October 31, 2012

Eu, meu filho e o menino que um dia fui

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Enquanto orava pelo meu filho, pedia a Deus que o protegesse e que as sementes plantadas fossem preservadas para o crescimento.

Muitas vezes quando oro por ele, sinto uma agonia, um temor. Reflito no que tenho feito, me preocupo se estou agindo certo e se isso será suficiente para que ele seja um bom homem.

Já me disseram e estou começando a crer que esses carinhas tem poder muito maior de superação que nós, frágeis adultos. Parece mesmo que sim.

Então me dou conta de que, ao orar por ele, por sua infância pedindo a Deus essa proteção toda, estou de fato revelando meu coração e a avaliação que faço de minha própria história de vida.

Estou orando pelo menino que um dia fui. Ao desejar proteger meu filho, estou também (quem sabe principalmente), tentando proteger esse menino. Hoje sei que ao ser pai, aprendo a ser filho. Ao orar por ele, oro por mim. Os temores em relação a Ele são projeções de minhas carências.

É aqui que reside a angústia da paternidade e da maternidade: projetamos sobre os filhos nossas maiores fragilidades e por isso é tão importante nos juntarmos a eles, nos fazermos novamente filhos em busca do Pai de nossa existência, Aquele que nada projeta sobre ninguém, mas que tudo realiza conforme seu Amor, tantas vezes misterioso, porém eterno.

©2012 Alexandre Robles

Fonte: http://www.alexandrerobles.com.br/eu-meu-filho-e-o-menino-que-um-dia-fui/
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October 30, 2012

A curadoria do olhar

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Fui a uma exposição de um cineasta russo e fiquei passada: quando a pessoa é talentosa, até polaroide de cachorro vira obra de arte (se o cara arrasa retratando o próprio quintal, imagine nos filmes)!

Por outro lado, revi uma mendiga na Paulista com outro par incrível de sapatos (pensei comigo: ou ela tem alguém que doa com um super bom gosto ou ela sabe escolher o que pegar para si).

Isto me fez pensar na curadoria do olhar: um mesmo fato, visto por várias pessoas, cada qual com sua visão particular.

E é este olhar único, que diferencia cada pessoa e dá significado àquilo que a rodeia.

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=j2xdQu5WH_A
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October 29, 2012

As ambivalências da vida

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Quanto mais vivo, mais assombrada fico.

Viver é simples (a gente é que complica tudo), mas não é fácil decifrar os códigos - e a vida está repleta de ambiguidades, paradoxos.

Por exemplo, é possível ser menina e mulher ao mesmo tempo, ser madura, determinada, responsável, saber o que quer, e ao mesmo tempo, ser frágil, precisar de colo.

O desafio?

Mais do que entender ou explicar, é viver.
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October 28, 2012

Deus de promessas

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Como é viver, confiar ou desenvolver relacionamentos onde tudo é tão incerto?

Como deixar de ser abduzido pelo zeitgeist?

Como não permitir que as palavras se tornem opacas, as promessas vazias e a fidelidade uma miragem?

Quer um vislumbre?

Vai lá: http://www.vagalume.com.br/ministerio-toque-no-altar/deus-de-promessas.html
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October 27, 2012

Quando precisamos ser salvos de nós mesmos

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O mais chocante no livro de Jonas não é a falta de compaixão do profeta quando testemunha o empenho divino em salvar uma cidade iníqua e perversa nem a oração dos marinheiros incrédulos por ele, mas sua dureza de coração.

Por isto que o livro não se chama Nínive, mas Jonas - uma metáfora de todos nós, quando perdermos a reverência pela vida, a perspectiva do que Deus está fazendo à nossa volta e nos tornamos amargos e cínicos.

PS- A vida não tem lógica, é para ser vivida - não explicada nem entendida. Quer dois princípios para nortear suas escolhas? Simplicidade e coerência.

PS2- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=zm8dM1IrwDQ&feature=related
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October 26, 2012

Nem uma coisa, nem outra; tire as sandálias

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Josué estava perto da cidade de Jericó. De repente, viu um homem com uma espada na mão parado na sua frente. Josué chegou perto dele e perguntou:
- Você é do nosso exército ou é inimigo?
- Não sou nem uma coisa nem outra - respondeu ele. - Estou aqui como comandante do exército de Deus, o Senhor.
Josué ajoelhou-se, encostou o rosto no chão e o adorou. E disse:
- Estou às suas ordens, meu senhor. O que quer que eu faça?
O comandante do exército do Senhor respondeu:
- Tire as sandálias porque a terra que você está pisando é santa.
E Josué obedeceu.
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Js 5: 13-15

Esta aí uma passagem sempre me intrigou.

Primeiro, pela resposta do comandante do exército de Deus: - como assim, nem uma coisa nem outra?

Numa sociedade pós-moderna, onde a gente só diferencia o preto do branco, como é difícil conceber que não há lado certo para ficar.

Depois, pelo vislumbre que temos da personalidade de Josué, um líder especialista em guerras. Ele é pró-ativo (aproxima-se do homem assim que o vê), assertivo (pergunta a identidade), reconhece sua posição (ajoelha-se, submisso) e é humilde (escuta e obedece).

Num mundo que só valoriza tratores (gente que atropela e passa por cima dos outros) é estranho encontrar alguém aberto para ouvir um estranho e ser humilde (para quem não sabe, humildade não tem a ver com ser cordeirinho - muito pelo contrário - é um cavalo selvagem, com força descomunal, mas que sabe direcionar sua energia).

Para encerrar, o final é de arrebentar: tire as sandálias porque o terreno onde você está pisando é santo.

