o estágio final de nossa cooperação com Deus. Atingiremos o máximo da intimidade e da cooperação com Deus quando nossas vontades estiverem misturadas de tal maneira que não haverá distinção entre uma e outra. Isso é possível porque "temos a mente de Cristo", mas quase impossível, pois somente pessoas absolutamente controladas pelo Espírito Santo alcançarão este nível de relacionamento com Deus.
© 2005 Ed René Kivitz
0 Comments:
Post a Comment
Note: Only a member of this blog may post a comment.
<< Home