A sandália está associada à arma de defesa ou símbolo de status: abra mão de ideias pré-concebidas, de falsas suposições, de verdades e padrões engessados, regras morais...

Resumo: vida cristã tem a ver com reverência ao que o Pai é (e não ao que imaginamos que seja) e estarmos abertos ao Seu mover, que é livre como vento, pois ninguém sabe de onde vem, nem para onde vai.

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=28q6J3P4FKs

PS2- C. S. Lewis já dizia: vida cristã não é fácil, nem difícil - é impossível (rsrs).
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October 25, 2012

Entre turistas e peregrinos

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"Todos estes viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido; viram-no de longe e de longe o saudaram, reconhecendo que eram estrangeiros e peregrinos na terra” (Hb 11.13).

- pr. Ricardo Agreste

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman usa a imagem do turista para representar um comportamento bastante comum nos dias de hoje. Turista é aquele indivíduo que visita muitos lugares, mas não pertence a nenhum deles. Às vezes, fica extasiado com aquilo que vê; em outras ocasiões, o desdenha por ter em sua mente um grande quadro comparativo de lugares e situações. Seja qual for seu sentimento, não pretende se comprometer com nada à sua volta. Afinal, está apenas de passagem. Sua maior motivação está vinculada à descoberta de novos lugares, à vivência de novas experiências.

Por outro lado, Bauman apresenta a imagem do peregrino. O peregrino é uma espécie em extinção em nossa cultura contemporânea. Diferentemente do turista, ele não está envolvido numa aventura de entretenimento, mas numa jornada que tem um início, um meio e um fim. Algo o moveu a iniciar a jornada, e ele percebe que, ao longo dela, existe uma missão a ser vivenciada – e a realidade última se encontra no fim da caminhada. Tudo o que presencia ao longo do caminho são pontos de referência de grande importância e, portanto, tratados com grande reverência por parte do peregrino.

Interessante que não poucas vezes na história da espiritualidade cristã os discípulos de Cristo são comparados aos peregrinos. Existe uma estreita relação entre a jornada de um cristão e a experiência de um peregrino. Ambas possuem alguns elementos em comum: a consciência de que a realidade última está ainda por vir; a sensibilidade de que o caminho que trilham pertence ao processo da descoberta e do preparo de si mesmo para esta realidade final; e, por fim, o senso de missão para com os lugares por onde passam e as pessoas que encontram em direção do lugar almejado.

As metáforas de Bauman remetem-nos às maiores barreiras impostas pela nossa cultura ao desenvolvimento de uma espiritualidade biblicamente consistente e sadia. Em nossas igrejas, não é difícil constatar a presença massiva de pessoas mais parecidas com turistas do que com peregrinos. Elas estão ali para usufruir do espaço, degustar das informações transmitidas do púlpito e, principalmente, experimentar o clima. Tão logo se sintam saciados com o que é oferecido e com a forma como as coisas acontecem, são tomados pelo tédio; logo serão impulsionados na direção de um novo lugar, onde encontrarão novas informações e terão novas experiências. Como consequência disso, é triste constatar que algumas de nossas igrejas se tornaram “centro turísticos”, com diferentes elementos de fascinação. Em algumas delas, a atração principal é o famoso pregador com seu poder de reflexão; em outras, é a música de adoração, com seu poder de arrebatamento coletivo. Há também denominações onde o clímax é o momento de oração, com seu alardeado poder de convencer Deus a agir e, até mesmo, de coagi-lo a mudar de ideia diante de determinadas situações.

O que muitos cristãos não se dão conta é da completa inviabilidade de uma espiritualidade sadia nessa cultura gerada por demandas de turistas. Enquanto turistas estão comprometidos apenas com o próprio prazer e seu insaciável desejo por entretenimento, peregrinos estão comprometidos com uma jornada na qual possuem uma vocação a ser exercida ao longo do caminho. Enquanto turistas consomem lugares e atrações como fins em si mesmos, peregrinos estabelecem relacionamentos, caminhando com reverência e integrando as experiências – e as pessoas que encontra – na construção da própria maturidade. Turistas estabelecem relacionamentos frágeis e descartáveis; peregrinos descobrem, especialmente na vivência com aqueles com quem caminham lado a lado na jornada, uma grande fonte de consolo, confronto, encorajamento e sabedoria.

Turistas, de forma geral, não possuem qualquer compromisso para com o mundo à sua volta. Afinal, pensam, estão apenas de passagem, e importa apenas aproveitar o momento, antes de seguir viagem. Já peregrinos estão numa jornada que os faz o próximo daquele que está à beira do caminho, tal como o samaritano da parábola. Eles querem ser luz e sal, sentem o chamado para influenciar os outros com sua ação e testemunho.

Como cristãos, temos tido uma postura de turista ou de peregrino diante da nossa comunidade e para com o mundo no qual estamos inseridos? Qual seria o reflexo em nossas vidas, comunidades e sociedades se, na contramão da cultura do superficial e do transitório, aceitássemos o desafio de viver como peregrinos, e não turistas?

Fonte: http://cristianismohoje.com.br/materia.php?k=549
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October 24, 2012

Entre assistir e participar

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Tem uma anedota que diz:

Quem trabalha muito, erra muito.
Quem trabalha pouco, erra pouco.
Quem erra pouco, é promovido.

Hahaha ; )!

Só que na vida, as coisas não são bem assim.

Quanto mais a gente vive, mais a gente apanha. Quanto mais a gente apanha, mais a gente aprende. E quem não apanha, é porque já morreu (fisicamente ou metaforicamente).

Tem muita gente morta por aí, assistindo ao invés de participar.

Porque viver significa envolver-se, estar exposto tanto à alegria quanto ao sofrimento.

Assistir dá menos trabalho: não sua a camisa nem suja o sapato (rs), mas também não cresce, não vibra, não sorri.

E aí?

Vai viver ou ver a vida passar?

PS- Está em dúvida? Vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=iVZz7UARQnA
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October 23, 2012

Entre o descanso e a ansiedade

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"Descansa no Senhor e Ele satisfará os desejos do seu coração".
Sl 37: 7

Tem gente que larga as coisas na mão de Deus e depois diz que está descansando (francamente) rsrs.

Descanso tem a ver com a gente primeiro fazer tudo o que está ao nosso alcance para depois ficar tranquilo, com o coração em paz.

Deus descansou no 7o. dia após criar o mundo (aliás, o descanso faz parte do pacote 'criação', sabia?).

O oposto de descanso é ansiedade, e não ação.

Ansiedade é aquilo que acontece quando fazemos a nossa parte e ainda assim ficamos inquietos, pensando se podemos fazer alguma coisa para que as coisas saiam conforme o script.

Ora, se você sabe que Deus é bom, tem certeza de que Ele dará o que for de melhor a você (mais do que possa imaginar ou pensar) e fez a sua parte, então pode entrar no descanso.

Porque enquanto você dorme, Deus continua trabalhando (e é Ele quem faz a diferença ; )!

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=yOXmW48OIVs&feature=related
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October 22, 2012

Entre a vida e a morte

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Se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só.
Mas se morrer, dará muito fruto.
Jo 12: 24

A vida cristã é repleta de paradoxos.

É muito louco constatar que, para que haja vida - e vida em abundância - é preciso haver morte.

E o que precisa morrer?

Os sonhos tacanhos, as falsas esperanças, as notas promissórias, os valores podres... e por aí vai.

Só quando abrimos mão daquilo que nos escraviza, Cristo pode encher nossa vida com Seu amor, que é maior do que a gente pode imaginar ou pensar.
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October 21, 2012

Entre a fé viva e a fé morta

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Fé é a certeza das coisas que se esperam,
é a convicção das coisas que não se vêem.
Hb 11:1

Nossa, a cada dia me dou conta que quanto mais aprendo, menos sei da vida.

Por exemplo, fé não tem a ver com regras, conduta moral, controle, seguir um script ou saber como Deus vai agir (este era o equívoco que os amigos de Jó tomavam por fé).

Fé tem a ver com entrega, rendição, humildade, reverência pelo que Deus é, confiança no que Ele vai fazer, independente que seja ou não nosso querer (quem confia sabe que o amor de Deus é maior e melhor daquilo que a gente pode imaginar ou pensar).

Às vezes a gente passa por um perrengue para descobrir que tipo de fé tem e crescer em graça, sabedoria e entendimento.

E, como Jó, dizer ao final da tempestade: "antes eu te conhecia de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem" (Jó 42: 5).

Que esta seja a tua, a minha, a nossa oração!

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?hl=en&v=TgZ1ds0WM2k&gl=US
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October 20, 2012

Entre ser mãe e ter filhos

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Nos últimos dias tenho meditado sobre maternidade.

Ser mãe não é sinônimo de ter filhos.

Tem gente que tem filhos, mas não tem coração de mãe; assim como tem gente com o coração generoso, mas não tem filhos.

Parir não faz de uma pessoa mãe porque criança não é trofeu para ser exibido.

Ser mãe é comprometer-se, é querer o bem, é criar uma vida para o mundo.

E tem tanta gente gera vida em torno de si ; )!

Gente que cresce e que faz crescer quem está perto.

Este sim, é o verdadeiro exercício da maternidade.
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October 19, 2012

Entre largar e entregar

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Tem gente que distorce a Palavra de acordo com as conveniências. Quer um exemplo?

"Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle e o mais Ele fará" (Sl 37: 5).

Sabia que tem gente que larga ao invés de entregar?

Mas veja se você - ou eu - não faz o mesmo (rsrs).

O que é entregar? É uma espera confiante.

E largar? É colocar tudo dentro de um saco preto e dizer: - toma, é teu.

Entregar é atitude de gente madura, que sabe o que quer, que faz auditoria periódica no próprio coração, e está apaziguado, confiante, porque sabe em quem tem crido.

E você? Tem entregado ou largado?
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October 18, 2012

Entre a ilusão e a realidade

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Às vezes a gente quer tanto uma coisa, que abre mão de outras que são importantes e perde a integridade no meio do caminho.

Para que algo dê certo, ter força de vontade não é suficiente.

Você precisa enxergar a realidade como ela é, e não como gostaria que fosse.

A ilusão precisa morrer para então viver uma vida de verdade.

Não coloque nas costas dos outros a responsabilidade de concretizar os seus sonhos. São seus, de mais ninguém.

Existem coisas que podem ser compartilhadas, mas a maioria, dizem respeito apenas a você.
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October 17, 2012

Entre o discurso e a prática

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Quanto mais tempo a gente vive, mais vacinado a gente fica (para o bem e para o mal) rsrs.

Tem uma hora que a gente começa a ficar cansado, parece que tanto conhecimento não fez diferença, muito pelo contrário, até depõe contra (o que de fato saber mudou?).

Hoje bati os olhos num título do Zygmunt Bauman onde ele desabafa que mais do que discutir belas teorias, ele quer é viver, experimentar.

Começo a concordar com ele: não importa saber tanto, mas ter consistência no pouco que se acredita.
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October 16, 2012

Qualidade na vida cristã

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- Russell Shedd

“Ele é bom cristão” resume em poucas palavras o que queremos dizer ao falarmos sobre uma vida cristã de alta qualidade. Desejo refletir uns minutos sobre o que deveria significar uma avaliação como esta.

Para muitos, provavelmente a maioria, ser um bom cristão significa cumprir algumas regras, tais como ler a Bíblia, orar, freqüentar uma igreja, pagar suas contas em dia, e, inclusive, dizimar. É ser uma pessoa confiável e honesta, um homem que não assedia outra mulher, mas que ama sua própria esposa. Ele se identifica como “cristão” ou talvez “crente”, e uma vez ou outra tenta persuadir um colega de trabalho que deve “aceitar a Cristo”. Tem certeza de que vai para o céu e sente pena dos que não crêem como ele crê.

Certamente, todas essas práticas devem caracterizar um cristão evangélico, porém não identificam o que é um bom cristão do ponto de vista de Jesus ou de um dos escritores do Novo Testamento. Para os que foram criados na igreja, especialmente os crentes de segunda ou outra geração, o ideal seria procurar com mais cuidado se passará pelo juízo de Deus ileso. A questão central é: todas as práticas externas que identificam cristãos do ponto de vista humano são fruto de um coração transformado ou não?

Práticas ou obras demonstram a forma do cristianismo que o indivíduo abraça, mas não a motivação. A religiosidade pode ser a marca registrada do farisaísmo que Jesus denunciou durante seu ministério terreno. Túmulos caiados por fora não garantem um perfume de butique por dentro! Os homens atentam para ações externas; porém, Deus olha para o coração.

Jean Nicolas Grou, século 18, apontou a diferença entre a pessoa preocupada com as aparências cristãs e aquele que ama ao Senhor de todo o coração. “Dar o coração e a mente para Deus para que eles não sejam mais nossos, para assim fazer o bem sem ter consciência disso, para orar incessantemente e sem esforço como se respirássemos; para amar sem deixar diminuir nosso sentimento, que é o perfeito esquecimento de si mesmo e que nos lança para Deus como o bebê descansa no peito da mãe” (Refrigério para a Alma, Shedd Publicações, p. 142).

A verdadeira religião tem um componente necessário: o amor pelo Senhor. O primeiro mandamento aparece três vezes nos evangelhos. Foi endossado por Jesus, que pronunciou o segundo mandamento como semelhante ao primeiro em importância. Os dois mandamentos destacam o relacionamento amoroso de alguém para com Deus e com os irmãos. “Se alguém não ama ao Senhor, seja amaldiçoado”, declara Paulo.

Jesus perguntou a Pedro, três vezes, se ele o amava. Seguir a Jesus durante três anos e declarar enfaticamente sua lealdade pelo Senhor não foi suficiente para segurá-lo na hora da provação. O medo, a assombrosa realidade de acompanhar Jesus para a “toca dos leões”, o desestruturou de tal modo que quebrou sua intenção de ficar leal para com Jesus. Pelo sinal exterior, Pedro era apóstata. Pelo coração, ele podia dizer, honestamente: “Tu sabes que eu te amo”! O resto de sua vida e ministério confirmam que ele amava ao Senhor de verdade.

A prática evangélica de convidar pessoas para, numa reunião, irem à frente, levantarem a mão ou receberem a marca do batismo, não pode ser mais do que um sinal externo de interesse em se identificar ou concordar com a veracidade da mensagem. Nascer de novo quer dizer nascer do Espírito e, por meio dele, experimentar o derramamento do amor de Deus no coração.

“O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gl 5.22,23, NVI).

Nenhuma certeza pode ser mais importante do que a certeza da eterna salvação. Nenhuma mentira pode ser mais perniciosa do que uma falsa segurança sobre o destino eterno da alma. O autoexame que Paulo pediu aos coríntios não é opcional.

Um diagnóstico correto de nosso relacionamento com Deus supera em muito a importância de uma consulta médica no caso de suspeita de um câncer incurável.

Fonte: http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=81&materia=1046
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October 15, 2012

Andando com Jesus

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- Russell Shedd

Moisés declarou: “Se não fores conosco, não nos envies”. O Senhor falou: “Eu mesmo o acompanharei, e lhe darei descanso” (Êx 33.15,14). A vida cristã também pode ser comparada a uma caminhada em comunhão com Deus. Iniciamos nossa vida com Cristo quando Ele nos convence de que não estamos sozinhos e que, ao render-nos a Ele, não pertencemos mais a nós mesmos. Pela fé cedemos nossos direitos para quem nos ama mais do que nós nos amamos. Pela fé entendemos que Ele está conosco e que daí para a frente nunca ficaremos fora da comunhão com Aquele que assumiu a responsabilidade pelo nosso futuro.

Em outras palavras, começamos a “andar” com Deus no momento em que Ele se torna nosso Senhor. Enoque andou com Deus. Conseqüentemente, foi arrebatado. Hebreus diz que pela fé ele agradou a Deus, “pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (11.5,6 – NVI). Andar com Ele, portanto, quer dizer agradá-lo pela busca.

O erro quase universalmente praticado consiste em buscar a vontade de Deus como se imediatamente Ele fosse nos deixar descobrir o que devemos fazer. Desejamos conhecer a vontade de Deus porque temos a convicção de que cumprir essa vontade há de nos recompensar com sucesso, manifestações de favor e graça especial. Moisés e Enoque entenderam que deveriam simplesmente andar com Ele, que a vontade máxima dEle seria nossa comunhão alegre e contínua no processo de caminhar com Ele.

Se for verdade que Ele nunca nos abandonará nem nos deixará (Hb 13.5), por que tememos errar o caminho? Ele é Deus, portanto, não pode se perder, nem tomar um caminho errado. Quem anda com Ele também não se perderá. Raras pessoas cristãs primeiramente buscam ao Senhor para conhecer a preferência dEle para, em seguida, pedir-lhe a bênção.

Jesus prometeu que não deixaria os discípulos órfãos; voltaria para eles (Jo 14.18). Ao mandar os discípulos irem por todo o mundo, fazendo outros discípulos e ensinando tudo o que Ele mesmo os ensinara, acrescentou que estaria sempre com eles, até o fim dos tempos. Se acreditamos nessa promessa, há uma firme garantia de que qualquer sentimento de abandono não passa de incredulidade em Sua palavra ou, possivelmente, que estamos nos desviando do caminho para o pecado.

Alguém poderia perguntar: quais são as atitudes fundamentais necessárias para andar com Deus? Não tenho uma fórmula completa e infalível, mas creio que algumas prioridades são imprescindíveis.
  1. Nunca se deve questionar a sabedoria e o poder de Deus. “Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam e são chamados de acordo com seu propósito”.
  2. Nunca se deve duvidar de que o caminho de Deus, perfeitamente assinalado em Sua Palavra, é melhor que outro que parece preferível. Ele deseja o meu bem, sempre. 
  3. Nunca se deve tentar desviar dos trechos mais acidentados do caminho, íngremes ou sinuosos. Jesus disse que o caminho largo conduz à perdição!
  4. Nunca se deve tentar andar sozinho. Em vez disso, devemos buscar companheiros de viagem que, conosco, sigam junto ao Mestre. “É melhor ter companhia do que estar sozinho”, diz o sábio. “Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se” (Ec 4.9,10).
  5. Nunca se deve desprezar aqueles seguidores que, como Enoque e Moisés, refletem a glória do Senhor nos seus rostos.
  6. Nunca se deve tentar esconder os passos dos que andam errantes, sem bússola, ou que carecem da capacidade de reconhecer o caminho do Senhor. Estes, quando desenvolvem suas habilidades de buscar e andar com Deus, poderão um dia ser resgatados da valeta em que caíram por descuido ou ignorância.
  7. Nunca se deve gabar-se do sucesso de andar com Deus. Efetivamente, o caminho é dEle, não nosso.
Deus é supremamente bom! Aquele a quem seus filhos devem amar e em quem devem confiar incondicionalmente, sem o menor temor de que a realidade possa ficar aquém do desejo do coração, assim pensou Wm. Huntington (Refrigério para a Alma, Shedd Publicações, p. 15).

Uma vez convicto dessa estupenda realidade, caminhar com Ele se torna a mais pura alegria. “Porque a alegria do Senhor é nossa força” (Ne 8.10).

David Brainerd disse, ao falecer com apenas vinte nove anos de idade: “Não teria vivido a minha vida de modo diferente do que vivi por nada neste mundo!“

Fonte: http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=76&materia=914

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=VTIkDmNVJeA
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October 14, 2012

Hábitos que transformam

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- Ricardo Barbosa

Em 1989, o reverendo John Stott veio ao Brasil para falar num dos congressos da VINDE — Visão Nacional de Evangelização. Depois de uma de suas palestras, nos reunimos para conversar com ele. Era um grupo pequeno de jovens pastores, sentados em torno de um dos maiores expositores bíblicos da nossa geração, perto de completar 70 anos. A conversa seguiu animada. Ele nos deu liberdade para perguntas pessoais e, entre outras, não faltaram aquelas sobre o porquê de não se casar.

Porém, de todas, guardei apenas a resposta que ele deu quando lhe perguntaram sobre a razão do seu longo ministério tão frutífero. Ele respondeu: “Leio a Bíblia e oro todos os dias, vou à igreja todos os domingos e nunca falto à celebração da Eucaristia”. A resposta foi surpreendente por sua simplicidade.

Sabemos que ler a Bíblia e orar todos os dias, ir aos cultos e participar da Ceia nunca foram, por si só, sinais confiáveis de espiritualidade, muito menos um caminho seguro para a maturidade. Muitas pessoas fazem isso por puro legalismo. Por outro lado, sabemos também que não fazer nada disso é um caminho seguro e certo para o fracasso espiritual.

O doutor James Houston, criticando o abandono da leitura devocional em nossos dias por uma literatura funcional e pragmática, afirma: “Os hábitos de leitura do chiqueiro não podem satisfazer a um filho e aos porcos ao mesmo tempo”. Ao usar a imagem da Parábola do Filho Pródigo, ele nos chama a atenção para o risco de nos acostumarmos com a vida do chiqueiro. Para Houston, as práticas devocionais nos ajudam a perceber que existe algo maior e mais excelente na vida de comunhão com o Pai.

O reverendo A. W. Tozer (1897-1963) escreveu um artigo afirmando que “Deus fala com o homem que mostra interesse”, e que “Deus nada tem a dizer ao indivíduo frívolo”. Mais do que cultivar o hábito de ler a Bíblia, orar e participar do culto, o que na verdade fazemos quando cultivamos estas práticas devocionais é demonstrar o interesse vivo que temos por Deus e por sua Palavra.

Da mesma forma como a vida necessita do básico (ter o suficiente para comer e vestir, onde descansar), a natureza da vida espiritual repousa sobre o que é essencial (Bíblia, oração, comunhão, adoração e missão). São esses hábitos básicos que nos colocam no lugar onde podemos experimentar a graça de Deus e crescer.

Há hoje muita oferta para a vida e para a espiritualidade. A sedução do supérfluo despreza o essencial. Vivemos o grande perigo de negar o básico, achando que podemos experimentar a graça de Deus e provar sua bondade e amor sem nos aquietar e deixar que sua Palavra molde nosso caráter, que a oração fortaleça nosso espírito e que a comunhão nos sustente em nossa identidade como povo de Deus.

As disciplinas espirituais básicas cultivadas pelo reverendo Stott ao longo de sua vida formaram seu caráter como cristão. Nada pode substituir a prática diária da oração nem a leitura devocional das Escrituras. Nada substitui o valor do culto comunitário nem o mistério da Eucaristia. O cultivo destas disciplinas requer de nós não apenas tempo e perseverança, mas também humildade e coragem para sermos transformados pelo poder de Deus.

Deus não nos chamou para a realização pessoal, mas para a comunhão pessoal e íntima com Ele e o próximo. Deus não nos chamou para sermos operários agitados do seu reino, mas para amá-Lo e amar ao próximo de todo o coração. Os hábitos devocionais libertam-nos da “normalidade” do chiqueiro e nos transportam para uma existência de comunhão com Deus que enobrece a vida. São estes hábitos que preservam nossos olhos voltados para o alto, para que, aqui na terra, nossa existência ganhe a grandeza dos ideais divinos.

As práticas devocionais fazem parte do processo formativo da alma diante de Deus. Precisamos cultivá-las a fim de permanecermos em sintonia com o reino de Deus, que molda o nosso caráter em Cristo. É a palavra de Deus que devolve a vida aos “ossos secos” da agitação moderna.

Fonte: http://ultimato.com.br/sites/john-stott/2012/08/02/habitos-que-transformam/#more-128
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October 13, 2012

Um remédio para a exaustão interior

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“A falta de conexão com o Senhor Jesus, a fonte primária da água viva, nos conduzirá, mais cedo ou mais tarde, à sequidão.”

- Ricardo Agreste

Ao longo de minha vida, algumas vezes me deparei com um estranho sentimento de exaustão interior. Nestes momentos, fui tomado pela consciência de minha completa incapacidade em corresponder às expectativas das pessoas em relação a mim. Sinto-me sem condições de atender às necessidades dos que freqüentam minha igreja; às demandas daqueles que esperam que eu possa falar numa conferência ou escrever um artigo; às cobranças dos amigos que me ligam chateados porque esqueci a data de um aniversário – sem falar, claro, das pressões geradas numa família com dois filhos adolescentes e uma pré-adolescente. Então, sou tomado pelo desânimo em relação aos desafios que me cercam e pelo desejo de não ter tantos compromissos diante de outros.

Quando esta exaustão interior me assalta, minha vontade é de jogar tudo para cima. Fico sonhando com a possibilidade de abrir mão de todas as responsabilidades, procurar um chalé numa região bem distante e viver ali por algum tempo. Minha única vontade é a de voltar-me para o cuidado do meu próprio coração, lidando com as minhas próprias demandas interiores – coisa singelas, como o silêncio, a solitude, a leitura e a oração. Sei que muitos pensam que um cristão não deveria sentir-se assim e um pastor não poderia falar assim. No entanto, tenho que decepcionar os crentes-ETs de plantão lembrando que, se Papai Noel realmente não existe, também não é menos verdade que pastores honestos e cristãos sinceros enfrentam, sim, seus dias de exaustão. E esses sintomas em muito se assemelham à própria depressão.

Diante desta tal exaustão interior e da impossibilidade de jogar tudo para cima, acabo caminhando alguns dias em reflexão e oração, os quais me levam a uma conclusão. O problema, antes de residir nas expectativas daqueles que me cercam ou nas pressões delas decorrentes, são, geralmente, fruto ou de meu descuido em viver, dia após dia, dependendo da minha própria potencialidade, ou de um equívoco – o de colocar minha confiança de realização em projetos e relacionamentos que jamais poderão me oferecer o que somente Deus tem para me dar.

Bernardo de Claraval, monge francês que viveu entre os séculos XI e XII, disse que tudo o que somos e fazemos deve ser fruto não de nossas próprias reservas, mas do transbordar da água viva que Jesus derrama em nossas vidas. Podemos, assim, dedicar-nos a algo sem nos exaurirmos; dar-nos sem nos esgotarmos; cuidarmos de outros sem cometer o equívoco de não cuidarmos de nós mesmos. Se, contudo, abandonamos esta relação constante com a pessoa de Cristo, fechamo-nos para a fonte que abastace o nosso reservatório interior e deixamos de receber a água viva que emana do Pai. No entanto, a falta de conexão com a fonte primária da água viva nos conduzirá, mais cedo ou mais tarde, à sequidão.

Essa dimensão de vazio interior foi comparada por Jesus, quando do memorável diálogo com a mulher de Samaria, com a sensação humana da sede. Ela não sabia, mas tinha diante de seus olhos aquele capaz de saciar a sede existencial que existe dentro dos corações de homens e mulheres. Sede de sentido para vida, sede de sentir-se valorizado ou amado por alguém. Um de nossos grandes erros, humanos que somos, é o de tentar lidar com o sentimento de vazio interior que insiste em nos acompanhar ao longo da vida através de conquistas. Queremos acumular coisas, ser amados pelos outros, atingir grandes realizações; enfim, queremos ser felizes com a vida.

O profeta Jeremias registrou a contenda de Deus contra seu povo Israel apontando os mesmos equívocos nos quais hoje ainda incorremos: “O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água” (Jeremias 2.3). Logo, quando colocamos nossa esperança ou buscamos a realização em qualquer outra fonte que não seja o próprio Pai, corremos o risco de buscar a água onde ela simplesmente não existe. Conhecedor do coração humano, Jesus nos convida, de forma simples e prática, a uma solução: “Quem tem sede, venha a mim e beba”. Ele próprio se apresenta como a única fonte capaz de saciar nossa sede existencial. Neste caso, estamos falando da importância de estarmos constantemente na presença do Senhor, bebendo da água viva que somente Cristo pode nos oferecer. Somente assim, seremos reservatórios que, repletos de água, transbordam a ponto de irrigar a vida daqueles que nos cercam.

Assim, termino com uma confissão. Muitas vezes, a exaustão interior que me assalta é decorrente do meu descuido de viver a partir de mim mesmo, ou do equívoco de buscar nos projetos e nos relacionamentos o que somente em Jesus posso ter. Por isso, quando tomado pelo sentimento de cansaço, me aquieto na sua presença e volto a escutar o convite amoroso e paciente para beber da água que somente Ele pode me oferecer. É esta água viva que nos capacita a renovar nossas forças físicas e emocionais, bem como a nos libertar das buscas infindáveis que drenam nossas energias e nos fazem reféns de nossos próprios anseios. Somente assim, como diz a Escritura, fluirão rios de nosso interior. Rios da mais pura água – a água da vida.

Fonte: http://cristianismohoje.com.br/materia.php?k=158

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=sZyq7xBaFfw
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October 12, 2012

O que você vai ser quando crescer?

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Aproveitando o dia das crianças, reflita junto comigo: "O que você vai ser quando crescer" (ou no linguajar adulto, "como você se vê daqui 5 anos")?

Chérie, não se prenda apenas à sua carreira profissional, mas considere desenvolver a espiritualidade, os afetos (relacionamentos) e inclua também cuidados com a saúde no seu projeto de vida.

E... já que é para pirar no corpinho (rs), você sabe quais são os seus pontos fortes (talentos e habilidades)? Não sabe? Bom, sinto dizer que se você não tem consciência dos próprios, não é atribuição dos outros (chefia, pares) descobrir.

Ei, não precisa ficar bravo. Sei que por conta da correria, a gente não pensa muito sobre isto.

E quer saber?

Acho que no fundo todo mundo - incluindo eu - é criança.

O desafio de toda a vida?

Crescer em sabedoria e graça, diante de Deus e das pessoas que nos cercam.

Feliz dia das crianças ; )!
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October 11, 2012

Passado, presente e futuro

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Estou encantada com duas crianças que acabei de conhecer: apesar de tão jovens, sabe quando você sente confiança no caminho que irão traçar, independente de qual escolherem?

Por outro lado, conheci uma adolescente carismática (imagino que também tenha um futuro brilhante), mas sabe quando você sente um mar de incertezas e inseguranças?

Ao vê-las, vejo a mim mesma. E projeto meu papel em relação a elas bem como ao futuro reservado de todos nós.

Continuarei a ser uma boa amiga? Poderei ser uma boa mãe? Fui uma boa filha?

Mais do que elocubrar, tenho me lançado ao desafio de viver.

E na vida, nem sempre as coisas saem como a gente imagina (ainda bem)...
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October 10, 2012

Vida que inspira ; )!

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Todo mundo tem alguém que admira, em que se espelha para ser quando crescer (rsrsrs).

Hoje conversei com a pessoa que mais influenciou minha vida profissional e foi muuuuuito bom ; )!

Sabe aquela coisa gostosa de respeito, admiração, não só pela competência, generosidade, integridade, mas também pela elegância de gestos, pela alegria de viver?

Uma pessoa que se torna um modelo a ser alcançado e que inspira você a ser alguém melhor? E que pelo exemplo mostra como deve ser o tom da equipe?

Que privilégio ter convivido - e aprendido tanto; )!

A melhor maneira de ensinar é dar o exemplo (mais importante que as palavras, são as atitudes).

Você nunca teve alguém assim?

Rogo a Deus para que um dia você possa desfrutar de algo tão arrebatador e precioso (depois disto, você nunca será a mesma pessoa ; )!
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October 09, 2012

Cabeça feita ; )!

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Hoje a aula de história foi cansativa...

Sabe quando você dirige o carro com o freio de mão puxado? (Não sabe dirigir?! Nem eu) rsrsrs.

O tempo todo o professor soltava pérolas irônicas e tive de passar um filtro mental antes de absorver.

Isto me lembrou um excelente texto publicitário, espia só:

Bom de papo não é quem fala muito.
É quem tem o que falar.

E sempre que se encontra alguém assim, o tempo voa.
E as horas se perdem em meio aos mais interessantes assuntos.

Acima de tudo, o bom de papo tem opinião.
A sua, própria, formada a partir da informação e da reflexão.

Porque, antes de ser um bom conversador, o bom de papo é um ótimo leitor. Que sabe o que quer ler. Que sabe onde encontrar a informação isenta, correta e imparcial.

Que sabe a diferença entre informação e opinião.

Porque o bom de papo sabe que o papel de uma publicação não é fazer sua cabeça. É abri-la.

É para os bons de papo que nós escrevemos há 40 anos.
Para eles e, principalmente, para que surjam mais deles.

Ler. Entender. Opinar.
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October 08, 2012

De volta para casa

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Gosto de observar na Bíblia os encontros de Deus com os homens.

Geralmente o Senhor vai ao encontro de pessoas que estão fugindo. Na verdade, nossas idas e vindas são buscas pelo que habita fora de nós. Assim é: nós fugindo e o Pai esperando, como na história dos filhos perdidos que Jesus contou.

Não que Ele venha atrás de nós com desespero, mas em cada estrada que aventuramos, Ele deixa sinais de sua presença. E por esses sinais somos levados a pensar que talvez todo nosso esforço por encontrar algo em algum lugar, seja desnecessário.

Em nossas andanças pela vida criamos laços, experimentamos tudo que podemos, construímos nossa história, mas como em nenhum lugar nos sentimos realmente em casa, tudo o que temos, deixamos.

Sobra-nos saudade.

A saudade nos dá impressão de que sempre estamos num lugar e nossa alma em outro. Ela desregula nossa bússola e nos faz querer fugir para o passado ou o futuro, que é impossível.

Até que o Pai nos encontra e descobrimos que o buscávamos, sem saber. Percebemos também que ao nos perder dEle, nos perdemos de nós mesmos.

De todas as saudades, a pior é sentir saudade de si mesmo. E somente no encontro de quem somos que encontramos o que buscamos.

O Pai nos espera sem desanimar como Aquele que espera na varanda o filho voltar e, enquanto ainda o vê chegando distante, corre em sua direção.

O Pai sabe que o retorno do filho é sinal de que encontrou o que buscava, dentro de si mesmo.

©2012 Alexandre Robles

Fonte: http://www.alexandrerobles.com.br/saudade-de-mim
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October 07, 2012

Escolhas e legado

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Um ditado oriental diz que não somos o que fazemos, mas o que fazemos mostra quem somos. Ou seja, nossas atitudes demonstram quais valores e crenças regem a nossa vida.

Nossa coleção de escolhas cria uma trajetória pessoal (ficamos parecidos com aquilo que adoramos) e implica responsabilidade, pois envolve nosso legado (o herdado e o que deixaremos à próxima geração).

Maaaas... quer saber?

O que vale mesmo é o exemplo, a integridade e a coerência, que falam muito mais do que palavras.
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October 06, 2012

Visionário ; )!

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Como ser visionário (profeta) sem se tornar apático, cínico ou amargo:
  • Ver Deus como Ele é (e não como acho que seja);
  • Reverência pelo que ELE está fazendo (ao invés de desanimar, achando que o problema é a gente);
  • Sentido de comunidade (você não está sozinho; uma nuvem de testemunhas torce por você);
  • Simplicidade (desapego);
  • Voltar a ser criança (confiança total no Pai, deleite, entrega, capacidade de maravilhamento, espanto e alegria em viver o presente no presente);
  • Fé e esperança no futuro (discernir o bom do mau, e saber escolher o bem).
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October 05, 2012

O Amor que constrange

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Hoje aconteceu uma coisa que vou lembrar para o resto da vida: uma pessoa chorou por mim na minha frente.

Sabe aquela coisa de cuidado, de querer bem, de preocupação genuína?

Fiquei bastante emocionada (como se alguém estivesse comprometido e se importasse comigo de verdade). Isto é muito louco porque parece que os outros dão mais valor à nossa vida do que nós mesmos.

E quando somos impactados por este Amor que constrange (II Co 5: 14), não dá para levar a vida como antigamente.

É como se a gente se desse conta do lugar apertado que está e partisse para um lugar amplo, espaçoso.

E com o próprio coração expandido, pudesse abraçar todo o mundo.

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.cifras.com.br/cifra/marcelo-aguiar/que-amor-e-esse
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October 04, 2012

Fazer diferença ; )!

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Já aconteceu de você pensar como seria a sua vida "se" tivesse escolhido um outro caminho, "se" estivesse em outro lugar, com outras pessoas...?

Sensação estranha, não?

Muitas vezes me senti dividida, mas agora não mais.

Percebi que não importa qual caminho, pessoas ou lugares escolhidos, eu seria feliz do mesmo jeito.

Porque o desafio de toda a vida é a gente - onde e com quem estiver - ser sal da terra, luz do mundo, o bom perfume de Cristo ; )!

PS- Para ouvir a trilha do dia, vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=hOm0s12ymaQ&feature=related
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October 03, 2012

Por amor ; )!

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Ontem o tema da aula de arte foi Renascimento norte-europeu e, claro, Bosch não poderia ficar de fora.

Hieronymus Bosch é um dos artistas mais conhecidos, chocantes e talentosos de todos os tempos. Em sua lista de obras constam Os 7 Pecados Capitais e O Jardim das Delícias, ambos no Museu do Prado.

Porém, a tela que atraiu minha atenção foi Cristo carregando a cruz.

Você percebeu nos seres fantásticos e grotescos que cercam o Messias?

Na classe a discussão rolou solta sobre o tipo de gente que circunda qualquer tipo de linchamento.

Mas o que mais me chocou foi perceber que foi por estes seres hediondos, pessoas deformadas de alma e de espírito, que Cristo morreu (Rm 5: 8) - ou seja, você e eu.

Horrível a gente se dar conta disto, não?!
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October 02, 2012

O coração como local de encontro

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Competência é trabalhar com o que se tem em mãos.

Algumas pessoas tem o talento especial em agregar pessoas.

Elas veem o que os outros tem de melhor, inspiram e mobilizam todos numa mesma direção.

Neste ambiente, as pessoas desabrocham pois descobrem seu valor colaborando, aprendendo e fazendo diferença.

É um grande privilégio fazer parte de uma equipe assim ; )!
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October 01, 2012

Vida: foco, reverência e sentido de urgência

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Uma vida de valor não pode ser medida pela quantidade de tempo, mas por sua relevância.

Uma vida com significado envolve foco, reverência e sentido de urgência.

Quando a gente sabe a preciosidade que é a vida, realinha as prioridades, dá valor ao que de fato importa e aproveita cada instante (que é sagrado, único e não volta mais).
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